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A Ressurreição como fato histórico

No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no Programa de hoje sobre “a Ressurreição como fato histórico”.

Temos trazido neste nosso espaço uma série de reflexões sobre a Ressurreição do Senhor e sobre a Teologia do Terceiro Artigo, isto é, o Espírito Santo, inspiradas nas pregações do Frei Raniero Cantalamessa ao Papa e à Cúria.

No último programa, o Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso, falou sobre o “Significado apologético da Ressurreição”, onde entre outros, propôs a frase do Pregador da Casa Pontifícia “Somente a ressurreição é o selo de autenticidade divina de Cristo”,

No programa de hoje, Padre Gerson nos fala sobre “A Ressurreição como fato histórico”:

“Aqui estamos fazendo uma abordagem da Páscoa, da riqueza do tempo pascal e a importância que o Concilio deu ao ano litúrgico. Aproveitamos aqui uma análise da historicidade da ressurreição, feita pelo Frei Raniero Cantalamessa.

Fundamentando que a ressurreição de Cristo foi um fato histórico comprovado, Cantalamessa cita o exegeta alemão Martin Dibelius nascido em Dresden, catedrático da Universidade de Berlim e Professor de Novo Testamento na Universidade de Heidelberg, que trabalha com o “método da história das formas” aplicando-o aos evangelhos sinópticos.

Seu método implica também a comparação com outras formas literárias extra bíblicas provenientes do contexto do Oriente Médio, para investigar as possíveis dependências e inter-relações e também a originalidade dos textos. Esse teólogo Martin Dibelius diz o seguinte:

“No momento decisivo, quando Jesus foi capturado e executado, os discípulos não cultivavam nenhum pensamento sobre a ressurreição. Eles fugiram e deram por encerrado o caso de Jesus. Algo teve de intervir que, em um curto espaço de tempo, não só provocou a mudança radical de seu estado de espírito, mas os levou também a uma atividade totalmente diferente e à fundação da Igreja. Esse “algo” é o núcleo histórico da fé pascal (Martin Dibelius, Iesus, Berlim 1966, p. 117.)”.

Qual é, então, o ponto de chegada da pesquisa histórica com relação à ressurreição? – pergunta Cantalamessa. Ele mesmo responde: “Podemos apreendê-lo nas palavras dos discípulos de Emaús. Alguns discípulos, na manhã da Páscoa, foram ao túmulo de Jesus e descobriram que as coisas estavam como haviam relatado as mulheres, que foram antes deles, “mas a ele, não o viram” (cf. Lc 24, 24).

Até a história vai a sepulcro de Jesus e deve constatar que as coisas estão da forma como disseram os testemunhos. Mas ele, o Ressuscitado, não o vê. Não basta constatar historicamente os fatos, é necessário “ver” o Ressuscitado, e isso a história não pode dar, mas só a fé. Quem chega correndo da terra firme rumo a costa do mar deve parar de repente; pode ir além com o olhar, mas não com os pés”.

Era preciso constatar que de fato Jesus aparece vivo e bem vivo depois de morto, e bem morto. O sepulcro vazio não é prova da ressurreição de Cristo, pois poderiam ter deslocado o cadáver de Jesus ou “roubado” como alguns Judeus pagaram alguns guardas para espalhar essa notícia desse possível roubo. Temiam eles uma insurreição – uma revolta popular pelo fato de Jesus haver ressurgido dos mortos.

Os Evangelhos narram historicamente 11 aparições do ressuscitado, após a sua morte. Nelas os apóstolos, apesar das dúvidas, até nas últimas aparições e acharem que ele é fantasma ou um espectro, constatam com aspectos concretos. Jesus fala com ele, deixa-se tocar, come com eles, reparte o pão e se mostra não ser uma ilusão, nem assombração. Há, portanto, uma constatação real, não ilusório, fictícia ou fantasmagórica, de que Cristo está vivo. Cristo mostra as chagas para identificar que o ressuscitado se identifica com o crucificado”.

 

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República Dominicana: Igreja denuncia tráfico de seres humanos

A Igreja na República Dominicana denuncia o tráfico de seres humanos no país.

Segundo o arcebispo-emérito de Santiago de los Cabarellos, Dom Ramón Benito de la Rosa y Carpio, “enquanto não forem combatidos os grupos mafiosos formados por dominicanos e estrangeiros que tiram proveito das necessidades dos haitianos, o problema da imigração clandestina na República Dominicana continuará”.

O prelado reiterou a necessidade de demolir o sistema criminoso no país caribenho. Para ele, os grupos mafiosos existem e administram o tráfico ilegal de pessoas do Haiti para a República Dominicana.

Esse negócio ilegal movimenta a cada ano milhões de Pesos dominicanos, moeda do país, e os mafiosos conseguem agir sem escrúpulos em várias partes do confim entre a República Dominicana e o Haiti.

A esse propósito o arcebispo lamentou o fato de as grandes nações terem abandonado completamente o Haiti e recordou como a Igreja sempre se mostrou solidária.

Esse apoio foi reiterado durante a última reunião dos bispos dominicanos, onde se decidiu prosseguir com o apoio pastoral aos haitianos.

“Entre a Igreja Católica dominicana e a pastoral haitiana existe uma grande relação e são abordados temas como o respeito e a soberania dos povos. Devemos recordar que a República Dominicana não é como as grandes potências que prometeram e depois desapareceram”, concluiu Dom Carpio.

 

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Bispos congoleses pedem imediata libertação de sacerdotes sequestrados

A Conferência Episcopal do Congo (CENCO) pediu às forças de segurança para “fazerem todo o possível para libertar” os Padres Pierre Akilimali e Charles Kipasa, sequestrados entre a noite de domingo e segunda-feira na Paróquia de Notre-dame des Anges de Bunyuka, Diocese de Beni-Butembo (Norte-Kivu).

No comunicado divulgado pela emissora católica local Radio Okaçi, a CENCO denuncia o clima de insegurança na região, recordando às autoridades congolesas o seu papel de “garantir a segurança das pessoas e de seus bens”.

Sem notícias de três sacerdotes sequestrados em 2012

A nota recorda ademais, que desde outubro de 2012 não se sabe nada da sorte dos três padres assuncionistas – Jean-Pierre Ndulani, Anselme Wasikundi e Edmond Bamutute – sequestrados na sua paróquia de Notre-Dame des Pauvres di Mbau, a 22 km de Beni.

“Os padres são homens de Deus que consagram a sua vida pelo bem da população, sem uma agenda política. Fazer mal a eles, significa atingir toda a comunidade onde servem”, sublinha o comunicado assinado pelo Arcebispo de Kisangani e Presidente da CENCO.

Completar a missão pastoral

Uma firme condenação pelo sequestro partiu também do Bispo de Butembo-Beni, Dom Melchisedec Sikuli Paluku, que em uma mensagem divulgada na terça-feira, 17 de julho, pediu a sua imediata libertação, “para que possam completar a sua missão pastoral”.

Segundo um comunicado enviado à Agência Fides pelo CEPADHO – ONG local pela defesa dos direitos humanos – os dois sacerdotes foram sequestrados por cerca de dez homens armados, vestindo roupas militares, depois de atacarem a paróquia.

Os homens agrediram alguns seminaristas que prestavam serviço na paróquia e roubaram dois automóveis e duas motos utilizadas pelos sacerdotes.

Os dois carros de tração foram posteriormente encontrados nas proximidades do Parque Nacional de Virunga.

Coral da Capela Sistina conclui turnê na Coreia do Sul

O Coral da Capela Sistina realizou sua primeira turnê de concertos na Coréia do Sul, onde se apresentou em seis cidades.

O Cardeal Arcebispo de Seul, Dom Andrew Yeom Soo-jung, observou que era significativo que a apresentação inicial do coral fosse na Catedral de Myeongdong, em Seul.

“Na Catedral de Myeongdong – explicou ele – o Papa rezou pela paz e reconciliação da Península da Coreia”.

Paz pelas vozes celestiais

“Eu desejo que o público sinta o amor e a paz de Deus através das vozes celestiais do coro”, disse ele.

Entre as cidades visitadas pelo Coral da Capela Sistina estavam Daejeon, Gwangju e Busan, onde entoou cantos gregorianos e as canções de Giovanni Pierluigi, compositor do século XVI.

John Baptist Sim Ji-won, 11, participou do concerto realizado em Daejeon e apreciou muito a performance. “As vozes dos membros do coro que tem a minha idade eram como o som do céu”, observou ele.

Evangelizar pela música

O Maestro Massimo Palombella disse que o Coral da Capela Sistina se apresenta fora do Vaticano para divulgar o Evangelho.

“Espero que nossas apresentações na Coréia tornem-se uma chance para os católicos coreanos crescerem em sua fé e que nossa presença aqui ajude os não-crentes a conhecer Deus”, disse Monsenhor Palombella.

A Conferência Episcopal da Coreia convidou o coral no âmbito da comemoração do terceiro aniversário da visita do Papa Francisco à Coreia do Sul.

 

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Livro reúne práticas sobre liderança na Igreja

A Editora Santuário, de Aparecida (SP), acaba de lançar o livro “A arte de liderar na Igreja”, escrito pelo padre diocesano Romão Martins e o consultor de empresas Wellington Moreira.

A obra reúne, numa linguagem simples e com muitos exemplos, princípios e técnicas de gestão que orientam o trabalho pastoral conduzido pelos líderes religiosos e leigos.

Padre Romão destaca que nem sempre as paróquias têm coordenadores com experiência em gestão. “A realidade mostra que há muita gente com boa vontade, que se dispõe a ajudar nas atividades pastorais e faz o trabalho com alegria, mas carece de formação”, argumenta.

Segundo o sacerdote, as comunidades devem aprender a desenvolver líderes internamente e o livro foi escrito para ser um bom subsídio ao longo do processo de capacitação defendido pelos autores.

“A Igreja precisa de pessoas preparadas, senão as coisas não progridem. Aliás, alguns trabalhos deixam de frutificar justamente porque as lideranças apresentam dificuldade para coordenar a execução das tarefas ou aproveitar o potencial das pessoas que trabalham aolado delas”, afirma.

Conteúdo prático e relevante

Wellington Moreira lembra que a obra trata de situações cotidianas vivenciadas por quem está

à frente de grupos pastorais. “Como administrar conflitos, criar unidade sem construir panelinhas, montar um plano de ação, conduzir reuniões e planejar a sucessão de novos líderes, por exemplo. Tudo isso levando em conta as lições de liderança de Jesus e a importância de cuidar da espiritualidade”, destaca.

Dom Albano

Antes de sua morte, o então bispo emérito de Londrina, Dom Albano Cavallin, escreveu no prefácio: “Faço votos de que esse livro provoque uma urgente revolução missionária na Pastoral da Igreja no Brasil”.

 

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