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Emissoras católicas transmitem abertura da Campanha da Fraternidade

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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fará a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2015, na Quarta-feira de Cinzas, 18 de fevereiro, às 10h45, na sede, em Brasília (DF). O evento será transmitido, ao vivo, pelas emissoras de inspiração católica: Rede Vida, Nazaré, Aparecida, Evangelizar, Horizonte, Século 21 e Canção Nova.

O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, presidirá a cerimônia. Estarão presentes representantes do governo e de entidades da sociedade civil. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias de Sousa; o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coelho; e a secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastora Romi Márcia Bencke, confirmaram presença.

Na ocasião, será divulgada a mensagem do papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2015. Após a cerimônia de abertura, haverá atendimento à imprensa.

Igreja e Sociedade

Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

Vídeos de formação para Campanha da Fraternidade 2015

Vídeos de formação para Campanha da Fraternidade 2015:
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A Campanha da Fraternidade de 2015

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Dom Odilo P. Scherer

Em 2015 a Igreja Católica Apostólica Romana celebra o 50.º aniversário de encerramento do Concílio Vaticano II, realizado de outubro de 1962 a outubro de 1965. Tratou-se do evento mais marcante da Igreja no século 20.

A comemoração desse aniversário está sendo ocasião para recordar personalidades importantes do concílio, como os papas João XXIII e Paulo VI. Mas também para voltar às grandes intuições e orientações dessa “assembleia-geral” do episcopado católico de todo o mundo. De fato, os ensinamentos conciliares ainda estão longe de ser plenamente postos em prática, muito embora um caminho significativo já tenha sido percorrido nesses 50 anos.

No Brasil diversos eventos vêm sendo realizados em âmbitos acadêmicos e eclesiais, nos últimos três anos, para comemorar esse cinquentenário. Para 2015 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promovendo uma reflexão mais ampla, em âmbito popular, sobre o concílio por meio da Campanha da Fraternidade. Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o lema “Eu Vim para Servir”, a campanha aborda a relação Igreja-sociedade à luz da fé cristã e das diretrizes do Concílio Vaticano II.

A Campanha da Fraternidade parte de dois pressupostos fundamentais para a vida cristã e centrais no concílio: a autocompreensão da própria Igreja e as implicações da fé cristã para o convívio social e para a presença da Igreja no mundo. Em outubro de 1963, na abertura da segunda sessão do concílio, o papa Paulo VI expressou isso nas duas perguntas feitas no seu discurso aos participantes: “Igreja, que dizes de ti mesma? Igreja, dize, qual é tua missão?” Os 16 documentos conciliares respondem a essa dupla interpelação.

De fato, o cristianismo, vivido pela Igreja Católica, é uma religião histórica e não apenas sapiencial, embora também tenha essa conotação. Além de transmitir ensinamentos a serem acolhidos pessoalmente, sua proposta também é levar a uma prática social e histórica, em que suas convicções e seus ensinamentos sejam traduzidos em expressões de cultura e formas de convívio social.

A autocompreensão da Igreja aparece, sobretudo, no documento conciliar Lumen Gentium (A luz dos Povos): ela entende ser formada por todos os que aderem a Cristo pela fé no Evangelho e pelo batismo; assim, mais que uma instituição juridicamente estruturada, que não deixa de ser, ela é um imenso “povo de Deus”, presente entre os povos e as nações de todo o mundo, não se sobrepondo a eles, mas inserindo-se neles, como o sal na comida ou como o fermento na massa do pão. Portanto, a identificação pura e simples da Igreja com os membros da hierarquia é insuficiente e inadequada; ela é a comunidade de todos os batizados, feitos discípulos de Jesus Cristo e testemunhas do seu Evangelho.

A partir desse princípio se entende que uma das grandes questões assumidas pelo concílio tenha sido a superação da visão dicotômica “Igreja-mundo”. Isso se desdobra no esforço da Igreja de abrir-se ao diálogo com o mundo, de estabelecer uma relação fecunda com as realidades humanas, acolher o novo e o bem que há em toda parte, partilhar as próprias convicções, contribuindo para a edificação do bem comum, pondo-se ao serviço do mundo sem ser absorvida por ele.

O documento conciliar que melhor expressa essa postura é a constituição pastoral Gaudium et Spes (A Alegria e a Esperança), aprovada e promulgada por Paulo VI em 1965, às vésperas do encerramento do concílio. Esse denso texto começa com as palavras paradigmáticas: “A alegria e a esperança, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”.

Nele aparece a visão cristã sobre o mundo e o homem, sua dignidade, sua existência e sua vocação; reflete-se sobre a comunidade humana e as relações sociais, o sentido do trabalho e da cultura e sobre a participação da Igreja, enquanto “povo de Deus” inserido na sociedade, na promoção do bem de toda a comunidade humana.

Os cristãos e suas organizações tomam parte da história dos povos e da grande família humana. E a Igreja, “povo de Deus”, fiel à missão recebida de Jesus Cristo, quer estar a serviço da comunidade humana, não zelando apenas por seus projetos internos e seu próprio bem. O papa Francisco vem recordando isso constantemente nos seus pronunciamentos: que ela precisa ser “uma Igreja em saída”, uma “comunidade samaritana”, ou como “um hospital de campo”, para socorrer e assistir os feridos… Mas também quando diz que a Igreja não pode omitir-se, nem abster-se de dar sua contribuição para a reta ordem ética, social, econômica e política da sociedade.

O pressuposto teológico e antropológico dessa preocupação do concílio é a convicção de que a humanidade constitui uma única grande família de filhos de Deus e de irmãos entre si. Por isso mesmo o empenho em favor da dignidade e dos direitos humanos fundamentais de cada ser humano, bem como na edificação da justiça social, da fraternidade entre todos e da assistência a toda pessoa necessitada, é parte integrante da sua missão, bem como da vida cristã coerente de cada membro da Igreja.

A Campanha da Fraternidade vai retomar essas intuições fecundas do concílio e propô-las novamente à reflexão no contexto brasileiro, durante o ano de 2015, especialmente no período da Quaresma, em que se prepara a celebração da Páscoa cristã. O lema “Eu vim para servir” retoma as palavras de Jesus: “Eu não vim para ser servido, mas para servir e para entregar a minha vida pela salvação de todos” (Mc 10,45). A promoção do verdadeiro espírito fraterno no convívio social é, sem dúvida, um importante serviço à sociedade.

 

Dom Odilo P. Scherer / Portal Kairós

Mês das almas do purgatório

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O mês de novembro é especialmente consagrado às almas do Purgatório e leva os cristãos a se lembrarem ainda mais do que acontece além da sepultura. Muitas vezes se esquece de que a trajetória terrena é uma preparação para o que vai ocorrer a cada um além morte. A alma espiritual, indestrutível, no momento de deixar este mundo como a borboleta que ao sair da crisálida desdobra as suas asas, deixa esta alma o corpo para começar uma outra etapa da existência inteiramente espiritual, aguardando a ressurreição. Naquele instante da morte comparece o ser racional diante de Deus par por Ele julgado conforme se tenha feito o bem ou o mal segundo os mandamentos do Criador. É o instante do juízo particular. Entre a eternidade bem-aventurada e a desventurada, há um estado passageiro de sofrimento e de expiação pelo qual devem passar aqueles que, destinados ao Céu, ainda não estão, para nele poder entrar desde logo, suficientemente purificados dos seus pecados.

É o Purgatório. Baseados na Bíblia vários concílios definiram como dogma de fé a existência deste lugar de purificação. Grandes teólogos atestam esta verdade com argumentos irrefutáveis. Através do Sacramento da Penitência os pecados são perdoados, mas cumpre que se restabeleça a ordem violada e esta ou é reparada neste mundo através dos sacrifícios reparadores ou pelas indulgências devidamente recebidas. Caso contrário, a alma deverá passar pelo Purgatório antes de entrar no Céu. Aí haverá a quitação completa da dívida para com Deus. As almas que estão no Purgatório estão misteriosamente contentes e ao mesmo tempo atormentadas. Há a certeza da felicidade eterna que as aguarda. Sua salvação está garantida. Não podem mais pecar porque amam a Deus com todas as suas potencialidades. Como o ouro se apura no crisol, assim se purificam as almas antes de entrarem para a visão beatifica. Desaparece a ferrugem, os vestígios do pecado. Deus concilia então os direitos de sua justiça com os de sua bondade.

Com razão Tertuliano, fazendo alusão aos sofrimentos do Purgatório, os chama de “tomentos da misericórdia divina”. Diz o Pe. Faber que o Purgatório onde se sofre para expiar é o último excesso do amor infinito do Ser Supremo para com sua criatura. Quem, contudo, está ainda na terra pode ajudar as almas do Purgatório abreviando-lhes o tempo que lhes falta para ir para junto de Deus A ajuda às almas do Purgatório pode ser feita através das Missas oferecidas e participadas nas suas intenções. Depois a esmola bem direcionada é uma reparação para as próprias faltas e pode ser aplicada também para as almas do Purgatório. Além disto, as orações feitas nas intenções destas almas são valiosíssimas. Entre estas preces sobressai o terço ou um dos seus mistérios oferecidos nas intenções dos falecidos. Através da oração o cristão como que se reveste da onipotência divina. Aditem-se as indulgências que se podem ganhar pelas almas do Purgatório. São Francisco Xavier não deixava passar um dia sem orar pelos mortos.

Como ele, muitos outros santos que acreditavam na onipotência das preces feitas com fervor. Cristo ensinou: “Pedi e recebereis, buscai e achareis”, para mostrar que tudo é possível àquele que ora. Portanto, nada mais louvável do que interceder por aqueles que breve estarão lá no Céu, onde serão intercessores dos que deles se lembraram neste mundo. Além do mais, a quem socorreu as almas do Purgatório, certamente Deus fará com que outros depois se lembrem também de orar por aquele que foi tão caridoso com seus irmãos falecidos. Nunca se recordam demais as palavras do Livro dos Macabeus: “Santo e piedoso pensamento é rezar pelos mortos para que se libertem de seus pecados” (2Mc 12, 43-46). Lembra o teólogo John O’ Brien que um dos relatos mais tocantes que nos foram transmitidos sobre este assunto nos escritos dos Padres da Igreja, vem-nos de S. Agostinho, no princípio do séc V.

O sábio bispo conta que sua mãe, chegada a hora da morte, lhe fez este último pedido: “Sepulta o meu corpo em qualquer lugar, não importa onde; não te preocupes com ele. Mas peço-te somente que, onde quer que estejas, te lembres de mim no altar do Senhor”. A lembrança deste pedido inspirou ao filho esta ardente prece: “Por isso Te imploro, ó Deus do meu coração, pelos pecados da minha mãe. Que ela repouse em paz com o seu marido [… ] E inspira, Senhor, aos teus servos meus irmãos, que eu sirvo pela palavra, pelo coração e pela escrita, a todos os que lerem estas linhas, que lembrem no Teu altar, a Tua serva Mónica”.

 

Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

Festa de Igreja? Música de Igreja!

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Música católica: poesia, profissão e profecia!

O que você acha das festas de padroeiros que não têm ao menos um show que seja de uma banda católica? Ao contrário muitas promovem músicas sem qualidade e sem conteúdo. Evangelização e entretenimento católico combina com músicas que falam de adultério, bebedeira e pornografia? Existem músicas da cultura popular de qualidade, é claro, e aí devemos seguir o conselho do Apóstolo Paulo “examinai tudo e ficai com o que é bom”. Inclusive há muitos grupos que valorizam as tradições regionais, falam do amor, da fé, sem falar estritamente de Deus. Não falo destes, que são coerentes e buscam músicas de qualidade que não firam a dignidade humana e precisamos deles. Há muita música boa por aí. E não são somente as católicas. Não quero fortalecer uma visão maniqueísta.

Estou dizendo de paróquias que contratam bandas que cantam músicas que incentivam o consumo de álcool, fazem apologia ao adultério, simulam gestos obscenos em suas coreografias. Não podemos escolher melhor as atrações de nossas festas de padroeiro? Música católica não “junta público”? Por quê? Uma das respostas é que nós católicos consumimos mais música secular do que católica. Não é só o show. Quantos CDs, quantas rádios, TVs nós temos? Como fortalecer esse novo método de evangelização? A Igreja existe para “juntar público” e arrecadar dinheiro? Queremos oferecer o quê? A pergunta é “para quê”?

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