CMI sobre tratado que proíbe armas nucleares: resultado histórico

Gratidão e satisfação pelo Tratado que proíbe o uso de armas nucleares, aprovado pelas Nações Unidas, nesta segunda-feira (10/07), foram expressas pelo secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Rev. Olav Fykse Tveit.

“Isso significa proteger todos os países e todo o Planeta, nossa casa comum. Esse acordo poderá salvar milhões de vidas humanas”, frisou ele.

O Tratado foi aprovado por 122 países, não obstante “os nove países com armas nucleares e os trinta que buscam refúgio na dissuasão nuclear dos EUA tenham boicotado as longas negociações sobre os tratados e se opuseram a anos de trabalhos preparatórios”, lê-se no comunicado do CMI, citado pelo jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano.

Segundo o organismo ecumênico, o percurso serviu para “levar o debate internacional para além das perspectivas estreitas da auto-conservação da estratégia militar e da influência política” e envolver “o âmbito amplo dos princípios humanitários e da ética fundamental, onde o imperativo moral contra as armas nucleares é claro e categórico”.

O Tratado sobre a proibição das armas nucleares, que marca um “resultado histórico”, “obriga os estados a dar também assistência às vítimas do uso e dos testes de armas nucleares, e a assumirem a responsabilidade de remediar os danos ambientais”.

“O Tratado coloca as armas nucleares na mesma categoria de outras armas indiscriminadas e desumanas como as armas químicas e biológicas, as minas antipessoais e as bombas de fragmentação, colocando fim a uma ‘exceção peculiar’, segundo a qual a pior arma de destruição de massa “não era proibida”, e preenche um lacuna na lei criada e apoiada pelas maneiras em que as potências nucleares usaram o seu poder e sua influência internacional”.

O texto deve agora ser assinado e ratificado pelos governos.

 

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Semana Missionária de Porto Alegre: jovens em contato com a caridade

A partir da próxima segunda-feira (17), jovens de várias dioceses do Rio Grande do Sul estarão reunidos em Porto Alegre para a Semana Missionária, promovida pelo Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB. Na oportunidade, eles poderão conhecer diversas realidades, acompanhando a rotina de pessoas que trabalham no cuidado com a vida, junto a crianças e adolescentes em vulnerabilidade, na reciclagem do lixo ou nos presídios, por exemplo.

A coordenadora do Serviço, Ir. Zenilde Fontes, explica que a metodologia dessa experiência missionária segue a pedagogia do diálogo, do anúncio e do testemunho de comunhão eclesial. Além disso, a partir dessa vivência da rotina do outro, se pode fazer o exercício de perceber Deus.

A Semana Missionária de Porto alegre será uma vivência de pastoral conjunta e orgânica. A Ir. Zenilde acrescenta que “um cristão que não vive a caridade fica com uma fé deficiente. A dimensão missionária da nossa fé faz parte do DNA do cristão e é o elemento comum entre todas as vocações. Assim que somos batizados, assumimos o compromisso com o anúncio”.

Os jovens poderão conhecer o trabalho feito na Fonte Colombo, junto às pessoas que vivem com HIV, no Presídio Central, no Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis (CPCA), na Lomba do Pinheiro, no Galpão de Reciclagem da Vila dos Papeleiros, no Abrigo João Paulo II e no Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). Ao longo da semana, cada jovem vai visitar três lugares diferentes e, à noite, serão acolhidos em casas de famílias das paróquias da arquidiocese.

O jovem Bruno Trindade, da diocese de Cachoeira do Sul, participou das atividades há 2 anos e conta como a experiência trouxe a ele “a consciência e o despertar para uma Igreja em missão e em saída, uma Igreja unida, que vai muito além do carisma ou grupo de base. Percebi o quão é lindo e importante fazer parte de uma comunidade ativa, que se preocupa com o próximo, que vai ao encontro, que vê dignidade em todas as pessoas, que serve a Deus com amor e de todo o coração. E assim, despido de qualquer vaidade ou superficialidade, encontrei muito Deus e de uma forma bastante simples, no irmão que sofre”.

Já Natália Bernardo, da Arquidiocese de Pelotas, vai participar da Semana Missionária deste ano. “Já faz algum tempo que venho tentando tocar novas realidades. Acredito que quando vamos ao encontro do outro, encontramos o próprio Cristo”, disse a jovem.

 

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Rio de Janeiro: igrejas históricas da Tijuca são patrimônio carioca

O Bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, tem mais de 250 anos e guarda igrejas católicas históricas e que são tombadas, inclusive, como patrimônio carioca. É o caso do Santuário de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, a popular Igreja dos Capuchinhos, com 70 anos de atividades.

Os frades capuchinhos se instalaram no Rio de Janeiro ainda em 1840. O frei Arles Dias de Jesus comenta que, por meio de uma lei de 1965, os capuchinhos se tornaram os guardiões de relíquias da cidade: “estamos com a pedra que é o marco da fundação do Rio, com o corpo de Estácio de Sá (1520-1567) e as imagens de São Sebastião – a original do século XVI e a réplica”.

A Igreja foi originalmente construída no Morro do Castelo, porém, destruída em 1922 devido a uma reforma urbanística na região. “A reconstrução na Tijuca começou naquele mesmo ano, em 1922, e só terminou em 1931. Em 1947, fomos elevados à condição de paróquia. Em 2014, abrindo as comemorações para os 450 anos da cidade, nós nos tornamos santuário. Já em 2015, o Papa Francisco elevou a igreja à condição de basílica menor de São Sebastião”, conta frei Arles.

Igualmente simbólica é a Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho, com a primeira capela erguida em 1567. O marco religioso mais antigo do bairro, assim como a Igreja dos Capuchinhos, também guarda suas relíquias. Lá está abrigado, por exemplo, um fragmento ósseo de São Francisco de Assis, doado pelo Papa Pio XI em 1931, ano em que a igreja foi vinculada à Basílica de São João de Latrão, em Roma.

 

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Carta pastoral sobre “acolhida e hospitalidade” no Caminho de Santiago

Após terem percorrido à pé o último trecho do Caminho de Santiago, os participantes da reunião dos bispos franceses e espanhóis – cujas dioceses são atravessadas pelo Caminho de Compostela – concluíram na quarta-feira dois dias de debates, após os quais divulgaram a Carta Pastoral “Acolhida e hospitalidade no caminho de Santiago”.

A hospitalidade – etimologicamente “dar ajuda/abrigo aos viajantes” – é tradição que tem raízes na antiguidade clássica e na Escritura.

Auxiliar na busca espiritual

Segundo os prelados, o que deve caracterizar os lugares de “hospitalidade cristã” que estão ao longo do Caminho de Santiago são os “sinais exteriores”, mas também o esforço em oferecer ao peregrino serviços e indicações que ajudem na sua busca espiritual, em colaboração com as paróquias e as comunidades em que se encontra a casa de acolhida. Assim como um estilo “fraterno e alegre no acolher” quem chega, sem fazer distinção.

Disponibilidade em ouvir

Ademais, deve haver a disponibilidade de “colocar-se em escuta profunda” do peregrino e no saber responder aos questionamentos sobre Deus, a fé e São Tiago, para contribuir ao caminho de busca do peregrino.

Às comunidades religiosas, os bispos pedem que exista uma pessoa “exclusivamente dedicada à acolhida dos peregrinos”, que possa a qualquer hora os receber como se fosse o próprio Jesus.

“Os lugares de acolhida – escrevem os bispos – são verdadeiros espaços de comunhão da Igreja, lugar privilegiado de encontro” entre “o coração de Deus em busca do homem, e aquele do homem a quem falta o essencial”.

 

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“Ecologia e Grandes Cidades”: rever nossos comportamentos

Prossegue no Rio de Janeiro o II Congresso Internacional ‘Ecologia e Grandes Cidades’, promovido pela arquidiocese e a Fundação Antoni Gaudi para as Grandes Cidades, de Barcelona, cujo objetivo é contribuir para a humanização dos grandes centros urbanos.

Cardeal Sistach, arcebispo emérito de Barcelona, no Rio

Em entrevista coletiva concedida quarta-feira (12/07) na sede da arquidiocese, o arcebispo emérito de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, adiantou que “o problema de humanizar as grandes metrópoles, nos aspectos, água, ar e dos resíduos, é muito importante. Contudo, não podemos esquecer o resto do mundo e as pessoas do mundo rural também, que, às vezes, são as que sofrem as consequências dos resíduos que as cidades produzem, removem e descartam no âmbito rural. Ou seja, somos solidários por natureza, a globalização é uma realidade autêntica e, mais cedo ou mais tarde, o que se faz em um país, repercute nos outros. Portanto, norte ou sul, países ricos e países pobres, rurais e urbanos, nós nos influenciamos muito”.

A dimensão comportamental e a reflexão ética

Como lidar com a água? Segundo o Padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., um dos palestrantes no evento, a dimensão comportamental tem um papel prioritário na questão. “É preciso mexer no comportamento humano, reduzindo o consumo e evitando o desperdício, mas temos também que mexer nas grandes estruturas , que são os maiores consumidores de água, e devem rever seus métodos e gestões”, afirma, nesta entrevista à RV.