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Reflexão e sugestão para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2021 do Ano B

Para o dia: 03/10/2021 – Outubro

Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B

Gn 2,18-24; Sl 127 (128); Hb 2,9-11; Mc 10,2-16

27° Domingo do Tempo Comum 2021

ANTUÉRPIA, BÉLGICA – 30 DE ABRIL DE 2017: Vitral na Igreja de Santo André em Antuérpia, Bélgica, representando o Sacramento do Sagrado Matrimônio.

O fio condutor das leituras deste domingo é a vida em família. Em sua Encíclica, Amoris Laetitia, papa Francisco ressalta as dificuldades da vida familiar nestes tempos em que vivemos. Por isso, assim diz o Papa, é muito importante conversarmos sobre as relações que sustentam uma família.

Na primeira leitura, Deus mostra que a solidão e o fechamento das pessoas em si mesmas não é bom para o ser humano. “Não é bom que o ser humano esteja sozinho!” Deus então cria uma segunda pessoa, que quebra a solidão humana e que permite o surgimento de relações. Tudo começa com o casal. Na confiança e na abertura mútuas, ele faz com que surjam novas vidas. Se o ser humano permanecesse em sua solidão, não surgiria a vida. O texto ensina que Deus não criou apenas o homem. Deus criou o casal, como ressalta Jesus: nunca leste que o Criador, desde o princípio, fê-los homem e mulher? (Mt 19,4). Todo casal, vivendo o amor familiar, tem a capacidade de gerar vida. A família é o caminho, escolhido por Deus, em que se desenrola a história da salvação.

A vida do casal se desenrola em meio a grandes desafios e ameaças, como o individualismo e o egoísmo. É o que Jesus chama de “dureza de coração”, que mata o amor, o sentimento que deveria ser a força que sustenta a vida de um casal. Quando morre o amor, surgem as soluções humanas e legais, como o libelo do divórcio, dado pela lei de Moisés. Jesus busca reconduzir o casamento a seu sentido original: uma aliança entre duas pessoas que se amam e estão dispostas a construir a vida juntos. Essa aliança exige gestos de ruptura e de riscos. O texto fala que ambos devem romper com os esquemas familiares, deixar pai e mãe, e se arriscar em construir uma nova família.

Esse projeto de ruptura e risco é abençoado por Deus. Portanto, o que Deus uniu, que ninguém interfira nem queira destruir. Mas tanto o marido quanto a mulher são responsáveis pela manutenção dessa relação. E, como lembra o Salmo de meditação, eles devem levar em conta os filhos que surgem de seu relacionamento. Vale a pena notar que, após a conversa sobre o divórcio, Jesus acolhe as crianças que são levadas até ele. De fato, o lado mais trágico, em qualquer processo de separação, são a guarda e a manutenção dos filhos. As crianças são o lado mais fraco e desprezado quando os pais se separam. Jesus lembra que Deus sempre estará do lado mais fraco e vulnerável.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B

Discípulos missionários: Rezemos para que cada batizado seja envolvido na evangelização e disponível para a missão, através de um testemunho de vida que tenha o sabor do Evangelho.

– Planejar a liturgia com a pastoral familiar da comunidade: equipe de casais com Cristo, equipes de Nossa Senhora, movimento familiar cristão ou outros.

– Ato penitencial: pedir perdão pelos pecados da família, na relação entre pais e filhos, no relacionamento conjugal, e, especialmente, pela degeneração da família na sociedade atual e pela situação das crianças abandonadas.

– Ofertório: pode-se organizar a procissão das oferendas com a participação simbólica de um núcleo familiar (pai-mãe-filho).

– Ação de graças: rezar uma oração pela família, ler algum texto do Papa sobre a importância da família cristã, ou cantar um cântico, relacionado à família, como, por exemplo, oração pela família (“abençoa, senhor, as famílias, amém; abençoa, senhor, a minha também…”), ou rezar um “Pai-nosso”, “Ave-Maria”,”Glória ao Pai”, lembrando o mês do rosário.

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós