Peregrinos do Brasil participam do Encontro Mundial das Famílias

IX Encontro Mundial das Famílias acontece em Dublin, na Irlanda

A cidade de Dublin, na Irlanda, recebe nesta semana o IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco. O evento tem como tema “O Evangelho da Família, alegria para o mundo” e conta com a presença de famílias dos 5 continentes.

O Brasil está representado por uma delegação que participará de toda a programação.

O bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão para a Vida e Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Bosco Barbosa de Sousa, o assessor nacional da comissão, padre Jorge Alves Filho e o casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz Zilfredo Stolf e Carmen Rodrigues Stolf estão na capital irlandesa para acompanhar todo o evento.

“Esperamos que esse encontro chame a atenção do mundo para a importância da família, construída segundo a vontade de Deus, pois só assim ela pode ser alegria para o mundo”, ressalta o bispo.

No vídeo que fez antes da cerimônia de abertura, Dom João Bosco pediu a intercessão dos fiéis brasileiros e convidou-os a acompanhar pelos meios de comunicação católicos.

“O Papa vai chegar aqui e encontrar um número imenso de famílias dispostas a ouvir sua palavra e nós queremos levar ao nosso país tudo aquilo que conseguirmos de mensagens a todo o povo brasileiro”.

Dom João Bosco declarou ao site da Comissão Episcopal esperar “que esse encontro reforce o trabalho de evangelização que vem sendo realizado pela Pastoral Familiar, esclareça questões, chame a atenção do mundo para a importância da família, construída segundo a vontade de Deus, pois só assim ela pode ser alegria para o mundo”.

O casal representante do movimento das Equipes de Nossa Senhora também participa do evento. Em entrevista à Canção Nova, Cristiane Marson de Brito e o esposo Luiz Antonio contam que na noite de ontem tiveram uma oração, e hoje começaram as palestras:

“Hoje ouvimos sobre a ‘Fé no dia a dia da família’ e sobre a ‘Escolha de vida: Papa Francisco e a Cultura do descartável’. Na parte da tarde, a palestra principal falou sobre o bem estar da família, que é decisivo para o futuro do mundo.”

Ao todo, há mais de 70 mil inscritos, provenientes de 116 países.

“Tem famílias de muitos lugares do mundo, mas a maioria é da Europa, pela proximidade. Já conversamos com famílias do Chile, do Paraguay e de Honduras. O evento está só começando, até domingo ainda teremos inúmeras oportunidades para encontrar e conversar com muitas famílias. Está sendo mais uma bela experiência participar deste encontro e refletir sobre a Família Cristã no mundo, muito rica e produtiva.”, ressalta Cristiane.

Conheça os subsídios feitos para celebrar a Vida e a Família 2018

 

Rede Vida / Canção Nova / CNBB / Portal Kairós

A quem você quer servir?

Trata-se agora de escolher a quem você quer servir: ao Senhor ou ao seu comodismo e fechamento?

Após a libertação do Egito, quando Moisés vislumbrou a terra prometida, viu que seus dias chegavam ao fim, carregado de anos e de alegria pela amizade com Deus, com quem a Escritura diz que falava “face a face” (cf. Dt 34,1-12). Poucas pessoas receberam de forma tão clara um apelativo de tamanha dignidade! Tendo chorado a morte de Moisés, coube a Josué conduzir o povo pela desafiadora saga que se abria no horizonte, a travessia do Jordão e a instalação no novo ambiente.

Como acontecera em outras ocasiões, também aqui o povo de Deus passou por uma crise. Basta lembrar as dificuldades que antecederam, acompanharam e se seguiram à travessia do Mar Vermelho, as crises por causa de água e alimento, a idolatria e daí por diante. De fato, a honra do povo hebreu residia em ter sido escolhido por gratuidade, não por ser melhor do que os outros povos. Pois bem, agora, os desafios são a novidade da terra enfim alcançada, a divisão dos espaços, os conflitos tribais. Josué convoca a Assembleia em Siquém e, ao fim, a pergunta decisiva a ser respondida pelo povo escolhido: “Se vos desagrada servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem vossos pais serviram no outro lado do rio ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”. O povo respondeu: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir a deuses alheios. Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque ele é nosso Deus”. Então Josué disse ao povo: “Não podeis servir ao Senhor, pois ele é um Deus santo, um Deus ciumento, que não suportará vossas transgressões e pecados. Se abandonardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, ele se voltará contra vós e, depois de vos ter tratado tão bem, vos tratará mal e vos aniquilará”. O povo, porém, respondeu a Josué: “Não! É ao Senhor que serviremos” (Js 24,15-16.20-21).

E assim aconteceu muitas vezes, pois a vicissitudes do caminho e as limitações humanas provocaram inúmeras crises e chamadas de atenção, para que as pessoas retomassem a estrada da fidelidade a Deus. Trata-se do desafiador mistério da liberdade humana, que pode sempre cair na esparrela do pecado. Nem as pessoas ou as comunidades estão isentas.

Quando Jesus chamou Seus discípulos, também ali aconteceram crises, deserções, negações e traições. Os Evangelhos Sinóticos, Mateus, Marcos e Lucas expressam uma das maiores crises dos que seguiam o Senhor, justamente na confissão de fé feita por Simão Pedro, aquele que, malgrado suas limitações pessoais, foi escolhido como ponto de referência de unidade da Igreja. O escândalo, no sentido original de pedra de tropeço, foi o anúncio da cruz, do sofrimento e da morte. O Evangelho de São João (cf. Jo 6,60-69) descreve outra situação, considerada também uma virada de página na vida dos discípulos, e esta se encontra justamente no desconcertante anúncio da Eucaristia (Jo 6,51). Muitos consideraram muito dura a palavra que convidava a comer a carne e beber o sangue! Tantos voltaram atrás e não andavam mais com Jesus. A todos vai a pergunta e a resposta cabe a Simão Pedro: “Jesus disse aos Doze: ‘Vós também quereis ir embora?’ Simão Pedro respondeu: ‘A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna’” (Jo 6,67-68). Até hoje os cristãos e a Igreja repetem a mesma palavra de Pedro.

Afastamento de Jesus e da Igreja

Em nosso tempo, muitos são os motivos que podem levar as pessoas a se afastarem de Jesus e da Igreja. Um deles é justamente a proposta da vida sacramental. Pode carecer de emoções e de teatralidade a fiel participação na Santa Missa, especialmente no dia do Senhor, o Domingo, já que este se transformou para muitos mais no dia do lazer e do descanso, ainda que também o descanso seja prescrito na lei de Deus. Que dizer da confissão, onde um homem, também ele frágil e pecador, ousa escutar as nossas misérias e absolver em nome de Deus? Trata-se agora de escolher a quem você quer servir: ao Senhor ou seu comodismo e fechamento?

Por falar em fragilidade, os escândalos que assustam a todos, gerados pelo comportamento inadequado de ministros da Igreja, têm afastado muitas pessoas, quando as misérias, infelizmente, estão presentes por toda parte, inclusive transformados em normas e leis iníquas! Se for limitado o comportamento de um clérigo ou de um cristão, maiores motivos se devem encontrar para dar testemunho da verdade e da retidão, também porque o eventual afastamento é seguido, na maioria das vezes, pela degradação ainda maior dos acusadores, os quais encontram assim motivos para ceder às muitas tentações que repousam em seu interior. Muitos ministros da Igreja passaram por verdadeira conversão, provocados pelo exemplo de pessoas muito simples e piedosas! Também diante do pecado dos outros faz-se necessário perguntar a quem queremos servir: às circunstâncias ou à verdade!

Escolher o serviço do Senhor

Voltando à vida sacramental, a proposta da Igreja do Matrimônio indissolúvel, a rejeição católica ao divórcio seguido de nova união, a fidelidade matrimonial (cf. Ef 5,21-32) e todas as indicações para a prática da castidade de solteiros e casados podem soar conservadoras e atrasadas em nosso tempo, pelas exigências que comportam. Ainda que Deus tenha infinitos e inúmeros caminhos para tocar o coração das pessoas e conduzi-las a ele, não pode a Igreja e não podem os cristãos renunciar ao anúncio do caminho reto neste campo. A escolha é a provocação do momento.

Escolher o serviço do Senhor não significa tornar-se orgulhosamente perfeito, mas contemplar a perfeição do Pai do Céu, que é o amor e a misericórdia, reconhecer os próprios limites, arrepender-se dos pecados, recomeçar milhões de vezes sem perder de vista o ideal do seguimento de Jesus. Quer dizer ainda ir ao encontro dos mais fracos, estender-lhes a mão, sustentá-los numa estrada de conversão, escolhendo com eles, como quem refaz a própria estrada, o bem e a verdade.

Papa alerta sobre invocar o nome de Deus em vão

 

Dom Alberto Taveira Corrêa

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

Canção Nova / Portal Kairós

Aborto – Voz da Ciência

Considerando-se o feto como um amontoado de células ou algo pertencente ao corpo da mãe, o aborto seria defensável. Mas, cientificamente falando, não é. Trata-se, segundo a ciência moderna, de um ser humano, apesar de ainda em formação, – como, aliás, também o é um bebê recém-nascido – com código genético, conjunto de cromossomos e personalidade independente da sua mãe. E a sua morte provocada vem a se constituir em um voluntário e direto ato de se tirar a vida de um ser humano inocente, ato ilícito perante a lei natural e a lei positiva de Deus.

E já foi estatisticamente refutado o argumento de que, nos países em que o aborto foi legalizado, o seu número diminuiu. E mesmo que o fosse, continua o princípio de que não se pode legalizar um crime, mas sim estabelecer a proteção da criança que está no ventre de sua mãe. Cada bebê é um dom precioso com personalidade própria e não um número de estatística.

E ao argumento falso de que a mulher é dona do seu próprio corpo devemos responder com a ciência que o nascituro não faz parte do corpo da sua mãe, não é um apêndice ou um órgão seu, mas é um ser independente em formação nela.

A questão de uma nova vida começar com a concepção é um dado científico atual e não objeto da fé. Portanto, ser contra o aborto é posição normal de quem aceita os dados da ciência.

“O ciclo vital, do ponto de vista estritamente biológico, é que, cada ser humano é um organismo distinto e singular… A fertilização dá início ao ciclo vital levando a um período de desenvolvimento, chamado de embriogênese, no qual as células, os tecidos e os órgãos se desenvolvem progressivamente a partir de uma única célula, o zigoto… Segundo as evidências fornecidas pela biologia, o zigoto humano, que dá início ao embrião multicelular que dele deriva, é verdadeiramente um indivíduo, e não parte de um todo ou um agregado de elementos… Isto tudo leva a concluir que o embrião humano, mesmo no seu primeiro passo, não é um amontoado de células, mas um indivíduo real… A partir da constituição do Zigoto, exige-se o respeito, que é moralmente devido aos seres humanos em sua totalidade corporal e espiritual” (exposição do Prof. Dr. Carlos Mateus Rotta, Doutor e Mestre em Medicina, Professor responsável pela disciplina de Clínica Cirúrgica e gestor acadêmico do Curso de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes).

Dr. Jerôme Lejeune, cientista, professor da Universidade René Descartes, de Paris, e especialista em Genética Fundamental, descobridor da causa da síndrome de Down, em entrevista à VEJA, que lhe perguntou se, para ele, a vida começa a existir no momento da concepção, respondeu: “Não quero repetir o óbvio. Mas, na verdade, a vida começa na fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos transportados pelo espermatozoide se encontram com os 23 cromossomos da mulher, todos os dados genéticos que definem o novo ser humano já estão presentes. A fecundação é a marco do início da vida. Daí para frente, qualquer método artificial para destruí-la é um assassinato”.

Pastoral da Criança ressalta importância do aleitamento materno

 

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

CNBB / Portal Kairós

Brasileira conta como é ser uma voluntária no encontro das Famílias

Jovem que mora na Irlanda diz que o voluntariado no Encontro é também uma forma de evangelizar

O 9º Encontro Mundial das Famílias está sendo realizado em Dublin, na Irlanda, de 21 a 26 de agosto.  A correspondente da Canção Nova, Lizia Costa, conversou com uma jovem brasileira que é voluntária no evento.

Confira

Papa: família, fermento que ajuda a fazer crescer um mundo mais humano

 

Lizia Costa
Enviada a Dublin

 

Canção Nova / Portal Kairós

Papa alerta sobre invocar o nome de Deus em vão

Santo Padre se dedicou ao segundo Mandamento: “não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão”

As catequeses do Papa Francisco sobre os Mandamentos continuam. O Pontífice se dedicou ao tema “respeitar o nome do Senhor”, refletindo sobre a necessidade de aprofundar essas palavras e não usar o nome de Deus em vão, inoportunamente, com hipocrisia.

A expressão “em vão”, explicou o Papa, é clara e faz referência a uma forma privada de conteúdo. Nesse sentido, não pronunciar o nome de Deus em vão significa não se apropriar do nome Dele de forma superficial, vazia ou hipócrita.

Francisco recordou a importância que tem o nome, citando que, na Bíblia, o nome é a verdade íntima das coisas e sobretudo das pessoas. Para os cristãos, este mandamento – “Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” – é um chamado a lembrar-se do Batismo – em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – como se afirma ao fazer o sinal da cruz, para viver as ações cotidianas em comunhão real com Deus. Nesse ponto, o Papa voltou a reiterar a necessidade de ensinar as crianças a fazer o sinal da cruz.

O Santo Padre alertou que, infelizmente, é possível tomar o nome de Deus de forma hipócrita, vazia. Trata-se, nesse caso, de viver uma relação falsa com Deus, como acontecia com os doutores da lei, que falavam de Deus, mas não faziam a vontade de Deus. “Esta Palavra do Decálogo é propriamente o convite a uma relação com Deus que não seja falsa, sem hipocrisia, a uma relação em que nos confiamos a Ele com tudo aquilo que somos”.

Uma vez que se multipliquem os cristãos que tomam sobre si o nome de Deus sem falsidade, então o anúncio da Igreja é mais ouvido e crível, observou Francisco. “Se a nossa vida concreta manifesta o nome de Deus, vê-se quão belo é o Batismo e que grande dom é a Eucaristia! (…) Cristo em nós e Nele! Unidos! Isso não é hipocrisia, isso é verdade. Isso não é falar ou rezar como um papagaio, isso é rezar com o coração, amar o Senhor”.

E a partir da cruz de Cristo, Francisco lembrou que ninguém pode desprezar a si mesmo e pensar mal da própria existência. “O nome de cada um de nós está nos ombros de Cristo. (…) Qualquer um pode invocar o santo nome do Senhor, que é Amor fiel e misericordioso, em qualquer situação que se encontre. Deus nunca dirá ‘não’ a um coração que O invoca sinceramente”.

Papa: a paz de Deus não se pode comprar, sem Cruz não é verdadeira paz

 

Vatican News / Portal Kairós