Liturgia Diária – 18 Janeiro de 2021

JANEIRO

18 – SEGUNDA-FEIRA
Verde
Hb 5,1-10 / Sl 109(110)  / Mc 2,18-22

Naquele tempo, 18os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Então foram e disseram a Jesus: “Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, mas os teus discípulos não jejuam?” 19Jesus respondeu: “Por acaso os amigos do noivo podem jejuar enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que tiverem o noivo com eles, não podem jejuar. 20Mas virão dias em que o noivo será tirado do meio deles.
Nesse dia, então, eles farão jejum. 21Ninguém remenda roupa velha com pedaço de pano novo, porque o remendo novo repuxa o tecido velho, e o rasgo fica maior. 22Ninguém põe vinho novo em vasilhas de couro velhas, senão o vinho vai romper as vasilhas, e tanto o vinho como as vasilhas se perderão. Ao contrário, vinho novo em vasilhas novas!”

O jejum praticado por João Batista e pelos fariseus era uma atitude penitencial que supunha um Deus irritado com as pessoas e ao qual era necessário acalmar, e por isso elas se privavam de alimento. Eis que o Messias misericordioso já está presente, mas muitos não o percebem e continuam apegados a essa tradição, sem sentido religioso. Jesus não vem alimentar uma religião triste, em que os fiéis se obrigam a colecionar obras de reparação para agradar a Deus. É o tempo da alegria pela presença de Deus entre nós. Um Deus que perdoa pecados; que acolhe os marginalizados e os reintroduz na vida social. Um Deus que abre as portas do Reino aos povos do mundo inteiro. Esta é a novidade que Jesus traz, mas, para essa novidade, é necessário termos mentes abertas, corações receptivos: “vinho novo em vasilhas novas”.

Ó Mestre, deparas com a incompreensão dos discípulos de João Batista e dos fariseus. Eles jejuam e questionam por que teus discípulos não o fazem. Simples: és o “noivo” da nova comunidade, é preciso que todos te acolham e se alegrem. Teus adversários, “roupas velhas”, não percebem essa novidade. Amém.

 

 Nova Bíblia Pastoral / Portal Kairós

Liturgia Diária – 17 Janeiro de 2021

JANEIRO

17 – DOMINGO
2º DO TEMPO COMUM
Verde/2ª semana do saltério
1Sm 3,3b-10.19 / Sl 39(40) / 1Cor 6,13c-15a.17-20  / Jo 1,35-42

Naquele tempo, 35João estava lá de novo, com dois de seus discípulos. 36Ao ver Jesus que ia passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus”. 37Os dois discípulos o ouviram falando assim e seguiram a Jesus. 38Então Jesus voltou-se para trás e, vendo que o seguiam, lhes disse: “O que vocês estão procurando?” Disseram: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde vives?” 39Jesus lhes respondeu: “Venham, e vocês verão”. Então foram e viram onde Jesus vivia. E ficaram com ele nesse dia. Era por volta da décima hora. 40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram a Jesus. 41Ele logo encontrou seu irmão Simão e lhe disse: “Nós encontramos o Messias” (que quer dizer Cristo). 42Então André conduziu Simão a Jesus. E Jesus o viu e disse: “Você é Simão, filho de João, e será chamado de Cefas” (que quer dizer Pedro).

O testemunho de João Batista a seus dois discípulos é como uma “carta de recomendação” favorável ao Messias. A partir daquele momento, João entrega os próprios seguidores a um novo Mestre, o “Cordeiro de Deus”, aquele que, por sua morte, libertará o mundo da condição de pecado. Atitude sábia e desprendida, a de João. Não se apega aos próprios discípulos, nem os enche de recomendações. Sabe que estarão em
boas mãos. Doravante, caberá a Jesus prepará-los para a realidade do Reino de Deus. A primeira pergunta que Jesus lhes dirige é: “O que vocês estão procurando?”. Esse questionamento é fundamental em nossa vida. Somos convidados a dar conta do que realmente é importante para nós: a quem estamos seguindo? O que nos realiza como seres humanos? O que de fato agrada a Deus?

Ó Jesus, Cordeiro de Deus, mediante teus ensinamentos e atitudes, cativas os dois discípulos de João. Eles te acompanham e, depois de testemunharem tua ação libertadora em favor do povo, tornam-se teus fervorosos seguidores e bons instrumentos para convidar novos adeptos para o Reino de Deus. Amém.

 

 Nova Bíblia Pastoral / Portal Kairós

Liturgia Diária – 16 Janeiro de 2021

JANEIRO

16 – SÁBADO
Verde
Hb 4,12-16 / Sl 18(19B) / Mc 2,13-17

Naquele tempo, 13Jesus saiu de novo para a beira-mar. E toda a multidão ia até ele, e ele os ensinava. 14Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado junto à mesa de coletar impostos, e lhe disse: “Siga-me”. E, levantando-se, ele o seguiu. 15Aconteceu que, estando Jesus sentado à mesa em sua casa, muitos cobradores de impostos e pecadores sentaram-se com Jesus e seus discípulos. De fato, eram muitos os que o seguiam. 16Os doutores da Lei, do partido dos fariseus, vendo que Jesus comia com os pecadores e cobradores de impostos, diziam aos discípulos dele: “Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?” 17Ouvindo isso, Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, e sim os doentes. Eu não vim chamar justos, e sim pecadores”.

Jesus normalmente dá preferência aos pobres; neste episódio, porém, apresenta-se em companhia de ricos, e, ainda por cima, ricos de má reputação. Levi, embora de origem judaica, pela sua profissão – cobrador de impostos –, é considerado um descrente sem lei, praticamente um pagão. Também os que estavam marginalizados e excluídos da aliança podem fazer parte do Reino de Deus. A serena convivência de Jesus com os cobradores de impostos gera pesada censura dos doutores da Lei. Não aceitam que Jesus se misture com pessoas que eles consideram pecadoras. Estão longe de entender que Jesus veio justamente para salvar o que estava perdido (cf. Lc 19,10). Veio para salvar a todos, independentemente de sua situação. No final, Jesus esclarece por que procede desse modo (cf. v. 17).

Ó Jesus, divino Mestre, desta vez ensinas as multidões, à beira-mar. Ao passares, convidas um cobrador de impostos para te seguir. És criticado por comeres em companhia de pecadores e cobradores de impostos. Ao responderes, esclareces tua missão, já que não vieste chamar justos, e sim pecadores. Amém.

 

 Nova Bíblia Pastoral / Portal Kairós

Liturgia Diária – 15 Janeiro de 2021

JANEIRO

15 – SEXTA-FEIRA
SANTO ARNALDO JANSSEN
Branco/memória facultativa
Hb 4,1-5.11 / Sl 77(78) / Mc 2,1-12

1Depois de alguns dias, tendo entrado de novo em Cafarnaum, espalhou-se a notícia
de que Jesus estava em casa. 2E juntaram-se tantas pessoas, que não havia espaço nem
na frente da porta. E Jesus lhes anunciava a Palavra. 3Levaram então um paralítico,
carregado por quatro homens. 4Como não conseguiam aproximar-se de Jesus por causa
da multidão, descobriram o telhado em cima do lugar onde ele estava. Fizeram um
buraco e por ele baixaram a maca em que o paralítico estava deitado. 5Vendo a fé que
eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, seus pecados estão perdoados”. 6Mas
estavam aí sentados alguns dos doutores da Lei. Eles pensavam em seus corações: 7“Por
que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, senão
Deus?” 8Jesus, percebendo logo em seu espírito que eles assim refletiam entre si, disseblhes: “Por que vocês pensam essas coisas em seus corações? 9O que é mais fácil? Dizer
ao paralítico: ‘Seus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levante-se, pegue sua maca e
ande’? 10Ora, para que vocês saibam que o Filho do Homem tem autoridade para
perdoar pecados sobre a terra, 11eu lhe digo: – falou ao paralítico – levante-se, pegue sua
maca e vá para casa”. 12Ele se levantou, imediatamente pegou o leito e saiu diante de
todos. E ficaram todos admirados e glorificavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos coisa
assim!”

Multidões se aproximam para ouvir Jesus. Neste episódio, são tantas as pessoas na
casa, que lançam mão de algo inédito para colocar um paralítico aos pés de Jesus. O
esforço dos quatro homens da maca demonstra solidariedade com o enfermo e fé no
poder de Deus. Os quatro carregadores, figura dos quatro pontos cardeais, representam
aqui as pessoas de todas as partes do mundo. Com sua palavra poderosa, o Filho do
Homem perdoa os pecados do paralítico e o faz caminhar. Esse gesto de salvação integral
(cura espiritual e física) provoca a indignação de alguns doutores da Lei: “Está
blasfemando! Quem pode perdoar pecados, senão Deus?”. Entretanto, acima de tudo, o
fato leva as pessoas a glorificarem o Senhor: “Ficaram todos admirados e glorificavam a
Deus, dizendo: ‘Nunca vimos coisa assim!’”.

Ó Jesus, Filho do Homem, enquanto anunciavas a Palavra, trouxeram-te um
paralítico, para que o curasses. Antes lhe perdoaste os pecados, pois Deus te deu poder
para efetivar tanto a cura física quanto a espiritual. Liberta-nos, Senhor, de todo pecado
e de toda espécie de paralisia. Amém.

 

 Nova Bíblia Pastoral / Portal Kairós

Liturgia Diária – 14 Janeiro de 2021

JANEIRO

14 – QUINTA-FEIRA
Verde
Hb 3,7-14 / Sl 94(95) / Mc 1,40-45

Naquele tempo, 40um leproso aproximou-se de Jesus, suplicando de joelhos: “Se queres, tens o poder de me purificar”. 41Irado, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero. Fique purificado”. 42Imediatamente a lepra o deixou, e ele ficou purificado. 43E, ameaçando-o severamente, Jesus logo o mandou embora, 44dizendo-lhe: “Não conte nada para ninguém. Mas vá mostrar-se ao sacerdote e ofereça pela sua purificação o que Moisés ordenou, como prova para eles”. 45Ele, porém, tendo saído daí, começou a proclamar com insistência e a divulgar a notícia, tanto que Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade. Ele ficava fora, em lugares desertos, e vinham a ele pessoas de todas as partes.

No tempo de Jesus, a lepra era considerada contagiosa e sinal de pecado; por isso, o leproso era afastado do convívio social e, conforme o ensinamento da sinagoga, sentia-se excluído do acesso ao Reino de Deus. O sistema marginalizava os que mais precisavam de ajuda. Isso provoca a ira de Jesus, que faz exatamente o contrário. Não só acolhe o leproso, mas toca nele, sem reservas nem medo de se contaminar, devolve-lhe a saúde e o reintegra na sociedade. A repercussão do fato poderia provocar a euforia da população e chegar aos ouvidos dos dirigentes, cuja preocupação urgente seria abafar a popularidade de Jesus. Daí a proibição de Jesus ao ex-leproso, para não espalhar a notícia. Por achar a cidade um ambiente hostil à sua presença e obra, Jesus ficava em lugares desertos e ali acolhia as multidões.

Ó Jesus, bondoso Mestre, compreendemos o motivo de tua ira diante do leproso. Tua indignação é contra a instituição religiosa que marginaliza as pessoas e despreza as vítimas da lepra. O Deus que revelas para nós é um Deus misericordioso, compassivo e que acolhe a todos. Amém.

 

 Nova Bíblia Pastoral / Portal Kairós