Reflexão e sugestão para a Missa do 30º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C

Para o Domingo: 23/10/2022

Missa do 30º Domingo do Tempo Comum 2022 – Ano C

Eclo 35,15b-17.20-22a; Sl 33; 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14

30º Domingo do Tempo Comum 2022

Um ícone representando a parábola do coletor de impostos e do fariseu no mosteiro de Salva – Romênia 24 de setembro de 2022.

Jesus continua a nos ensinar sobre a oração, sobre como devemos falar com Deus na oração. Ele nos educa em nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. Os cristãos rezam, mas será que rezam como deveriam? Certo é que todos temos ainda o que aprender da oração, como nos ensinará o Evangelho deste dia.

Domingo passado, Jesus falava sobre a insistência da oração. Hoje irá nos falar sobre a humildade, que é condição, não possibilidade.

A vida vai nos mostrando que a oração é o grito, o clamor do pobre. Privado de seus direitos mais fundamentais, ele só poderá recorrer a Deus, que jamais o esquece e se põe a seu lado. 0 Reino é dos pobres, pois se abrem muito mais depressa e acolhem sinceramente o que vem de Deus. Outros têm muitas ocupações, muitos afazeres, e não há tempo nem espaço para se ocupar com o que é de Deus. “O senhor vai à missa?” “Seu padre, eu trabalho demais, não tenho tempo”, mas ele queria uma bênção. Triste isso, pois Deus se tornou um objeto; queremos Deus, mas não temos tempo para ele. É a autossuficiência presente.

No Templo em Jerusalém, ocorreu algo muito semelhante. Havia um fariseu e um publicano. Aquele rezava dizendo-se melhor que o outro, porque tudo fazia, conforme a Lei lhe ditava. Parecia até dizer que Deus tinha de lhe fazer algo muito especial, por ser tão perfeito. O pobre publicano, que era funcionário a serviço do império romano, tido como impuro, corrupto e pecador, não ousava sequer levantar seus olhos aos céus; batendo no peito, dizia: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”

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Reflexão e sugestão para a Missa do 29º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C

Para o Domingo: 16/10/2022

Missa do 29º Domingo do Tempo Comum 2022 – Ano C

Êx 17,8-13; SI 120; 2Tm 3,14-4,2; Lc 18,1-8

29º Domingo do Tempo Comum 2022

A oração verdadeira deve brotar bem de dentro do coração. Antes de se transformar em palavra, a oração deve ser cultivada no coração. É no espírito de comunhão entre o Deus da vida e nós, seus filhos, que estabelecemos o diálogo de amor e de bondade.

Antes de tudo, a vontade de Deus deve estar em primeiro lugar. Nós pedimos, falamos com o Senhor sobre nossas necessidades, mas é
preciso que a vontade dele esteja em primeiro lugar. A Palavra do Senhor quer nos educar no sentido verdadeiro da oração.

Os Salmos são uma forma sapiencial de rezar. O Salmo 120 da Liturgia de hoje nos fala da peregrinação a Jerusalém, dos perigos enfrentados e da suplica à proteção divina ao longo do caminho.

A Palavra vem nos dizer que a meditação e a ação andam juntas. É a referência aos amalecitas (Primeira Leitura) que constituíam um perigo; era tempo de luta e de oração, de ação e contemplação. Sempre haverá em nossa vida situações exigentes, e nelas demonstraremos nossa fé, mantendo-nos firmes e confiantes em Cristo. A oração nos conduz à firmeza da vida em Cristo, como a vida de Cristo se manteve firme no Pai, pois não foram poucas as vezes Ele que reservou seu momento orante, de diálogo, de intimidade com Deus.

Nessa Liturgia, Jesus nos fala de orar sem desanimar, orar com insistência. No Evangelho, Ele recorre à parábola do juiz, impiedoso, sem amor a Deus, sem coração, e da viúva, mulher necessitada, que luta por*seus direitos; são coisas tiradas da vida do povo, para nos ensinar duas coisas a respeito da oração: que ela deve ser insistente, Lc 18,1-8, e também humilde, Lc 18,9-14. Jesus nos mostra a realidade da vida dos mais “fracos”, daqueles que foram cerceados em seu direito. A viúva insiste, não para importunar, conforme parece querer entender o juiz iníquo, mas sim porque tem consciência de seus direitos- O juiz, não por justiça, mas para não ser importunado, dá-lhe o direito adquirido. Isso é uma triste resolução de um tribunal!

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Reflexão e sugestão para a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida 2022 do Ano C

Para o Domingo: 12/10/2022

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida 2022 – Ano C

Est 5,lb-2;7,2b-3; Sl 44; Ap 12,1.5.13a.l5-16a; Jo 2,1-11

Nossa Senhora Aparecida 2022

Estamos na alegria da festa, como nas bodas de Caná, como no dia do encontro da imagem, aparecida nas redes dos três benditos pescadores: João Alves, Felipe Pedroso, Domingos Garcia. Hoje unidos, como deve ser o povo da nova Aliança, celebramos jubilosamente a Senhora Aparecida, Mãe e Rainha do povo brasileiro.

Maria de mil nomes é sempre a única Mãe de Cristo. É figura distinta do Evangelho, é protótipo de missionária, de cristã batizada, de criatura plena da vida divina. Ela sempre se dispôs a ouvir o que é de Deus, principalmente sua Palavra. Como uma criança que se lança, sem medo algum, no colo de seus pais, porque confia neles, assim Maria faz: Ela é inteira de Deus, pois Ele ocupa o primeiro lugar em sua vida sempre.

Como serva do Senhor, responde-lhe sim, diz sim à Palavra do Deus da vida. Ela é cheia de Deus, da plena bondade, da maternidade de Deus, ou seja, ela está sempre a gerar o Redentor para o mundo. Ela é, de fato, a senhora do mundo, e tão humilde e serena, tão santa e fiel ao Senhor.

Cada ser humano que se abre para Deus, deixa-o agir em sua vida e se deixa enriquecer de tal nobreza e grandeza será um sinal vivo do Reino, igual a Maria.

Ela é, pois, o modelo essencial para toda a humanidade, para a existência cristã – Quando manifestamos nosso amor, nossa piedade para com Maria, como nossa devoção a Nossa Senhora Aparecida, estamos sim estabelecendo uma relação com Deus. Em Maria, tudo se orienta para Cristo, e é assim que ela deseja que se realize em nós. Jesus é o Senhor, e ela nos ensina a reverenciá-lo de todo o coração. Nossos gestos devocionais, nossos pedidos a Maria, nossa emoção são aceitos por Maria, pois ela mesma compreende o que se passa em nosso coração: o amor a seu Filho Jesus. Portanto devemos sim rezar como Maria rezou, agiu, falou, cumpriu…

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Reflexão e sugestão para a Missa do 28º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C

Para o Domingo: 09/10/2022

Missa do 28º Domingo do Tempo Comum 2022 – Ano C

2Rs 5,14-17; Sl 97; 2Tm 2,8-13; Lc 17,11-19

28º Domingo do Tempo Comum 2022

Parma – o afresco Jesus cura dez leprosos no estilo icônico bizantino no Batistério, provavelmente pela Grisopolo de 13. Cent.

O Senhor oferece a salvação a toda a humanidade. Sua oferta de amor-salvífico não tem limites ou fronteiras. É bem como iremos rezar no Salmo Responsorial: “O Senhor fez conhecer a salvação e às nações revelou sua justiça”. A justiça de Deus é sua misericórdia. Deus não faz acepção de pessoas, por isso não aceita as fronteiras construídas por nós mesmos: a discriminação ou o preconceito.

Eliseu, o profeta, vai curar Naamã, importante homem estrangeiro, general e líder de um povo inimigo. Deus age por intermédio das pessoas, como agiu por meio do profeta Eliseu. Sua cura é acolhida com júbilo por Naamã. O bonito é sua conversão e sua atitude tão nobre de levar para sua terra a fé no Senhor do céu e da terra. Certamente, somos todos instrumentos do Reino do Senhor.

O Evangelho é o centro de toda a Palavra, tanto na Bíblia quanto em nossas Celebrações. É fonte inesgotável de vida e de luz. Jesus está subindo para Jerusalém, passando por meio dos povoados, encontrando-se com as pessoas e realizando sinais. Para nos mostrar a misericórdia divina, perdoa aos pecadores, cura os doentes e os acolhe de coração, como fez com os dez leprosos que se aproximam dele e são curados. Eles, que são pessoas marginalizadas, abandonadas, confiam em Jesus, pois sabem que nele poderão ser reconhecidos como gente. E como falta esse reconhecimento em nossos dias! Uma vez que são acolhidos, Jesus os manda ao sacerdote, e, no caminho, são libertos, curados. Porém apenas um volta para agradecer. Jesus fica indignado, pois não reconhecem o bem que recebem de Deus: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” Aquele que volta não pertence ao povo de Israel, pois é um samaritano.

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Reflexão e sugestão para a Missa do 27º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C

Para o Domingo: 02/10/2022

Missa do 27º Domingo do Tempo Comum 2022 – Ano C

Hab 1,2 3;2,2-4; Sl 94; 2Tm 1,6-8.13-14; Lc 17,5-10

27º Domingo do Tempo Comum 2022

Somos o povo da nova e eterna Aliança. Desde que Jesus formou o primeiro grupo, os Doze primeiros discípulos, começou a formar com eles o povo da nova Aliança. Somos, portanto, continuidade do novo povo de Deus, iniciado em Jesus. Somos o povo pós-pascal. A história de nossa começa em Abraão, mas seu ápice está em Jesus, seu nascimento, sua encarnação, e, fundamentalmente, em sua ressurreição. Somos um povo de ressuscitados, e essa é nossa vocação, e assim devemos viver.

Com esse pensamento imagino que seja mais fácil compreendermos a direção que a Palavra de Deus nos aponta nessa Liturgia.

O profeta Habacuc (Primeira Leitura) vê uma sociedade e uma época marcadas pela violência e opressão dos detentores do poder, os reis de Judá. A sociedade está um caos. As leis ou não eram obedecidas ou eram distorcidas pelos interesses dos governantes: “Por que me fazes ver iniquidades, quando tu mesmo vês a maldade?” A resposta de Deus sempre nos surpreende. Ele não age conforme nós mesmos desejaríamos, não age dentro do tempo e da espera humana. Age dentro de seu tempo, na hora de sua graça. A nós cabe unicamente esperar, pois Deus não atropela o espaço de tempo por causa de nossos desejos. Importa nós nos mantermos firmes na fé, mesmo que continuemos a ver maldades, violências, injustiças. Por isso é forte a expressão de Habacuc: “Quem não é correto vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. O justo conhece a verdade, por isso, mesmo na adversidade, mantém-se firme: “O justo viverá pela fé” (Hb 2,4).

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