Dom Pedro Cippolini fala sobre aspectos fundamentais da fé cristã

O bispo de Santo André (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Doutrina da Fé, Dom Pedro Carlos Cippolini, atendeu a imprensa na tarde desta quarta-feira, 03, durante a 55ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP).

O bispo falou sobre a Exortação Apostólica  pós-sinodal ‘Amoris laetitia – A Alegria do Amor. O documento escrito pelo Papa Francisco reúne os resultados dos dois Sínodos sobre a família convocados pelo Pontífice em 2014 e 2015 e contribuições de fiéis no mundo inteiro.

Dom Pedro Cippolini comentou alguns dos principais pontos da exortação e afirmou que após a sua publicação a postura com relação alguns temas que envolvem a família mudaram, citando o exemplo dos casais de segunda união.

“A doutrina do matrimônio permanece a mesma, mas o modo de abordar algumas questões e de tratar as pessoas, principalmente em relação aos casais de segunda união mudou. Essa mudança é no sentido de uma acolhida, um olhar misericordioso, o

dialogo e o desejo de que todos tenham na Igreja o seu lugar. Isso é importante. A Igreja como mãe deve ser acolhedora”, afirmou.

Dom Cippolini ainda falou sobre o trabalho da Comissão Episcopal para Doutrina da Fé: “A comissão quer ajudar a conferência a refletir temas relacionados a fé, no sentido de esclarecer e ilustrar alguns pontos que precisam melhorar no desenvolvimento do trabalho da evangelização”. Atualmente a comissão é constituída por cinco bispos e 19 peritos.

O bispo ainda apresentou dois subsídios produzidos pela comissão a pedido da Conferência: ‘Exorcismos: reflexões teológicas e orientações pastorais’ e ‘O Ensino de Filosofia na Formação Presbiteral’.
“O estudo da filosofia é importante para o currículo e formação do sacerdote. Esse subsídio apresenta uma reflexão sobre o ensino da Filosofia na formação presbiteral, sobre sua importância e articulação no contexto dos estudos do futuro padre”.

Sobre a temática do exorcismo, Dom Pedro comentou que a publicação atende à solicitação de alguns bispos que apresentaram a necessidade de ter orientações pastorais sobre essa temática.

“O subsídio quer auxiliar na reflexão e no discernimento sobre tantas questões presentes na vida das nossas comunidades como bênçãos, missas de cura, pedidos de oração para libertação e até mesmo exorcismo”, completou.

Ainda de acordo com o bispo, o objetivo do subsídio, lançado pela Edições CNBB, é recordar os aspectos fundamentais da fé cristã sobre o influência do maligno no mundo e sobre os exorcismos.
Reveja a entrevista com Dom Pedro Cippolini:

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Dom Fisichella: com Jubileu, Papa deu forte impulso à vida da Igreja

Com a convocação do Jubileu, “o Papa Francisco deu um forte impulso à vida de toda a Igreja”. Essa é a convicção do presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, expressa numa “lectio” esta quarta-feira (03/05) na Universidade dos Estudos (Link Campus Universidade) de Roma.

O arcebispo citou as palavras conclusivas da bula “Misericordiae vultus” com a qual o Papa Francisco convocou o Jubileu:

“Neste Ano Jubilar, que a Igreja se faça eco da Palavra de Deus que ressoa, forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor. Que ela nunca se canse de oferecer misericórdia e seja sempre paciente a confortar e perdoar. Que a Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: « Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre ».”

“Este Jubileu não tem um particular prazo de validade ao qual referir-se”, recordou o prelado: “Foi realmente ‘extraordinário’ porque se colocou fora de todo e qualquer circuito temporal e histórico para provocar a viver a própria essência da Revelação de Deus”.

De fato, acrescentou, a misericórdia “não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta com a qual Deus revela o seu amor. O rosto de Cristo torna-se o emblema da pregação da Igreja e a credibilidade dela no mundo contemporâneo está propriamente nesse testemunho”.

Segundo o presidente do dicastério vaticano para a nova evangelização “o Papa Francisco permitiu que neste Jubileu as obras de misericórdia corporal e espiritual fossem redescobertas na pregação e na vida diária:

“Elas foram durante séculos o patrimônio da vida da Igreja, mas, infelizmente, foram esquecidas. Certamente os cristãos sempre viveram também inconscientemente de tais obras. Este foi o tempo para redescobri-las e revivê-las num contexto cultural profundamente transformado e com novos rostos de pobreza e de violência.”

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Projeto ajuda na manutenção de seminaristas nas dioceses mais pobres

Auxiliar dioceses e prelazias que não possuem recursos suficientes para a formação de seminaristas. Este é um dos objetivos do Projeto Comunhão e Partilha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O 5º Meeting Point com jornalistas na 55ª Assembleia Geral da CNBB recebeu o bispo emérito da Diocese de Parnaíba (PI), Dom Alfredo Schaffler, na manhã desta quarta-feira, 03.

Todas as dioceses do Brasil destinam 1% de sua receita bruta mensal para um fundo administrado pela CNBB, com o objetivo de colaborar com as dioceses que não tem recursos para custear plenamente a formação de seus seminaristas.

Atualmente, de acordo com Dom Alfredo, são atendidos pelo projeto 403 seminaristas em formação, sendo ao todo 50 dioceses e prelazias ajudadas com os recursos do fundo. “Mãos abertas nunca são mãos vazias”, afirmou.
Além de Dom Alfredo Schaffler, idealizador do projeto, outros bispos integram a Comissão, tendo como presidente o bispo de São José dos Campos (SP), Dom José Valmor Cesar Teixeira.

“Grandes gestos através de pequenas ações. Assim somos capazes de lançar um sinal de esperança”, concluiu o bispo referindo-se do projeto de solidariedade entre as dioceses.

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Aparecida: AG celebra progressos no ecumenismo

Chegamos ao 8º dia da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida. O dia, como de costume teve início com a Santa Missa no Santuário Nacional presidida nesta quarta-feira por Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo de Uberaba.

Os trabalhos prosseguem no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida.

Sobre o andamento dos trabalhos e temas discutidos nós conversamos com o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta…

No final da tarde de ontem tivemos a celebração Ecumênica, recordando os 500 anos da Reforma Protestante. Sobre a importância do evento nós conversamos com Dom Reginaldo Andrietta, Bispo de Jales, SP…

Em um encontro com os jornalistas no âmbito da 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o Arcebispo de Sorocaba (SP), Dom Julio Endi Akamine falou sobre Ensino Religioso e a Reforma def Base Curricular Comum na educação do Brasil.

O encontro teve início com discussões sobre a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) que é o resultado de 12 milhões de sugestões e contribuições.

O Arcebispo explicou que a base comum curricular é um conjunto de orientações para as mais 176 mil escolas do país terem como norte na hora de formar uma base curricular, avaliar o aprendizado dos estudantes, formar os mais de 2 milhões de professores e elaborar políticas nacionais. “Uma base comum é necessária, mesmo que o estudante possa fazer alguma escolha, esses são os parâmetros para todo o Brasil”, detalha.

Ele repassou números e citou que 49 milhões de estudantes estão matriculados na educação básica (Ensino Fundamental e Médio) e mais de 8 milhões na superior. “O documento contém quais são as competências gerais que o aluno deve desenvolver em todas as áreas do conhecimento e tem como finalidade dar indicações claras do que os alunos devem e têm direito a aprender. Deve também promover uma maior colaboração entre municípios, Estados e Federação”. Dom Julio, também indicou que é um instrumento para diminuir as desigualdades.

Outro assunto contemplado com os jornalistas foi o ensino religioso nas escolas. Ele frisou que a própria constituição estabelece que deve existir nas escolas, mas o desafio está em poder definir se deve ser confessional ou não.

Na opinião do Arcebispo outra questão é a de compreender que um Estado laico não é Estado ateu e sim que está aberto a todas as expressões religiosas e que reconhece que dentro da cultura brasileira está muito forte o cristianismo. “Não tem como negar as nossas raízes, então é importante ter um conceito correto do que é laicidade”.

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Papa Francisco com a RCC em seu Jubileu de Ouro

A Renovação Carismática Católica (RCC) estará celebrando seu Jubileu de Ouro em Roma, dentro de um mês. O movimento nasceu em fevereiro de 1967, durante um retiro de estudantes na Universidade Duquesne, em Pittsburgh, Pensilvânia, e difundiu-se pelos cinco continentes.

As comemorações terão início na manhã da quarta-feira, 31 de maio, na Audiência Geral com o Papa Francisco e se concluirão no Domingo de Pentecostes, dia 4 de junho, com a celebração na Praça São Pedro, presidida pelo Pontífice, que também estará presente na grande Vigília programada para o ‘Circo Massimo’ (próximo ao Coliseu), na noite de sábado.

O programa destes dias será intenso, com encontros, simpósios, laboratórios e celebrações em várias basílicas e igrejas romanas. Testemunhas dos primeiros anos da Renovação estarão presentes, assim como expoentes mundiais da RCC e da Fraternidade Católica. Por desejo do próprio Pontífice, o encontro que reunirá carismáticos provenientes de todo o mundo, terá a presença também de expoentes do mundo evangélico e pentecostal.

“O Papa Francisco nos pediu para pensar em um Jubileu que fosse o mais inclusivo possível”, enfatizou a Presidente da RCC internacional, Michelle Moran. “Além dos encontros com o Pontífice, a programação prevê alguns momentos específicos que irão refletir as peculiaridades da Renovação Carismática. Cada evento será fruto da colaboração entre as diversas realidades, porque o Papa dá uma grande importância ao tema da unidade e membros de outras Igrejas estarão conosco”, explicou Moran.

“Precisamente do Papa Francisco partiu em 2014 o convite para esta grande festa e estamos ansiosos em celebrar este nosso Jubileu”, declarou à Agência Ansa o brasileiro Gilberto Barbosa, Presidente da Catholic Fraternity. “Somos um dom para a Igreja, mas também enfrentamos muitas dificuldades (…). O Papa disse que nestes cinquenta anos muitas coisas mudaram na Igreja. E isto graças também à contribuição da Renovação Carismática”.

Segundo algumas estimativas, existem hoje no mundo mais de 120 milhões de carismáticos católicos. De fato, aquele histórico retiro em 1967 não ficou restrito à Universidade de Duquesne. A experiência daquela “nova efusão do Espírito” vivida por aqueles estudantes, difundiu-se nas paróquias e outras realidades pelo mndo afora.

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