Papa a futuros cardeais: cardinalato é serviço, não promoção principesca

“Querido irmão, no dia em que celebramos a visita da beata Virgem Maria envio-lhe um caloroso abraço, como antecipação do abraço que lhe darei dia 28 de junho durante o Consistório.”

Com essas palavras, o Papa Francisco inicia a carta que enviou em 31 de maio passado ao bispo de Estocolmo e futuro cardeal, Dom Anders Arborelius, publicada esta sexta-feira (23/06) no site da diocese sueca.

“Com esta saudação, expresso minha esperança de que seu testemunho como discípulo do Senhor possa ser ainda mais evidente no serviço que hoje a Igreja lhe pede”, escreve o Pontífice.

Cardinalato não o torna mais importante que os outros

“O cardinalato é um serviço”, não “uma dignidade que torna mais importante dos que os outros, nem uma honorificência ou uma promoção principesca”, lê-se na missa. “Trata-se de algo de completamente diferente e maior: é um chamado a seguir o Senhor mais de perto”, e a fazê-lo de modo incondicional, acrescenta.

Em seguida, Francisco diz ter rezado de modo especial pelo cardeal no dia precedente ao que escreveu a carta, ouvindo uma leitura dos Atos dos Apóstolos, refletindo sobre a generosidade do serviço de São Paulo e sobre as palavras do apóstolo “Não considero minha vida merecedora de nada”.

A exemplo do apóstolo Paulo, não sentir-se merecedor de nada

“Desejei e pedi para você a mesma atitude em sua vida de cardeal”, explica o Santo Padre, que agradece ao futuro purpurado “pela ajuda que dará à Igreja de Roma”, assegurando-lhe suas “orações” e sua “proximidade fraterna”. Por fim, o Papa Francisco pede que se recorde de rezar por ele.

 

br.radiovaticana.va

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