Chile: alegria dos bispos pelo anúncio da visita do Papa em 2018

Santiago (RV) – “Uma notícia muito bonita que nos enche de alegria.” Foi o que disse o Núncio Apostólico no Chile, Dom Ivo Scapolo, comentando a informação divulgada, nesta segunda-feira (19/06), pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, sobre a viagem do Papa Francisco ao Chile, de 18 a 21 de janeiro de 2018. O Pontífice visitará as cidades de Santiago, Temuco e Iquique.

“Desde agora, para todos nós, é uma ocasião a fim de renovar o nosso compromisso de reforçar a comunhão efetiva com o Santo Padre”, disse Dom Scapolo, segundo a Agência Sir.

O presidente da Conferência Episcopal do Chile, Dom Santiago Silva, afirmou: “Graças a Deus! Receberemos o nosso Pastor com o coração aberto e com muito afeto. O Papa vem nos confirmar na fé, no que estamos vivendo como Igreja e no compromisso de formar uma sociedade mais acolhedora.”

O prelado falou também sobre a exigência de “caminhar ainda mais com a ajuda do Papa, divulgando sua mensagem, que é uma mensagem de comunhão, misericórdia e atenção aos vulneráveis.”

O Arcebispo de Santiago, Cardeal Ricardo Ezzati, disse: “É uma alegria muito grande que o Papa venha nos visitar no Chile, e vem de maneira especial a Santiago, onde uma parte significativa da população chilena, vive, trabalha e está construindo a paz e a justiça.

Após visitar o Chile, o Papa Francisco visitará também o Peru, de 18 a 21 de janeiro de 2018.

(MJ)

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Santo Padre aceita demissão do Auditor Geral Dr. Libero Milone

O Dr. Libero Milone apresentou ao Santo Padre na segunda-feira, 19 de junho, sua demissão do cargo de Auditor Geral, concluindo assim, de comum acordo, a relação de colaboração com a Santa Sé, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.

Desejando ao Dr. Milone todo o bem para a sua futura atividade, a Santa Sé informa que será iniciado o quanto antes o processo de nomeação do novo Responsável pelo Escritório de Auditor Geral.

O Escritório do Auditor Geral da Santa Sé foi instituído pelo Papa Francisco em 24 de Fevereiro de 2014, com a Carta Apostólica sob a forma de «Motu Proprio» Fidelis Dispensatur et Prudens, como nova entidade da Santa Sé encarregada de realizar auditorias dos dicastérios da Cúria Romana, das instituições ligadas à Santa Sé ou que fazem referência a ela e das administrações do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.

Com a aprovação do Estatuto de 22 de fevereiro de 2015, o Papa Francisco indicou as funções e as competências do Escritório do Auditor Geral.

O Auditor Geral atua com total autonomia e independência de acordo com a legislação vigente e com o próprio Estatuto, reportando-se diretamente ao Sumo Pontífice.

Submete ao Conselho para a Economia um programa anual de revisão, assim como um relatório das próprias atividades.

O objetivo do programa de revisão é o de individuar as mais importantes áreas administrativas e organizativas potencialmente sujeitas a riscos.

Em particular, o programa anual prevê a verificação da confiabilidade dos relatórios econômicos e financeiros; a verificação da existência, da eficácia, da competência e da precisão dos procedimentos; o exame da conveniência econômica sobre o emprego dos recursos e a adequação dos procedimentos adotados para a segurança das pessoas, das informações cartáceas e informáticas.

O Escritório do Auditor Geral, outrossim, realiza revisões específicas quando consideradas necessárias ou também a pedido do Conselho para a Economia ou da Secretaria para a Economia; promove as ações penais e civis consideradas necessárias e oportunas junto às competentes autoridades judiciárias e vigia sobre a solidez econômica-patrimonial das entidades e administrações.

 

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Papa Francisco sai do Vaticano e visita Bozzolo e Barbiana

O Papa Francisco visitou na manhã desta terça-feira duas localidades italianas, centro e norte do país, Bozzolo e Barbiana.

O Santo Padre chegou de helicóptero a Bozzolo por volta das 9h15, onde foi acolhido pelo bispo de Cremona, Dom Antônio Napolioni, pelo prefeito da cidade e por muitos fiéis. Em seguida, na Paróquia de São Pedro, Francisco se deteve em oração diante do túmulo de Padre Primo Mazzolari, e na sequência fez um discurso aos fiéis. Depois se transferiu para Barbiana, onde chegou às 11h15 da manhã (hora local). Ali foi acolhido pelo Cardeal Giuseppe Betori, Arcebispo de Florença e pelo prefeito da cidade. Francisco visitou o túmulo de Padre Lorenzo Milani e depois diante da igreja da cidade fez um discurso aos fiéis. O Papa retornou ao Vaticano às 12h30.

Às vezes incômodo

No seu primeiro discurso em Bozzolo o Santo Padre destacou que ele foi a Bozzolo e depois Barbiana como peregrino nas pegadas de dois párocos que deixaram um rastro de luz, às vezes “incômodo”, no seu serviço ao Senhor e ao povo de Deus.

Eu disse muitas vezes – iniciou Francisco – que os párocos são a força da Igreja na Itália. Quando são as faces de um clero não-clerical, eles dão vida a um verdadeiro “magistério dos párocos”, que faz muito bem a todos. Padre Primo Mazzolari foi chamado de “o pároco da Itália”; e São João XXIII saudou-o como “a trombeta do Espírito Santo, na Baixa padana”.

O rio, a casa, a planície

Depois de descrever a personalidade de Padre Primo e a sua formação derivada da rica tradição da “terra padana” o Papa meditou sobre a atualidade da sua mensagem tendo como pano de fundo três cenários: o rio, a casa, a planície.

O rio é uma esplêndida imagem, que pertence à minha experiência, e também a de vocês, disse o Papa. Padre Primo desenvolveu o seu ministério ao longo dos rios, símbolos da primazia e do poder da graça de Deus que escorre incessantemente para o mundo. A sua palavra, pregada ou escrita, buscava clareza de pensamento e força persuasiva na fonte da Palavra do Deus vivo, no Evangelho meditado e rezado, encontrado no Crucificado e nos homens, celebrado em gestos sacramentais não reduzidos a mero ritual.

Padre Mazzolari, pároco em Cicognara e Cocoon, não se protegeu do rio da vida, do sofrimento de seu povo, que o plasmou como pastor sincero e exigente, antes de tudo consigo mesmo. Ao longo do rio aprendia a receber todos os dias o dom da verdade e do amor, para ser seu portador forte e generoso.

Família de famílias

Já a casa, (a grande casa) na época de Padre Primo, era uma “família de famílias”, que viviam juntas nestes férteis campos, também sofrendo misérias e injustiças, à espera de uma mudança, que depois resultou no êxodo para as cidades. A casa nos dá a ideia de Igreja que guiava Padre Mazzolari. Também ele pensava em uma Igreja em saída, quando meditava para os sacerdotes com estas palavras: “Para caminhar é preciso sair de casa e da Igreja, se o povo de Deus não vem mais a nós; e ocupar-se e preocupar-se também de suas necessidades que, apesar de não serem espirituais, são necessidades humanas”.

O cristão se distanciou do homem, e o nosso discurso não pode ser compreendido se antes não o introduzimos por este caminho, que parece ser o mais distante mas é o mais seguro. […] para fazer muito, é preciso amar muito”. A paróquia é o lugar onde cada homem sente ser esperado, um “lar que não conhece ausências”.

Padre Mazzolari foi um pároco convicto de que “os destinos do mundo se amadurecem nas periferias”, e ele fez de sua própria humanidade um instrumento da misericórdia de Deus, à maneira do pai da parábola evangélica.

Pároco dos distantes

Ele foi justamente definido “o pároco dos distantes”, – disse ainda Francisco – porque ele sempre os amou e os procurou. Ele não se preocupou em definir um método de apostolado válido para todos e para sempre, mas de propor o discernimento como maneira de interpretar alma de cada homem. Este olhar misericordioso e evangélico sobre a humanidade levou-o também a dar valor à necessária gradualidade: o sacerdote não é alguém que exige a perfeição, mas que ajuda a todos a darem o melhor.

O terceiro cenário é o da grande planície. Quem – disse o Papa -, acolheu o “Discurso da Montanha” não tem medo de avançar, como um andarilho e testemunha, na planície que se abre, sem limites tranquilizadores. Jesus prepara seus discípulos para isso, levando-os através da multidão, entre os pobres, revelando que o pico é alcançado na planície, onde se encarna a misericórdia de Deus. À caridade pastoral de Padre Primo se abriram muitos horizontes, nas situações complexas que enfrentou: as guerras, os totalitarismos, os confrontos fratricidas, a fadiga da democracia em gestação, a miséria de seu povo.

Encorajo todos vocês, irmãos sacerdotes, – disse Francisco – a ouvirem o mundo, aqueles que vivem e trabalham nele, para responder a todas as questões de sentido e de esperança, sem medo de cruzar desertos e áreas de sombra. Assim, podemos tornar-se Igreja pobre para e com os pobres, a Igreja de Jesus.

Francisco concluiu com um pedido: “que o Senhor, que sempre suscitou na Santa Mãe Igreja pastores e profetas segundo o seu coração, ajude-nos, hoje, a não ignorá-los novamente. Porque eles viram longe, e segui-los nos teria poupado sofrimentos e humilhações.

 

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REPAM reforça presença, atuação e estratégias na Colômbia

Começou segunda-feira (19/06) o III Encontro da Rede Eclesial Pan-Amazônica, REPAM, na Colômbia. Até 24 de junho, mais de 100 participantes examinarão a realidade da Amazônia colombiana e definirão estratégias oportunas para trabalhar em conjunto pela tutela do bioma Amazônico. A Comissão Episcopal para a Amazônia também estará presente.

Reforçar o trabalho eclesial

O objetivo deste Encontro é reforçar a identidade da REPAM-Colômbia à luz da Encíclica “Laudato Sì”, como percurso de reconciliação com a criação e a tutela da Amazônia colombiana. Também se pretende incrementar o trabalho eclesial em comunhão, para obter uma ação mais eficaz como rede e concordar uma atuação do plano comum de ação.

Situação ecológica das populações indígenas

Na abertura dos trabalhos, foi apresentada a realidade de Mocoa e celebrada uma missa em memória das vítimas da inundação da cidade de Mocoa, em fins de março.

Segundo a agenda, será analisada a realidade dos territórios e Igrejas locais nas três sub-regiões da Amazônia, que compreendem 12 jurisdições eclesiásticas do sul.

Na conclusão do Encontro, será redigido um plano de ação concreto que a REPAM possa atuar diante dos principais desafios da realidade amazônica colombiana.

 

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Papa: Adolescência é fase difícil, mas não é uma doença!

“Uma cultura sem raízes, uma família sem raízes é uma família sem história, sem memória”. Foi o que disse o Papa na abertura do Congresso diocesano de Roma, na Basílica de S. João de Latrão, na noite de segunda-feira (19/06). Francisco também convidou a estar ao lado dos adolescentes, recordando que esta fase da vida é ‘difícil’, mas não é uma ‘patologia.

A oração em ‘romanesco’

O Congresso diocesano deste ano tem como tema “Acompanhar os pais na educação dos filhos adolescentes”. Dirigindo-se às famílias, o Papa disse: “Vocês vivem as tensões desta grande cidade: o trabalho, a distâncias, o tempo reduzido, o dinheiro que nunca é suficiente. Por isso, para simplificar, rezem em dialeto, pensando nas suas famílias e em como formar seus filhos no âmbito desta realidade”.

Atenção à sociedade ‘desenraizada’

“Muitas vezes – disse o Papa – oferecemos a nossos filhos uma formação excessiva em campos que consideramos importantes para seu futuro e pretendemos que eles deem o máximo. Mas não damos tanta importância ao fato que devem conhecer sua terra, suas raízes”.

Adolescência, fase de crescimento para os jovens

Para o Papa, a adolescência “é um tempo precioso na vida dos filhos; um tempo difícil, de mudanças e instabilidade… uma fase que traz riscos e dúvidas, mas crescimento para eles e para toda a família”.

Francisco disse também que lhe preocupa a tendência atual dos pais de ‘medicar’ precocemente os jovens. “Parece que tudo se resolve medicando ou controlando tudo com o slogan ‘desfrutar o tempo ao máximo’ e assim, a agenda dos jovens fica pior do que a de um executivo”. Portanto, “a adolescência não é uma patologia que precisamos combater; faz parte do crescimento natural”.

“Eles querem se sentir – logicamente – protagonistas”, “procuram muitas vezes sentir aquela ‘vertigem’ que os faça sentir vivos”. “Assim, temos que encorajá-los a transformar seus sonhos em projetos! Proponhamos grandes objetivos e ajudemo-los a realizá-los!”.

Atenção à juventude eterna e ao consumismo

“Hoje há uma espécie de competição entre pais e filhos: o paradigma e modelo de sucesso é ‘a eterna juventude’. Ao que parece, crescer e envelhecer é ‘um mal’, é sinônimo de frustração e de uma vida acabada. Tudo deve ser mascarado e dissimulado”. “Como é triste que as pessoas façam ‘lifting’ no coração! É doloroso que se queira cancelar as rugas dos encontros, das alegrias e tristezas!”.

O outro perigo é o consumismo

“Educar à austeridade é uma riqueza incomparável. Desperta a criatividade, gera possibilidades e especialmente, abre ao trabalho em grupo, à solidariedade; abre aos outros”.

O agradecimento ao Cardeal Vallini

Enfim, o Papa agradeceu o Card. Agostino Vallini, que deixa seu cargo de Vigário-geral de Roma a Dom Angelo De Donatis. “Nestes anos – disse Francisco – o Card. Vallini “me manteve com os pés no chão”.

 

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