As religiões no Iftar, quebra do jejum islâmico

Durante o mês de jejum islâmico, Ramadan, as atenções dos seguidores de Maomé voltam-se também para os crentes de outras religiões. Motivados pelas ações perversas de inúmeros grupos radicais, tendo o islamismo como cortina de fundo, é perceptível a preocupação de convencer as plateias que a doutrina do Alcorão não justifica e não aprova a morte de quem não segue Alá.

O Centro Islâmico Al Manar, fundado pela Shaika Hind Bin Juma Al Maktoum, esposa de Sua Alteza o Sheik Maomé Bin Rashid Al Maktoum, primeiro ministro dos Emirados Árabes Unidos, fundado em 2006, tem a finalidade de promover o conhecimento positivo do islamismo. Como parte das programações de Ramadan, o Centro convidou embaixadores e lideranças religiosas de Dubai para celebrar o “Iftar”, quebra de jejum. Neste ano, representei a Igreja Católica no evento, para o qual fui convidado.

Na ocasião, diversos palestrantes fizeram uso da palavra. Todos eles, além de exaltar o lado positivo do Islã, afirmaram que é totalmente equivocada a atitude de usar trechos do Alcorão para justificar atos de violência por parte de certos grupos. Recomendaram que, tanto aos islâmicos como aos seguidores de outras religiões, que tenham o cuidado de interpretar corretamente suas escrituras.

Quanto ao relacionamento entre as religiões, mencionaram a necessidade de ensinar desde a infância, o respeito pelas crenças e culturas diferentes para poder viver em harmonia.

Diversos líderes religiosos foram convidados a dar testemunho sobre a participação no “Íftar”. Houve unanimidade em louvar a iniciativa que permite conhecer melhor o Islã, ao mesmo tempo em que oportuniza aos islâmicos a aproximação com as outras religiões.

Faz bem lembrar as palavras de Francesco Guicciardini:

“Jamais combatas com a religião, nem com as coisas que pareçam depender de Deus; pois tal argumento tem muita força na mente dos tolos.”

*Missionário Pe. Olmes Milani CS

 

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