O Dr. Libero Milone apresentou ao Santo Padre na segunda-feira, 19 de junho, sua demissão do cargo de Auditor Geral, concluindo assim, de comum acordo, a relação de colaboração com a Santa Sé, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Desejando ao Dr. Milone todo o bem para a sua futura atividade, a Santa Sé informa que será iniciado o quanto antes o processo de nomeação do novo Responsável pelo Escritório de Auditor Geral.
O Escritório do Auditor Geral da Santa Sé foi instituído pelo Papa Francisco em 24 de Fevereiro de 2014, com a Carta Apostólica sob a forma de «Motu Proprio» Fidelis Dispensatur et Prudens, como nova entidade da Santa Sé encarregada de realizar auditorias dos dicastérios da Cúria Romana, das instituições ligadas à Santa Sé ou que fazem referência a ela e das administrações do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
Com a aprovação do Estatuto de 22 de fevereiro de 2015, o Papa Francisco indicou as funções e as competências do Escritório do Auditor Geral.
O Auditor Geral atua com total autonomia e independência de acordo com a legislação vigente e com o próprio Estatuto, reportando-se diretamente ao Sumo Pontífice.
Submete ao Conselho para a Economia um programa anual de revisão, assim como um relatório das próprias atividades.
O objetivo do programa de revisão é o de individuar as mais importantes áreas administrativas e organizativas potencialmente sujeitas a riscos.
Em particular, o programa anual prevê a verificação da confiabilidade dos relatórios econômicos e financeiros; a verificação da existência, da eficácia, da competência e da precisão dos procedimentos; o exame da conveniência econômica sobre o emprego dos recursos e a adequação dos procedimentos adotados para a segurança das pessoas, das informações cartáceas e informáticas.
O Escritório do Auditor Geral, outrossim, realiza revisões específicas quando consideradas necessárias ou também a pedido do Conselho para a Economia ou da Secretaria para a Economia; promove as ações penais e civis consideradas necessárias e oportunas junto às competentes autoridades judiciárias e vigia sobre a solidez econômica-patrimonial das entidades e administrações.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/06/santo-padre-aceita-demissao-do-auditor-geral-dr-libero-milone.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-06-20 13:13:032025-01-28 02:05:00Santo Padre aceita demissão do Auditor Geral Dr. Libero Milone
O Papa Francisco visitou na manhã desta terça-feira duas localidades italianas, centro e norte do país, Bozzolo e Barbiana.
O Santo Padre chegou de helicóptero a Bozzolo por volta das 9h15, onde foi acolhido pelo bispo de Cremona, Dom Antônio Napolioni, pelo prefeito da cidade e por muitos fiéis. Em seguida, na Paróquia de São Pedro, Francisco se deteve em oração diante do túmulo de Padre Primo Mazzolari, e na sequência fez um discurso aos fiéis. Depois se transferiu para Barbiana, onde chegou às 11h15 da manhã (hora local). Ali foi acolhido pelo Cardeal Giuseppe Betori, Arcebispo de Florença e pelo prefeito da cidade. Francisco visitou o túmulo de Padre Lorenzo Milani e depois diante da igreja da cidade fez um discurso aos fiéis. O Papa retornou ao Vaticano às 12h30.
Às vezes incômodo
No seu primeiro discurso em Bozzolo o Santo Padre destacou que ele foi a Bozzolo e depois Barbiana como peregrino nas pegadas de dois párocos que deixaram um rastro de luz, às vezes “incômodo”, no seu serviço ao Senhor e ao povo de Deus.
Eu disse muitas vezes – iniciou Francisco – que os párocos são a força da Igreja na Itália. Quando são as faces de um clero não-clerical, eles dão vida a um verdadeiro “magistério dos párocos”, que faz muito bem a todos. Padre Primo Mazzolari foi chamado de “o pároco da Itália”; e São João XXIII saudou-o como “a trombeta do Espírito Santo, na Baixa padana”.
O rio, a casa, a planície
Depois de descrever a personalidade de Padre Primo e a sua formação derivada da rica tradição da “terra padana” o Papa meditou sobre a atualidade da sua mensagem tendo como pano de fundo três cenários: o rio, a casa, a planície.
O rio é uma esplêndida imagem, que pertence à minha experiência, e também a de vocês, disse o Papa. Padre Primo desenvolveu o seu ministério ao longo dos rios, símbolos da primazia e do poder da graça de Deus que escorre incessantemente para o mundo. A sua palavra, pregada ou escrita, buscava clareza de pensamento e força persuasiva na fonte da Palavra do Deus vivo, no Evangelho meditado e rezado, encontrado no Crucificado e nos homens, celebrado em gestos sacramentais não reduzidos a mero ritual.
Padre Mazzolari, pároco em Cicognara e Cocoon, não se protegeu do rio da vida, do sofrimento de seu povo, que o plasmou como pastor sincero e exigente, antes de tudo consigo mesmo. Ao longo do rio aprendia a receber todos os dias o dom da verdade e do amor, para ser seu portador forte e generoso.
Família de famílias
Já a casa, (a grande casa) na época de Padre Primo, era uma “família de famílias”, que viviam juntas nestes férteis campos, também sofrendo misérias e injustiças, à espera de uma mudança, que depois resultou no êxodo para as cidades. A casa nos dá a ideia de Igreja que guiava Padre Mazzolari. Também ele pensava em uma Igreja em saída, quando meditava para os sacerdotes com estas palavras: “Para caminhar é preciso sair de casa e da Igreja, se o povo de Deus não vem mais a nós; e ocupar-se e preocupar-se também de suas necessidades que, apesar de não serem espirituais, são necessidades humanas”.
O cristão se distanciou do homem, e o nosso discurso não pode ser compreendido se antes não o introduzimos por este caminho, que parece ser o mais distante mas é o mais seguro. […] para fazer muito, é preciso amar muito”. A paróquia é o lugar onde cada homem sente ser esperado, um “lar que não conhece ausências”.
Padre Mazzolari foi um pároco convicto de que “os destinos do mundo se amadurecem nas periferias”, e ele fez de sua própria humanidade um instrumento da misericórdia de Deus, à maneira do pai da parábola evangélica.
Pároco dos distantes
Ele foi justamente definido “o pároco dos distantes”, – disse ainda Francisco – porque ele sempre os amou e os procurou. Ele não se preocupou em definir um método de apostolado válido para todos e para sempre, mas de propor o discernimento como maneira de interpretar alma de cada homem. Este olhar misericordioso e evangélico sobre a humanidade levou-o também a dar valor à necessária gradualidade: o sacerdote não é alguém que exige a perfeição, mas que ajuda a todos a darem o melhor.
O terceiro cenário é o da grande planície. Quem – disse o Papa -, acolheu o “Discurso da Montanha” não tem medo de avançar, como um andarilho e testemunha, na planície que se abre, sem limites tranquilizadores. Jesus prepara seus discípulos para isso, levando-os através da multidão, entre os pobres, revelando que o pico é alcançado na planície, onde se encarna a misericórdia de Deus. À caridade pastoral de Padre Primo se abriram muitos horizontes, nas situações complexas que enfrentou: as guerras, os totalitarismos, os confrontos fratricidas, a fadiga da democracia em gestação, a miséria de seu povo.
Encorajo todos vocês, irmãos sacerdotes, – disse Francisco – a ouvirem o mundo, aqueles que vivem e trabalham nele, para responder a todas as questões de sentido e de esperança, sem medo de cruzar desertos e áreas de sombra. Assim, podemos tornar-se Igreja pobre para e com os pobres, a Igreja de Jesus.
Francisco concluiu com um pedido: “que o Senhor, que sempre suscitou na Santa Mãe Igreja pastores e profetas segundo o seu coração, ajude-nos, hoje, a não ignorá-los novamente. Porque eles viram longe, e segui-los nos teria poupado sofrimentos e humilhações.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/06/papa-francisco-sai-do-vaticano-e-visita-bozzolo-e-barbiana.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-06-20 11:11:022025-01-28 02:04:59Papa Francisco sai do Vaticano e visita Bozzolo e Barbiana
Começou segunda-feira (19/06) o III Encontro da Rede Eclesial Pan-Amazônica, REPAM, na Colômbia. Até 24 de junho, mais de 100 participantes examinarão a realidade da Amazônia colombiana e definirão estratégias oportunas para trabalhar em conjunto pela tutela do bioma Amazônico. A Comissão Episcopal para a Amazônia também estará presente.
Reforçar o trabalho eclesial
O objetivo deste Encontro é reforçar a identidade da REPAM-Colômbia à luz da Encíclica “Laudato Sì”, como percurso de reconciliação com a criação e a tutela da Amazônia colombiana. Também se pretende incrementar o trabalho eclesial em comunhão, para obter uma ação mais eficaz como rede e concordar uma atuação do plano comum de ação.
Situação ecológica das populações indígenas
Na abertura dos trabalhos, foi apresentada a realidade de Mocoa e celebrada uma missa em memória das vítimas da inundação da cidade de Mocoa, em fins de março.
Segundo a agenda, será analisada a realidade dos territórios e Igrejas locais nas três sub-regiões da Amazônia, que compreendem 12 jurisdições eclesiásticas do sul.
Na conclusão do Encontro, será redigido um plano de ação concreto que a REPAM possa atuar diante dos principais desafios da realidade amazônica colombiana.
“Uma cultura sem raízes, uma família sem raízes é uma família sem história, sem memória”. Foi o que disse o Papa na abertura do Congresso diocesano de Roma, na Basílica de S. João de Latrão, na noite de segunda-feira (19/06). Francisco também convidou a estar ao lado dos adolescentes, recordando que esta fase da vida é ‘difícil’, mas não é uma ‘patologia.
A oração em ‘romanesco’
O Congresso diocesano deste ano tem como tema “Acompanhar os pais na educação dos filhos adolescentes”. Dirigindo-se às famílias, o Papa disse: “Vocês vivem as tensões desta grande cidade: o trabalho, a distâncias, o tempo reduzido, o dinheiro que nunca é suficiente. Por isso, para simplificar, rezem em dialeto, pensando nas suas famílias e em como formar seus filhos no âmbito desta realidade”.
Atenção à sociedade ‘desenraizada’
“Muitas vezes – disse o Papa – oferecemos a nossos filhos uma formação excessiva em campos que consideramos importantes para seu futuro e pretendemos que eles deem o máximo. Mas não damos tanta importância ao fato que devem conhecer sua terra, suas raízes”.
Adolescência, fase de crescimento para os jovens
Para o Papa, a adolescência “é um tempo precioso na vida dos filhos; um tempo difícil, de mudanças e instabilidade… uma fase que traz riscos e dúvidas, mas crescimento para eles e para toda a família”.
Francisco disse também que lhe preocupa a tendência atual dos pais de ‘medicar’ precocemente os jovens. “Parece que tudo se resolve medicando ou controlando tudo com o slogan ‘desfrutar o tempo ao máximo’ e assim, a agenda dos jovens fica pior do que a de um executivo”. Portanto, “a adolescência não é uma patologia que precisamos combater; faz parte do crescimento natural”.
“Eles querem se sentir – logicamente – protagonistas”, “procuram muitas vezes sentir aquela ‘vertigem’ que os faça sentir vivos”. “Assim, temos que encorajá-los a transformar seus sonhos em projetos! Proponhamos grandes objetivos e ajudemo-los a realizá-los!”.
Atenção à juventude eterna e ao consumismo
“Hoje há uma espécie de competição entre pais e filhos: o paradigma e modelo de sucesso é ‘a eterna juventude’. Ao que parece, crescer e envelhecer é ‘um mal’, é sinônimo de frustração e de uma vida acabada. Tudo deve ser mascarado e dissimulado”. “Como é triste que as pessoas façam ‘lifting’ no coração! É doloroso que se queira cancelar as rugas dos encontros, das alegrias e tristezas!”.
O outro perigo é o consumismo
“Educar à austeridade é uma riqueza incomparável. Desperta a criatividade, gera possibilidades e especialmente, abre ao trabalho em grupo, à solidariedade; abre aos outros”.
O agradecimento ao Cardeal Vallini
Enfim, o Papa agradeceu o Card. Agostino Vallini, que deixa seu cargo de Vigário-geral de Roma a Dom Angelo De Donatis. “Nestes anos – disse Francisco – o Card. Vallini “me manteve com os pés no chão”.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/06/papa-adolescencia-e-fase-dificil-mas-nao-e-uma-doenca.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-06-20 07:08:522025-01-28 02:04:57Papa: Adolescência é fase difícil, mas não é uma doença!
Faleceu ontem 19 de junho, com a idade de 81 anos, o Cardeal Ivan Dias, Prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos e Arcebispo emérito de Mumbai (ex-Bombaim), na Índia. Ele tinha 81 anos, e portanto era um dos Cardeais não eleitores.
Cardeal Ivan Dias, nasceu em Mumbai em 14 de Abril de 1936. Foi ordenado sacerdote em Bombaim em 08 de dezembro de 1958.
Em 8 de novembro de 1996, foi nomeado Arcebispo de Mumbai e no dia 13 de março do ano seguinte tomou posse da diocese.
Foi Presidente Delegado da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001).
Em 20 de maio de 2006, foi nomeado pelo Papa Bento XVI Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cargo que exerceu até o dia 10 de maio de 2011.
Ao mesmo tempo, foi também o Chanceler da Pontifícia Universidade Urbaniana. Ele participou do Conclave de abril de 2005 que elegeu Papa Bento XVI e do conclave de março 2013 que elegeu Papa Francisco.
São João Paulo II o criou cardeal no Consistório de 21 de fevereiro de 2001.
Com sua morte, o Colégio Cardinalício é composto da seguinte forma: 220 cardeais no total, 116 eleitores e 104 não eleitores.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/06/faleceu-o-cardeal-ivan-dias.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-06-20 05:07:272025-01-28 02:04:56Faleceu o Cardeal Ivan Dias