A Sabedoria de Jesus

A sabedoria de Jesus

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”

Na Sinagoga de Nazaré todos ficaram encantados com as palavras do Mestre Divino, Jesus Cristo, e exclamavam: “Que sabedoria foi esta que lhe foi dada’? ( Mc 6, 2). Cristo era a fonte mesma da sabedoria. Todas as palavras que quisermos escolher jamais poderiam traduzir a grandeza do Filho de Deus, Sabedoria infinita. Ele era bem mais do que um simples sábio. São Lucas assinalou que o Menino Jesus se fortificava e estava cheio de sabedoria (Lc 2,40). O mesmo evangelista registrou que no templo de Jerusalém, ainda criança, suas respostas maravilharam os mestres que ali estavam (Lc 2,47). Mais tarde em Nazaré seria na Sinagoga de sua terra que seus ouvintes seriam arrebatados com suas divinais palavras. Durante sua vida pública ele empregou parábolas, citou provérbios e revelou uma cultura que não conhecia fronteiras.

Até Ernest Renan, famoso escritor francês, homem sem fé, reconheceu que a Parábola do Filho Pródigo é uma das joias da literatura universal. É que Jesus mesmo pôde atestar que sua sabedoria era muito maior do que a de Salomão (Mt 12,42). Deve-se se notar que no Antigo Testamento a Sabedoria existe em Deus desde toda a eternidade. Está no Livro do Eclesiástico a referência à Sabedoria: “ Eu saí da boca do Altíssimo e como vapor cobri a terra […] Antes dos séculos, desde o princípio (o Altíssimo) me criou e por todos os séculos não deixarei de existir” (Ecl 24, 3. 9). A Sabedoria participa da criação de tudo e foi enviada ao mundo (Pv 8,30). Pois bem, esta Sabedoria é Jesus como São João bem mostrou: “No começo era o Verbo e o Verbo era Deus […] Tudo foi criado por Ele [..] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” ( Jo 1,2-3. 9). Então a luminosa claridade da Sabedoria Eterna brilhou nesta terra. Ele a imagem do Deus invisível, primogênito da criação, reflexo da glória divina, palavra encarnada no tempo.

Eis por que ele se distinguia dos escribas e não tivera a necessidade de seguir um programa de formação de teólogo especialista. Apresentou-se como um verdadeiro Profeta. Legislador e Taumaturgo. Quem percorre com atenção os Evangelhos percebe que Ele adotou o gênero literário sapiencial com um discurso maravilhosamente persuasivo. Jesus foi um pregador inigualável, um orador que superou os maiores tribunos da Grécia e de Roma e que nunca seria sobrepujado através dos tempos. Suas bem-aventuranças, suas promessas de felicidade e de êxito em busca de um reino eterno, suas sentenças fulgurantes, suas belíssimas comparações, suas normas de vida O distinguem de todos os outros doutores. Enigmas eram resolvidos a nível profundo. Seus adversários eram desmascarados com uma finura extraordinária como aconteceu, por exemplo, quando O quiseram jogar contra o Império romano, ao indagarem se deveriam ou não pagar tributo a César. Sua resposta foi incisiva e até irônica: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Queriam apedrejar uma mulher adúltera, Ele se inclina a escrever no chão e, depois, com voz forte argui: “Quem estiver sem pecado atire a primeira pedra”. Os acusadores se retiram, a começar pelos mais velhos. Ele, porém, não passou recibo nos pecados daquela mulher, dado que com ternura lhe diz: “Não tornes mais a pecar”.

Seus conselhos registrados pelos evangelistas, entendidos no âmbito mais vasto e universal possível, são dirigidos a todos os homens de todos os tempos e lugares de modo personalizado. Então, ao se refletir sobre a sabedoria de Jesus cumpre a cada um se indagar se realmente frequenta na prática a Escola deste Mestre admirável, Conselheiro sapientíssimo. Quem se matricula no Educandário de Jesus e vive o que Ele ensinou jamais se sentirá frustrado, pois terá captado o verdadeiro sentido da vida. Ele é, realmente, a Palavra Eterna e jamais alguém doutrinou como Ele. Nenhuma obra literária jamais publicada, nem mesmo a mais bela, a mais maravilhosa na forma, a mais rica no conteúdo, nunca teve o esplendor do Evangelho. Nele se acha toda a revelação de Deus; nele se depara a paz, por ele se resolvem os problemas humanos mais complexos. A doutrina do Filho de Deus é a manifestação fidedigna da Verdade que liberta, mostra o caminho seguro da beatitude, e conduz à vida beatífica na eternidade. Ninguém nunca falou com tanta sabedoria como Jesus falou!

A Sabedoria de Jesus
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

Solução para um grave problema social

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No momento em que este país se aterroriza com a criminalidade, inclusive praticada pelos adolescentes acobertados pela legislação vigente, muitas vezes não se vai ao cerne do problema. O que na verdade deveria ser aprofundada é a questão da educação. O estado deplorável em que se acham as Escolas, inclusive as Universidades, é bem a amostra da falha dos governantes. Verbas altíssimas são aplicadas em setores sociais, muitas vezes incentivando a indolência com um paternalismo censurável.

Enquanto isto, as verbas para o Ensino são cortadas. No entanto, ou se valoriza a Educação ou o abalo ético crescerá assustadoramente para ruina de toda a população. Como muito bem salientou Daniel Fernandes, “problemas como desigualdade e exclusão social, impunidade, falhas na educação familiar, desestruturação da família, deterioração dos valores ou comportamento ético, individualismo, consumismo e a cultura do prazer estão diretamente ligados à violência do Brasil”. Todo ser humano é educável. O que se esquece, porém, é que a escolaridade tem por obrigação preparar as crianças, os adolescentes e jovens para levar uma vida moral decente. Quando qualquer um dos preceitos do Decálogo são depreciados, não é possível uma ética consistente.

Matar ou roubar é ir diretamente contra dois princípios fundamentais, mas são esquecidos, sobretudo, o sexto e o nono mandamentos. Abre-se então a porta para todas as aberrações. Impera uma sexualidade degradante e o matrimônio é vilipendiado. Fala-se até em casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que é um desvirtuamento do termo casamento e da própria finalidade do sexo. Falta, além disto, a muitos educadores desenvolver a capacidade cognitiva dos alunos, levando-os a raciocinar, para tomarem decisões corretas e não simplesmente aceitando o que é propalado pela mídia. O senso crítico, realmente, não é cultivado, mesmo porque a indolência intelectual é alimentada por falta de uma pedagogia verdadeiramente formativa. Que se formem brasileiros colaborativos que, de fato, pensem e tenham responsabilidade diante da vida e do desenvolvimento do meio humano no qual cada um se acha integrado, sob pena de se ver agravado o caos social.

Nem se pode esquecer o mau exemplo dado por tantos políticos e o quadro de corrupção que enlameia a história atual deste país não favorece em nada uma perspectiva de novos dias e novas esperanças de uma pátria onde impere realmente a “ordem e o progresso”. Em síntese, razão tem João Paulo dos Reis Velloso, Presidente do Instituto Nacional de Altos Estudos, ao afirmar que há “necessidade de transformar a Educação, para que a Educação transforme o Brasil”. Uma cruzada patriótica para que surja a perspectiva de dias melhores, começando pelas ações educacionais, precisa então ser urgentemente incrementada.

Solução para um grave problema social
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

Entenda ponto a ponto a encíclica Laudato Si, do papa Francisco

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A mensagem central da encíclica “Laudato Si” (“Louvado Sejas”), a primeira do papado de Francisco produzida integralmente por ele, é uma frase repetida três vezes ao longo de suas mais de 190 páginas: “tudo está conectado”. O ser humano não está dissociado da Terra ou da natureza, eles são partes de um mesmo todo. Portanto, destruir a natureza equivale a destruir o homem. E destruir o homem, para os católicos, é pecado. Da mesma forma, não é possível falar em proteção ambiental sem que esta envolva também a proteção ao ser humano, em especial os mais pobres e vulneráveis.

Esse raciocínio, que o papa chama de “ecologia integral”, permeia toda a construção da carta encíclica, tanto do ponto de vista da argumentação religiosa quanto das prescrições políticas – que Francisco faz num nível de detalhe assombroso, como quando critica a incapacidade das conferências internacionais de responder à crise climática, sugere uma saída gradual dos combustíveis fósseis e até mesmo propõe mudanças no modelo atual de licenciamento ambiental.

A crise climática, segundo o texto da encíclica, é uma das faces de uma mesma grande crise ética da humanidade. Esta é produzida pela ruptura das relações com Deus, com o próximo e com a terra, que o papa chama de as “três relações fundamentais da existência”. Os padrões insustentáveis de produção e consumo da sociedade global, impulsionados pela tecnociência fora de controle, levam à degradação das relações humanas e à degradação também da “nossa casa comum”, que é como Francisco chama o planeta.

Pouca coisa na agenda socioambiental parece ter escapado à análise de Sua Santidade: além do clima, Francisco pontifica sobre proteção dos oceanos, poluição da água, espécies ameaçadas, florestas e povos indígenas. Em relação a todos esses temas, as principais críticas recaem sobre os países ricos (a expressão “produção e consumo” aparece cinco vezes no texto), que são chamados a compensar os pobres pela degradação. Mas os países em desenvolvimento são também exortados a examinar o “superconsumo” de suas classes abastadas e a não repetir a história dos ricos durante seu desenvolvimento.

Em vários pontos da encíclica o papa entra “con gioia”, como dizem os italianos, em campos minados. Defende abertamente, por exemplo, uma ideia ainda maldita nos círculos econômicos, a de que as sociedades abastadas precisarão “decrescer” para que haja recursos para os pobres se desenvolverem.

Também compra uma briga histórica com a direita evangélica norte-americana ao sugerir que a noção de que o homem deve “sujeitar” a natureza é uma interpretação errada da Bíblia: jamais se supôs uma “sujeição selvagem”, diz, e sim um “cuidado”. A diferença é fundamental, já que os republicanos nos EUA frequentemente justificam a degradação ambiental citando as Escrituras, que colocam o homem numa posição se domínio sobre o ambiente. “Laudado Si” apresenta uma pequena revolução teológica ao colocar o homem como parte da natureza – uma parte especialmente criada por Deus, é verdade –, não como algo separado dela. Francisco amarra os evangélicos declarando, de saída, que a encíclica não é feita apenas para os católicos, mas para toda a humanidade, de todas as religiões, crentes e não-crentes.

A Carta Encíclica ‘Louvado Sejas’ do Santo Padre Francisco sobre o Cuidado da Nossa Casa Comum, nome completo do documento, está dividida em seis capítulos e 246 parágrafos, seguidos de duas orações escritas pelo próprio papa (uma delas intitulada Oração pela Nossa Terra). No primeiro capítulo, o papa faz um apanhado geral sobre “o que está acontecendo com a nossa casa”, resumindo as aflições ambientais do mundo amparado na ciência. No segundo, “O Evangelho da Criação”, ele traça uma argumentação teológica sobre as ligações entre ser humano e natureza. No terceiro, aborda as raízes humanas da crise ecológica; no quarto, discorre sobre sua “Ecologia Integral”. No quinto, apresenta seu chamado à ação, inclusive política, no âmbito internacional, mas também no dos governos locais – fazendo eco ao princípio do “pense globalmente, aja localmente” consagrado na Eco-92. No sexto, trata de educação, cultura e “espiritualidade ecológica”.

Leia aqui a íntegra do texto papal, em português; aqui, um guia de leitura para jornalistas feito pela Rádio Vaticana; abaixo, uma análise de alguns dos principais pontos da encíclica, precedidos do respectivo número de parágrafo:

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15 conselhos do Padre Pio para os que estão sofrendo

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Está difícil manter-se firme na esperança e na fidelidade a Deus? Então este texto é para você
De tempos em tempos, Deus envia ao nosso mundo algumas pessoas extraordinárias, que servem como pontes entre a terra e o céu, e ajudam a que milhares de outras pessoas possam desfrutar do Paraíso eterno.

O século XX nos deixou um homem especial: o Padre Pio de Pietrelcina, um religioso capuchinho nascido nesse povoado do sul da Itália e morto em 1968 em San Giovanni Rotondo. São João Paulo II o elevou aos altares em 2002, em uma canonização que bateu todos os recordes de assistência. Hoje, podemos dizer que ele é o santo mais venerado da Itália.

O Padre Pio recebeu dons especiais de Deus, como o discernimento das almas e a capacidade de ler as consciências; curas milagrosas; bilocação; dom das lágrimas; perfume de rosas; e sobretudo os estigmas nos pés, mãos e lado, que ele padeceu durante 50 anos.

Ao longo da sua vida, ele escreveu milhares de cartas às pessoas que dirigia espiritualmente, e estas cartas são uma fonte de sabedoria cristã prática e de grande utilidade.

Apresentamos, a seguir, uma pequena seleção de pensamentos do Padre Pio diante do sofrimento, extraídos de suas cartas; tais pensamentos dão esperança e elevam a alma:

1. O sofrimento suportado de maneira cristã é a condição que Deus, autor de todas as graças e de todos os dons que conduzem à salvação, estabeleceu para conceder-nos a glória.

2. Quanto mais sofrimentos você tiver, mais amor receberá.

3. Jesus quer preencher todo o seu coração.

4. Deus quer que sua incapacidade seja a sede da sua onipotência.

5. A fé é a tocha que guia os passos dos espíritos desolados.

6. No tumulto das paixões e das vicissitudes adversas, que nos sustente a grata esperança da inesgotável misericórdia de Deus.

7. Coloque toda a sua confiança somente em Deus.

8. O melhor consolo é aquele que vem da oração.

9. Não tema por nada. Ao contrário, considere-se muito afortunado por ter sido considerado digno e partícipe das dores do Homem-Deus.

10. Deus o deixa nessas trevas para a sua glória: esta é a grande oportunidade do seu progresso espiritual.

11. A felicidade só se encontra no céu.

12. Quanto mais crescem as tentações do demônio, mais perto a alma está de Deus.

13. Bendiga o Senhor pelo sofrimento e aceite beber o cálice do Getsêmani.

14. Suporte os sofrimentos durante toda a sua vida para poder participar dos sofrimentos de Cristo.

15. A oração é a melhor arma que temos: é uma chave que abre o coração de Deus.

15 conselhos do Padre Pio para os que estão sofrendo
Via Aletéia e RELIGIÓN EN LIBERTAD

Blasfêmia contra o Espírito Santo

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Transparente e incisiva a declaração de Cristo: “Quem blasfemar contra o Espírito Santo jamais alcançará perdão, mas será réu de pecado eterno” (Mc 3,28). Cumpre então saber exatamente em que consiste este pecado contra o Espírito Santo. Segundo notáveis teólogos, esta falta, que não conhece a anistia divina, se trata da negação voluntária da misericórdia de Deus. Este é providência, é misericordioso, bondade infinita. No dizer de São João “Deus é amor”. (1 Jo 4,8). Assim sendo Ele é clemência, comiseração e perdoa sempre. Na medida em que o ser racional se lança nas mãos desta compaixão sem limites, arrependido de suas faltas, abre as portas ao perdão, à remissão de suas culpas.

O Todo-Poderoso Senhor pode livrar o homem do domínio do demônio e das consequências de suas invectivas que levam ao mal. Entretanto aquele que cerra seu coração à ternura divina, fechando os olhos à evidência de que Deus o ama e recusa seu indulto, não quer ser perdoado, é lógico que esta a pessoa se torna réu de um pecado sem absolvição. É aquele que se tranca, se enclausura em seu pecado. Eis aí a blasfêmia contra o Espírito Santo. Trata-se da negação do amor de Deus numa afirmação pessoal de que Ele é menor que o poder de satanás, que leva à desobediência ao Ser Supremo. O domínio do mal se torna então mais forte do que a força do bem. Quem assim procede não pode ser perdoado porque recusa abertamente o perdão de Deus, usando erroneamente da prerrogativa da liberdade humana. Deus jamais se impõe, Ele se propõe. Ele quer a felicidade do ser humano e sua salvação eterna, mas respeita o livre arbítrio, a faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação.

Deus não pode obrigar a ninguém a amá-lo O amor só pode ser livre, um elã espontâneo, jubiloso que flui lá de dentro de cada um. Assim sendo, o pecado contra o Espírito Santo é o pecado contra a evidência do amor de Deus, uma afronta a sua desvelo sem limites. Triste a situação daquele que recusa abertamente ser perdoado pelo seu Senhor. O homem coloca uma barreira instransponível para a ação divina. Recusa à luz de uma dileção eterna do Criador que não pode perdoar a força. Ele não introduz ninguém no seu Reino a contra gosto de quem lá não quer entrar. Este pecado é contra o Espírito Santo porque Ele é o amor eterno, consubstancial entre o Pai e o Filho. Ele é a luz interior que faz o ser racional entrever o mistério da Trindade Santa.

Desprezar voluntariamente esta luz interior é, de fato, uma blasfêmia que não pode ser perdoada. É o cúmulo de um desespero que não tem justificativa alguma. Todas estas explicações conduzem, porém a um apelo a que cada um mergulhe sua vida no oceano imenso do amor de Deus. É preciso escutar sempre o Espírito Santo. A desesperança, porém, bloqueia a percepção deste apelo. Jamais blasfemar contra o amor divino! É preciso, entretanto, controlar tudo que impede um maior diálogo com Deus, Muitos dão mais tempo à internet, às redes da televisão e a outros meios de comunicação do que a seu Senhor que bate às portas do coração para ajudar, para consolar. É preciso fazer a experiência do perdão de Deus e isto torna o cristão mais forte diante da passividade e dos temores. Deus oferece coragem perante as dificuldades e firma a fidelidade à verdade. É necessário pedir ao Espírito Santo perseverança no seu amor, abrindo as portas do próprio coração a suas luzes. Estas mostrarão a imensidade da misericórdia divina. Então se compreenderá que quem faz a vontade de Deus e nunca blasfema contra o Espírito Santo estará salvo e nunca será réu de pecado eterno.

Em síntese, para que não haja o perigo do pecado contra o Espírito Santo, blasfêmia intolerável, é preciso uma luta contínua, perseverante contra o desânimo. Esta luta perdura a vida toda. A salvação eterna começa com esforços sustentados pela graça e é, deste modo, uma operação divina. O cristão deve ser corajoso e fiel nunca perdendo a esperança. Coloca toda sua confiança em Deus, sabedor de que o reino do céu só se obtém com a violência contras as insídias satânicas que levam à revolta contra o Espírito Santo. Assim, disto resulta fatalmente a total adesão a este Deus numa identificação completa a Cristo como preconiza o próprio Mestre Divino, pois quem assim procede é para Ele “irmão, irmã e mãe” O exemplo foi dado por Maria sempre submissa aos desígnios de Deus. Imitar o “sim” da Mãe de Jesus é nunca trilhar os caminhos infelizes da desesperação. Além disto, é preciso em tudo imitar a Jesus que afirmou: “O meu alimento é fazer a vontade de meu Pai que está nos céus” (Jo 4,34).

Blasfêmia contra o Espírito Santo
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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