A Igreja Santa Maria – que celebrou seu Jubileu de Ouro nos dias 27-28 de abril – proporcionou também a alegria a todos os grupos étnicos e nacionais que a frequentam com primeira ordenação sacerdotal de sua história e do Emirado de Dubai no dia 29, na pessoa do diácono Jacob Brillis Mathews.
Ele é natural da Índia, mas descobriu a vocação para o sacerdócio nas Arábias, de onde foi enviado a Roma para estudar teologia.
Dom Paul Hinder, Vigário Episcopal do Sul da Arábia, conferiu-lhe o Sacramento da Ordem. Também estiveram presentes na missa e ordenação o Arcebispo Dom Francisco Montecillo Padilla, Núncio Apostólico dos países da região do Golfo Pérsico, o Bispo Dom Jorge da índia e mais de 40 sacerdotes.
O Padre Jacob Brillis Mathews celebrou sua primeira missa às 9 horas do domingo, 30 de abril, diante de uma multidão de fiéis que o acolheu com alegria e entusiasmo.
O novo sacerdote exercerá o ministério nos Emirados Árabes Unidos residindo nas dependências de Igreja Santa Maria, em Dubai Damos-lhe as boas vindas entre nós, desejando um frutuoso apostolado.
Os cristãos no país – em sua grande maioria migrantes – representam 12,6% da população de 9,4 milhões de habitantes (dados de 2014), de maioria muçulmana sunita. Os católicos são 11,4%.
Em 31 de maio de 2007 a Santa Sé estabeleceu relações diplomáticas com os Emirados, com a troca de embaixadores.
Nos Emirados Árabes existem 8 templos católicos, sendo dois em Abu Dabhi – Igreja de São Paulo e Catedral de São José e dois em Dubai – Santa Maria e São Francisco.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/igreja-em-festa-nas-arabias-com-primeira-ordenacao-sacerdotal-em-dubai.JPG453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-01 06:47:082025-01-27 18:06:06Igreja em festa nas Arábias com primeira ordenação sacerdotal em Dubai
Neste quarto dia de trabalhos da 55ª Assembleia Geral da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, as atividades tiveram início com a Santa Missa no Santuário Nacional presidida pelo Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo.
Na parte da tarde deste sábado tem início o Retiro dos bispos que se conclui neste domingo com a celebração Eucarística. O pregador do Retiro será o Abade trapista Dom Bernardo Bonowitz. As atividades serão retomadas na segunda-feira. Recordamos que a Assembleia Geral termina na sexta-feira próxima, dia 5 de maio.
Nas várias entrevistas coletivas da semana, vários bispos se encontraram com a imprensa presente em Aparecida para esclarecer temas que estão sendo discutidos no plenário. O tema central é a iniciação da vida cristã.
Em uma das conversas com os jornalistas o Bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Brustolin destacou a preocupação do episcopado com o tema da iniciação da vida cristã. Ele abordou algumas preocupações, por exemplo, como a questão da transmissão da fé às novas gerações e a grande preocupação da Igreja em formar não só adeptos, mas discípulos. “É preciso avaliar e dizer quais caminhos retomar”, disse.
Por isso, a missão dos bispos é traduzir toda a linguagem que for técnica de forma acessível e concreta para a pastoral, por isso o texto tem sido encarado por uma comissão, que constatou que muitas paróquias do Brasil já conhecem a iniciação da vida cristã, mas também o fato de que muitas ainda não chegaram neste ponto, e por isso, o texto visa uma retomada dessa caminhada. “Percebeu-se que o texto deveria ser conciso e que fosse dirigido a um público que seria os catequistas em primeiro lugar, com linguagem acessível, direta e com mudança de prática. Uma renovação paroquial, não é uma reforma de catequese, mas uma conversão pastoral de toda comunidade para acolher, inserir, e comprometer os novos cristãos”.
Já o Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), Dom Joel Portela Amado ao falar dos 10 anos da Conferência de Aparecida, Dom Joel disse que não é simplesmente momento de fazer memória, mas refletir o quanto é importante. Para ele é importante saber que o Documento de Aparecida é uma mudança não no sentido de como a Igreja se anuncia, mas como exerce sua missão.
Ele também refletiu sobre a questão da transmissão da fé, que assim como tem sido refletida nesta assembleia, também já se apresentava no Documento de Aparecida, o que mostra uma igreja preocupada em cumprir a missão. “Aparecida também assume publicamente que não é mais tão tranquila a transmissão da fé naqueles que foram durante séculos os mecanismos tradicionais de transmissão e propõe recomeçar a partir de Jesus Cristo”, aponta.
Um aspecto relevante é o fato de não pressupor que Jesus seja conhecido pelas pessoas, mas apresentar a pessoa de Jesus e ajudar a tirar consequências disso. Aparecida mostra que esses 10 anos precisam de mais tempo, porque tudo se transforma com rapidez absurda, no mundo econômico, social, político e cultural. O que servia pra fazer a ponte entre fé e vida foi se mostrando frágil”, disse.
O Bispo auxiliar do Rio de Janeiro também lembrou que o Cardeal Bergoglio foi o presidente da comissão de redação do documento. “Ali tem o suor, o emprenho e o esforço daquele homem”, relembrou.
Sobre os trabalhos desta semana da Assembleia nós conversamos com o Bispo de Itaguai, RJ, Dom José Ubiratan Lopes.
De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/04/aparecida-hoje-o-retiro-dos-bispos.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-04-30 18:43:372025-01-27 18:06:05Aparecida: hoje o Retiro dos bispos
Neste domingo, pausa nos trabalhos da 55ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, SP. Os mais de 350 bispos reunidos na “Casa da Mãe” concluem o seu Retiro conduzido pelo Abade trapista Dom Bernardo Bonowitz.
A Violência, a segurança pública e as questões urbanas foram assuntos destacados pelo bispo de Roraima e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Mário Antônio da Silva durante a Assembleia. (Tema da Campanha da Fraternidade 2018 – CF 2018)
“Os grandes centros no Brasil, inclusive na Amazônia, atraem a maioria da população dos estados. O desafio é construir uma cidade para todos. A cidade oferece proximidade, saúde, educação, transporte, mas as políticas públicas não contemplam as necessidades de todos os cidadãos”, afirmou Dom Mario Antônio.
De acordo com o bispo, as questões urbanas são amplas, pois a cidade é dinâmica. “A dinâmica das cidades desafia na vida urbana, a comunidade política, como desafia também a comunidade religiosa e nos desafia como Igreja a ter uma pastoral dinâmica também”.
Dom Mario citou a Conferência de Aparecida, que em maio completa 10 anos, como referência para ser uma pastoral diamina, sendo uma Igreja missionária, uma Igreja em saída. “É importante que a Igreja esteja atenda para atender os diferentes grupos que encontramos na cidade com uma pastoral dinâmica.”
Nós conversamos com Dom Mário.
De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/04/aparecida-a-violencia-presente-nas-cidades-e-no-campo.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-04-30 15:41:142025-01-27 18:06:04Aparecida: a violência presente nas cidades e no campo
Depois de uma programação intensa em seu primeiro dia de visita ao Cairo, com encontros com o Presidente egípcio Al-Sisi, o discurso na Universidade Al-Azhar e a visita ao Patriarca copta-ortodoxo Tawadros II, neste sábado o Papa conclui a viagem dedicando-se inteiramente ao aspecto pastoral, recebendo o abraço da pequena, mas muito ativa, comunidade copta-católica.
O dia começou com a despedida da Nunciatura e a saudação de um grupo de crianças alunas da Escola Comboniana do Cairo. Em seguida, em automóvel fechado, Francisco se deslocou ao estádio de futebol “Air Defense” e com o ‘golf-car’, (pequeno carro aberto) deu uma volta no campo, em meio aos fiéis. Cerca de 30 mil aguardavam o Pontífice.
A liturgia foi celebrada em latim e árabe, com as orações dos fiéis em várias outras línguas.
Em sua homilia, proferida em italiano, o Papa dissertou sobre o itinerário dos discípulos de Emaús, descrito no Evangelho de Lucas, e que se pode resumir em três palavras: morte, ressurreição e vida.
“Aquele sobre quem construíram a sua existência morreu, derrotado, levando consigo para o túmulo todas as suas aspirações. Na realidade, eram eles os mortos no sepulcro da sua limitada compreensão”.
O único extremismo permitido aos cristãos é o da caridade
“Ressuscitado, Jesus transforma o seu desespero em vida, porque, quando desaparece a esperança humana, começa a brilhar a divina”, prosseguiu o Pontífice, explicando: “Quando o homem toca o fundo do fracasso e da incapacidade, quando se despoja da ilusão de ser o melhor, ser o autossuficiente, ser o centro do mundo, então Deus estende-lhe a mão para transformar a sua noite em alvorada, a sua tristeza em alegria, a sua morte em ressurreição, o seu voltar atrás em regresso a Jerusalém, isto é, regresso à vida e à vitória da Cruz”.
Enfim, “a experiência dos discípulos de Emaús ensina-nos que não vale a pena encher os lugares de culto, se os nossos corações estiverem vazios do temor de Deus e da sua presença; não vale a pena rezar, se a nossa oração dirigida a Deus não se transformar em amor dirigido ao irmão; não vale a pena ter muita religiosidade, se não for animada por muita fé e muita caridade; não vale a pena cuidar da aparência, porque Deus vê a alma e o coração e detesta a hipocrisia. Para Deus, é melhor não acreditar do que ser um falso crente, um hipócrita!”
“A fé verdadeira é a que nos torna mais caridosos, mais misericordiosos, mais honestos e mais humanos; é a que anima os corações levando-os a amar a todos gratuitamente, sem distinção nem preferências; é a que nos leva a ver no outro, não um inimigo a vencer, mas um irmão a amar, servir e ajudar; é a que nos leva a espalhar, defender e viver a cultura do encontro, do diálogo, do respeito e da fraternidade; é a que nos leva a ter a coragem de perdoar a quem nos ofende, a dar uma mão a quem caiu, a vestir o nu, a alimentar o faminto, a visitar o preso, a ajudar o órfão, a dar de beber ao sedento, a socorrer o idoso e o necessitado. A verdadeira fé é a que nos leva a proteger os direitos dos outros, com a mesma força e o mesmo entusiasmo com que defendemos os nossos. Na realidade, quanto mais se cresce na fé e no seu conhecimento, tanto mais se cresce na humildade e na consciência de ser pequeno”.
O Papa terminou a homilia com uma lembrança: “Deus só aprecia a fé professada com a vida, porque o único extremismo permitido aos cristãos é o da caridade. Qualquer outro extremismo não provém de Deus nem lhe agrada”.
E um pedido: “Não tenham medo de amar a todos, amigos e inimigos, porque, no amor vivido, está a força e o tesouro do crente”.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/04/papa-o-unico-extremismo-permitido-aos-cristaos-e-o-da-caridade.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-04-30 15:04:292025-01-27 18:06:04Papa: O único extremismo permitido aos cristãos é o da caridade
O domingo (30/04) começou cedo na Praça São Pedro com a chegada, a partir das 7h, de milhares de membros da Ação Católica Italiana para participar de um evento em que comemoram 150 anos da associação. 70 mil pessoas coloriram a Praça e todas as redondenzas do Vaticano, segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé.
‘#AC150 Futuro Presente’ foi o título do encontro feito de música, reflexão, testemunhos e orações. “Uma ocasião única para recordar com gratidão a história que nos precedeu, agradecer por este tempo extraordinário que nos é oferecido agora e projetar um futuro ainda mais bonito”, como definido pela ACI.
Depois de uma estensa volta com o papamóvel, o Pontífice entrou na Praça às 11h e foi recebido pelo aplauso da multidão e por saudações do Presidente da Ação Católica Italiana, Matteo Truffelli, e do Assistente Eclesiástico Geral, Dom Gualtiero Sigismondi, bispo de Foligno, centro da Itália. Depois, foi a vez de Francisco se dirigir aos presentes.
O Pontífice começou lembrando o nascimento da ACI, a partir do sonho de dois jovens, Mario Fani e Giovanni Acquaderni, que se tornou um caminho de fé para muitas gerações e vocação de santidade para tantos jovens e adultos que hoje vivem como felizes testemunhas do amor de Jesus no mundo.
“É uma história bonita e importante de homens e mulheres de todas as idades e condições que apostaram no desejo de viver juntos o encontro com o Senhor, independentemente de sua posição social, preparação cultural e local de proveniência. Com seu esforço e competências, contribuem para construir uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. É uma história de paixão pelo mundo e pela Igreja: figuras luminosas de fé exemplar, que servem o país com generosidade e coragem”, elogiou Francisco.
“No entanto, ter uma história bonita não serve para se olhar no espelho ou sentar-se comodamente na poltrona!, ressalvou. “Encorajo vocês a prosseguirem como um povo de discípulos-missionários, como nos ensinaram grandes testemunhas de santidade que marcaram o caminho de sua associação: Giuseppe Toniolo, Armida Barelli, Piergiorgio Frassati, Antonietta Meo, Teresio Olivelli e Vittorio Bachelet”.
Em seguida, Francisco convidou os membros da ACI a enraizarem sua experiência apostólica nas paróquias, que são “o âmbito da escuta da Palavra, do crescimento da vida cristã, do diálogo, do anúncio, da caridade generosa, da adoração e da celebração”.
“Que a sua pertença à diocese e à paróquia se encarne ao longo das ruas das cidades, dos bairros e dos países. E assim como nos últimos 150 anos, sintam a responsabilidade do serviço à caridade, o engajamento político, a paixão educativa e a participação no debate cultural. Ampliem seus corações, sejam viandantes da fé para acolher, escutar e abraçar todos, especialmente os pobres, aqueles que foram feridos pela vida e se sentem abandonados e buscam abrigo em nossas casas e cidades”.
Enfim, o pedido para serem abertos a quem os circunda:
“Busquem sem medo o diálogo com quem vive a seu lado, pensa diferente, mas como vocês, quer a paz, a justiça e a fraternidade. É no diálogo que se pode planejar um futuro comum”, terminou o Papa.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/04/acao-catolica-italiana-comemora-150-anos-com-o-papa-na-praca.JPG453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-04-30 14:58:472025-01-27 18:06:03Ação Católica Italiana comemora 150 anos com o Papa na Praça