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Francisco e Bartolomeu I juntos no Egito pela paz

O Patriarca Ecumênico Bartolomeu I estará no Cairo nos dia 28 e 29 de abril, a convite do Grão Imame da Universidade de al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb. Ao lado do Papa Francisco, os dois líderes cristãos participarão da Conferência Internacional sobre a Paz promovida na capital egípcia.

Não obstante as dificuldades internacionais e os recentes atentados contra a comunidade copta, o diálogo ecumênico e inter-religiosa prossegue com determinação.

Na terça-feira (19/04), um ataque contra uma barreira da polícia montada nas proximidades do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, aos pés do Monte Sinai, provocou a morte de um policial. A ação foi reivindicada pelo autoproclamado Estado Islâmico.

Sobre o significado da presença de Francisco e Bartolomeu no Cairo, ouçamos o que diz o Arquimandrita Athenagoras Fasiolo, delegado do Metropolita ortodoxo da Itália:

“Acredito que as duas maiores Igrejas cristãs, as duas maiores famílias do cristianismo, são testemunhas comuns de um plano de paz que ultrapassa os vínculos políticos, econômicos, mesmo das superpotências consideradas cristãs, que muitas vezes, junto com o Ocidente, permanecem em silêncio diante destes fatos””

RV: Existe algum risco de que esta unidade e esta força no querer alcançar a paz possam provocar uma intensificação das reações opostas, daqueles que, pelo contrário, não querem a paz, como ocorreu nestes recentes atentados que se seguiram ao anúncio da visita do Papa Francisco ao Egito?

“Acredito que todas as religiões tenham como primeiro dever, ensinar aos próprios fiéis, aos próprios discípulos, o que entendemos por paz. Paz não é nunca a supremacia de um sobre os outros; isto não é paz. Paz não é nunca uma paz imposta, não é nunca uma submissão aos desejos de uns sobre os outros. Paz é coordenar, trabalhar juntos para encontrar uma via comum, satisfatória, justa, que possa garantir uma vida correta, isto é, na sua totalidade. Ora, não devemos ter medo de dizer que existem grupos enlouquecidos, porém acredito que como aconteceu em dois mil anos de história cristã em que se entendeu como se devia viver a fé, acredito que outras famílias religiosas deverão fazer o mesmo. Não podemos, na minha opinião, salvar-nos sozinhos; devemos salvar-nos juntos, uns com os outros: cristãos com cristãos, cristãos juntos aos fiéis de outras religiões”.

RV: Este diálogo ecumênico e inter-religioso conseguirá delimitar corretamente as distâncias com quem deseja instrumentalizar a religião com fins políticos ou geopolíticos?

“Acredito que sim. Como homem de fé acredito que sim. Devemos ser corajosos, porém devemos falar uns com os outros também sobre as coisas que não fizemos para evitar tudo isto. O Ocidente seguramente tem as suas culpas pelo aparecimento destes fundamentalismos; o mundo muçulmano tem as suas culpas por não ter sabido conduzir a pensamentos mais sábios uma teologia deixada um pouco solta a si mesma. Acredito que cada um deva fazer a sua parte, porque de outra forma estamos em um caminho sem volta. Devemos nos encontrar, devemos ter a coragem de nos falar, devemos ter a coragem de realizar também estas viagens difíceis, porque eu estou certo de que esta viagem, neste momento, quer para o Papa Francisco como para o Patriarca Ecumênico, quer para todos os outros líderes religiosos que estarão presentes, seja difícil. Não podemos fingir de não ver todos os nossos irmãos de fé que sofrem em muitas partes do mundo; não podemos não dizer que a fé cristã neste momento é a religião mais martirizada, mais uma vez, no mundo. Mas isto não para desejar afirmar uma supremacia ou quem sabe que coisa, mas simplesmente para falar como irmãos e para encontrar juntos as soluções”.

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90 anos de Bento XVI, um doutor da Igreja de nosso tempo

“Bento XVI é um doutor da Igreja do nosso tempo e para além do nosso tempo.” Essa é a convicção do bispo de Bolzano-Bressanone – nordeste da Itália –, Dom Ivo Muser, que nestes dias enviou uma mensagem de felicitações ao Papa emérito por ocasião de seu 90º aniversário festejado este domingo de Páscoa, 16 de abril.

Partindo do pensamento de dois doutores da Igreja, quais Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, Dom Muser ressalta que o primeiro foi o “escritor espiritual que mais influenciou e marcou” Joseph Ratzinger, enquanto o segundo – com a busca contínua de uma síntese entre fé e razão – está presente na teologia e no anúncio de “Ratzinger como professor, bispo e Papa”.

“Caro Papa Bento, parabéns, de coração, por seu 90º aniversário! O senhor foi e é uma bênção para a nossa Igreja, para muitas pessoas em busca daquela verdade, que pode responder às perguntas e aos embates de sua razão – escreve Dom Muser.”

“Agradeço-lhe de coração pelo muito que deu a inúmeras pessoas – através do seu ser, da sua teologia e do seu anúncio, através de seu serviço petrino.” Por fim, Dom Muser recorda a relação de amizade que há anos une a cidade de Bressanone e o Seminário maior a Bento XVI.

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Milão: LEV presente no Salão do Livro

Livraria Editora Vaticana (LEV) participa, em Milão, Itália, do Salão do livro – “Tempo de Livros” – que teve início nesta quarta-feira (19/04), e prossegue até o próximo dia 23.

O conceito do estande da Editora Vaticana se insere no âmbito da primeira edição do Salão do Livro que este ano propõe como primeiro tema “O alfabeto” (alfabetos de letras, números, símbolos, figuras e gestos).

A exposição, a cargo de Alessandra Coppa, Andrea Lancellotti e Sabina Antonini, é composta de alguns elementos simbólicos: um cubo posicionado no centro do estande num chão de resina dourado que define uma espacialidade funcional, com o foco na tecnologia.

Completa a exposição uma mostra de Giovanni Chiaramonte intitulada “Viver a caminho” dedicada aos tuítes do Papa Francisco que podem ser consultados na internet. É possível consultar também o novo catálogo 2017 da LEV.

“É um estande luminoso, branco e moderno. Diferente dos outros”, disse o Diretor da LEV, Pe. Giuseppe Costa. “O interesse pela editoria religiosa é notável. A presença da LEV em Milão é uma ocasião para fazer conhecer cada vez mais o ensinamento do Papa e a riqueza cultural do catolicismo, numa ótica de evangelização em sintonia com os tempos”, sublinhou.

A Editora Vaticana expõe 500 livros do catálogo mais recente com atenção particular ao Papa Francisco de quem são expostos todos os livros publicados até o volume dedicado à sua visita a Milão. Dentre as obras expostas vale a pena mencionar os escritos do Papa Emérito Bento XVI do qual se lembra os seus 90 anos e numerosos volumes dedicados à Sagrada Escritura e à Teologia.

Estão previstos dois eventos: na sexta-feira próxima, às 18h locais, a iniciativa dedicada ao ‘Dicionário da Bíblia’ de Giuliano Vigini, e no sábado 22, o evento ‘Vagueando na cozinha’ que contará com a presença do chef Filippo La Mantia e da atriz Maria Carla Aldisio.

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Papa nomeia bispos para o Brasil

A Igreja no Brasil ganhou dois novos bispos. O Papa Francisco nomeou Bispo Prelado da prelazia territorial de Itacoatiara (AM) o Pe. José Ionilton Lisboa de Oliveira, S.D.V., atualmente Vigário Paroquial de “Nossa Senhora da Conceição”, em Riachão do Jacuípe, diocese de Serrinha (BA).

O vocacionista Pe. José Ionilton Lisboa de Oliveira nasceu em 9 de março de 1962 em Araci, arquidiocese de Feira de Santana (Bahia). Estudou Filosofia no Seminário Diocesano “Nossa Senhora das Vitórias”, em Vitória da Conquista, e Teologia na Faculdade Benedetina “Mosteiro de São Bento”, no Rio de Janeiro.

Emitiu a profissão religiosa em 21 de janeiro de 1990 e foi ordenado sacerdote em 19 de janeiro de 1992. No decorrer do seu ministério, desempenhou atividades na pastoral paroquial, na animação das vocações, na formação dos noviços, na administração econômica como Superior Provincial; Diretor de Comunidade, Membro da Conferência dos religiosos e do Conselho Presbiteral de Vitória da Conquista.

Campo Mourão (PR)

A outra nomeação é para uma diocese paranaense. O Papa Francisco nomeou Bispo Coadjutor de Campo Mourão (PR) o Pe. Bruno Elizeu Versari, do clero da Arquidiocese de Maringá (PR), até então pároco de “Santa Maria Goretti” em Maringá.

Pe. Bruno Elizeu Versari nasceu em 30 de maio de 1959 em Cândido Mota, diocese de Assis (São Paulo). Estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Curitiba (1981-1983) e Teologia no Instituto “Paulo VI” em Londrina (1984-1987). Depois se especializou em Bíblia na Pontifícia Universidade Católica de Maringá.

Foi ordenado sacerdote em 3 de janeiro de 1988 e foi incardinado na Arquidiocese de Maringá. No decorrer do seu ministério, desempenhou os seguintes cargos: Vigário Paroquial de“Santa Maria Goretti” em Maringá (1988-1990); Assistente do Seminário Maior “Nossa Senhora da Glória” (1988-1990); Pároco de “Santa Isabel de Portugal” em Maringá (1990-2009); Ecônomo arquidiocesano (2001-2009); Membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores (2001-2010); Vigário Geral (2011-2015).

Atualmente, é pároco de “Santa Maria Goretti” em Maringá (dal 2009) e Diretor da Rádio arquidiocesana (desde 2015).

Imperatriz (MA)

O Papa Francisco fez ainda duas transferências no episcopado brasileiro. O Pontífice nomeou Bispo da diocese de Imperatriz (MA) Dom Vilsom Basso, S.C.I., transferindo-o da diocese de Caxias do Maranhão. Dom Vilsom estava à frente desta Diocese desde que foi nomeado Bispo em 2010. Atualmente, também é Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Joinville (SC)

A outra transferência diz respeito à Diocese de Joinville (SC). O Papa Francisco nomeou Bispo da diocese catarinense Dom Francisco Carlos Bach, até então Bispo da Diocese de São José dos Pinhais (PR). Dentro da CNBB, atualmente é Membro da Comissão para os Tribunais Eclesiásticos de 2a Instância e Secretário do Conselho Episcopal do Regional Sul 2 (Estado do Paraná).

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Fátima: testemunho dos videntes comprova veracidade das aparições

O Papa Francisco presidirá esta quinta-feira, 19 de abril, a celebração da Hora Terça e o Consistório Ordinário Público para a canonização de 36 novos Santos.

Entre estes, os irmãos Francisco e Jacinta Marto, que ao lado da Irmã Lúcia dos Santos viram Nossa Senhora em Fátima, cujo centenário das aparições recorre precisamente neste ano, 2017.

Para entender a importância da canonização deste dois pastorinhos, a Rádio Vaticano entrevistou Antonino Grasso, mariólogo, docente no Instituto Superior de Ciências Religiosas “São Lucas” de Catânia e especialista em Fátima:

“Está tudo ligado com o mistério, as aparições e a mensagem de Fátima. Quando os videntes testemunham com a sua vida que seguem as indicações da mensagem da Virgem e alcançam os mais altos graus da santidade, é claro que são um testemunho concreto da veracidade das aparições que afirmaram. Portanto, é importante sob este aspecto a canonização dos dois pastorinhos porque eles, tendo recebido a mensagem da Virgem, a colocaram em prática em suas brevíssimas vidas, seguindo as indicações sobretudo da Virgem que pedia a eles para rezar pela paz, mas sobretudo de sacrificar-se pelos pecadores”.

Isto foi pedido diretamente por Nossa Senhora em uma das aparições…

“Em uma das aparições, a Virgem afirmou que muitas almas iam ao inferno, mostrando a eles a dramaticidade desta realidade. E assim os pastorinhos oferecem a vida deles e todos os seus sacrifícios e os sofrimentos de suas doenças para que se salve o maior número de almas possível. Portanto, eles testemunharam com a santidade de suas vidas a veracidade da mensagem e das aparições da virgem”.

Qual é a espiritualidade dos dois pastorzinhos?

“Jacinta cultivava três amores: a Eucaristia, o Coração Imaculado de Maria e o Santo Padre. Era muito disponível em mortificar-se. Ela usou uma corda-cinta na cintura para penitência até quando, temendo que fosse descoberta, poucos dias antes de cair doente, entregou-a a Lúcia que a queimou. Sentava-se por terra ou sobre uma pedra e, absorvida, começava a repetir: “Quanta tristeza eu sinto pelas almas que vão para o inferno”.

E por isto chorava, rezava e se sacrificava continuamente por elas. Pelos pecadores, Jacinta aceitou a doença, os alimentos e os remédios pelos quais sentia tanta repugnância, o sacrifício de separar-se da família, de ir nos vários hospitais e até mesmo aquilo que mais a aterrorizava: a idéia de morrer sozinha, o que de fato ocorreu. Francisco foi muito tocado espiritualmente pela compaixão pelo sofrimento dos outros. Não raro foi surpreendido pelos primos atrás de uma parede ou de uma cerca onde, escondido, se refugiava para rezar de joelhos ou pensar em Jesus, triste – como dizia – por causa de tantos pecados. E fazendo orações e penitências pela salvação das almas que ofendem a Deus, Francisco se sentia atraído pelo amor divino e sua grande preocupação era sobretudo a de consolar Nosso Senhor. Podemos portanto concluir, como afirmamos no início, que a santidade dos dois pastorinhos foi uma confirmação também da vitalidade salvífica e da atualidade da mensagem a eles transmitida pela Virgem”.

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