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Campanha da fraternidade 2018 será tema de destaque na reunião do Consep

Consep da CNBB volta a se reunir nesta semana e terá na pauta a apreciação e aprovação do texto-base da Campanha da Fraternidade 2018

O tema do próximo ano: “Fraternidade e superação da violência”

O Conselho Pastoral da CNBB (Consep) volta a se reunir nesta terça e quarta-feira, 8 e 9, no auditório Dom Helder Câmara, na sede da Conferência. Os bispos têm uma pauta ampla de assuntos, mas o destaque fica por conta da apreciação e aprovação do texto-base da Campanha da Fraternidade de 2018 que tem como tema: “Fraternidade e superação da violência” e a definição da realidade social e eclesial que se tornará tema da Campanha em 2019. Além disso, como de costume, os bispos terão uma sessão especial para o estudo e o aprofundamento da conjuntura sócio-política do Brasil.

Quem participa

A reunião é coordenada pela presidência da CNBB e conta ainda com a participação dos 12 bispos que presidem as comissões pastorais da Conferência, representantes das principais áreas da ação evangelizadora no Brasil. O encontro acolhe também assessores das comissões, os coordenadores dos Organismos do Povo de Deus: Comissão Nacional dos Presbíteros (CNP), Conferência de Religiosos do Brasil (CRB), Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Comissão Nacional dos Diáconos (CND) e a Conferência Nacional dos Institutos Seculares (CNIS).

Além deles, estão presentes na reunião os representes de outros organismos como Cáritas Brasileira, Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Centro Cultural Missionário (CCM), Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara (CEFEP) e Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

Método de trabalho

Os bispos, membros do Consep, adotam como dinâmica de trabalho a apresentação das temáticas inscritas por meio de pedido feito à secretaria-geral da Conferência e, no início da reunião, acrescentam assuntos novos que são submetidos à aprovação dos bispos presentes. As sessões são presididas pelo Cardeal Sergio da Rocha, presidente da CNBB, e as discussões são mediadas por Dom Leonardo Steiner, secretário-geral. Os assessores das comissões assumem as atividades que visam facilitar o encontro dos bispos: cuidam das atas, da organização dos suportes técnicos e distribuição de material.

Nas reuniões do Consep, também costumam receber convidados especiais da presidência da entidade para exposição de assuntos específicos de acordo com as necessidades do momento nacional na vida da sociedade e da Igreja. Outra tarefa que os bispos realizam durante as reuniões ordinárias do Consep é a de trazer informações atualizadas sobre o andamento dos trabalhos nas comissões específicas. E, o encontro também tem parte do seu tempo dedicado ao encontro dos bispos presidentes das comissões e suas assessorias.

Visita especial

No programa da reunião do Consep desta semana ainda está uma visita coletiva às novas instalações das Edições CNBB que estão sendo construídas no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), em Brasília (DF).

Reunião do Consep – 8 e 9 de outubro
Sede da CNBB, em Brasília (DF)

Membros do Conselho:

Cardeal Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF) – presidente da CNBB

Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA) – vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Steiner, bispo auxiliar de Brasília (DF) – secretário-geral da CNBB

Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia

Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

Dom João Bosco Barbosa de Sousa, bispo de Osasco (SP) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família

Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora

Dom Esmeraldo Barreto, bispo-auxiliar de São Luís (MA) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial

Dom João Justino de Medeiros, arcebispo coadjutor de Montes Claros (MG) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação

Dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação

Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé

Dom Severino Clasen, diocese de Caçador (SC) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato

Dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso

Dom Vilson Basso, bispo de Imperatriz (MA) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude

Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PA) – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética

 

CNBB

Resumo do Texto-base da Campanha da Fraternidade 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

Tema: Fraternidade e superação da violência
Lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8)

 

Objetivo Geral
Construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência.

Objetivos específicos

01 – Anunciar a Boa Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal.
02 – Analisar as múltiplas formas de violência, considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas;
03 – Identificar o alcance da violência nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça em sintonia com o Ensino Social da Igreja.
04 – Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão
05 – Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas de superação da desigualdade social e da violência.
06 – Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência.
07 – Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência. Reflexões que podem iluminar o tema da CF 2018.

VER

Dividido em 3 eixos: histórico-antropológica, sócio estrutural e manifestações Violência e suas manifestações na sociedade

01 – A violência na convivência humana

a – Definição do conceito violência
b – A violência na história do Brasil
c – Constatação da cultura da negação do outro (fenômenos: individualismos, não abertura a alteridade; criação ideológica de necessidades e felicidade, enfraquecimento dos projetos de vida, cultura do descarte)

02 – A violência e as estruturas sociais

a – Economia/ mercado
b – Acumulação do capital
c – Consumo
d – Desigualdade e violência promovida pela lógica do mercado
e – Violação dos direitos fundamentais

03 – Violência e algumas manifestações na sociedade

a – Drogas
b – Processo de criminalização institucional (negligência do Estado em relação às políticas sociais; justiça punitiva)
c – Sujeitos violentados: juventude pobre e negra; povos indígenas, mulheres (feminicídio); exploração sexual e tráfico humano, mundo do trabalho
d – Violência no contexto urbano e rural (conflito pela terra)
e – Intolerância (raça, gênero e religião)
f – violência verbal
g – violência no trânsito
h – violência doméstica

JULGAR

Dividido em 2 eixos: Sagrada Escritura e Magistério

01 – Sagrada Escritura

Mt 23, 8: Vós sois todos irmãos!
Gn 2,4-25: Harmonia do Paraíso
Gn 3, 1-24: A violência fruto do pecado do homem
Gn 4, 1-16: A morte de Abel
Gn 20- 24: Ruptura da aliança: o mal que se espalha
Jn: Livro de Jonas: o profeta em meio a violência
Sl 122 (121): Pedido de paz para Jerusalém
Mc 7,14ss: A violência presente no coração do homem
Mt 16,1-4: O sinal de Jonas
Mt 5,9: As bem- aventuranças
Ap 21- 22: A nova Jerusalém

Outras citações:
Complementos que não aparecem no texto-base da CF 2018.

Dt 21,5
Mas ela lhe disse: “Não, meu irmão! Não me faça essa violência. Não se faz uma coisa dessas em Israel! Não cometa essa loucura.

2 Sm 13,12
Davi saiu ao encontro deles e lhes disse: “Se vocês vieram em paz, para me ajudarem, estou pronto a recebê-los. Mas, se querem trair-me e entregar-me aos meus inimigos, sendo que as minhas mãos não cometeram violência, que o Deus de nossos antepassados veja isso e julgue vocês”.

1 Cr 12,17
apesar de não haver violência em minhas mãos e de ser pura a minha oração.

Is 59,6
Não se ouvirá mais falar de violência em sua terra, nem de ruína e destruição dentro de suas fronteiras. Os seus muros você chamará salvação, e as suas portas, louvor.

Ez 28,16
“Assim diz o Soberano, o Senhor: Vocês já foram longe demais, ó príncipes de Israel! Abandonem a violência e a opressão e façam o que é justo e direito. Parem de apossar-se do que é do meu povo. Palavra do Soberano, o Senhor.

Jl 3,19
Cubram-se de pano de saco, homens e animais. E todos clamem a Deus com todas as suas forças. Deixem os maus caminhos e a violência.

Mq 2,2
Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que tu ouças?
Até quando gritarei a ti: “Violência!” sem que tragas salvação? Jo 14:27
Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês.
Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.

Rm 8:6
A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;

Fl 4:6-7
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.

02 – Magistério

Gaudium et spes (Cap. V)
Pacem in Terris
Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI: mensagens para o Dia Mundial da Paz
Francisco: o gesto de oração e diálogo (Com Perez e Abbas)

AGIR

Dividido em 3 eixos: Pessoa e família; Comunidade e Sociedade

01 – Pessoa e família e a superação da violência

a – Conversão pessoal e familiar à cultura da não violência.
b – Cultura da empatia: não somos adversários, mas irmãos.

02 – Comunidade e a superação da violência

a – As conquistas e experiências da comunidade eclesial na superação da violência
b – As obras sociais da comunidade eclesial como caminho para a superação da violência.
c – Promoção eclesial de uma espiritualidade que desperte para superação da violência.
d – Ecumenismo e Diálogo inter-religioso como caminho de superação da intolerância religiosa.

03 – A sociedade e a superação da violência

a – As diversas iniciativas sociais como promotoras da cultura.

Ano B – São Marcos
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CNBB / Portal Kairós