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Reflexão e sugestão para a Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

lRs 19,9a.ll-13a; SI 84; Rm 9,1-5; Mt 14,22-33

19° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Ao acalmar-se o vento, reconhecemos o Senhor

Continuamos vivendo o mês vocacional. O convite especial deste domingo é percebermos a presença de Deus nos momentos turbulentos da vida. Elias, ao fugir da perseguição atroz que sofria, corre ao encontro de Deus e se refugia em uma gruta, no monte Horeb. A grandeza de Deus vem manifestada no murmúrio de uma brisa leve, não no vento nem no fogo que tudo devora. Nas agitações, é preciso pedir o dom da serenidade, sem o qual não somos capazes de enxergar a presença divina.

No evangelho, os discípulos são apresentados na turbulência do mar, no agito dos ventos. Enquanto isso, Jesus reza ao Pai no silêncio da madrugada. Indo ao encontro deles, gera espanto, a ponto de o confundirem com um fantasma. Pedro faz a experiência de que realmente é Jesus não no momento em que pede para caminhar também ele sobre as águas, mas no momento em que é submergido pelas águas: “Senhor, salva-me!” Quando o vento se acalma e a brisa suave substitui o vento bravio, todos são capazes de reconhecer e confessar que Jesus é realmente o Filho de Deus.

Confiar em Deus a todo momento

Na multiplicação dos pães, Jesus já havia demonstrado aos discípulos que não basta confiar nas próprias forças e capacidades. É necessário lançar-se nas mãos do Pai providente e oferecer a ele o que temos. Hoje, as duas experiências de Deus, a de Elias e a dos discípulos, continuam a nos mostrar que facilmente nos atribulamos, mas é do Senhor que nos vêm a segurança e a tranquilidade de que precisamos para vencer as tempestades da vida. Sempre haverá uma brisa que nos fará recompor as forças e seguir em frente. Sempre haverá a mão de Jesus para nos reerguer.

Paulo provou turbulências em sua vida missionária ao não ser compreendido por seus, pois eram incapazes de acolher o Cristo Senhor. Ainda que Cristo descendesse deles, segundo a humanidade, não eram capazes de enxergar que o momento novo da salvação tinha chegado. Mas a fé que move seu coração permite que ele continue firme no anúncio da palavra a todos os povos.

A perseverança, que é graça divina em nossa vida, faz-nos olhar nossa missão sempre com o coração esperançoso. A confiança em Deus é a força principal que nos faz, a cada momento, superar as tribulações e caminhar em frente.
Rezando pelas vocações à vida familiar, nossa prece é por todos os pais que têm a grande missão de testemunhar aos filhos o amor paternal de Deus. Que eles encontrem na oração a força para superarem tantos obstáculos que a sociedade pós-moderna coloca diante da instituição familiar.

Sugestões litúrgicas para a missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Antes do início da celebração: cantar um mantra sobre a luz, enquanto entrarem, lentamente, duas pessoas com velas acesas, para acenderem as velas do altar. Interromper o mantra algumas vezes para se fazer pequenas exortações de coragem e paz em meio aos conflitos da vida. Sugestão de mantra: “O Senhor vai acendendo luzes quando vamos precisando delas”.
– Entrada da Palavra: pedir para uma família introduzir a palavra de Deus. Ao chegar ao presbitério, o pai pode elevar bem alto a Bíblia, manifestado a alegria de sua vocação. Se possível, o pai poderia proclamar a primeira leitura, com sua família ao lado.
Preces dos fiéis: concluir a oração dos fiéis com uma prece vocacional, que pode também ser cantada.
– Consagração dos pais a Nossa Senhora: antes da bênção final, consagrar os pais a Nossa Senhora e oferecer a eles uma lembrança da comunidade. Pode-se cantar “Oração pela Família” para concluir este momento.

Sugestões de repertório para a missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A  (O Domingo)

Abertura: Acolhe os oprimidos
Aclamação: Aleluia, o homem não vive
Oferendas: A mesa Santa
Comunhão: É bom Estarmos

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 19° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 19° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

19° Domingo do Tempo Comum 2020

(Verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)

Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Reunimo-nos para celebrar a páscoa dominical e fazer experiência da brandura e bondade de Deus. Presente na Palavra e na Eucaristia, Jesus deseja fortalecer nossa fé e ser nossa segurança nas tempestades que surgem em nossa caminhada cristã. Celebremos em comunhão com os vocacionados à vida em família, especialmente com os pais.

Primeira Leitura: 1 Reis 19,9.11-13

Leitura do primeiro livro dos Reis – Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. 12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. 13Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 84(85)

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei!

1. Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / é a paz que ele vai anunciar. / Está perto a salvação dos que o temem, / e a glória habitará em nossa terra. – R.

2. A verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / da terra brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus. – R.

3. O Senhor nos dará tudo o que é bom, / e a nossa terra nos dará suas colheitas; / a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus. – R.

Segunda Leitura: Romanos 9,1-5

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 1não estou mentindo, mas, em Cristo, digo a verdade, apoiado no testemunho do Espírito Santo e da minha consciência. 2Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, 3a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça. 4Eles são israelitas. A eles pertencem a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas 5e também os patriarcas. Deles é que descende, quanto à sua humanidade, Cristo, o qual está acima de todos, Deus bendito para sempre! Amém! – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 14,22-33

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu confio em nosso Senhor, / com fé, esperança e amor; / eu espero em sua palavra, / hosana, ó Senhor, vem, me salva! (Sl 129,5) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Depois da multiplicação dos pães, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus não somente se preocupa que o povo seja alimentado e tenha suas necessidades básicas supridas; ele dá a esse povo atenção toda especial, quer se despedir pessoalmente de todos. Depois de despedir a multidão e pedir aos discípulos que se dirijam à outra margem, Jesus sobe a montanha para rezar. De madrugada vai ao encontro dos seus, caminhando sobre o mar (símbolo do caos, dos poderes da morte). Pedro pula do barco (símbolo da comunidade), começa a andar sobre as águas e, quando percebe que está afundando, grita por socorro. O Mestre o censura pela falta de fé. A comunidade cristã (e cada fiel) está sempre andando sobre o mar perigoso, mas deve fazê-lo voltada para a frente, com o olhar da fé, para não se deixar abalar e não ser tragada pelas ondas. Com os pés fora da comunidade, a pessoa vai esmorecendo na fé e facilmente será levada pelas ondas das conveniências. Nas horas difíceis, porém, não podemos esquecer que o Mestre está presente e é necessário invocá-lo com um “salva-nos”.

Oração

Ó Jesus, Filho de Deus, partilhas o pão com as multidões, buscas um lugar silencioso para rezar a sós, caminhas sobre o mar ao encontro dos teus discípulos e os desafias a ter uma fé mais sólida. Faze-nos participar um pouco mais do teu dinamismo e do teu zelo pelo Reino. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós