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28 de novembro – Missa do 1° Domingo do Advento 2021

1° Domingo do Advento 2021

Com esta celebração, iniciamos o tempo do Advento e também um novo ano litúrgico – ainda sob o impacto da longa pandemia. Embora em meio a tantas dificuldades, queremos viver bem este tempo de feliz expectativa, que nos prepara, na alegria e na esperança, para a solenidade do Natal do Senhor. A liturgia anime e fortaleça nossa fé, para caminharmos vigilantes e firmes na oração, dispondo-nos a crescer no amor e a acolher a salvação de Deus que vem ao nosso encontro.

APRENDENDO COM O YOUCAT – (Catecismo para crianças)
Deus às vezes fala por meio das lágrimas de uma criança que se encontra triste.

Missa do 1° Domingo do Advento 2021

GESTOS QUE ALIMENTAM A ESPERANÇA

A tragédia que se abateu sobre o povo, após a destruição de Jerusalém e do templo pelo Império Romano, estava na mente da comunidade do evangelista Lucas. A terra das promessas estava em ruínas e Jerusalém destroçada. Para o povo de Israel, essa tragédia abalou até os astros e a natureza. Em meio a tal realidade, o povo é convidado a levantar a cabeça e não desanimar, tendo o cuidado de não se deixar levar pela embriaguez da alienação.

Diante de tão grande destruição, o Evangelho nos aponta caminhos de reconstrução e renovação. Há um mundo que deve acabar: aquele contaminado pelo “deus dinheiro” e pelo “deus mercado”, que tanto marginalizam e matam. Em seu lugar precisa ser construído o “mundo do encontro”, da fraternidade e da solidariedade.

No início deste tempo do Advento, somos convidados a desfazer os caminhos que vêm impedindo a presença de Cristo e reconstruir novos. Para isso, cumpre-nos erguer a cabeça e perceber que o Filho de Deus irrompe na história humana, surgindo como sinal de libertação para a humanidade. No meio de uma sociedade envolvida em trevas, precisamos de muita fé e esperança para fazer brilhar a Luz que ilumina o mundo.

Nestes dois últimos anos, temos vivido tempos de angústia, dor e medo trazidos pela pandemia, que dizimou milhões de vidas no planeta (assim como outras doenças). O Brasil foi um dos campeões de mortes (por ser um país com mais de 212,6 milhões de habitantes), também em consequência de ser um doença nova e  ainda estudada pela ciência. Quando o “deus mercado” domina uma sociedade, a vida das pessoas passa a valer pouco e vigora a lei do mais forte.

No entanto, ainda que imersos nessa realidade tão desumana, testemunhamos também muitos gestos anônimos de solidariedade e, particularmente, o empenho heroico dos profissionais da saúde e afins – atitudes renovadoras da esperança. Assim, diante dos sinais de morte, somos todos convidados a resgatar os sinais do Advento: a busca de um futuro melhor e o começo de uma vida de amor que alcance a todos.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós