Celebração em Roma recorda 42 anos da morte do Cardeal József Mindszenty

Uma Santa Missa a ser celebrada na quinta-feira, 4 de maio, na Igreja de Santo Estevão “al Celio”, em Roma, irá recordar o Servo de Deus Cardeal József Mindszenty (1892-1975).

A Liturgia será presidida pelo Presidente do Pontifício Conselho da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. O serviço do altar será feito, como por tradição, por alunos do Pontifício Colégio Germânico-Húngaro, ao qual pertence a igreja.

Este ano a celebração terá a participação do Coral “Benedictus” da homônima Catedral de Kecskemét e a Orquestra de Câmara “Sándor Lakó” de Kecskemét, que após a Missa executarão algumas peças musicais típicas da tradição musical húngara (Liszt e Kodály).

De fato, passaram-se já 42 anos do trânsito do Cardeal Mindszenty, ocorrido em Viena em 6 de maio de 1957. Desde os anos 90, a comunidade húngara de Roma, em colaboração com instituições húngaras da Cidade Eterna, celebra em memória do Cardeal na Igreja de Santo Estêvão, da qual era titular.

József Mindszenty foi ordenado sacerdote em 12 de junho de 1915, sendo preso quantro anos mais tarde durante a revolução comunista de Bela Kun. Foi ordenado Bispo de Veszprém em 25 de março de 1944.

Caiu prisioneiro do regime nazista em 1944 – 1945 de quem se mostrou adversário e depois de ter ajudado inúmeros judeus a fugir. Foi nomeado Arcebispo metropolitano de Esztergom em 2 de outubro de 1945, cargo em que permaneceu até 18 de dezembro de 1973. Foi criado Cardeal em 18 de fevereiro de 1946 pelo Papa Pio XII com o título de Cardeal-presbítero de “Santo Stefano de Monte Celio”.

Preso pelo regime comunista em 1949 e libertado por ocasião da Revolução Húngara de 1956, obteve asilo na embaixada dos Estados Unidos até 1971. Por ocasião da sua prisão por parte das autoridades húngaras (2 de janeiro de 1949) o Papa Pio XII escreveu a Carta “Acerrimo Moerore”, de protesto, dirigida aos Arcebispos e Bispos da Hungria.

Foi impedido pelo regime de participar dos Conclaves de 1958 e 1963 que procederam à eleição dos Papas João XXIII e Paulo VI, respectivamente. Faleceu no exílio, em Viena em 6 de maio de 1975.

Em 1991 seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, após 16 anos de sua morte. Em 1996 a documentação para o processo de sua beatificação foi apresentada à Congregação para a Causa dos Santos pelo postulador da Causa Fr. Janos Szoke.

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