Livros infantis e a catequese

Livros infantis e a catequese

Os livros infantis contribuem para o aprendizado escolar e a catequese, além de estimular a imaginação da criançada. No dia nacional do livro infantil, comemorado em 18 de abril, a Editora Santuário traz dicas de livros mostrando a importância da leitura para os pequenos.

Entre os grandes destaques da Editora estão coleções de histórias, orações e boas histórias.
A lista, no site abaixo, auxilia no momento da escolha de um presente ou de uma nova história antes de dormir.

Acesse para conhecer os livros: A12.com/editora

A catequese

Muitos catequistas ainda pensam a catequese como aula. Alguns inclusive usam o termo “curso de catequese” e se referem frequentemente aos seus encontros como “aula de catequese”. Parece que, se os pequenos entram na pré-escola, precisam também de pré-catequese.

Primeiramente, é preciso esclarecer que o catequista não “dá aulas”. Pelo contrário, ele realiza encontros e deve fugir sempre da terminologia que lembre a escola. Aqui não há implicância com a instituição de ensino. Na verdade, existe uma razão para essa ideia.

O processo catequético é uma iniciação à vida cristã, não um curso. E a iniciação, sobretudo aos mais novos, deve fugir do conceito “aula”, “teoria”. Isso porque as crianças precisam entender que a catequese não é “mais uma” ocupação. E cuidado com a idade das crianças: aos três, quatro anos, elas têm de estar sempre junto aos pais. A catequese não é uma creche e muito menos os catequistas são babás.

A pré-catequese

Deve ser feita de momentos lúdicos, complementada pela formação que os pais direcionam aos seus filhos em casa. Lembre-se sempre de incluir os pais na catequese infantil. Ela não é e não deve ser uma “terceirização” da primeira catequese, que é dever dos pais. Se você sentir que eles têm certa deficiência nesse quesito, não sabendo como iniciar os filhos, a primeira coisa a fazer é trazê-los para a catequese, junto da criança. Acredite: há casos em que os responsáveis pelos pequeninos precisam mais da catequese do que seus próprios filhos.

Outro ponto importante é que crianças nessa idade não precisam de formalidade. Passam por uma fase em que estão começando a entender a vivência em comunidade e a conhecer Jesus. Então, nada de conteúdos explicados em papel. Esqueça, por exemplo, de “explicar” a missa ou a Bíblia; evite falar da doutrina da Igreja, é cedo demais para isso. Trabalhe as várias parábolas de Jesus e histórias que envolvam a sua caminhada. Apresente Jesus como um amigo, um protetor. Os catequizandos precisam de atenção, carinho, aconchego e Jesus é essa imagem. Relacione Deus com a família, com os pais, com aqueles que eles amam e que os protegem.

Sobre a missa

Com relação à missa, peça às crianças para que, sempre que forem às Santas celebrações com os pais, escutem as histórias de Jesus. No encontro, use o canto, as brincadeiras, as dinâmicas e as orações espontâneas como ferramentas. Mas veja bem: faça isso no encontro, não na missa (trata-se de um Rito Milenar, crucial à nossa fé, e lhe devemos absoluto respeito). Qualquer coisa que for feita que altere o Rito, fere a Liturgia da Igreja. Se quer relacionar a catequese à missa dominical, faça um itinerário referente aos evangelhos do domingo. Assim, as crianças vão relacionando o que veem na catequese com o que escutam na Igreja (catequese/liturgia).

As leituras bíblicas

Utilize leituras bíblicas numa linguagem que se faça entender. Não se esqueça de que na Igreja as leituras são de difícil compreensão pra as crianças.

Sobre o ‘saber fazer’

Oriente-se sobre o conteúdo da catequese de Eucaristia e Crisma. O catequista de catequese infantil precisa saber o que acontece nas fases subsequentes. A catequese formal tem um processo gradual e contínuo de conteúdos a serem trabalhados. Não antecipe conteúdos, as crianças terão tempo para aprofundar o ensino da fé. Agora, elas precisam de anúncio, apaixonar-se por Jesus e sua mensagem. Precisam gostar de estar ali, na Igreja, saber que estão se encontrando com alguém especial: Jesus.

Didaticamente e pedagogicamente falando, crianças da idade em que me refiro não têm capacidade de percepção do abstrato, ou seja, daquilo que elas não podem ver e tocar. Portanto use e abuse de imagens e exemplos que sejam de fácil entendimento e que elas consigam relacionar ao seu cotidiano. Não tente fazê-las sentir a mistagogia da fé, porque elas ainda não estão preparadas para isso. Jesus precisa ser mostrado como uma pessoa, que existiu, teve uma família e fez as coisas que eles fazem — mas que é especial, diferente, pois veio para tirar as coisas ruins do mundo, mostrar a beleza da natureza, do ser humano e do que é ser bom.

Acolha as crianças. Envolva-as na fé e desperte a curiosidade, o interesse delas. Ensinar conteúdos é para a catequese mais madura.

Se puder, adquirida um livro/manual de catequese Infantil para nortear seus encontros. As editoras Vozes, Paulinas, Paulus e Ave Maria, por exemplo, têm ótimos manuais. Vá até uma livraria católica, confira os vários livros que o mercado oferece e veja qual pode ser adequado à sua realidade.

Adaptação de texto publicado pelo portal Catequistas em Formação.

a12.com

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