Formação CF-2018: Violência contra população em situação de rua

Violência contra população em situação de rua no Brasil é denunciada à ONU

Dados de Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos aponta Estado como principal violador de direitos dessa população

Um conjunto de entidades e de movimentos sociais enviou uma denúncia sobre o cenário de violência enfrentado pelas pessoas em situação de rua no Brasil.

O documento foi construído por seis entidades – entre elas o Movimento Nacional da População em Situação de Rua e a Terra de Direitos – e foi enviado para relatores especiais da ONU de Moradia Adequada, de Defensores de Direitos Humanos, e de Extrema Pobreza e Direitos Humanos, e ao Alto Comissariado de Direitos Humanos. A denúncia já havia sido entregue, em português, durante atividade em Genebra (Suíça).

A denúncia aponta para o aumento dos casos de violação de direitos humanos desse grupo, e indica a necessidade de criação de políticas públicas voltadas às pessoas que enfrentam esse tipo de vulnerabilidade social e econômica.

Segundo dados do Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Material Reciclável (CNDDH), apenas entre março e agosto de 2017 foram registradas 419 denúncias de violência e 69 assassinatos de pessoas em situação de rua no país. Além desse número, foram registradas outras 25 mortes apenas em São Paulo, que resultaram da negligência e omissão do poder público – foram ao menos 10 pessoas mortas pela exposição ao frio.

Violência do Estado

O Estado aparece como principal agente violador de direitos dessa população, segundo os dados trazidos pelo CNDDH. A maior parte das denúncias encaminhadas ao Centro – 65% – foram cometidas por agentes públicos.

A denúncia encaminhada à ONU também aponta para as práticas higienistas das gestões municipais. Em maio deste ano, em São Paulo, uma ação promovida pelo prefeito João Dória e pelo governador Geraldo Alckmin retirou, à força, pessoas em situação de rua que estavam no bairro Santa Efigênia, conhecida como Cracolândia, para dar continuidade a um projeto de “revitalização da área”. As pessoas também foram internadas à força. “Esse tipo de prática fere a dignidade da pessoa humana e o direito de ir, vir e permanecer, provocando, ainda que indiretamente, a saída das pessoas em situação de rua dos logradouros públicos sem o seu consentimento expresso”, apontam as entidades na denúncia.

Em Curitiba, duas pessoas em situação de rua também foram brutalmente assassinadas em um intervalo de dois dias, na última semana. Os casos são registrados em um cenário de retrocessos na política municipal voltada a esse grupo da capital paranaense. Já em sua primeira semana de gestão, o prefeito Rafael Greca (PMN) fechou um dos espaços que servia de guarda-volumes dos pertences de pessoas em situação de rua, e protagonizou um episódio de “lavagem das ruas” no centro da cidade. Durante a campanha para prefeito, Greca também se envolveu em uma polêmica relacionada a essa população. Durante um dos debates, falou: “A primeira vez que tentei carregar um pobre e pôr dentro do meu carro, eu vomitei, por causa do cheiro”.

Moradia como necessidade

Na denúncia encaminhada à ONU as entidades também apontam que, apesar de ser um grupo muito diverso, a falta de habitação é uma das características comuns dessa população. Para isso, as entidades reivindicam a moradia como política central de acesso a rede de assistência social, mas apontam a necessidade de que tal política seja desenvolvida de forma intersetorial, que o modelo “etapista” de acolhimento seja superado, e que sejam desenvolvidos programas que respeitem o direito à cidade e evitem que essas pessoas sejam enviadas para as periferias.

Entre as sugestões criadas pelo coletivo, está a possibilidade de diversificação de programas como Bolsa Moradia, Aluguel e Locação Social. Uma proposta de locação social também foi criada pelo Grupo de Trabalho Interdisciplinar de Moradia e População em Situação de Rua do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) de Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Paraná. O programa, lançado no fim de agosto, sugere que sejam ofertados espaços de propriedade do poder público (como parques) ou outros imóveis privados para que seja feita a locação a partir de um valor pago de acordo com a renda das pessoas. Em breve, o programa deve ser encaminhado para as gestões municipais.

 

Franciele Petry Schramm

Participe da Hora da Vida 2017

Já está disponível o subsídio Hora da Vida, preparado para a Semana Nacional da Vida, de 1º a 7 de outubro, e o Dia do Nascituro, 8 de outubro. Esta edição, com o tema “Bendito o fruto do teu ventre” traz relação com o Ano Nacional Mariano, instituído no contexto dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O Hora da Vida tem como objetivo ajudar comunidades e famílias a se organizarem e viverem bem a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. É para toda a Igreja no Brasil um momento de evangelização e de compreensão da dignidade da vida.

“Celebrar a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro é a grande oportunidade de mostrar que, para nós cristãos, a vida realmente é o dom mais precioso que recebemos de Deus e, por isso mesmo, deve ser defendido, respeitado e amado. Uma importante missão surge para todos nós: a de nos tornarmos promotores da vida desde o início da gestação. Isso deve ser uma tarefa de todos nós que reconhecemos que fomos criados pelo amor incomensurável de nosso Deus”, afirma o assessor nacional da Pastoral Familiar, padre Jorge Alves Filho.

Inspiração Mariana

Maria tem lugar especial nas reflexões propostas no subsídio da Semana Nacional da Vida. Para o bispo de Osasco (SP) e presidente da CNPF, dom João Bosco Barbosa de Sousa, o “sim” corajoso e definitivo de Nossa Senhora ao Pai “trouxe ao mundo o Deus encarnado. Deus, tomando a vida humana como sua, tornou-a digna e sagrada”.

A Semana Nacional da Vida – continua o bispo – à luz do mistério de Maria faz perceber a relação amorosa que teve o Pai Criador com a sua criatura, “e essa revelação inaudita sustenta a atitude de responsabilidade e respeito que devemos ter e promover, para que a vida seja plena”.

O subsídio

O material – preparado pela CNPF em parceria com o Movimento Brasil Sem Aborto e o grupo Promotores da Vida – tem sete encontros e propostas de Celebração da Vida para o Dia do Nascituro e de bênção para o momento do parto. “Em cada encontro temos a oportunidade de recordar a história de Jesus e também de sua mãe, que protagonizou a bela atitude de acolher uma vida que teria a missão de salvar as vidas”, explica padre Jorge Filho.

A Semana Nacional da Vida parte da dinâmica de defesa da vida e é celebrada oficialmente desde 2005 quando foi oficializada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Antes disso, porém, desde a década de 1980 aconteciam iniciativas, como campanhas, aprofundamentos, encontros e cursos relacionados à temática.

Encontros

O Hora da Vida chega lembrando Maria Santíssima, neste Ano Nacional Mariano. Seu “sim” corajoso e definitivo ao Pai trouxe ao mundo o Deus encarnado. Deus, tomando a vida humana como sua, tornou-a digna e sagrada. Bendito o fruto deste ventre, do ventre de todas as mães, do ventre da mãe-Terra. O Pai Criador quer ser respeitado e amado em cada ser vivo criado, pois a Vida lhe pertence, e é o seu melhor dom, oferecido ao mundo de maneira sublime e singular na pessoa de seu Filho divino. Nele, toda a vida merece respeito.” Dom João Bosco (Presidente da Comissão Vida e Família da CNBB)

“Celebrar a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro é a grande oportunidade de mostrar que, para nós cristãos, a vida realmente é o dom mais precioso que recebemos de Deus e, por isso mesmo, deve ser defendido, respeitado e amado. Uma importante missão surge para todos nós: a de nos tornarmos promotores da vida desde o início da gestação. Isso deve ser uma tarefa de todos nós que reconhecemos que fomos criados pelo amor incomensurável de nosso Deus.” Pe. Jorge A. Filho (Assessor Nacional da Pastoral Familiar)

O Hora da Vida tem como objetivo ajudar nossas comunidades e nossas famílias a se organizarem e a viverem bem a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. Este ano traz como tema de reflexão “Bendito é o fruto de teu ventre(Lc 1:42)”.

1º Encontro – Eis aqui a serva do Senhor;
2º Encontro – Feliz aquela que acreditou;
3º Encontro – Não havia lugar para eles na hospedaria;
4º Encontro – Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge;
5º Encontro – Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz;
6º Encontro – Olha, teu pai e eu estávamos angustiados à tua procura!;
7º Encontro – A família promotora da misericórdia na sociedade;
Celebração da Vida (8 de outubro, Dia do Nascituro);
Bênção para o momento do parto.

A Semana Nacional da Vida foi instituída em 2005 pela 43ª Assembleia Geral da CNBB. O Dia do Nascituro celebra o direito à proteção da vida e saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio.

Encomendas podem ser feitas pela Loja virtual, em www.lojacnpf.org.br pelo telefone (61) 3443-2900 ou ainda pelo e-mail vendas@cnpf.org.br O material também é distribuído pelos casais coordenadores e agentes da Pastoral Familiar nos regionais e dioceses.

Coordenação se reúne para preparar o encontro regional da CF 2018

Coordenação se reúne em SP para preparar o encontro regional da Campanha da Fraternidade 2018

A sede do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recebeu em reunião, a coordenação da CF, na sexta-feira (01). Na ocasião, foi discutida a próxima Campanha da Fraternidade 2018.

A Coordenação da Campanha da Fraternidade do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as dioceses do estado de São Paulo, reuniu-se em São Paulo, no dia 1 de setembro, na sede do episcopado paulista, com o objetivo de preparar o próximo Encontro Estadual de Formação para a Campanha da Fraternidade 2018, com o tema “Fraternidade e superação da violência”, e lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8), que será realizado em Itaici, SP, de 27 a 29 de outubro de 2017.

“Esse encontro pretende reunir pessoas engajadas na Campanha da Fraternidade e nos trabalhos pastorais das dioceses do estado de São Paulo e representantes de diversos segmentos da sociedade civil que trabalham diretamente com a temática da violência”, salientou o padre Antonio Carlos Frizzo, coordenador estadual da CF.

A coordenação é formada por coordenadores das sub-regiões pastorais e é coordenada por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo referencial da CF do Regional Sul 1 da CNBB, padre Antonio Carlos Frizzo, coordenador estadual da CF e Toninho Evangelista, secretário executivo estadual.

 

CNBB / Portal Kairós

Seminário aprofunda o tema da violência para a CF 2018

De 22 a 23 de agosto, acontece no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília, o Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade (CF) 2018, cujo tema é “Fraternidade e Violência”. A atividade tem como objetivo avaliar como foi realizada a CF 2017 nos 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e aprofundar o tema da próxima campanha para difundi-lo por meio de seminários regionais.

Segundo o secretário executivo da CF da CNBB, padre Luís Fernando, a mística que vai impulsionar a CF-2018 é a da Igreja em comunhão e participação. “A Igreja vai multiplicando sua mensagem profética por meio do compromisso dos fiéis leigos e leigas que atuam nos Regionais”, acredita.

O secretário executivo afirma que o seminário será um momento de revisitar a história da Campanha da Fraternidade e projetar os passos da próxima. “O seminário é núcleo primeiro que colabora com a multiplicação da CF no Brasil”, disse.

Representantes dos 18 regionais no Seminário Nacional

Violência mapeada

A atividade contará com a presença dos autores do texto-base da CF 2018, que ainda está em preparação. O professor da Puc-Minas, Robson Sávio Reis Souza, é um deles e fará um mapeamento da violência no Brasil.

A programação ainda contará com o aprofundamento dos caminhos sugeridos pela bíblia para a superação da violência a ser feito pelo padre Luís Fernando, secretário executivo da CF da CNBB. O professor Antônio Evangelista, de São Paulo, apresentará pistas para ações concretas da CF.

Durante o seminário, também serão apresentadas as versões, ainda em processo de acabamento, do hino e do cartaz da CF 2018. Participam da atividade 40 pessoas representando os 18 regionais da CNBB, cujo papel é multiplicar a mensagem da CF nos seus respectivos regionais.

Gravação do Hino da CF-2018

Andréia Zanardi (primeiro plano da foto) “Boa tarde, pessoal! No CD da Campanha da Fraternidade 2018, que terá como tema Fraternidade e superação da violência, vcs ouvirão nossas vozes, com arranjos do Maestro Luiz Karam.”

Refrão do Hino Oficial da Campanha da Fraternidade 2018:

“Fraternidade é superar a violência
É derramar em vez de sangue mais perdão
É fermentar na humanidade o amor fraterno
Pois Jesus disse que somos todos irmãos
Pois Jesus disse que somos todos irmãos”

Letra: Frei Zilmar Augusto, OFM
Música: Pe. Wallison Rodrigues

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Consagração à Sagrada Família (Hora da Família 2017)

Consagração à Sagrada Família (Hora da Família 2017)

Dirigente: Sagrada Família de Nazaré, dirigimo-nos a vós com confiança; ajudai-nos a assumir com renovado ardor, o compromisso missionário da Igreja, em estado permanente de missão. Fazei de nossas famílias uma luz para a vida em sociedade, transformando-as em lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do evangelho e pequenas Igreja domésticas.

Todos: Jesus, Maria e José, inspirai-nos na vivência da fé cristã, do amor, do recolhimento, do silêncio e da harmonia familiar.

Dirigente: Ó Sagrada Família de Nazaré, afastai de nossas famílias a violência, o fechamento e a divisão. Que saibamos perdoar as ofensas e praticar a misericórdia. Olhai por todas as famílias, em especial aquelas que se encontram machucadas e feridas. Que nenhuma família seja excluída da vida comunitária e missionária da Igreja.

Todos: Sagrada Família de Nazaré, abençoai nossas famílias e fazei com que sejam lugar de amor e compreensão para que todos sintam a força renovadora da presença do Espírito Santo. Todos erguem um objeto simbólico (pode ser as chaves da casa), com as mãos em direção à imagem da Sagrada família, simbolizando esta consagração.

Dirigente: Sagrada Família de Nazaré como compromisso de fé, amor e missão nós vos consagramos a nossa família e nosso lar. Pedimos que não nos falte a vivência da harmonia, nos assista com sua intercessão e abençoe o nosso lar.

Todos: Sagrada família de Nazaré, acolha benignamente a oferta que lhe fazemos de nossas famílias e nos conceda as suas bênçãos e graças.

Pai Nosso… / Ave Maria…

 

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