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Quais são versículos na bíblia que fala sobre amizade?

Versículos sobre amizade

Uma amizade verdadeira é um tesouro na vida de qualquer pessoa.
Deus coloca os verdadeiros amigos na nossa vida para serem uma bênção e para nos ajudarem a caminhar com o Senhor.

O nosso grande exemplo de amizade é Jesus, que deu a Sua vida por nós, para nos salvar de uma separação eterna de Deus.

Amizade na Bíblia

O amigo ama em todos os momentos;
é um irmão na adversidade.
Provérbios 17,17

Aquele que anda com os sábios
será cada vez mais sábio,
mas o companheiro dos tolos
acabará mal.
Provérbios 13,20

Melhor é a repreensão feita abertamente
do que o amor oculto. Quem fere por amor
mostra lealdade,
mas o inimigo multiplica beijos.
Provérbios 27,5-6

Já não os chamo servos,
porque o servo não sabe o que o seu senhor faz.
Em vez disso, eu os tenho chamado amigos,
porque tudo o que ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês.
João 15,15

Perfume e incenso trazem
alegria ao coração;
do conselho sincero do homem
nasce uma bela amizade. Não abandone o seu amigo
nem o amigo de seu pai;
quando for atingido pela adversidade
não vá para a casa de seu irmão;
melhor é o vizinho próximo
do que o irmão distante.
Provérbios 27,9-10

Quem tem muitos amigos
pode chegar à ruína,
mas existe amigo
mais apegado que um irmão.
Provérbios 18,24

É melhor ter companhia
do que estar sozinho,
porque maior é
a recompensa do trabalho
de duas pessoas. Se um cair,
o amigo pode ajudá-lo a levantar-se.
Mas pobre do homem que cai
e não tem quem o ajude a levantar-se!
Eclesiastes 4,9-10

Não se deixem enganar:
“As más companhias corrompem os bons costumes”.
1 Coríntios 15,33

Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal.
Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês.
Romanos 12,10

Depois dessa conversa de Davi com Saul,
surgiu tão grande amizade entre Jônatas e Davi que Jônatas tornou-se o seu melhor amigo.
Daquele dia em diante, Saul manteve Davi consigo e não o deixou voltar à casa de seu pai.
E Jônatas fez um acordo de amizade com Davi, pois se tornara o seu melhor amigo.
1 Samuel 18,1-3

Não se associe
com quem vive de mau humor,
nem ande em companhia
de quem facilmente se ira; do contrário você acabará
imitando essa conduta
e cairá em armadilha mortal.
Provérbios 22,24-25

Rute, porém, respondeu:
“Não insistas comigo que te deixe
e que não mais te acompanhe.
Aonde fores irei,
onde ficares ficarei!
O teu povo será o meu povo
e o teu Deus será o meu Deus!
Onde morreres morrerei,
e ali serei sepultada.
Que o Senhor me castigue
com todo o rigor
se outra coisa que não a morte
me separar de ti!”
Rute 1,16-17

 

Portal Kairós

Vários ensinamentos dos santos sobre a amizade

Quem encontrou, encontrou um tesouro!

Pode ser que muitos de nós sejamos ricos e ainda não nos demos conta. A Palavra de Deus já nos ensinava desde o Antigo Testamento: “Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão” (Eclo 6, 14-16).

Se Jesus, que é Deus, quis precisar de amigos para seguir sua caminhada neste mundo; imagine nós? O ser humano não pode viver como uma ilha. É como afirmou São João Bosco em sua famosa frase: “Deus nos colocou no mundo para os outros”. Uma grande verdade! Inclusive, podemos dizer até que a partir de Cristo, a amizade tomou um novo sentido, o amigo é aquele que descobriu o valor e a dignidade do irmão, à luz do Evangelho. Essa sincera amizade, no verdadeiro sentido humano e cristão, se propagou entre os primeiros cristãos refugiados nas catacumbas. A história da Igreja é marcada de exemplos de profundas amizades entre os santos padres, como São Basílio e São Gregório, entre os grandes santos, como São Francisco de Assis e Santa Clara, Santo Ambrósio e Santa Mônica e muitos outros.

Em um de seus belíssimos escritos, São Gregório Nazianzeno, um dos padres da Igreja, escreveu sobre seu amigo São Basílio, e nos explicou um pouco como viviam profundamente a amizade:

“Encontramo-nos em Atenas. Como o curso de um rio, que partindo da única fonte se divide em muitos braços, Basílio e eu nos tínhamos separado para buscar a sabedoria em diferentes regiões. Mas voltamos a nos reunir como se nos tivéssemos posto de acordo, sem dúvida porque Deus assim quis.

Nesta ocasião, eu não apenas admirava meu grande amigo Basílio vendo-lhe a seriedade de costumes e a maturidade e prudência de suas palavras, mas ainda tratava de persuadir a outros que não o conheciam tão bem a fazerem o mesmo. Logo começou a ser considerado por muitos que já conheciam sua reputação.

Que aconteceu então? Ele foi quase o único entre todos os que iam estudar em Atenas a ser dispensado da lei comum; e parecia ter alcançado maior estima do que comportava sua condição de novato. Este foi o prelúdio de nossa amizade, a centelha que fez surgir nossa intimidade; assim fomos tocados pelo amor mútuo.

Com o passar do tempo, confessamos um ao outro nosso desejo: a filosofia era o que almejávamos. Desde então éramos tudo um para o outro; morávamos juntos, fazíamos as refeições à mesma mesa, estávamos sempre de acordo aspirando os mesmos ideais e cultivando cada dia mais estreita e firmemente nossa amizade.

Movia-nos igual desejo de obter o que há de mais invejável: a ciência; no entanto, não tínhamos inveja, mas valorizávamos a emulação. Ambos lutávamos, não para ver quem tirava o primeiro lugar, mas para cedê-lo ao outro. Cada um considerava como própria a glória do outro.

Parecia que tínhamos uma só alma em dois corpos. E embora não se deva dar crédito àqueles que dizem que tudo se encontra em todas as coisas, no nosso caso podia se afirmar que de fato cada um se encontrava no outro e com o outro.

A única tarefa e objetivo de ambos era alcançar a virtude e viver para as esperanças futuras, de tal forma que, mesmo antes de partirmos desta vida, tivéssemos emigrado dela. Nesta perspectiva, organizamos toda a nossa vida e maneira de agir. Deixamo-nos conduzir pelos mandamentos divinos estimulando-nos mutuamente à prática da virtude. E, se não parecer presunção minha dizê-lo, éramos um para o outro a regra e o modelo para discernir o certo e o errado.

Assim como cada pessoa tem um sobrenome recebido de seus pais ou adquirido de si próprio, isto é, por causa da atividade ou orientação de sua vida, para nós a maior atividade e o maior nome era sermos realmente cristãos e como tal reconhecidos”. (Ofício das Leituras)

A verdadeira amizade, além de ser relação entre pessoas é ajuda mútua e caminho espiritual. Podemos perceber isso claramente na vida dos santos.

Em uma de suas catequeses o Papa Bento XVI destacou:

“Essa é uma característica dos santos: cultivam a amizade, porque é uma das manifestações mais nobres do coração humano e tem em si algo de divino, como Tomás mesmo explicou em algumas quaestiones da Summa Theologiae, na qual ele escreve: ‘A caridade é a amizade do homem com Deus em primeiro lugar, e com os seres que a Ele pertencem’”.

Conheça aqui 15 ensinamentos que os santos nos deixaram sobre a amizade:

01 – “Nem sempre o que é indulgente conosco é nosso amigo, nem o que nos castiga, nosso inimigo. São melhores as feridas causadas por um amigo que os falsos beijos de um inimigo. É melhor amar com severidade a enganar com suavidade”. Santo Agostinho

02 – “Amando o próximo e cuidando dele, vais percorrendo o teu caminho. Ajuda, portanto, aquele que tens ao lado enquanto caminhas neste mundo, e chegarás junto daquele com quem desejas permanecer para sempre”. Santo Agostinho

03 – “Disse muito bem quem definiu o amigo como metade da própria alma. Eu tinha de fato a sensação de que nossas duas almas fossem uma em dois corpos”. Santo Agostinho

04 – “A amizade é tão verdadeira e tão vital, que nada mais santo e vantajoso pode-se desejar no mundo”. Santo Agostinho

05 – “A amizade é a mais verdadeira realização da pessoa”. Santa Teresa D’Ávila

06 – “A amizade com Deus e a amizade com os outros é uma mesma coisa, não podemos separar uma da outra”. Santa Teresa D’Ávila

07 – “A amizade, cuja fonte é Deus, não se esgota nunca”. Santa Catarina de Sena

08 – “Qualquer amigo verdadeiro quer para seu amigo: 1) que exista e viva; 2) todos os bens; 3) fazer-lhe o bem; 4) deleitar-se com sua convivência; e 5) finalmente compartilhar com ele suas alegrias e tristezas, vivendo com ele um só coração”. São Tomás de Aquino

09 – “A amizade diminui a dor e a tristeza”. Santo Tomás de Aquino

10 – “Quem com palavras, conversas e ações der escândalos, não é um amigo, mas um assassino de almas”. São João Bosco

11 – “Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade”. Beata Madre Teresa de Calcutá

12 – “As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável”. Beata Madre Teresa de Calcutá

13 –  “Ama a todos os homens com um grande amor de caridade cristã, mas não traves amizade senão com aquelas pessoas cujo convívio te pode ser proveitoso; e quanto mais perfeitas forem estas relações, tanto mais perfeita será a tua amizade”. São Francisco de Sales

14 –  “No mundo é necessário que aqueles que se entregam à prática da virtude se unam por uma santa amizade, para mutuamente se animarem e conservarem nesses santos exercícios”. São Francisco de Sales

15  – “Faz-nos tanto bem, quando sofremos, ter corações amigos, cujo eco responde a nossa dor”. Santa Teresa de Lisieux

Que neste dia do amigo, possamos refletir: “Que tipo de amigo eu sou?”; e pedir ao Senhor que nos dê a graça de viver santas amizades.

 

 Prof. Felipe Aquino