Representante da Santa Sede avalia locais para sediar eventos da JMJ no Panamá

Como parte das atividades que marcam o início dos atos da Jornada Mundial da Juventude de 2019, a ser realizada na República do Panamá, o Presidente Juan Carlos Varela recebeu na quinta-feira (4/5) o Comandante da Gendarmeria do Vaticano, Dr. Domenico Giani.

O representante vaticano está no país, para avaliar possíveis locais que poderão sediar os eventos deste megaencontro internacional.

O mandatário assegurou ao Comandate da Gendarmeria que o Estado panamenho dará todo apoio necessário para garantir o bom êxito da JMJ 2019, especialmente nas áreas de logística, segurança, proteção civil e saúde.

O Comandate Giani, por sua vez, manifestou ao Presidente o interesse da Santa Sé em coordenar junto aos organizadores e autoridades locais, todos os pormenores do encontro, que reunirá jovens de todo o mundo.

Como parte de sua visita de três dias no Panamá, o Dr. Giani reuniu-se ainda com os responsáveis pelos serviços de segurança do país, para coordenar tudo o que diz respeito ao encontro que se realizará entre os dias 22 e 27 de janeiro de 2019.

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Igreja na França convida eleitores à reflexão e discernimento

Os eleitores franceses voltarão às urnas este domingo (07/05) para o segundo turno das eleições presidenciais nas quais escolherão entre Emmanuel Macron – expoente de centro-esquerda – e Marine Le Pen – representante da extrema-direita do “Front National” – quem será o próximo inquilino do Palácio do Eliseu.

Respondendo a algumas perguntas sobre as presidenciais, o arcebispo de Marselha e presidente da Conferência Episcopal Francesa, Dom Georges Pontier, reitera o convite à reflexão e ao discernimento.

A Igreja não toma posição político-partidária

As eleições são uma etapa importante em nossa vida democrática e fazem parte de um processo que deveria garantir a paz social e a unidade da nação, ressalta o prelado. O papel da Igreja é, mais do que nunca, o de não posicionar-se ao lado de um ou de outro candidato, mas de “recordar a todo eleitor aquilo que nossa fé nos chama a levar em consideração”.

Levar em consideração critérios fundamentais

Na entrevista publicada no site da Conferência Episcopal Francesa, Dom Pontier ressalta que é importante levar em consideração critérios fundamentais. Entre estes, o prelado indica o respeito pela dignidade da pessoa humana, o acolhimento ao outro, a importância da família, a necessidade de assegurar a liberdade de consciência, a equânime distribuição dos recursos e o acesso ao trabalho. Nenhum programa, porém, satisfaz todos estes critérios.

A responsabilidade dos pastores

Recordando que “não existe um voto católico”, o presidente dos bispos franceses observa que a riqueza da Igreja encontra-se também nas diferenças de pensamento e de opinião. Mas os bispos devem assegurar a unidade recordando que somente Cristo “é o nosso salvador e a nossa luz”, acrescenta. Todo bispo realiza a sua missão e avalia, em consciência, o que dizer aos católicos da própria diocese. Assume esta responsabilidade, explica o arcebispo de Marselha.

Por fim, o arcebispo francês reitera a importância do voto embora “a tentação da abstenção possa ser entendida como expressão de uma grande insatisfação”. É importante continuar exercendo a própria “responsabilidade cívica”. A responsabilidade do cidadão é grande. Não pode eximir-se. “Temos a sorte de viver numa democracia e a nossa voz conta”, arremata o presidente dos bispos franceses. (RL)

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Dom Pizzaballa: Jerusalém é o problema dos problemas

“Jerusalém é o problema dos problemas que não se resolverá facilmente, pois não é somente uma questão territorial ou de confim, mas também ideal em que o elemento religioso é importante. Sobre esse tema nós cristãos não podemos nos calar.”

Foi o que disse numa entrevista à Agência Sir, o Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, sobre a recente resolução da Unesco em relação a Jerusalém e a aprovação de Hamas sobre a criação de um Estado Palestino entre os confins de 1967.

“Jerusalém não será somente o resultado de uma negociação entre palestinos e israelenses, judeus e muçulmanos, mas também com os cristãos. Sobre Jerusalém nós cristãos não podemos ficar calados. Jerusalém é também cristã”, disse ele.

Para o administrador apostólico, a escolha de Hamas de aceitar a criação de um Estado palestino entre os confins de 1967 “é uma novidade importante”. “Passar da ideia de destruir Israel a de aceitar os confins do Estado Palestino é importante, mas o caminho ainda é longo. Devemos percorrê-lo e nessa direção todos os passos são úteis. A paz deve ser construída no território, pois é aqui que a situação deve melhorar, caso contrário as pessoas se tornam céticas e distantes”, frisou Dom Pizzaballa.

Não impressiona ao frei capuchinho a declaração do Presidente estadunidense, Donald Trump, depois do encontro com o Presidente Palestino, Abu Mazen, de querer “criar a paz entre israelenses e palestinos. Chegaremos lá”, disse Trump.

“Todos os presidentes dos Estados Unidos, no início de seus mandatos, dizem sempre a mesma coisa”, comentou Dom Pizzaballa. “A experiência amadurecida em mais de vinte anos aqui no Oriente Médio me diz que devemos ser prudentes ao fazer afirmações entusiasmadas. É preciso ver o território e aqui a situação é muito grave. A greve de fome dos presos palestinos, os assentamentos que aumentam são situações que não mudarão com simples declarações”, concluiu o frei capuchinho.

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Assembleia CNBB: aprovado documento final

Concluíram-se nesta manhã de sexta-feira os trabalhos da 55ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). Neste último dia de atividades tivemos a Santa Missa conclusiva no Santuário, presidida pelo Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Sérgio da Rocha.

Foi aprovado o texto do documento final sobre o tema central da Assembleia sobre a iniciação à vida cristã, que agora será assumido como um documento oficial da CNBB. O texto do tema central busca corresponder aos desafios pastorais identificados pela Igreja.

Ontem à tarde tivemos a coletiva de imprensa com a Presidência da CNBB: Dom Sergio da Rocha, Presidente; Dom Murilo Krieger, Vice-presidente; e Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral. Foi apresentado um balanço geral da 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil com a participação de cerca de 370 bispos. Apresentada também a nota sobre o Momento Atual com a análise da realidade política e económica.

Mas sobre os trabalhos desses dias em Aparecida nós pedimos um comentário final ao Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer.

Silvonei José

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Paulo VI, o primeiro Papa peregrino em Fátima

Lisboa (RV) – Portugal entrou na rota das visitas apostólicas na quinta viagem de Paulo VI, por ocasião do 50º aniversário das aparições marianas na Cova da Iria.

Paulo VI quis ir pessoalmente a Fátima, como peregrino, em 13 de maio de 1967, apesar das tensões diplomáticas por causa da viagem do Papa italiano ao Congresso Eucarístico em Bombaim, em 1964, já depois de a Índia ter anexado Goa, Damão e Diu.

Paulo VI decidiu que o avião que o transportava desde Roma não aterrisaria em Lisboa, mas em Monte Real, ficando alojado na então Diocese de Leiria (hoje Leiria-Fátima).

Além da homilia na Missa do 13 de maio, Paulo VI fez outros seis pronunciamentos.

A viagem foi anunciada na Audiência Geral de 3 de maio de 1967 e apresentada como uma “peregrinação para honrar Maria Santíssima e invocar a sua intercessão em favor da paz da Igreja e do mundo”.

A peregrinação “rapidíssima” tinha um caráter “totalmente privado”, explicou o Papa italiano aos fiéis reunidos no Vaticano.

Em Fátima, Paulo VI recordou que foram as crianças e os pobres os primeiros destinatários da mensagem de Fátima e, na sua homilia, deixou uma referência aos regimes ateus, “países em que a liberdade religiosa está praticamente suprimida e onde se promove a negação de Deus, como se esta representasse a verdade dos tempos novos e a libertação dos povos”.

O Papa levou à Cova da Iria a sua preocupação com um mundo em perigo por causa da corrida às armas e da fome.

“Por este motivo, viemos nós aos pés da Rainha da paz a pedir-lhe a paz, dom que só Deus pode dar”, rezou.

Já na despedida, Paulo VI explicava que se apresentou em Portugal como peregrino “para rezar humilde e fervorosamente pela paz da Igreja e pela paz do mundo”.

“Maria Santíssima que, nesta terra abençoada, desde há cinquenta anos, se tem mostrado tão generosa para com todos aqueles que a Ela recorrem com devoção, digne-se ouvir a nossa ardente prece, concedendo à Igreja aquela renovação espiritual que o Concilio Ecumênico Vaticano II teve em vista empreender e à humanidade, aquela paz de que ela hoje se mostra tão desejosa e necessitada”, pediu.

As referências a Fátima neste Pontificado tiveram um momento particularmente relevante em 13 de novembro de 19164, na conclusão da III sessão do Concílio Vaticano II.

Paulo VI anunciou então a decisão de enviar a Rosa de Ouro ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima: “Tão caro não só ao povo da nobre nação portuguesa — sempre, porém hoje particularmente, a nós caro — como também conhecido e venerado pelos fiéis de todo o mundo católico”.

A entrega ao Santuário foi feita a 13 de maio de 1965 pelo cardeal Fernando Cento, legado do Papa.

(Agência Ecclesia)

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