Papa recebe família real de Liechtenstein

O Papa Francisco recebeu no sábado (22/04) em audiência, no Vaticano, a família real do Principado de Liechtenstein: o Príncipe reinante Hans Adam II com a Princesa Marie e o Príncipe Hereditário Alois com a Princesa Sophie.

No decorrer da audiência, falou-se das boas relações bilaterais entre a Santa Sé e o Liechtenstein e foi reconhecido o papel histórico da Igreja Católica e a contribuição positiva que continua oferecendo para a vida do país. Sucessivamente, expressou-se apreço pelo empenho do Principado em âmbito internacional, especialmente na proteção dos direitos humanos.

Liechtenstein tem um parlamento de chamado Landtag, com 25 membros eleitos por voto popular. Cada serve um mandato de quatro anos. Os membros do Landtag escolhem um primeiro-ministro para liderar o governo. O príncipe deve aprovar sua escolha; ele também aprova os quatro administradores que o primeiro-ministro seleciona para formar um gabinete.

Sobre Liechtenstein

O príncipe de Liechtenstein tem o poder de demitir qualquer membro do governo ou o Landtag inteiro, e substituí-lo por um governo provisório. Ele pode vetar leis e nomeações judiciais, cancelar investigações governamentais, e conceder clemência a criminosos condenados.

Como tal, a monarquia de Liechtenstein tem maior poder do que qualquer outra na Europa de hoje. Os críticos descrevem-na como uma ditadura em potencial. Os defensores apontam que a família principesca esbanja sua grande riqueza do país e usam suas conexões de negócios internacionais para ajudar a tornar o principado próspero. Os cidadãos de Liechtenstein retêm o direito de abolir a monarquia, embora eles precisem de uma maioria de dois terços para fazê-lo.

História

A família vem do Castelo de Liechtenstein, na Baixa Áustria, que ela possuiu de 1140 até o século XIII e, novamente, de 1807 em diante. Ao longo do tempo, a dinastia adquiriu várias terras, predominantemente na Morávia, na Baixa Áustria, na Silésia e na Estíria. Contudo, muitos desses territórios estavam contidos em feudos de outros senhores feudais, particularmente de várias linhagens da Casa de Habsburgo, à qual muitos príncipes da Casa de Liechtenstein serviram como conselheiros. Consequentemente, não faziam parte do Reichstag.

Os Liechtenstein aspiraram bastante aos poderes que uma posição no governo imperial traria e, como resultado, buscaram somente propriedades com o Sacro Imperador Romano-Germânico como autoridade direta, sem suseranos intermediários. Em 1699, a família pôde adquirir o senhorio (em alemão: Herrschaft) de Schellenberg e, em 1712, o condado de Vaduz. As possessões foram compradas da família Hohenems e tinham exatamente o status político requerido pelos Liechtesntein.

No dia 23 de janeiro de 1719, Carlos VI, Sacro Imperador Romano-Germânico, decretou a unificação de Schellenberg e Vaduz e elevou toda a área à dignidade de principado (em alemão: Fürstentum), com o nome de “Liechtenstein”, em honra da família soberana, na pessoa de Anton Florian de Liechtenstein (1656-1721). Com a dissolvição do Sacro Império Romano Germânico em 1806, o principado de Liechtenstein, em 12 de julho do mesmo ano, tornou-se independente, após o tratado de Pressburg, assinado pelo príncipe Johann I Josef.

A família, para além de soberana do principado, é dona do Liechtenstein Global Trust – LGT, um grupo bancário bilionário.
O atual príncipe soberano é Hans-Adam II.

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