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Círio de Nazaré 2018 já movimenta Arquidiocese de Belém

“Uma jovem chamada Maria” é o tema da 226ª edição do Círio de Nazaré, realizado na Arquidiocese de Belém (PA)

No próximo dia 14 de outubro, milhares de pessoas devem ocupar as ruas da capital paraense para vivenciar o ponto alto do Círio de Nazaré 2018, festa que já começou e seguirá, pelo menos, até o dia 29 do próximo mês. O Papa Francisco também está em sintonia com a festividade e enviou uma mensagem.

A arquidiocese está envolvida em torno da temática do Círio 2018 e vivencia um “grande processo de evangelização, de encontros nas famílias”, conta o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa. Cerca de 120 mil famílias devem ser atingidas com as visitas neste processo de evangelização.

Dom Alberto ressalta que o Círio é preparado com muita intensidade com o envolvimento das estruturas da Igreja e da sociedade no evento: “E o desejo nosso é que o Círio contribua, justamente para essa consciência a respeito do tema da juventude, a importância da Juventude na Igreja e os processos de evangelização que precisam ser percorridos”.

Dias de Festa

O Círio reúne multidões. No ano passado, foram 2,5 milhões de pessoas, segundo a Polícia Militar paraense. Dom Alberto ressalta, no entanto, que o Círio não é um dia só.
“Ao todo, na quinzena do Círio, que lá se chama de quadra nazarena, nós temos 12 procissões. E depois temos duas semanas em seguida que a gente convida bispos do Brasil inteiro, em um processo de pregações com temas marianos que percorre aqueles quinze dias, além das santas missas, das confissões”, explica.
O arcebispo chama atenção para uma especificidade interessante de Belém. Nesta festa dedicada a Nossa Senhora de Nazaré, a Rainha da Amazônia, não acontece uma novena antecedendo o dia do padroeiro, como é de costume na piedade popular brasileira, mas sim uma tem quinzena após a celebração principal. “Ela começa no dia do Círio, daí para frente nós temos quinze dias de atividades, de basílica cheia”, projeta.

Visitas de Nossa Senhora

Além das visitas às famílias, nestes dias que antecedem o Círio, a imagem de Nossa Senhora visita vários locais. Dom Alberto e seus auxiliares, Dom Antônio de Assis Ribeiro e Dom Irineu Roman, levam a mística do Círio às penitenciárias. “Ao todo são 24 unidades penais de maiores e de menores. Nós vamos a essas unidades com a Pastoral Carcerária levando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, uma experiência muito bonita”, relata.
Também são realizadas celebrações em universidades, repartições públicas e escolas, que pedem a visita da imagem de nossa Senhora de Nazaré. “Se você chegar a Belém nesse período, toda hora você vê a comitiva com batedor, com tudo, com a imagem para lá e para cá, visitando. Muda tudo”, afirma Dom Alberto, que reforça o envolvimento de toda a população com o Círio de Nazaré.

Mensagem do Papa

O Papa Francisco enviou, em 21 de setembro, a tradicional mensagem aos fieis da arquidiocese de Belém e de outras partes do Brasil que irão participar da 226ª edição do Círio de Nazaré. No texto, Francisco lembra e pede oração pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos para a Amazônia: “saúda os fiéis reunidos na querida arquidiocese de Belém do Pará, vindos de todos os cantos da Amazônia, para agradecer e renovar aos pés da sua amada Padroeira, Senhora de Nazaré, seus pedidos, entre os quais a Sua intercessão pelos trabalhos preparatórios para o Sínodo Extraordinário dos Bispos para a Amazônia”.
O papa convida a seguir o exemplo de Maria e confiar em sua intercessão: “Ao dar-nos o Salvador do mundo, Maria é a fonte viva da esperança; portanto, a esta fonte possam voltar a cada dia, como peregrinos confiantes, para haurir fé e conforto, alegria e amor, segurança e paz”.

Feliz Círio com Nossa Senhora de Nazaré!

 

CNBB / Portal Kairós

Círio de Nazaré: a imagem, a corda e a berlinda

De Aparecida a Belém

Para nossa fé católica um cordão de orações liga Aparecida a Belém do Pará e, no dia 12 de outubro nossa imaginação liga as duas cidades a Nazaré, Belém e Jerusalém na Palestina.

São imagens pequeninas, uma branca e outra negra, parecidas em tamanho que o Brasil católico de norte ao sul aprendeu a contemplar.

Não há nenhum católico que não saiba que são apenas imagens. Não há nenhum católico que as adore. Todo católico sabe que nossa fé está no altar e na Eucaristia e que nós adoramos Jesus, mas veneramos Maria em suas muitas imagens de norte a sul.

Foi se o tempo em que os adversários e até inimigos dos católicos nos acusavam de adorar Maria. De vez em quando algum fiel católico ultrapassado ainda põe Maria acima de Jesus, ou algum fiel evangélico ou pentecostal mais ultrapassado ainda quebravam nossas imagens achando que com isso defendiam Jesus e sua Bíblia.

A mesma Bíblia diz, em Lucas, que Maria seria lembrada porque o Senhor fez grandes coisas por esta sua serva. E o próprio Jesus, ao ouvir elogios ao ventre que o gestou e aos seios que o amamentaram disse que ela era mais do que isso: ela guardou e praticou a Palavra. Quer elogio maior do que este?

Era uma santa Mãe porque testemunhou a vida do filho desde a concepção até à ressurreição e ascensão! Maria é “ a testemunha” número um!

Quando homenageamos Maria de norte a sul por sinais e prodígios que derramou e derrama nos seus santuários vamos em procissão pelas ruas, e tudo começa e termina no altar onde, humildemente as imagens não ficam. Ficam ao lado, ou lá no fundo. No altar fica o cálice, perto fica a Bíblia e o livro de missa e de leituras, porque ela sabe e nós sabemos que Maria vem depois. O filho dela é nossa razão de crer.

Mas nós, católicos, insistimos em dizer que “ perto de Maria, perto de Jesus; longe de Maria, longe de Jesus”. Motivo: ela foi a primeira adoradora e discípula do filho e também a primeira testemunha!

De norte a sul, neste dia 12 estaremos lembrando a serva privilegiada que levou Jesus no ventre, no colo, caminhou com ele, sofreu com ele, sepultou-o e viu-o ressuscitado e está na gloria com ele.

Pobre do cristão que acha que Jesus foi para o céu e faz dois mil anos que a mãe dele está dormindo, porque até agora ninguém entrou no céu, nem a mãe dele… A tal trombeta final não tocou ainda. Será que Paulo quis dizer isso mesmo? Ou a Teologia vai além dessa passagem de Paulo?

Nós achamos que Jesus leva para o céu e que a mãe dele intercede ao filho por nós,já que de orar ele entendia e entende!

Eu não adoro Maria, mas gosto muito dela! E peço a ela que ore por mim e me corrija, se eu faltar ao respeito para com ela ou para com seu Filho! Amém!

Quanto aos outros cristãos, que eles proclamem o que quiserem, porque mesmo discordando, somos irmãos e adoramos o mesmo Jesus que chamou de Mãe e Mulher e Senhora na linguagem daquele tempo, e Maria chamou de “ filho”.

Ou não foi assim?

 

Pe. Zezinho, scj
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Livro das Peregrinação do Círio de Nazaré 2020