Oração de São José pelos nossos pais

 

Oração de São José pelos nossos pais

Senhor, pela intercessão de São José, pai adotivo do teu filho Jesus,
venho hoje te pedir que estendas Tuas Mãos Divinas sobre todos os pais,
abençoando-os.

Abençoa, Senhor, o pai amigo e companheiro,
o pai sempre presente, que oferece o colo e estende a mão,
mas também o pai ausente, colocando em seu coração todo o Teu Amor.

Abençoa, Senhor, o pai que hoje recebe o abraço de seus filhos,
e o pai que chora a ausência do filho que partiu para Teus braços.

Dá a este o consolo da mansa saudade e enxuga,
com Teu Divino Manto, as lágrimas que vertem de seus olhos.

Estende, Senhor, Tuas mãos de Amor sobre todos os pais,
concedendo-lhes os dons da paciência,
compreensão, tranquilidade, ternura, justiça,
fé em Deus e esperança quanto à vida e aos seus filhos.

Concede-lhes Amor, muito Amor,
para que cada filho seja, para seu pai, um pai.

E para que cada pai seja, para seu filho, um filho.
E aos filhos cujos pais estão junto a Ti,
dá a fé e o entendimento de que os pais nunca vão embora.
Eles apenas mudam de lugar.

São José, rogai por nós.
Amém!

 

São José, escolhido pelo Pai para ser o guarda fiel e providente dos seus dois maiores tesouros: O Filho de Deus e a Virgem Maria; e ele cumpriu com a máxima fidelidade sua missão. Eis porque o Senhor lhe disse: ‘Servo Bom e Fiel! ’ Vem participar da alegria do teu sonho”. (Mt 25,21) (Sermão de São Bernardino de Sena).

No livro Gênesis 42,25 vemos que José do Egito, filho de Jacó, ordenado que se enchessem as sacas de trigo para saciar a fome de Israel… E provisões para o caminho de volta.

O Papa Leão XIII, na sua famosa Encíclica, de cinco de agosto de 1889, quando proclamou São José padroeiro da Igreja Universal, fez a comparação entre estes dois grandes Josés, dizendo: “Esses dois homens assemelham-se extraordinariamente, não apenas pelo nome, mas pelas virtudes e pelas suas vidas, ambas ricas em provações e alegrias”.

Padre Camilo Júnior: como deve ser a música durante a Missa

Padre Camilo Júnior

Uma dúvida muito comum aos ministérios de música e também aos leigos é a forma como se devem executar as músicas durante a celebração da Santa Missa.

A Igreja é um lugar sagrado, a Casa de Deus, e por isso devemos respeitar o ambiente e a celebração seguindo alguns conselhos e regras.

Padre Camilo Júnior, Missionário Redentorista, traz sugestões de como podemos celebrar de forma correta o Mistério do Cristo através dos cânticos. Confira:

01 – Nós cantamos a missa, e não cantamos na missa

Os cantos escolhidos devem refletir o Mistério que está sendo celebrado. Não podem ser escolhidos cantos unicamente a partir do gosto do coordenador do ministério de música.

02 – O som não pode estar mais alto que as vozes da assembleia

É a voz do povo que tem que aparecer no canto e sobressair à música, e não este ou aquele instrumento.

03 – O espaço do ministério não pode ser tratado como um palco

É importante estar atento ao local onde ficam os músicos, pois a banda não está fazendo um show. O ministério que está tocando durante a missa está prestando um serviço, ajudando a comunidade a cantar e a vivenciar o Mistério de Cristo.

04 – Nem todos os momentos da missa precisam de música

Após a comunhão, por exemplo, é importante manter um silêncio oracional. O canto que se usa, chamado de “Canto de Ação de Graças”, não se faz necessário. Toda a celebração da Santa Missa é a grande ação de graças que a comunidade dá ao Pai através de Cristo. Seria muito importante, após a comunhão, reservar um momento de silêncio para a oração pessoal.

05 – O canto final tem que passar uma mensagem de envio missionário

O canto final tem que ser escolhido para mostrar o envio de uma comunidade à missão. A comunidade que se encontrou com o Cristo no Altar e comungou a vida do Cristo, agora tem que ser continuadora da missão. Por isso, tem que ser um canto de envio missionário.

Seguindo essas dicas, as celebrações serão realmente a vivência do Cristo no Altar, para que Ele possa continuar em cada um que faz o seu encontro com Ele.

 

Padre Camilo Júnior, missionário redentorista
A12

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A Novena e Festa da Padroeira de 2017

Livro da Novena e Festa da Padroeira 2017 é lançado no Santuário Nacional

Novena da Padroeira 2017
A alguns meses da grande comemoração jubilar dos 300 anos de Aparecida, a Editora Santuário e o Santuário Nacional lançam o livro da Novena e Festa da Padroeira 2017. O lançamento foi celebrado durante a Missa das 9h, na Casa da Mãe, nesta segunda-feira, 1º de maio.

Além do livro, também foi lançado o CD Glorifica minha alma ao Senhor, composto por Ir. Miria T. Kolling, que contém canções litúrgicas com a temática da comemoração dos 300 anos de bênçãos. O CD pode ser adquirido na Loja Oficial do Santuário Nacional.

A celebração foi presidida por Padre João Batista de Almeida, C.Ss.R., reitor do Santuário de Aparecida. Segundo o sacerdote, este primeiro dia de maio inaugura a reta final da preparação para a celebração do Jubileu.

“No mês de Maria, entramos oficialmente nos preparativos para a festa dos 300 anos. Este ano, a novena terá dois dias a mais e o livrinho já está disponível para adquirir. Já o CD tem músicas especiais dos 300 anos e esperamos que elas sejam cantadas em todas as igrejas dedicadas a Nossa Senhora Aparecida para comemorar o ano jubilar”, disse o reitor.

Ir. Verônica Firmino, cantora e religiosa, participou da celebração juntamente com outras irmãs de congregação, e diz que “para nós é uma alegria muito grande lançar o CD, porque já faz parte da nossa missão anunciar o Evangelho, por meio da comunicação e, de modo especial, com a música. E poder recolher com a Irmã Miria Kolling, que é criadora, todas essas canções numa missa jubilar é poder, de fato, ofertar a Maria também o nosso trabalho, a nossa missão e, junto com a Igreja, poder celebrar essa grande ação de graças”.

Sobre o livro

O livro traz as celebrações da novena que acontecerão entre os dias 01 e 09 de outubro. Os dias 10 e 11 acontecerão com cerimônias especiais em preparação à celebração dos 300 Anos de Bênçãos. No dia 12, haverá a Missa Solene em louvor a Padroeira do Brasil.

A publicação já está disponível no site da Editora Santuário e na Loja Oficial do Santuário Nacional. Os devotos também podem adquirir a publicação nos balcões de informação nos corredores da Basílica.

Sobre o CD

CD composto por canções que ajudarão na preparação da Missa Jubilar em comemoração aos 300 Anos de Bênçãos. Os cânticos foram feitos com o objetivo de ajudar a celebrar este momento inesquecível para os devotos de Nossa Senhora Aparecida.
Gênero: Católico.
Título: Aparecida 300 anos – Missa Oficial Jubilar.

01 – Com grande alegria (canto de abertura)
02 – Senhor! (Ato Penitencial)
03 – Glória a Deus nas Alturas (Hino de Louvor)
04 – Escutai, minha filha… (Salmo Responsorial)
05 – Aleluia! (Aclamação ao Evangelho)
06 – Senhor da vida! (Oração aos fiéis)
07 – Eis a Virgem oferente
08 – Santo
09 – Eis o mistério da fé (aclamação memorial)
10 – Aclamações da Oração Eucarística (II Oração Eucarística)
11 – Doxologia – O grande Amém!
12 – Cordeiro de Deus
13 – Magnificat! (Comunhão)
14 – Nossa Senhora Aparecida
15 – Na casa da Mãe Aparecida
16 – Mãe Aparecida, querida! Amém!

Festa católicas antes da festa da Padroeira:

28/05/2017 – Ascensão do Senhor
04/06/2017 – Pentecostes
11/06/2017 – Santíssima Trindade
15/06/2017 – Corpus Christi

Oração pelos nossos filhos

Oração pelos nossos filhos

Oração pelos nossos filhos I

Senhor Jesus, que tivestes tanto amor às crianças a ponto de dizerdes:
‘Quem receber uma criança em meu nome a mim recebe’,

atendei os nossos pedidos por essas crianças, este menino/este menina,
e guardai sempre sob vossa proteção, os que receberam a graça do batismo,

a fim de que, quando crescerem, vos reconheçam com fé livremente aceita,
na caridade e perseverem corajosamente na esperança do reino.

Vós que viveis e reinais para sempre.
Amém!

Oração pelos nossos filhos II

Meu Deus, eu vos ofereço meus filhos.
Vós me destes, eles vos pertencerão para sempre; eu os educo para vós e vos peço que os conserveis para a vossa glória.

Senhor, que o egoísmo, a ambição e a maldade não os desviem do bom caminho.
Que eles tenham força para agir contra o mal e que a motivação de todos os seus atos sejam sempre e unicamente o bem.

Há tanta maldade nesse mundo, Senhor, e Vós sabeis como somos fracos e como o mal muitas vezes nos fascina; mas vós estais conosco e eu coloco meus filhos sob a vossa proteção.

Sejais luz, força e alegria nesta terra, Senhor, para que eles vivam por vós na terra e no céu, e que todos juntos, possamos gozar de vossa companhia para sempre. Amém!

Oração pelos nossos filhos III

Olha para os meus filhos. Fortifica-os para que cresçam felizes e tenham olhos que lembrem a tranqüilidade de um lago, a firmeza de um rochedo e a luz da esperança.

Dá-lhes uma saúde integral, uma inteligência completa e um sentimento vivo.

Põe nos seus corações a reverência aos Teus ensinamentos, o respeito aos outros, o amor ao trabalho, a dedicação ao estudo, a candura e a obediência.

Para tornar-me digna deles e não lhes transmitir nervosismo, desajuste, tristeza, medo ou maldade, envolve-me em tranquilidade, equilíbrio, alegria, coragem e bondade.

E ensina-me a descobrir as virtudes que eles têm, a elogiá-los sem exageros e a corrigi-los com sabedoria.
Em primeiro lugar, pois, modela-me a alma grande e generosa, para amá-los na semelhança do Teu amor.

Obrigado! Meu Deus! Obrigado! Amém.

Liturgia e Música para a celebração da Quaresma 2017

Liturgia e Música para a Quaresma 2017

QUARTA-FEIRA DE CINZAS ANO A – 01 de março de 2017 – Liturgia e Música para a Quaresma 2017

Leituras

Joel 2,12-18. Rasgai o coração e não as vestes.
Salmo 50/51,3 – 6a.12-14 e 17. Criai em mim um coração que seja puro.
2Coríntios 5,20 – 6,2. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação.
Mateus 6,1-6.16 -18. Não toques a trombeta diante de ti.

“TEU PAI, QUE VÊ O QUE ESTÁ OCULTO, TE DARÁ A RECOMPENSA”

PONTO DE PARTIDA – LITURGIA E MÚSICA

Com a celebração de hoje iniciamos nossa caminhada quaresmal, preparando a grande festa da Páscoa do Senhor. Iniciamos fazendo gestos bem concretos como o jejum e a penitência pela imposição das cinzas, sinais que nos indicam que devemos neste tempo nos abrir para Deus e para os irmãos. A celebração e a imposição das cinzas lembram as palavras de Jesus: “Convertei-vos e crede no evangelho”.

Receber as cinzas, nesta quarta-feira, significa confirmar nossa fé na Páscoa de Cristo, na reconciliação, na esperança de um dia estar na comunhão do Ressuscitado.

Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que acolhe nossa penitência e nossa reconciliação pela conversão que consiste em crer no Evangelho, ser discípulos e discípulas missionários de Cristo e entrar no seu caminho pascal.

Começamos hoje a campanha da Fraternidade 2017. Ela tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e guardar a Criação”. É importante saber que o lema fundamentado na Sagrada Escritura é um mandamento, uma ordem do Criador: “Cultivar e guardar a criação” (Genesis 2,15).

REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Primeira leitura – Joel 2,12-18. A Palavra de Deus, na primeira leitura, nos vem pelo profeta Joel. Em seu tempo, a região de Judá estava sofrendo grande calamidade causada pela inesperada praga de gafanhotos que acabara com as plantações. Os inimigos aproveitaram o sofrimento do povo para ironizar Deus.

Por meio dessa tragédia ecológica, o profeta ajuda o povo a perceber o convite de Deus para se converter e voltar-se para Ele. A situação exige uma ação religiosa de expiação, uma jornada de jejum e penitência de toda a nação. A realidade ecológica colocada sob o olhar de fé torna-se ambiente litúrgico e a praga de gafanhotos, “dia do Senhor”: momento da história em que Deus intervém por meio da natureza. Nesse “dia” ele faz um julgamento público, corrigindo e salvando.

Para encontrar graça neste dia insuportável, é preciso converter-se e voltar ao Senhor. Não basta um ato externo e ritual, mas exige-se uma mudança de coração. O profeta Joel aqui o que Jesus resumirá mais tarde na frase: “Fazei penitência (em grego metanoein), porque o (Reino de Deus) está chegando”. Se a pessoa humana voltar atrás, também Deus voltará atrás em seu rigor e mostrará que Ele é bom e compassivo.

A conversão do povo, a mudança de vida são condições para que a misericórdia do Senhor entre em ação. O profeta Joel diz que há sempre tempo para se converter, como está escrito em Deuteronômio 30,9-10: “[…] o Senhor teu Deus tornará a se alegrar contigo […] se escutares a voz do Senhor teu Deus, guardando seus mandamentos e mandatos […] se te converteres ao Senhor teu Deus com todo o coração e com toda a alma”.

Salmo responsorial 50/51, 3-6a.12-14.17. O Salmo começa com o apelo à misericórdia, que inclui a confissão formal do pecado; este versículo é síntese ou germe do resto do Salmo. Começa a primeira parte, no reino do pecado, sem mencionar Deus. O pecado é um ato pessoal contra Deus, não mera violência de ordem abstrata.

O Salmo 51(50) é a súplica de uma pessoa que reconhece sua profunda miséria e seus pecados; que tem plena consciência da gravidade da própria culpa, pois quebrou a Aliança com o Senhor. São muitos os pedidos, mas todos se concentram em torno do primeiro: “Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor!”.

O rosto de Deus no Salmo 50/51 é o Deus da Aliança. A expressão “pequei contra ti, somente contra ti” (versículo 6a) não quer dizer que essa pessoa não tenha ofendido o próximo. Seu pecado é de injustiça (versículo 4a). A expressão quer dizer que a injustiça contra o semelhante é um pecado contra Deus e uma violação da Aliança. O salmista, pois, tem consciência aguda da transgressão que cometeu. Porém, maior que seu pecado é a confiança no Deus que perdoa. Maior que a sua injustiça é a graça do parceiro fiel. Aquilo que o ser humano não pode fazer (apagar a dívida que tem com Deus), Deus o concede gratuitamente ao perdoar. Podemos contemplar neste Salmo o rosto de Deus como misericórdia.

O tema da súplica está presente na vida de Jesus. O tema do perdão ilimitado de Deus aparece forte, por exemplo, no capítulo 18 de Mateus, nas parábolas da misericórdia (Lucas 15) e nos episódios em que Jesus perdoa a recria plenamente as pessoas (por exemplo, João 8,1-11; Lucas 7,36-50), etc.

O salmista em oração coloca-se diante da misericórdia de Deus, confiando que Ele tudo pode e quer sanar, regenerar, recriar todas as coisas com a santidade e a novidade do seu Espírito.

No Primeiro Testamento este Salmo lembrava ao povo a misericórdia de Deus com Davi, apesar de seu grande pecado. Cantando hoje este salmo, peçamos que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos ajude a viver em profunda comunhão com Ele e com os irmãos.

PIEDADE, Ó SENHOR, TENDE PIEDADE,
POIS PECAMOS CONTRA VÓS!

Segunda leitura – 2Coríntios 5,20 – 6,2. A comunidade de Corinto, além de conflitos internos, estava tendo dificuldades de relacionamento com Paulo. Ele então escreve a ela, lembrando que a comunidade é chamada a ser sinal de reconciliação de todas as pessoas com Deus. Cristo fez-se excluído por nós. Deus o colocou como Redentor dos pecadores. Paulo diz que somos embaixadores da misericórdia e do perdão de Deus neste tempo favorável. O tempo da reconciliação é agora; é agora o dia da salvação. Nós somos responsáveis por isso.

A mudança situa-se somente da parte dos reconciliados, reconduzidos á comunhão e à amizade com Deus por meio de Jesus Cristo. Mediante a pregação Deus estende a mão a todos. E Paulo suplica: “Deixem que Deus os transforme de inimigos em seus amigos” (versículo 20). Suplica também: “Não deixem que se perca a graça de Deus que vocês já receberam” (versículo 27). Aqui aparece a outra face da moeda. Deus não age sozinho. A pessoa humana não se salva apesar de si mesma. A pessoa humana encontra-se diante da possibilidade de se abrir e de se fechar, de dar ou não dar resposta à proposta de Deus. São possibilidades de sua liberdade de sua responsabilidade, decisivas para sua sorte eterna.

Evangelho – Mateus 6,1-6.16-18. O Evangelho de hoje faz parte do grande Sermão da Montanha, narrado por Mateus (5-7). Ele reúne sentenças de Jesus em um discurso inaugural, uma grande didakhé. É o apelo que Jesus dirige a quem quer segui-lo; é o manifesto do Messias Jesus, Salvador. Nele encontramos novas normas para seu seguimento, com a recomendação de fazermos “brilhar a luz diante da humanidade, para que vendo as obras, glorifiquem o Pai” (Mateus 5,16).

Na Palavra de hoje, a recomendação é agir, porém não com a finalidade de ser aplaudido pelos outros. A norma de ser luz fala da consequência da atitude de quem segue Jesus. Hoje ouvimos a proposta de retorno a Deus, que propõe três ações básicas: a oração, o jejum e a esmola. Nas palavras de Jesus, o mais importante não é o gesto externo, e sim a atitude interior com a qual realizamos nossas ações.

Este Evangelho toca num ponto fraco de nossa maneira de ser e viver: a tendência de “praticar a justiça para sermos vistos…”. Assim, a oração é diálogo permanente com Deus, a escuta profunda da sua Palavra e não mera exterioridade, com repetição contínua de nossas próprias palavras. A oração nos ajuda a enxergar a realidade com os “olhos” de Deus e nos abre a um compromisso fraterno e solidário com a vida e a dignidade de todas as pessoas, vendo em todas elas a imagem de Jesus, nosso irmão. Aqui a oração é pessoal, e não a oração comunitária necessariamente pública, perante a assembleia. Os salmos falam da oração na cama (cf. Salmo 4,5; 7,2-5), de súplicas de doentes (cf. Salmo 6,38). Jesus fala da oração que ele mesmo praticou ao se retirar, à noite ou de madrugada, para se encontrar com o Pai face a face, em particular, porque Deus não está confinado no templo mas presente em toda parte. Não se deve converter a oração em espetáculo. É estranho e mentiroso parecer que se louva a Deus para glória própria.

O jejum, na época de Jesus, podia ser voluntário ou prescrito. Podia ser público por causa de alguma calamidade, conforme o profeta Joel, ou privado, acompanhando uma súplica pessoal. Há o jejum ritual do dia da expiação que recebe a crítica e indignação de Isaías. Para o profeta (cf. Isaías 58,1-7), o jejum consiste em libertar os prisioneiros, acabar com a opressão, partilhar nossos bens com os mais pobres e acolhê-los como irmãos. Isso exige de nós o jejum da autossuficiência, do desejo de dominar e de acumular, que nos distancia do projeto de Deus, Jejum é a prática da Justiça.

A esmola é muito recomendada no Primeiro Testamento. O livro de Provérbios 19,7 diz que “quem se compadece do pobre empresta ao Senhor”. Jesus não fala dela, mas fala de “um copo de água” dado em seu nome e de que seremos julgados pelo preceito capital do amor ao próximo. Os pequenos são irmãos de Jesus e tudo que fizermos ao faminto, ao nu, ao sedento, ao peregrino… Estaremos fazendo a ele. É mais que esmola. É amor fraterno, irmandade.

DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

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