Coleta anual da Caritas argentina: ninguém pode ser excluído

Buenos Aires (RV) – “Se olhas para o outro como teu irmão, ninguém pode ser excluído”: esse é o tema da coleta anual que a Caritas Argentina promove para os dias 10 e 11 de junho próximo. A temática “inspira-se numa reflexão do Papa Francisco feita em julho de 2015 em Quito, no Equador, no encontro com a sociedade civil realizado na Igreja de São Francisco”, refere a agência católica Aica.

Ninguém seja excluído da sociedade

Naquela ocasião, o Santo Padre disse: “A nossa sociedade vence quando cada pessoa, cada grupo social, se sente verdadeiramente em casa. Numa família, os pais, os avós, as crianças são de casa; ninguém é excluído”.

Ajudar quem tem menos do que os outros

“A campanha de solidariedade será animada com imagens e testemunhos obtidos na comunidade de Caritas Rafaela, na província de Santa Fé, para refletir o trabalho de muitos voluntários que, com alegria e esperança, oferecem seus esforços de modo desinteressado para dar oportunidade de ajuda a quem tem menos do que os outros”, informa a Caritas local.

A atividade da Caritas Argentina

Com mais de 3.500 paróquias, capelas e centros missionários e 32 mil voluntários, a Caritas Argentina colabora, coordena e auxilia a pastoral caritativa da Igreja argentina, buscando dar respostas exaustivas às questões da pobreza e da promoção de valores como a dignidade e a justiça social. (RL-Sir)

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Faleceu aos 110 anos Cândida Bellotti, a religiosa mais idosa da Itália

Lucca (RV) – Ela deixou este mundo com a serenidade que a sempre distinguiu em seus 110 anos de vida. Faleceu no último sábado (27) em Lucca, região italiana da Toscana, na sede das Ministras dos Enfermos, a Irmã Cândida Bellotti, religiosa de origem vêneta que se distinguiu pela sua extraordinária longevidade.

Em 20 de fevereiro último, ela tinha comemorado o último aniversário circundada pelo bispo de Lucca, Dom Italo Castellani, pela Superiora Provincial Irmã Giuliana Fracasso e pelas coirmãs. Para ela também uma bênção especial do Papa Francisco, que tinha lhe enviado “calorosas felicitações e fervorosos votos”.

De origem vêneta, Irmã Candida (batizada com o nome Alma Bellotti) pertencia à Congregação das Ministras dos Enfermos de São Camilo de Lellis, que trabalham em hospitais, nas casas de repouso e em locais de atendimento, promovendo a pastoral da saúde e a saúde de base.

Desde os anos 30 havia trabalhado como enfermeira profissional em várias cidades italianas, dedicando-se também à formação das jovens irmãs. No ano 2000, aos 93 anos, tinha sido transferida para a Casa Mãe em Lucca para um merecido descanso. Dez os Pontífices que se sucederam durante a vida da Irmã Cândida, até o Papa Francisco, que teve o privilégio de encontrar em 2014 em Roma, por ocasião de seus 107 anos, participando na missa celebrada na Domus Santa Marta, e recebendo a sua bênção.

Agora, depois de uma vida rica de obras e dedicada com alegria ao serviço dos outros, Irmã Cândida permanecerá na memória daqueles que a conheceram e a apreciaram pelo seu grande ativismo, a sua sabedoria e o seu humor.

O funeral será nesta terça-feira, dia 30, na igreja da Santíssima Trindade de Lucca. (SP)

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Papa: aprender a ouvir o Espírito antes de tomar decisões

Cidade do Vaticano (RV) – É preciso deixar-se interpelar pelo Espírito Santo, apender a ouvi-lo antes de tomar decisões. Esta foi a exortação que o Papa Francisco dirigiu aos fiéis na homilia da Missa desta segunda-feira (29/05) na capela da Casa Santa Marta.

Nesta semana que antecede Pentecostes, afirmou o Papa, a Igreja pede que rezemos para que o Espírito venha no coração, na paróquia, na comunidade. Francisco inspirou-se na Primeira Leitura, que poderíamos chamar de “Pentecostes de Éfeso”. De fato, a comunidade de Éfeso tinha recebido a fé, mas não sabia nem mesmo que existisse o Espírito Santo. Eram “pessoas boas, de fé”, mas não conheciam este dom do Pai. Depois, Paulo impôs as mãos sobre eles, desceu o Espírito Santo e começaram a falar em línguas.

O Espírito Santo move o coração
O Espírito Santo, de fato, move o coração, como se lê nos Evangelhos, onde tantas pessoas – Nicodemos, a samaritana, a pecadora – são impulsionados a se aproximar de Jesus justamente pelo Espírito Santo. O Pontífice então convidou a nos questionar qual o lugar que o Espírito Santo tem em nossa vida:

“Eu sou capaz de ouvi-lo? Eu sou capaz de pedir inspiração antes de tomar uma decisão ou dizer uma palavra ou fazer algo? Ou o meu coração está tranquilo, sem emoções, um coração fixo? Certos corações, se nós fizéssemos um eletrocardiograma espiritual, o resultado seria linear, sem emoções. Também nos Evangelhos há essas pessoas, pensemos nos doutores da lei: acreditavam em Deus, todos sabiam os mandamentos, mas o coração estava fechado, parado, não se deixavam inquietar”.

Não à fé ideológica
A exortação central do papa, portanto, é deixar-se inquietar, isto è, interpelar pelo Espírito Santo que faz discernir e não ter uma fé ideológica:

“Deixar-se inquietar pelo Espírito Santo: “Eh, ouvi isso… Mas, padre, isso é sentimentalismo?” – “Pode ser, mas não. Se você for pela estrada justa não é sentimentalismo”. “Senti a vontade de fazer isso, de visitar aquele doente ou mudar de vida ou abandonar isso …”. Sentir e discernir: discernir o que sente o meu coração, porque o Espírito Santo é o mestre do discernimento. Uma pessoa que não tem esses movimentos no coração, que não discerne o que acontece, é uma pessoa que tem uma fé fria, uma fé ideológica. A sua fé é uma ideologia, é isso”.

Interrogar-se sobre a relação com o Espírito Santo
Este era o “drama” daqueles doutores da lei que eram contrários a Jesus. O Papa exortou a se interrogar sobre a própria relação com o Espírito Santo:

“Peço que me guie pelo caminho que devo escolher na minha vida e também todos os dias? Peço que me dê a graça de distinguir o bom do menos bom? Porque o bem do mal se distingue logo. Mas há aquele mal escondido, que é o menos bom, mas esconde o mal. Peço essa graça? Esta pergunta eu gostaria de semeá-la hoje no coração de vocês.”

Portanto, é preciso se interrogar se temos um coração irrequieto porque movido pelo Espírito Santo ou se fazemos somente “cálculos com a mente” . No Apocalipse, o apóstolo João inicia convidando as “sete Igrejas” – as sete dioceses daquele tempo, disse o Papa Francesco – a ouvir o que o Espírito Santo lhes diz. “Peçamos também nós esta graça de ouvir o que o Espírito diz à nossa Igreja, à nossa comunidade, à nossa paróquia, à nossa família e cada um de nós, a graça de aprender esta linguagem de ouvir o Espírito Santo”.

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Ascensão do Senhor, continuação da missão por parte da Igreja

O Papa Francisco rezou a oração do Regina Coeli, neste domingo (28/05), com os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro.

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice recordou a Ascensão do Senhor, celebrada neste domingo, após quarenta dias depois da Páscoa.

“Os versículos que concluem o Evangelho de Mateus nos apresentam o momento da despedida definitiva do Ressuscitado aos seus discípulos. O cenário é o da Galileia, lugar onde Jesus os chamou para segui-lo e para formar o primeiro núcleo de sua comunidade nova. Agora, aqueles discípulos passaram através do fogo da paixão e da ressurreição. Ao verem Jesus ressuscitado eles se prostram diante dele, alguns porém ainda duvidam. A esta comunidade amedrontada, Jesus deixa a grande tarefa de evangelizar o mundo; e concretiza esta tarefa com a ordem o mandato de ensinar e batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”

Segundo o Papa, “a Ascensão de Jesus ao céu constitui o fim da missão que o Filho recebeu do Pai e o início da continuação desta missão por parte da Igreja. A partir deste momento, do momento da Ascensão, a presença de Cristo no mundo é mediada através de seus discípulos, daqueles que acreditam Nele e o anunciam. Esta missão durará até o fim da história e contará todos os dias com a assistência do Senhor ressuscitado, que garante: “Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.

“A sua presença traz fortaleza nas perseguições, conforto nas tribulações, sustento nas situações difíceis que a missão e o anúncio do Evangelho encontram. A Ascensão nos recorda esta assistência de Jesus e de seu Espírito que dá confiança e segurança ao nosso testemunho cristão no mundo. Revela-nos porque existe a Igreja: a Igreja existe para anunciar o Evangelho! Somente para isso! A alegria da Igreja é anunciar o Evangelho.”

Francisco disse ainda que “todos nós batizados somos a Igreja. Hoje, somos convidados a entender melhor que Deus nos deu a grande dignidade e responsabilidade de anunciá-lo ao mundo, de torná-lo acessível à humanidade. Esta é a nossa dignidade, esta é a maior honra de cada um de nós, batizados na Igreja!”

“Nesta festa da Ascensão, enquanto voltamos o nosso olhar para o céu, onde Cristo subiu e está sentado à direita do Pai, fortalecemos os nossos passos na terra para prosseguir com entusiasmo e coragem o nosso caminho, a nossa missão de testemunhar e viver o Evangelho em qualquer ambiente. Estamos bem conscientes de que isso não depende em primeiro lugar de nossas forças, da capacidade organizacional e recursos humanos. Somente com a luz e a força do Espírito Santo podemos efetivamente cumprir a nossa missão de fazer conhecer e experimentar cada vez aos outros o amor e a ternura de Jesus.”

O Papa pediu “à Virgem Maria para nos ajudar a contemplar os bens celestes, que o Senhor nos promete, e a nos tornar testemunhas cada vez mais críveis de sua Ressurreição, da vida verdadeira.”

 

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Dia Mundial das Comunicações Sociais: comunicar esperança e confiança

Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se neste domingo (28/5), solenidade da Ascensão do Senhor, o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O tema da mensagem do Papa para este dia “Não tenhas medo, que Eu estou contigo. Comunicar esperança e confiança no nosso tempo” foi divulgado no dia litúrgico de São Francisco de Sales, patrono dos escritores e jornalistas, celebrado em 24 de janeiro.

Com este tema, Francisco propõe um estilo “aberto e criativo” para comunicar a esperança. Por isso, encoraja todos os que trabalham neste campo a comunicar de modo construtivo, rejeitando preconceitos e promovendo uma cultura do encontro.

Com efeito, em sua mensagem, o Santo Padre ressalta: “ O protagonista da notícia não pode ser o mal – que nos leva à apatia, ao desespero e a anestesiar a consciência –, mas a solução dos problemas, com um estilo aberto e criativo”.

“Em um sistema de comunicação, – frisa o Papa – onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção e, por conseguinte, não se torna notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente se tornam espetáculo, somos tentados a anestesiar a consciência ou a cair no desespero”.

A realidade não tem um significado unívoco – afirma o Papa -; tudo depende do modo com que a encaramos. Portanto, o ponto de partida ideal, para se encarar a realidade, é a “Boa Nova por excelência”, ou seja, o Evangelho de Jesus Cristo.

Esta boa notícia, – diz por fim Francisco – comporta sofrimento, porque o sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte integrante do amor de Cristo ao Pai e à humanidade.

Em Cristo, – concluiu o Pontífice – Deus se fez solidário com toda a situação humana, revelando que não estamos sozinhos, porque temos um Pai que nunca esquece seus filhos. (MT)

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