Cardeal Paul Poupard enviado especial do Papa a Avinhão

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre enviou uma Carta em latim ao Cardeal Paul Poupard, – Presidente emérito dos Pontifícios Conselhos da Cultura e para o Diálogo Inter-religioso – seu Enviado Especial às celebrações do VII centenário do enclave dos Papas em Avinhão, que terão lugar nesta cidade francesa de 23 a 25 próximos.

A Missão Pontifícia é composta pelo Cardeal Paul Poupard, pelo Mons. Jean-Marie Gérard, Vigário Geral de Avinhão e pelo Cônego Daniel Bréhier, Reitor da Catedral de Avinhão.

Em março de 2009, o Cardeal Paul Poupard havia sido Enviado especial de Bento XVI por ocasião da abertura das celebrações do VII centenário da presença dos Papas em Avinhão que durou de 1309 a 1377.

Em 1307, o Papa Clemente V esteve em Avinhão, que fazia parte dos Estados Pontifícios, para resolver o conflito com o Rei da França, Filipe, o Belo, sobre o destino dos Templários.

A cidade de Avinhão havia se tornado “Cidade dos Papas” devido à presença de oito Pontífices, que ali residiram: João XXII (1316-1334), Bento XII (1334-1342), Clemente V (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362) Clemente VI (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362), Urbano V (1362-1370) e Gregório XI (1370-1378), o último Papa francês que retornou a Roma em 1377.

Este período “canônico” do Papado em Avinhão foi marcado pelo “grande Cisma do Ocidente”, que viu vários Papa e antipapas coexistindo contemporaneamente na Europa. Os dois antipapas de Avinhão, Clemente VII (1378-1394) e Bento XIII (1394-1423), não são reconhecidos como “sucessores” de Pedro.

O Papado de Avinhão, também conhecido como “Cativeiro de Avinhão”, diz respeito a um período da história do papado e da Igreja Católica, que vai de 1309 a 1377, quando a residência dos Papas foi transferida de Roma para Avinhão. Clemente V, sucessor de Bonifácio VIII, foi o primeiro Papa a ser transferido para Avinhão (1305), por ordem do rei da França, Filipe IV.

Este episódio é conhecido como a “Crise de Avinhão”, que deu início ao período conhecido como “cativeiro babilônico dos Papas” ou da Igreja, uma alusão ao exílio bíblico de Israel na Babilônia.

Em 1377 a residência do Pontífice foi transferida novamente para Roma, pelo Papa Gregório XI, enquanto um Papa rival fora eleito em Avinhão. Em 1414, o Concílio de Constança resolveu finalmente esta questão controversa. (MT)

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