Convite para Seminário sobre a Campanha da Fraternidade 2017

floresta_cf2017 Seminário sobre a Campanha da Fraternidade 2017

A Campanha da Fraternidade de 2017 tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e lema: “Cultivar e guardar a criação (Gn 2,15).

No ensejo de colaborar com os/as agentes de pastoral e pessoas envolvidas com a temática, acontecerá um Seminário Estadual de Formação, no dia 27 de outubro de 2016, na Livraria da Rua dos Andradas, 1212, no Centro de Porto Alegre, com as assessorias do Prof. Dr. Paulo Brack (UFRGS) e da Prof. Dra. Luiza Chomenko (Fundação Zoobotânica).

A Campanha da Fraternidade tem como objetivo o cuidado com a criação e a relação fraterna com a vida e a cultura dos povos. Um olhar sobre os biomas brasileiros quanto as características, potencialidades e as agressões que destroem a fauna, a flora, as pessoas e os ecossistemas.

Para mais informações:

Entrar em contato com Edson Costa: (51) 8100-6428 – e-mail: pastoraissociaissul3@gmail.com

 

cnbbsul3.org.br

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2017 para baixar

Cartaz Campanha da Fraternidade 2017 para baixar

Tema e lema da CF 2017

icone_cf2017_bioma_05Tema: Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida
Lema: Cultivar e guardar a criação (cf. Gn 2,15)

 

 

Concurso para o Cartaz oficial da Campanha da Fraternidade 2018

 

Baixe o cartaz da Campanha da Fraternidade 2017:

Baixe o cartaz da Campanha da Fraternidade 2017 em Preto e Branco:

 

Na Área Especial:

 

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Apresentamos o Cartaz da Campanha da Fraternidade 2017

Apresentamos com exclusividade o Cartaz da Campanha da Fraternidade 2017

Explicação do Cartaz da CF 2017

Para colocar em evidência a beleza natural do país, identificando os seis biomas brasileiros, o Cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil, em imagens características de cada região. Compõem também o cenário, como personagens principais, os povos originários; os pescadores e o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, acontecido há 299 anos. Além da riqueza dos biomas, o cartaz quer expressar o alerta para os perigos da devastação em curso, além de despertar a atenção de toda a população para a criação de Deus.

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Comissão escolhe vencedores do concurso para o hino da CF 2017

Além do hino, foram escolhidas mais músicas para o CD

icone_cf2017_bioma_03Os vencedores do concurso para o hino da Campanha da Fraternidade de 2017 (CF 2017), promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  são o padre José Antônio de Oliveira, de Barão dos Cocais (MG), e Wanderson Luiz Freitas da Silva, de Goiânia (GO), que compuseram, respectivamente, a letra e a música oficiais do hino do próximo ano.

A CF 2017 tem como tema “Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida” e lema “Cultivar e guardar a criação”. No edital do concurso, foi pedido que a letra do hino traduzisse em profunda linguagem poética seu conteúdo; que possuísse caráter vibrante e convocativo; melodias e ritmos fluentes em qualquer assembleia.
O emprego da função da linguagem mais adequada ao momento litúrgico também foi levado em consideração.

O CD da Campanha da Fraternidade 2017, que deve ficar pronto ainda neste ano, contará com outras três músicas enviadas ao concurso. As autorias das músicas são de padre Cireneu Kuhn, verbita de Santo Amaro (SP); Casimiro Vidal Nogueira, de Curitiba (PR); e da parceria entre J. Thomaz Filho e Wallison Rodrigues.

De acordo com o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, aqueles que enviaram contribuições para concorrer à categoria de hino oficial da Campanha da Fraternidade “colocaram sua digital na importante história do maior Projeto de Evangelização da Igreja no Brasil”.icone_cf2017_bioma

Aguardem a melhor cobertura da CF 2017 e materiais exclusivos e o vídeo oficial produzido por nós.

Conheça os autores:

CNBB

CF 2017: Uma nova concepção de vida fraterna

Nicolau João Bakker, SVD

Introdução:

Surpreendeu-me o tema da CF de 2017: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida“. O que a fraternidade tem a ver com os biomas brasileiros? Tradicionalmente nossos biomas são seis: a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, a Mata Atlântica, o Pantanal, e os Pampas do Sul. Ultimamente se acrescenta a eles a Zona Costeira e Marinha. Não é um pouco artificial ligar estes biomas ao conceito de fraternidade?

icone_cf2017_bioma A fim de encontrar uma resposta mergulhei na minha infância. Lembrei-me do lugar onde nasci: quase dois metros abaixo do nível do mar, num dos famosos “pôlderes” holandeses, uma grande e rica extensão de terra cercada pelos não menos famosos “diques” da Holanda. Tudo fruto de uma luta mais do que secular contra a temível bravura do mar. Chamavam-nos de “frísios do Oeste”, isto em oposição aos frísios “de verdade” que moravam do outro lado de um grande braço do mar, a 25 km. de distância. Lá se falava uma outra língua que nem sequer entendia. Aliás, mesmo do nosso lado, em cada aldeia, de 3 em 3 km, o linguajar do povo – e também o modo de brincar, caçoar, torcer e opinar – era um pouco diferente. Em seu conjunto, nós, frísios do Oeste, constituíamos claramente uma “tribo” bem diferente das demais tribos holandesas. Depois de adulto me dei conta que até na religião éramos diferentes. Tínhamos, sem dúvida, um modo bem próprio de encarar as nossas obrigações religiosas.

Quando minha família, na década de 1950, emigrou para o Brasil, estabelecendo-se numa pequena cooperativa agrícola na área metropolitana de Campinas (Holambra), eu, com 21 anos de idade, enfrentei um mundo totalmente novo. Juntamente com meu pai e meus três irmãos, era preciso aprender a tirar o sustento para uma família de 11, não mais a partir de um único alqueire do bioma pôlder, mas agora a partir de um bioma inteiramente diferente. Os muitos cupinzeiros esparramados pelo velho pasto à nossa frente não deixavam dúvida. Estávamos diante de um “latifúndio” de 14 alqueires de cerrado paulista. Trabalhando na roça com paulistas, mineiros e cearenses, goianos, baianos e paranaenses, fui logo percebendo que cada um/a trazia do seu bioma de origem – evidentemente com variedades regionais – um mundo próprio, não apenas no sotaque, nos costumes e nas tradições, mas também em todo um jeito particular de encarar a vida.

CF 2017: Uma nova concepção de vida fraterna

Animais dos biomas brasileiros, ilustração por Digerson Araújo

De fato, mais do que nosso estado ou região de origem, é o bioma que define o viver, conviver e sobreviver do ser humano. A modernidade, com sua fortíssima tendência de criar o “homo globalis” – fruto de uma mídia homogeneizadora e um novo estilo de vida, urbano, escolarizado, e industrializado – tende a aniquilar o efeito bioma, mas não há como. Cada bioma é o resultado de forças cósmicas que mudam apenas a longuíssimo prazo e que ultrapassam em muito a capacidade humana de, de alguma forma, dominá-los. Muito antes de o ser humano destruir o bioma, o bioma irá destruir o ser humano. Em muitos sentidos o bioma “gera” o ser humano, dando-lhe sua característica própria, não apenas nas feições do corpo, mas também nas da alma. A não ser que algum imperialismo religioso a tenha modificado, em cada canto do planeta encontraremos uma população originária dirigindo ao mundo do além uma oração particular e muito própria.

O objetivo deste artigo é demonstrar que, das ciências da vida, surge uma nova concepção de “vida fraterna”. Se queremos realmente “defender a Vida”, como pede a Campanha da Fraternidade, vamos ter que “educar o nosso olhar” – como dizia Teilhard de Chardin (†1955) – e perceber que, de fato, somos irmãos e irmãs não apenas dos nossos semelhantes, os seres humanos, mas também, como já intuía São Francisco de Assis (†1226), de todos os demais seres vivos do planeta. Faremos isto, em primeiro lugar, observando “a Vida como ela é”. Em seguida veremos que também o bioma, como a própria “Vida”, é sempre uma “teia partilhada”. E, finalmente, tiraremos algumas conclusões pastorais “em defesa da Vida”.

I –  “A Vida como ela é”

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