Deus não é um espectador do mundo, afirma cineasta católico

Santiago (RV) – O cineasta católico espanhol Juan Manuel Cotelo encorajou comunicadores a serem “transmissores de Deus”, o qual “não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. O jornalista e diretor de filmes como Footprints, La ultima cima e Terra de Maria conversou com o Grupo ACI durante a sua visita ao Chile para participar do XII Congresso Católicos e Vida Pública.

Conselho a comunicadores

O cineasta aconselhou os comunicadores católicos “a estarem muito perto de Deus para que Ele mesmo possa se comunicar através de nós, esta é a missão de qualquer apóstolo”. Segundo Cotelo, levar Deus às telas do cinema é uma experiência “de surpresa” ao ver que o resultado “provoca uma onda de amor em pessoas que custariam a acreditar”. Trata-se de “descobrir que Deus não está de férias, que não ficou sem bateria, que não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. “E como faz as coisas em equipe, se fez homem e age entre os homens, continua procurando pessoas que queiram se unir à sua equipe e, quando uma pessoa se une à equipe de Deus e aceita o seu convite, Ele permite ver como ele joga”, afirmou.

Boa Nova do Evangelho

O responsável pela produtora Infinito + 1 também se referiu aos comunicadores católicos e recordou que “se queremos transmitir Deus, temos que ter Deus. Na medida em que somos mais de Deus, quanto mais permitamos que Ele aja em nós, é mais fácil que sejamos transmissores de Deus”. “Ele é quem vai transmitir através de nós” a Boa Nova do Evangelho e, para isso, é fundamental “estar muito perto de Deus” e confiar nele.

Diante dos momentos de dificuldade, o cineasta sustentou que “nós não temos a planilha do Excel de Deus para poder dizer ‘agora tudo está indo muito bem’ ou ‘agora está fatal’”. “Com a nossa planilha de Excel diríamos que no momento da crucificação a coisa é fatal, não tem mais jeito. E a planilha de Deus diz ‘espera três dias que você vai me ver ressuscitar’”, explicou Cotelo.

Confie no poder de Deus

Por esta razão, “confie no poder de Deus, não no que você vê com os próprios olhos ou com a sua inteligência, deixe que Deus dê a última palavra, deixe Ele ser Deus, e você vai ressuscitar”.

“Através desta tristeza, desse desespero, desse ‘problemão’ que você não consegue encontrar uma solução, ou dessa falta de resultados, você vai ver como Deus constrói sobre isso algo positivo”, afirmou o cineasta católico. (SP-ACI Prensa)

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Igreja argentina promove iniciativa “um minuto pela paz” no mundo

Buenos Aires (RV) – “Um minuto pela paz” no mundo é o nome da iniciativa a ser celebrada na próxima quinta-feira, 8 de junho, às 13 horas, momento em que todos são convidados a interromper suas atividades cotidianas e dedicar um minuto para refletir e rezar – segundo a própria tradição religiosa – num gesto de comprometimento com a paz no mundo.

A iniciativa é da Comissão Nacional Justiça e Paz, Ação católica argentina, Departamento dos Leigos, Comissão Episcopal para o Ecumenismo, as relações com o Judaísmo, o Islã e as religiões, além de diversas associações nacionais e internacionais, em comunhão com a Conferência Episcopal argentina.

Este “minuto” – explica o comunicado enviado à Agência Fides – poderá ser vivenciado em grupo ou de forma individual, na rua ou em uma igreja, em família, na escola, no local de trabalho, na fábrica, no escritório, enfim, no local onde a pessoa encontrar um ambiente para recolher-se.

A data recorda o terceiro aniversário do histórico encontro realizado no Vaticano em 8 de junho de 2014, e que reuniu o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu e os Presidentes de Israel, Shimon Peres (falecido 28 de setembro de 2016), e da Palestina, Abu Mazen.

Em nível internacional, a iniciativa é apoiada também pelo Fórum Internacional da Ação Católica (FIAC) e pela União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC). (JE)

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Papa aos Missionários da Consolata: ser novos “areópagos”

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu sua série de audiências, na manhã desta segunda-feira (05/6), recebendo na Sala Clementina, no Vaticano, 120 participantes nos Capítulos Gerais dos Missionários e Missionárias da Consolata, cuja Congregação foi fundada pelo bem-aventurado Giuseppe Allamano.

Ao desejar que os trabalhos Capitulares possam se desenvolver em clima de serenidade e docilidade ao Espírito, o Papa encoraja todos aqueles coirmãos e coirmãs que, muitas vezes, atuam em condições difíceis nos diversos Continentes, a prosseguir com generosa fidelidade a sua missão “ad gentes”.

Por isso, Francisco deu algumas sugestões aos Missionários da Consolata:

“Gostaria de exortar-lhes a fazer um atento discernimento sobre a situação dos povos, entre os quais desempenham a sua ação evangelizadora. Jamais se cansem de levar conforto, sobretudo àqueles que se encontram em situações de grande pobreza e sofrimento, sobretudo na África e América Latina. Busquem dar seu testemunho de caridade, que o Espírito infunde em seus corações”.

Para levar adiante seu compromisso missionário, recordou o Papa, é preciso viver em comunhão com Deus. A vida religiosa pode se tornar um itinerário alegre de redescoberta progressiva do amor e da misericórdia divinos, e novos “areópagos” da evangelização. E concluiu:

“No esforço de requalificar o estilo de serviço missionário, é preciso privilegiar alguns elementos significativos como a sensibilidade à inculturação do Evangelho, dar espaço à corresponsabilidade dos agentes pastorais, adotar formas simples e pobres para viver entre as pessoas”.

Por fim, Francisco exortou ainda os Missionários da Consolata a dispensar atenção especial ao diálogo com os muçulmanos e a se comprometer mais com a promoção da dignidade da mulher e dos valores da família, como também ter maior sensibilidade com os temas da justiça e da paz. (MT)

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Papa recorda o Cardeal Husar em suas exéquias: mestre de sabedoria

Cidade do Vticano (RV) – Pensar que hoje em toda a Ucrânia se chore pelo Cardeal Husar, mas que muitos estão certos de que ele já repousa no abraço do Pai celeste, me comove. Eles sentem que, após terem tido um exemplo de vida coerente e crível, poderão continuar se beneficiando de sua oração com a qual protegerá o seu povo ainda sofredor, marcado pela violência e pela insegurança, e todavia seguro de que o amor de Cristo não decepciona.

Com essas palavras, o Papa Francisco recorda mais uma vez o arcebispo-mor emérito de Kiev, na Ucrânia, Cardeal Lubomyr Husar, falecido na última quarta-feira (31/05) aos 84 anos.

Numa carta ao arcebispo-mor de Kiev, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, o Pontífice expressa – no dia das exéquias do purpurado – o desejo de mais uma vez colocar-se entre os que rezam confiando ao Pai celeste “a alma eleita do nosso Irmão”, afirma.

Francisco alude ao extraordinário afluxo de pessoas que estes dias quiseram despedir-se do falecido purpurado, sinal eloquente – afirma – daquilo que ele foi: “uma das mais altas e respeitadas autoridades morais do povo ucraniano nas últimas décadas”.

Ele o foi para toda a Igreja greco-católica, que ele agregou a partir da herança das “catacumbas” às quais esta tinha sido obrigada pela perseguição, e para a qual deu não somente estruturas eclesiásticas, mas, sobretudo, a alegria da própria história, fundada na fé mediante e para além de todo sofrimento.

Após o operoso e intenso período de seu ministério qual “pai e chefe” da Igreja greco-católica, com o advento da idade avançada e da enfermidade, sua presença em meio ao povo mudou de estilo, mas, se possível, se fez ainda mais rica e intensa, afirma o Santo Padre.

Quase regularmente ele intervinha na vida de seu país como mestre de sabedoria: “seu falar era simples, compreensível a todos, mas muito profundo. Sua sabedoria era a sabedoria do Evangelho, era o pão da Palavra de Deus partilhado para os simples, para os sofredores, para todos aqueles que buscavam dignidade”, lê-se na carta do Pontífice.

Grato por esta presença única, religiosa e social na história da Ucrânia – conclui o Papa em sua missava –, “convido-os a serem fiéis ao constante ensinamento e total abandono à Providência. Continuem a sentir o seu sorriso e a sua carícia.”

O purpurado foi sepultado esta segunda-feira (05/06), em Kiev, na cripta da Catedral da Ressurreição. (RL)

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Pax Christi: direitos iguais entre palestinos e israelenses

Roma (RV) – A associação católica e pacifista internacional “Pax Christi faz apelo a todas as partes a retornar à mesa de negociação para definir acordos de paz que reconheçam e protejam a dignidade humana e os iguais direitos do povo palestino e do povo israelense. Consideramos que a retomada de um processo de paz se deva basear num firme compromisso a respeitar o direito internacional e as resoluções da Onu”.

A Pax Christi se mobiliza por ocasião do 50º aniversário da eclosão da guerra dos Seis dias (5 de junho de 1967) que marcou o início de 50 anos de ocupação israelense dos territórios palestinos.

“É o momento para dizer basta!”, escreve Pax Christi anunciando um mês de iniciativas e atividades para chamar a atenção sobre as consequências destas cinco décadas de ocupação israelense na vida dos palestinos.

É preciso que “governos, sociedade civil e pessoas de boa vontade façam pressão com todos os meios possíveis, político, econômico e de sensibilização, para buscar dar fim à ocupação”, escreve numa nota.

Segundo a associação católica e pacifista internacional, a condição indispensável para poder alcançar uma solução que dê um futuro de paz aos dois povos é que se estabeleça “a proibição de venda e entrega de armas a Israel e Palestina e a imediata cessação de toda e qualquer operação militar que contribua para a violência do conflito”. (RL-Sir)

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