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Combater criminalização de lideranças indígenas

Card. Hummes: Combater criminalização de lideranças indígenas

Card. Hummes: Combater criminalização de lideranças indígenas

Um estudo recente elaborado pelo Banco Mundial aponta que um em cada quatro indígenas latino-americanos vive na pobreza, apesar dos enormes progressos na região na última década em matéria de desenvolvimento e combate à pobreza. Os indígenas representam cerca de 8% da população total da América Latina no século XXI, mas são 14% dos cidadãos que vivem na pobreza. A Igreja Católica está próxima deles e prossegue seu esforço de defesa de seus direitos e da evangelização, na Amazônia, assim como no resto do Brasil. Mas esta presença ainda não é suficiente e ao desafio de respeitar seus valores ancestrais soma-se a missão de uma Igreja inculturada, em que o indígena seja o protagonista de sua Igreja.

A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Comissão Episcopal para a Amazônia, em parceria com a Comissão Bíblico-Catequética e Comissão Pastoral para a Liturgia, promoveram em Brasília, em fins de março, um encontro sobre evangelização dos povos indígenas. Naqueles dias, bispos em cujos territórios vivem povos indígenas, lideranças que trabalham com povos indígenas, padres, religiosas/os e lideranças indígenas das comunidades católicas escutaram-se uns aos outros na tentativa de identificar as prioridades neste campo.

Dom Cláudio Hummes, Presidente da Comissão para a Amazônia e da Rede Eclesial Pan-Amazônia (Repam), nos fala de algumas destas prioridades. Ouça o cardeal:

“Formar a Igreja no Brasil sobre o que está ocorrendo e encorajar os bispos que têm comunidades indígenas a ir ver mais de perto o que está ocorrendo e também começar a elaborar um novo tipo de evangelização. É preciso continuar a defender os direitos dos indígenas, sobretudo os direitos humanos, que muitas vezes são violados. Combater a criminalização dos líderes, daqueles que defendem seus direitos, seja missionários, como os próprios indígenas que defendem seus direitos e por isso, são criminalizados e muitas vezes, mortos. É uma situação grave; nós levamos isso para a CIDH, Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A REPAM levou (a Washington, ndr) esta criminalização dos direitos humanos”.

“Devemos continuar a defender o direito à consulta prévia, a que têm direito os indígenas quanto a projetos que são trazidos, seja da iniciativa privada seja da parte do governo; projetos que acabam interferindo muito nas áreas já demarcadas dos indígenas. O direito à consulta prévia e a demarcação de terras indígenas, que diminuiu muito. Então temos que agilizar isso”.

“Estamos também encorajando os bispos, na Amazônia e no resto do Brasil, onde há indígenas, a promover uma pastoral indígena: isto significa uma Pastoral para uma Igreja indígena, inculturada, onde os próprios indígenas assumam a sua Pastoral, a sua Igreja”.

“E depois, nos planos pastorais de dioceses onde há indígenas, seja incluída e integrada a Pastoral Indigenista. Ou seja, como a Igreja ainda vai, com missionários, para dentro das comunidades indígenas. Como está isso? Em muitos lugares, as comunidades são apenas entregues às paróquias locais, que por vezes não têm nenhuma prática… Chega um padre novo, que talvez nunca tenha visto índios… É muito difícil para ele fazer, de fato, um trabalho suficiente entre os indígenas. Então estamos pedindo muito que esta questão seja integrada no plano diocesano de Pastoral, para que haja maior e melhor atenção, em termos de qualidade de evangelização”.

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Voluntários do Santuário de Fátima prontos para a chegada do Papa

No ano do seu centenário e na iminência da canonização dos Pastorzinhos, o Santuário de Fátima se prepara para a chegada do Papa Francisco, prevista para a tarde de 12 de maio. A estadia não passa de 24 horas, mas é o suficiente para que a dimensão da operação logística assuma grandes proporções, como o incremento do aparato policial. Ao lado das forças da ordem, funcionários e voluntários do Santuário devem garantir o normal decorrer da programação.

Além de 311 funcionários, o Santuário de Fátima dispõe de 431 voluntários que colaboram regularmente. Dez deles vão trabalhar com os 558 jornalistas já credenciados para participar dos eventos. Ao longo do ano, os voluntários oferecem assistência os peregrinos, servem como ministros extraordinários para a comunhão, participam no coro, apoiam nas procissões, fazem leituras e prestam auxílio nos postos de socorro, entre outras tarefas.  Muitos deles já têm anos de serviço.

A Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima é pioneira no serviço de voluntariado, tendo começado em  1924, ano de sua fundação. Desde então e até hoje, os Servitas são parte importante do apoio aos fiéis que chegam a Fátima, desempenhando as mais variadas funções, que vão desde serviços de saúde à simples prestação de informações a quem chega.

Os serviços de saúde incluem o auxílio na bênção dos doentes, o posto de socorro e o lava-pés, que assume uma particular carga simbólica para os católicos. O ato de significação bíblica é também uma das tarefas dos Servitas no acolhimento aos peregrinos.

(CM/informações de Público)

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Bento XVI festeja com amigos e familiares seus 90 anos

Bento XVI

O Papa Bento XVI festejou na segunda-feira (17/04) os seus 90 anos de vida, completados no dia 16 de abril.

Joseph Ratzinger recebeu em sua residência, o mosteiro Mater Ecclesia nos Jardins Vaticanos, uma delegação de sua terra natal, a Baviera. As fotos divulgadas pelo jornal L’Osservatore Romano retraem Bento XVI bem disposto, sorridente, tomando inclusive um copo de cerveja acompanhado de seu irmão Georg, três anos mais velho, e do seu secretário particular, Georg Ganswein.

O Papa emérito agradeceu pelo afeto recebido e agradece a Deus por ter-lhe oferecido uma “vida bela, intensa, com altos e baixos”.

O Papa Francisco cumprimentou pessoalmente Bento XVI na quarta-feira passada (12/04), antes do início do tríduo pascal.

Sobre o Papa Bento XVI

Bento XVI (em latim: Benedictus P.P. XVI), nascido Joseph Aloisius Ratzinger (Marktl am Inn, 16 de abril de 1927), é Papa Emérito e Romano Pontífice Emérito da Igreja Católica.

Foi papa da Igreja Católica e bispo de Roma de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013, quando oficializou sua abdicação. Desde sua renúncia é Bispo emérito da Diocese de Roma. Foi eleito, no conclave de 2005, o 265º Papa, com a idade de 78 anos e três dias, sendo o sucessor de João Paulo II e tendo sido sucedido por Francisco.

Domina, pelo menos, seis idiomas, entre os quais alemão, italiano, francês, latim, inglês, castelhano e possui conhecimentos de português, ademais lê o grego antigo e o hebraico. É membro de várias academias científicas da Europa como a francesa Académie des sciences morales et politiques e recebeu oito doutorados honoríficos de diferentes universidades, entre elas da Universidade de Navarra, é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006).

É pianista e tem preferências por Mozart e Bach. É o sexto e talvez o sétimo papa alemão desde Vítor II (segundo a procedência de Estêvão VIII, de quem não se sabe se nasceu em Roma ou na Alemanha) . Em abril de 2005 foi incluído pela revista Time como sendo uma das cem pessoas mais influentes do mundo.

O último papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo de 1914 a 1922 e pontificou durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger foi o primeiro Decano do Colégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV, em 1555, o primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII, em 1829, e o primeiro superior da Congregação para a Doutrina da Fé a alcançar o Pontificado, desde Paulo V, em 1605.

Renunciou em 28 de fevereiro de 2013, justificando-se em sua declaração de renúncia que as suas forças, devido à idade avançada, já não lhe permitiam exercer adequadamente o pontificado.

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Os conflitos no campo: um dos mais violentos da história

“Esse relatório não é um livro. Não são apenas dados, mas são pessoas que pretendemos mostrar ao Brasil”: assim o Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Leonardo Steiner, comentou a publicação “Conflitos no Campo Brasil 2016” – relatório que a Comissão Pastoral da Terra lançou dia 17 de abril, na presença de jornalistas, lideranças de movimentos sociais e representantes do parlamento brasileiro.

A edição de 2016 chama a atenção para o aumento de assassinatos. O ano entra para a história com o maior número de mortes no campo em decorrência de conflitos agrários, de luta pela terra e pela água nos últimos 13 anos. O monitoramento da CPT registrou 61 assassinatos no ano passado, 11 a mais que em 2015, com registro de 50 assassinatos.

No lançamento, também estava presente a advogada Divanilce de Sousa Andrade, que teve sua mãe, Nilce de Souza Magalhães, liderança do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), assassinada em 7 de janeiro de 2016, em Rondônia. Emocionada, ela falou da morosidade da justiça, da ausência do Estado brasileiro e da certeza da impunidade.

Rigor científico

O Bispo responsável pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Enemésio Lazzaris, ressaltou a seriedade do trabalho da equipe da CPT na documentação e organização do levantamento e pesquisa dos conflitos no campo. Ele também ressaltou o estado de abandono no qual se encontram comunidades tradicionais, as comunidades do campo, os povos originários, os quilombolas e os pescadores. “É necessário pressionar mais para que os direitos adquiridos por essas comunidades sejam mantidos, confirmados e até ampliados”, disse Dom Enemésio.

O relatório destaca ainda que vem aumentando, desde 2015, atos do Executivo e do Legislativo brasileiros, que implicam e resultarão em redução dos direitos já conquistados pela agricultura familiar, indígenas e quilombolas. Um exemplo citado pelo professor da Universidade Federal da Paraíba, Marco Mitidiero, é o fato de o Executivo ter retirado do censo agropecuário questões relativas ao uso de agrotóxicos e à agricultura familiar.

Com este relatório, a CPT espera que os dados, organizados com rigor científico, sensibilizem as autoridades para que tenham um pouco mais de atenção e facilitem a vida dos camponeses e comunidades indígenas. E se encaixa no tema da Campanha da Fraternidade 2018 (CF 2018) para ser discutido.

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Cartazes de apoio ao Papa são afixados e distribuídos em Roma

Desde a Sexta-feira Santa (14), moradores e turistas que transcorrem as festividades de Páscoa em Roma puderam se deparar com cartazes, escritos em italiano e em inglês, de apoio ao magistério do Papa Francisco. Segundo a Agência de Notícias AGI, a iniciativa faz parte do projeto filantrópico “Rome Loves the Pope Posters” (Roma ama os cartazes do Papa, em tradução livre), do The Global Tolerance Initiative (do site loveistolerance.com).

São mais de 1000 cartazes do Papa: 300 estão sendo afixados na capital eterna e nos arredores do Vaticano até o próximo dia 22, e outros 700 foram distribuídos a estudantes, padres, nas igrejas e aos meios de comunicação da cidade.

A manifestação expressa gratidão e apreço pelo que vem fazendo o bispo de Roma: “Obrigado, Papa Francisco! Pelo empenho profundamente cristão de Amor e Misericórdia, como clamado por Jesus na nossa Bíblia Sagrada”; “que possam, todos os cardeais, bispos e sacerdotes, ler a nossa Bíblia Sagrada com alma aberta e seguir o Seu sábio conselho, animados por um grande amor. Rezemos todos pela Sua Pessoa e pela Igreja com ‘coração racional e alma cheia de amor’”.

The Global Tolerance Initiative foi fundado em 2008 pelo filantropo alemão, Hubertus Hoffmann, para promover a tolerância e o respeito entre as religiões, minorias étnicas e raças, através de boas práticas desenvolvidas no mundo inteiro, baseadas na Carta das Nações Unidas. (AC)

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