Igreja argentina abre arquivos sobre ditadura à familiares

Buenos Aires (RV) – A Conferência Episcopal Argentina (CEA) anunciou esta quinta-feira a aprovação de um protocolo que possibilitará às vítimas e familiares diretos dos desaparecidos durante a ditadura militar, consultar os arquivos em posse da Igreja sobre este conturbado período do país.

A CEA precisou que com o protocolo passa a existir “a possibilidade de consultas e, de acordo com o que foi anunciado oportunamente, poderão solicitar informação as vítimas, os familiares dos desaparecidos e detidos e, em caso de religiosos ou eclesiástico, seus respectivos bispos e superiores maiores”.

Por meio de um comunicado de imprensa, os bispos esclarecem que a consulta “se realizará sobre o material onde aparece mencionada a pessoa sobre a qual se busca informação”.

Trata-se, na verdade, de 3 mil cartas e documentos conservados no Episcopado, na Nunciatura Apostólica e na Secretaria de Estado na Santa Sé, sobre pedidos que chegaram à Igreja para conhecer o paradeiro de detidos e desaparecidos durante a ditadura e reivindicar negociações com os militares.

Por uma decisão tomada conjuntamente entre a CEA e o Vaticano, havia sido anunciada em outubro passado a finalização do “processo de organização e digitalização” dos arquivos da ditadura, e agora, com a aprovação do procedimento, os interessados poderão começar a realizar as consultas correspondentes.

Para tal fim, também foi publicado esta quinta-feira um modelo de carta e os procedimentos a serem seguidos por parte dos interessados em consultar a documentação.

(JE/telám)

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Pe. Fares: ar novo que Francisco trouxe à Igreja veio de Aparecida

Cidade do Vaticano (RV) – “Na Igreja sopra um vento diferente, se respira um ar fresco e novo. Esta lufada de ar fresco trazida pelo Papa Francisco não é algo de improvisado ou de exclusivamente seu. Teve um precedente na Conferência de Aparecida, onde o modo de trabalho sinodal encorajado pelo Cardeal Bergoglio suscitou na assembleia a maturidade humilde de um forte consenso.”

É o que escreve o sacerdote jesuíta Pe. Diego Fares no último número da prestigiosa revista da Companhia de Jesus “La Civiltà Cattolica”, nos 10 anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida – SP em maio de 2007.

“Aparecida foi um verdadeiro evento eclesial”, observa Pe. Fares, notando que “a realidade do evento foi superior às ideias que foram discutidas, votadas, escritas e corrigidas durante a Conferência e, mais tarde, na versão final aprovada pela Santa Sé”.

“Os frutos de Aparecida foram estendidos à Igreja universal e para muito além de suas fronteiras, graças ao impulso que o Papa Francisco deu a uma evangelização que torna o povo de Deus, em seu com junto, ‘discípulo missionário’, como queria o Vaticano II”, prossegue o religioso.

Pe. Fares conclui notando que assim “como a Evengelii gaudium traduziu em programa apostólico as intuições que o Documento de Aparecida havia retomado de Paulo VI – apresentando a ‘alegria do Evangelho’ como um elemento essencial –, da mesma forma a preocupação ecológica do Documento de Aparecida foi a semente da Carta encíclica Laudato si’.

O olhar de adoração e de louvor à Criação permitiu unir dois temas que aqueles que governam a única crise em curso fazem de tudo para manter separados: os pobres e o cuidado do planeta. (RL/Sir)

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Santa Sé na ONU: tecnologia deve educar para a solidariedade

Nova York (RV) – “As inovações tecnológicas devem ser instrumentos para educar as pessoas a uma verdadeira solidariedade e para superar uma ‘cultura do descarte’ que coloca o produto, e não as pessoas, no centro dos sistemas tecno-econômicos.”

Foi a advertência feita pelo observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento na sede da Organização em Nova York, esta quarta-feira (17/05), num encontro sobre o tema da inovação tecnológica.

Inovação tecnológica contribua para igualdade e inclusão social

Fazendo votos de que “o crescimento das inovações científicas e tecnológicas contribua para uma maior igualdade e inclusão social”, também na ótica da implementação dos Objetivos para o desenvolvimento sustentável, Dom Auza reiterou a importância, para tais instrumentos, de ser acompanhados pela “revolução da ternura” muitas vezes citada pelo Papa Francisco.

“É graças à compaixão e à ternura em relação ao outro que se percebe a alegria de poder partilhar as inovações em favor do desenvolvimento dos povos e das sociedades”, explicou o arcebispo filipino.

Ternura não é fraqueza, mas força transformadora

“A ternura não é uma demonstração de fraqueza, mas é uma força transformadora” que não “deixa ninguém para trás”, segundo uma atitude de “solidariedade partilhada”. Nesse sentido, “a ternura torna-se um modo para servir ao bem comum”, acrescentou Dom Auza.

Em seguida, o representante vaticano ressaltou como a Santa Sé está atenta ao progresso tecnológico, uma atitude evidenciada também pelo fato de o “Papa Francisco ter dezenas de milhões de seguidores no Tuíter e de ter o maior número de retuíter”.

Um futuro no signo da partilha

O pronunciamento do Observador permanente concluiu-se com os votos de que “o futuro da humanidade esteja nas mãos daqueles que reconhecem o outro como um ‘tu’ e a si mesmos como parte de um ‘nós’”, de modo a “partilhar os bom êxitos e os ônus recíprocos”. (RL)

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Cardeal Filoni visita a Guiné Equatorial: ordenará três bispos

Cidade do Vaticano (RV) – O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, partiu de Roma esta quinta-feira (18/05) para uma visita pastoral à Guiné Equatorial – costa ocidental da África –, onde no próximo sábado (20/05) presidirá em Mongomo a uma solene concelebração eucarística na qual ordenará três bispos.

Bispos do Gabão, da República de Camarões e do Congo (países vizinhos) participarão da celebração. Dois dos novos bispos serão os primeiros ordinários de duas dioceses criadas recentemente.

De fato, em 1º de abril último o Santo Padre erigiu as duas novas dioceses de Evinayong e Mongomo, cujos territórios foram desmembrados das dioceses de Bata e Ebebiyin, tornando-as sufragâneas da sede metropolitana de Malabo.

O Papa nomeou primeiro bispo de Evinayong o Rev. Calixto Paulino Esono Abaga Obono, do clero de Bata; e primeiro bispo de Mongomo o Pe. Juan Domingo-Beka Esono Ayang, CMF, até então ecônomo do Seminário Claretiano de Bata. Na mesma data o Pontífice nomeou bispo de Ebebiyin o Pe. Miguel Angel Nguema Bee, SDB, até então Superior provincial dos Salesianos.

Durante a visita pastoral, que prosseguirá até a próxima quinta-feira (25/05), o prefeito de Propaganda Fide presidirá também à posse das respectivas dioceses por parte dos novos bispos, encontrará a Conferência episcopal local, o clero, religiosos e religiosas das várias dioceses. Na terça-feira, 23 de maio, o purpurado visitará Oyala, a nova “capital administrativa” da Guiné Equatorial.

Descoberta pelos portugueses, a ex-colônia espanhola é um dos estados menores e menos habitado da África continental. Único país africano de língua espanhola, segundo o Anuário estatístico da Igreja a nação conta 759 mil habitantes, dos quais 736 mil são católicos, e tem uma superfície de 28.051 quilômetros quadrados – territorialmente pouco maior do que o estado de Alagoas. (RL/Fides)

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Calendário das celebrações presididas pelo Papa no mês de junho

Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicado esta quinta-feira (18/05) o calendário das celebrações a serem presididas pelo Santo Padre no mês de junho. No dia 4, domingo de Pentecostes, o Pontífice presidirá à santa missa às 10h30 locais na Praça São Pedro.

No domingo, dia 18, solenidade de Corpus Christi, o Papa presidirá à Eucaristia às 19h locais na Basílica de São João de Latrão – sede da Diocese de Roma –, seguida da Procissão com o Santíssimo até a Basílica de Santa Maria Maior e da Bênção Eucarística.

Na quinta-feira, dia 29, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Francisco presidira à santa missa às 9h30 locais na Basílica Vaticana, com a bênção dos pálios para os novos arcebispos metropolitanos.

Com relação à mudança de data da celebração de Corpus Christi, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, fez a seguinte declaração:

“O Santo Padre Francisco decidiu transferir a celebração litúrgica de Corpus Christi – que se celebra na quinta-feira 15 de junho – para o domingo, dia 18 de junho, a fim de favorecer uma maior participação do Povo de Deus, dos sacerdotes e dos fiéis da Igreja em Roma. Há ainda um segundo motivo: quinta-feira em Roma é um dia normal de trabalho, e assim fazendo se criam menos problemas para a cidade.”

(RL)

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