Papa visita paróquia romana de São Pedro Damião

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco visitará, no próximo domingo (21/05), a Paróquia romana de São Pedro Damião, situada no bairro Casal Bernocchi.

O Santo Padre será acolhido pelo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, titular da paróquia, pelo Bispo auxiliar do setor sul da cidade, Dom Paolo Lojudice, pelo pároco Pe. Lucio Coppa, e demais sacerdotes daquela área.

Francisco será o terceiro pontífice a visitar esta comunidade. O primeiro foi Paulo VI, em 27 de fevereiro de 1972, por ocasião do 9º centenário da morte de São Pedro Damião. São João Paulo II visitou essa paróquia em 13 de março de 1988.

Durante a visita, o Papa Francisco encontrará oitenta crianças que estão se preparando para a primeira comunhão e cerca de cem adolescentes que frequentam o curso pós-crisma.

O Santo Padre encontrará também os jovens, os doentes, os idosos, as famílias cujos filhos foram batizados este ano, os membros do Caminho neocatecumenal, os agentes pastorais da paróquia e os voluntários da Caritas. A seguir, o Papa confessará quatro paroquianos e às 18h locais presidirá a celebração eucarística.

“A comunidade acolheu a notícia com grande alegria”, disse o pároco Pe. Lucio, responsável pela Paróquia de São Pedro Damião desde 2005, que falou também dos problemas vividos nessa área da Cidade Eterna, como a “falta de serviços essenciais, pouco comércio e lugares de agregação”. “É um bairro dormitório. As pessoas saem de casa de manhã cedo para trabalhar e voltam à noite. Nem todos participam das celebrações, mas estão sempre disponíveis a contribuir, em caso de necessidade”, disse ele.

A Paróquia de São Pedro Damião oferece um serviço Caritas desempenhado por quinze voluntários: cinquenta famílias pertencentes à comunidade paroquial recebem, duas vezes por mês, uma contribuição em alimento. “Trata-se de famílias jovens, quase todas italianas, cujo chefe de família perdeu improvisamente o trabalho ou tem um emprego precário”, explicou Pe. Lucio.

Há um ano, está funcionando o refeitório que, por dois sábados no mês, oferece uma refeição a cerca de cinquenta pessoas provenientes dos bairros vizinhos. “Muitas vezes, dentre os nossos hóspedes encontramos pais divorciados que não conseguem arcar com todas as despesas”, disse o pároco.

O oratório da paróquia é frequentado por cerca de cinquenta crianças todos os domingos de manhã, após a missa das crianças. No período de verão fica aberto todos os dias durante um mês, graças à disponibilidade dos jovens animadores.

A Paróquia de São Pedro Damião organiza quatro dias de festa por ocasião do aniversário de dedicação da igreja, 8 de junho de 2002, e a feira de Natal promovida nos quatro domingos de Advento, cuja renda é utilizada a cada ano em obras beneficentes.

(MJ)

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Audiência: Deus é um sonhador, porque sonha a transformação do mundo

Cidade do Vaticano (RV) – Maria Madalena, apóstola da esperança: este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira (17/05).

Aos cerca de 20 mil fiéis presentes na Praça S. Pedro, entre os quais brasileiros da Bahia, de Fortaleza e Brasília, o Pontífice deu prosseguimento ao ciclo sobre a esperança no contexto do mistério pascal, falando daquela que, por primeiro, viu Jesus ressuscitado.

Após a sua morte e assim que o descanso do Sábado o permitiu, Maria Madalena foi até o sepulcro para completar os ritos fúnebres. Ao chegar, viu que alguém tinha removido a pedra que estava à porta do sepulcro e logo pensou que tivessem roubado o corpo de Jesus. Este trajeto rumo ao sepulcro, disse o Papa, espelha a fidelidade de tantas mulheres que são devotas por anos às ruelas dos cemitério, em memória de alguém que não existe mais. “Os elos mais autênticos não são interrompidos nem mesmo pela morte: há quem continua a amar mesmo que a pessoa amada tenha ido embora para sempre”, afirmou Francisco em meio aos aplausos dos fiéis.

Deus nos chama pelo nome

Ela advertiu os discípulos e, em seguida, voltou novamente ao sepulcro com uma dupla tristeza: a morte de Jesus e o desaparecimento de seu corpo. Porém, desta vez, foi surpreendida pelo aparecimento de dois anjos e, finalmente, do próprio Jesus, a quem reconhece quando este a chama pelo nome: Maria!

“Como é belo pensar que a primeira aparição do Ressuscitado tenha ocorrido de modo assim tão pessoal!”, disse Francisco. “Tem alguém que nos conhece, que vê o nosso sofrimento e a nossa desilusão, que se comove e nos chama pelo nome. Em volta de Jesus, há muitas pessoas que buscam a Deus; mas a realidade mais prodigiosa é que, muito antes, há um Deus que se preocupa com nossa vida. Cada homem é uma história de amor que Deus escreve sobre esta terra. A cada um de nós Deus chama por nome, nos olha, nos espera, nos perdoa, tem paciência. É verdade ou não?”, perguntou o Papa aos fiéis.

Revolução não é como um conta-gotas

A ressurreição de Jesus é uma revolução que transformou a vida de Maria Madalena e transforma a vida de cada um de nós. Uma revolução que não vem como conta-gotas, mas é como uma cascata que se expande por toda a existência. Esta não é marcada por “pequenas felicidades”, mas por ondas que levam tudo.

Nosso Deus é sonhador

Francisco convidou os fiéis a imaginarem este instante em que Deus nos chama por nome e diz: “Levante-se, pare de chorar, porque vim libertar!”. Jesus, prosseguiu, não se adapta ao mundo, tolerando que prevaleçam a morte, o ódio, a destruição moral das pessoas… “O nosso Deus não está inerte, permito-me dizer que nosso Deus é um sonhador, que sonha a transformação do mundo e a realizou no mistério da Ressurreição.”

O Papa concluiu falando novamente de Maria Madalena. Esta mulher que, antes de encontrar Jesus estava à mercê do maligno, agora se transformou em apóstola da nova e maior esperança. “Que a sua intercessão nos ajude a viver também nós esta experiência: na hora do pranto e do abandono, ouvir Jesus Ressuscitado que nos chama por nome, e com o coração repleto de alegria anunciar: Vi o Senhor! Mudei de vida porque vi o Senhor. Esta é a nossa força e esta é a nossa esperança.”

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Papa: a paz de Deus não se pode comprar, sem Cruz não é verdadeira paz

Cidade do Vaticano (RV) – A verdadeira paz não podemos fabricá-la nós mesmos. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa da manhã de terça-feira (16.05), na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou que “uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus” e lembrou que só o Senhor pode nos dar a paz no meio das tribulações.

“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz”. Francisco desenvolveu a sua homilia, partindo das palavras de Jesus aos seus discípulos na Última Ceia. O Papa se deteve em seguida sobre o significado da paz dada pelo Senhor. A passagem dos Atos dos Apóstolos da Primeira Leitura de hoje, – destacou o Papa -, fala das muitas tribulações sofridas por Paulo e Barnabé em suas viagens para proclamar o Evangelho. “Esta é a paz que Jesus dá?”, pergunta-se o Papa. E em seguida observou que a paz que Ele dá não é aquela que o mundo dá.

O mundo quer uma paz anestesiada para não nos fazer ver a Cruz

“A paz que nos dá o mundo – comentou – é uma paz sem tribulações; oferece-nos uma paz artificial” uma paz que se reduz à “tranquilidade”. É uma paz, – disse ainda -, “que somente olha para seus próprios interesses, suas próprias certezas, que não falte nada”, um pouco como era a paz do homem rico. Uma tranquilidade que nos torna “fechados”, que não se vê “além”:

“O mundo nos ensina o caminho da paz com a anestesia: nos anestesia para não ver outra realidade da vida: a Cruz. Por isso Paulo diz que se deve entrar no Reino dos céus através do caminho com tantas tribulações. Mas se pode ter paz na tribulação? De nossa parte, não: nós não somos capazes de fazer uma paz de tranquilidade, uma paz psicológica, uma paz feita por nós porque há tribulações: há quem tenha uma dor, uma doença, uma morte … existem. A paz que Jesus dá é um presente: é um dom do Espírito Santo. E esta paz está no meio das tribulações e segue em frente. Não é uma espécie de estoicismo, o que faz o faquir: não. É outra coisa”.

A paz de Deus não se pode comprar, sem Cruz não é verdadeira paz

A paz de Deus, – retomou o Papa – é “um dom que nos faz seguir em frente”. Jesus, depois de ter dado a paz aos discípulos, sofre no Jardim das Oliveiras e ali “oferece tudo à vontade do Pai e sofre, mas não falta o consolo de Deus”. O Evangelho, de fato, narra que “lhe apareceu um anjo do céu para consolá-lo”.

“A paz de Deus é uma paz real, que está na realidade da vida, que não nega a vida: a vida é assim. Há sofrimento, há os doentes, há tantas coisas ruins, há guerras… mas a paz de dentro, que é um dom, não se perde, mas se vai em frente carregando a Cruz e o sofrimento. Uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus: é uma paz que se pode comprar. Podemos fabricá-la nós mesmos. Mas não é duradoura: termina”.

Peçamos a graça da paz interior, dom do Espírito Santo

Quando alguém fica com raiva, – observou Francisco -, “perde a paz”. Quando meu coração “fica turbado – acrescentou – é porque não está aberto à paz de Jesus”, porque eu não sou capaz de “levar a vida como ela vem, com as cruzes e as dores que vêm”. Em vez disso, devemos ser capazes de pedir a graça, de pedir ao Senhor a Sua paz:

“Devemos entrar no Reino de Deus através de muitas tribulações. A graça da paz, de não perder a paz interior. Um Santo dizia, falando sobre isso: ‘A vida do cristão é um caminho entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus’ (Santo Agostinho, De Civitate Dei XVIII, 51 nota). O Senhor nos faça compreender como é esta paz que Ele nos dá com o Espírito Santo”.

(SP)

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Card. Sandri: divisão seria vitória daqueles que não amam a Ucrânia

Melbourne (RV) – “A Santa Sé tem convicção da importância do respeito da integridade territorial e da necessidade de respeitar o direito internacional.” Foi o que disse o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, durante a Divina Liturgia pontifical celebrada esta segunda-feira (15/05) na catedral da Eparquia dos Santos Pedro e Paulo dos Ucranianos, em Melbourne, uma das etapas de sua viagem à Austrália.

Iniciativa do Papa: ajuda concreta entre Igrejas europeias

“Sabemos como o Santo Padre tem a peito a situação da pátria-mãe de vocês, tanto que rompeu a cortina de silêncio e convocou uma coleta extraordinária entre as Igrejas da Europa para oferecer ajudas e solidariedade concreta aos muitos pobres gerados por esta guerra injusta”, disse o purpurado.

Respeito à integridade territorial e ao direito internacional

“Sabemos muito bem que o primeiro martírio ao qual vocês são submetidos é o do silêncio internacional – acrescentou. E que a vitória daqueles que não amam a Ucrânia seria a sua separação e divisão. A Santa Sé tem a convicção da importância do respeito à integridade territorial e da necessidade de respeitar o direito internacional”.

“Mas a iniciativa do Santo Padre é a do gesto concreto gesto de proximidade e ajuda e por isso queremos agradecer, com o nosso auxílio com a oração, ao tempo em que o Pontífice acabou de concluir sua grande peregrinação a Fátima, para confiar novamente as sortes da humanidade à Virgem Santa”, acrescentou.

“Estou certo de que serão os mesmos sentimentos que em julho próximo guiarão muitos compatriotas de vocês, por ocasião da grande peregrinação Santuário nacional ucraniano de Zarvaniza.”

Vitória que vence o mundo torna-os discípulos missionários

O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais concluiu deixando uma exortação e encorajamento aos presentes: “Não se esqueçam que nenhuma força do mundo é mais forte do que a fé católica de vocês, pela qual seus pais lutaram e sofreram. Sejam fiéis a essa herança, porque é a vitória que vence o mundo e os torna discípulos missionários do Evangelho de Jesus também aqui na Austrália.” (RL/Sir)

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Papa aos Bispos peruanos: sejam pastores da ternura e do perdão

Cidade do Vaticano (RV) – Os desafios da Igreja no Peru estiveram no centro do encontro do Papa Francisco, na manhã desta segunda-feira (15), no Vaticano, com os Bispos peruanos, que realizam esta semana sua visita ad Limina. Um diálogo intenso, de quase três horas, durante o qual o Papa ouviu os prelados e, por sua vez, falou com muita espontaneidade. Um encontro familiar, em que se falou das esperanças e das dificuldades do povo deste País sul-americano.

Os Bispos doaram ao Papa um quadro com a imagem de São Martinho de Porres, religioso dominicano, filho de um nobre espanhol e de uma ex-escrava de origem africana, que viveu em Lima entre 1579 e 1639.

Falando à Rádio Vaticano o Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, Arcebispo de Lima, disse que o Papa exortou o Episcopado peruano a “sair” em busca das pessoas, para estar perto das pessoas, que pedem pastores próximos aos seus problemas concretos. O Papa manifestou também o desejo de visitar o País em 2018, mas ainda não foi fixada uma data. “É uma notícia que nos enche de alegria”, destacou o cardeal.

Francisco – disse ainda o purpurado – “nos exortou a cuidar da religiosidade popular que ele aprecia muito, assim como a piedade mariana e aquela da Santa Cruz”. Além disso, nos convidou a viver a unidade entre nós bispos. O seu foi, portanto, “para nós um impulso apostólico e missionário rumo a uma pastoral da tolerância e do perdão”. “O nosso desafio – concluiu o Card. Cipriani – é saber responder à grande pergunta sobre Deus que vem das pessoas”.

(SP)

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