Wim Wenders anuncia documentário com o Papa

Rádio Vaticano (RV) – Pope Francis – A man of his word (Papa Francisco – Um homem de sua palavra), em tradução livre é o documentário que está sendo produzido pelo cineasta alemão Wim Wenders, em parceria com a Secretaria para a Comunicação do Vaticano.

A notícia foi divulgada na sexta-feira (19/05), durante o Festival de Cannes, na França. Não foi, contudo, anunciada a data da estreia do filme.

“Este não é um filme sobre o Papa Francisco, e sim um projeto cinematográfico com ele”, anunciou em nota a produtora do filme, Focus Features.

“Em conversas, o Papa discute temas como responsabilidade ecológica, imigração, comportamento consumista e justiça social, falando diretamente aos expectadores”, segue o texto.

“É uma grande exceção na história do Vaticano que as portas sejam abertas a um cineasta externo de maneira tão liberal. Além de ter o privilégio de poder manter inúmeras conversas com o Papa, Wim Wenders tem a oportunidade de fazer uso exclusivo de imagens dos arquivos vaticanos”.

Jubileu

A ideia surgiu com o Jubileu da Misericórdia, explicou o Prefeito da Secretaria das Comunicações, Dom Dario Viganò.

“Wenders tem a consciência de que é o feixe de luz do olhar que faz o mundo puro ou impuro: responsabilidade que se respira em seus documentários. Por isso, convidamos o mestre alemão para dirigir a abertura do Jubileu da Misericórdia. Assim nasceu do Vaticano a proposta de um filme que contasse o diálogo entre o Papa Francisco e o mundo contemporâneo, por meio de perguntas de homens e mulheres do mundo inteiro endereçadas ao Papa”.

Candidato ao Oscar

Wenders foi candidato ao Oscar com três documentários: Buena Vista Social Club, Pina e Sal da Terra.

(YK)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Rio: Pastoral promoverá vigília pelos mortos de Aids

Rio de Janeiro (RV) – A epidemia da Aids é uma realidade desde a década de 1980. Muitas pessoas, organizações e setores da sociedade empenham esforços, há anos, com a finalidade de contribuir na lutar contra a epidemia. Para dar visibilidade a essa causa, a Pastoral DST/Aids da Arquidiocese do Rio de Janeiro promoverá, no próximo domingo, 21 de maio, na Paróquia Cristo Redentor, em Laranjeiras, às 18h00, a Vigília pelos mortos de Aids, com o tema “Tantas vidas não podem se perder”.

A vigília pelos mortos de Aids é um movimento internacional que, desde 1983, faz memória das pessoas falecidas com HIV e se envolve no enfrentamento da epidemia. Anualmente, o evento é realizado no terceiro domingo de maio, sob a liderança de organizações sociais e religiosas de centenas de países. Este ano deseja-se mobilizar comunidades de todo o mundo para apoiar o futuro das pessoas que vivem com HIV.

Para o coordenador arquidiocesano da Pastoral DST/AIDS, diácono Bernardo Rangel Tura, a vigília é uma oportunidade de fazer memória das vítimas da doença e manifestar a solidariedade da Igreja com os doentes e suas famílias, reforçando a luta contra o preconceito e a discriminação e garantir acesso ao diagnóstico precoce e tratamento da doença:

“Fazer memória e rezar pelas pessoas que fizeram parte de nossa história e faleceram com Aids manifesta solidariedade às famílias que perderam seus entes busca transformar essa memória em esperança e fortalece o compromisso de vencer a epidemia. Cuidar do presente significa defender os direitos das pessoas com HIV, lutar contra o preconceito e a discriminação, garantir acesso ao diagnóstico e ao tratamento, incentivar o diagnóstico precoce para o HIV”, afirmou.

Segundo relatório divulgado pelo Ministério da Saúde em novembro de 2016, mais de 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil e, a cada ano, 41,1 mil casos novos da doença são detectados.

A Pastoral da Aids é um serviço ligado à Igreja Católica que busca promover a vida saudável, incentivar o cuidado de si e dos outros, evangelizar, humanizar relações e superar preconceitos, discriminação e exclusão. Informações sobre o trabalho da pastoral e de como ajudar, poderão ser obtidas diretamente com o coordenadora arquidiocesano da pastoral, diácono Bernardo Rangel, pelo telefone: (21) 98799-3380. (SP-Arq. Rio)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Sandino terá a primeira igreja construída em Cuba em 60 anos

Miami (RV) – Uma nova igreja está sendo construída na cidade cubana de Sandino, Província de Pinar del Río, graças à doação de 95 mil dólares coletados pela Igreja de Saint Lawrence, em Tampa, cidade do Condado de Hillsborough, oeste da Flórida. A Paróquia será chamada Divina Misericórdia de Sandino.

Trata-se, ao lado de dois outros projetos que estão sendo implementados em Havana e Santiago de Cuba, do primeiro templo da Igreja Católica a ser construído na Ilha em 60 anos.

“Estamos muito contentes”, afirmou o Padre Ramón Hernández, que coordena os trabalhos. “Aguardamos com expectativa a missa inaugural”.

O Padre Cirilo Castro, que será o pároco, visitou Tampa no início de maio, levando informações atualizadas sobre o andamento da construção. “Falta somente colocar o teto”, explicou Pe. Hernández, dizendo esperar que os trabalhos sejam concluídos até final de junho.

Os bancos, um altar e outros elementos serão colocados nos próximos meses. A primeira Missa deverá ser celebrada em janeiro ou fevereiro de 2018.

O templo terá a capacidade para acolher 200 pessoas, sendo a primeira igreja construída em Sandino, localidade com cerca de 40 mil habitantes, onde a pesca, o café e o cultivo de frutas cítricas representam as principais atividades econômicas.

Sem um local público, os católicos locais celebram em locais privados. A Revolução Cubana havia proibido a prática aberta da religião na Ilha. As propriedades da Igreja foram nacionalizadas e os líderes religiosos exilados.

Mas “Cuba está mudando”, observou o Padre Hernández. Nascido em 1945, celebrava missas escondido, até abandonar o país em 1980. Porém, no início dos anos 90, o Partido Comunista de Cuba eliminou o ateísmo como requisito prévio para ser membro. Um ano mais tarde declarou o país como “Estado Laico” ao invés de “ateu”, como era precedentemente. E em 1998, justamente antes na histórica visita de João Paulo II, o Natal voltou a ser celebrado e seu dia reconhecido como feriado nacional.

(JE/Cubanet)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Papa: o Evangelho une e a ideologia divide

Cidade do Vaticano (RV) – A graça da conversão “à unidade da Igreja, ao Espírito Santo e à verdadeira doutrina”. Esta foi a oração do Papa na homilia da missa celebrada na manhã desta sexta-feira (19/05) na Casa Santa Marta.

Francisco comentou a Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, e observou que também na primeira comunidade cristã “havia ciúmes, lutas de poder, algum espertinho que – explicou – queria ganhar e comprar o poder”. Portanto, “sempre houve problemas”: “somos humanos, somos pecadores” e as dificuldades existem, inclusive na Igreja, mas ser pecadores nos leva à humildade e a nos aproximar do Senhor, “como salvador dos nossos pecados”. A propósito dos pagãos que o Espírito Santo convida à conversão, o Pontífice recordou que, no trecho, os apóstolos e os anciãos escolhem alguns deles para ir até Antioquia com Paulo e Barnabé. Os grupos descritos são dois:

“O grupo dos apóstolos que quer discutir o problema e os outros que criam problemas, dividem, dividem a Igreja, dizem que aquilo que os apóstolos pregam não é o que disse Jesus, que não é a verdade”.

Os apóstolos discutem entre si e, no final, entram num acordo:

“Mas não é um acordo politico, é a inspiração do Espírito Santo que os leva a dizer: nada de coisas, nada de exigências. Mas só o que dizem: não comer carne naquele período, a carne sacrificada aos ídolos porque era fazer comunhão com os ídolos, abster-se do sangue, dos animais sufocados e das uniões ilegítimas”.

O Papa destacou a “liberdade do Espírito” que leva ao “acordo”: assim, diz, os pagãos podem entrar na Igreja. Tratou-se, no fundo, de um “primeiro Concílio” da Igreja – “o Espírito Santo e eles, o Papa com os bispos, todos juntos” – reunidos “para esclarecer a doutrina” e seguido, no decorrer dos séculos, por exemplo pelo de Éfeso e do Vaticano II, porque “é um dever da Igreja esclarecer a doutrina” para “se entender bem o que Jesus disse nos Evangelhos, qual é o Espírito dos Evangelhos”.

“Mas sempre existiram essas pessoas que, sem qualquer autoridade, turbam a comunidade cristã com discursos que transtornam as almas: “Eh, não. Isso que foi dito é herético, não se pode dizer, isso não, a doutrina da Igreja é esta…”. E são fanáticos por coisas que não são claras, como esses fanáticos que semeavam intrigas para dividir a comunidade cristã. E este é o problema: quando a doutrina da Igreja, a que vem do Evangelho, que o Espírito Santo inspira, esta doutrina se torna ideologia. E este é o grande erro dessas pessoas”.

Esses indivíduos – explicou – “não eram fiéis, eram ideologizados”, tinham uma ideologia “que fechava o coração para a obra do Espírito Santo”. Ao invés, os apóstolos certamente discutiram de maneira enérgica, mas não eram ideologizados: “tinham o coração aberto ao que o Espírito dizia.

A exortação final do Papa foi para não se deixar intimidar diante das “opiniões dos ideólogos da doutrina”. A Igreja, concluiu Francisco, tem “o seu próprio magistério, o magistério do Papa, dos bispos, dos concílios”, e devemos caminhar nesta estrada “que vem da pregação de Jesus e do ensinamento e da assistência do Espirito Santo”, que está “sempre aberta, sempre livre”, porque a doutrina une, os concílios unem a comunidade cristã”, enquanto “a ideologia divide”.

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

El Salvador: juiz pede reabertura do caso sobre assassinato de Dom Romero

San Salvador (RV) – Um juiz de El Salvador ordenou na quinta-feira (18/05) a reabertura do caso do assassinato de Dom Óscar Arnulfo Romero e pediu que o único acusado pelo crime – um ex-militar absolvido em 1993 – seja processado pela Promotoria.

A decisão foi tomada depois que a Corte constitucional salvadorenha aprovou no ano passado a Lei da Anistia, que proíbe julgar os responsáveis por crimes e violações de direitos humanos cometidos durante a sangrenta guerra civil, entre 1980 e 1992.

O juiz Ricardo Chicas, do 4º Juizado de Instrução de San Salvador, deixou sem efeito a absolvição por falta de provas do Capitão Álvaro Rafael Saravia – único acusado pelo crime – e pediu para a Promotoria se pronunciar a respeito.

“Esta Lei da Anistia faz alusão mais ao esquecimento dos delitos cometidos do que ao perdão por uma responsabilidade penal”, considerou Chicas em sua resolução sobre o caso de Saraiva, que obteve a suspensão do procedimento judicial contra ele de forma automática.

Dom Romero foi assassinado em março de 1980 enquanto celebrava missa na capela de um hospital em San Salvador.

O prelado denunciava constantemente as violências cometidas pelo exército e por grupos paramilitares na luta contra a guerrilha de esquerda e contra a população e fazia um chamado ao diálogo e à reconciliação.

A guerra civil em El Salvador deixou cerca de 75 mil mortos e milhares de desaparecidos.

(JE/Reuters)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo