O Mês Vocacional de 2019

Tema: Vocação e Discernimento
Lema: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos” (Salmo 25, 4)

No Brasil já virou tradição rezar pelas vocações no mês de agosto. Vocação, como sabemos, é uma palavra derivada do verbo latino vocare que significa chamar. Vocação, portanto, é a resposta humana a um chamado divino.
Costuma-se distinguir cinco grandes tipos de vocação. Um não exclui o outro. Pelo contrário, se supõem e se completam.

O primeiro deles é a vocação à vida. Todos nós vivemos porque fomos chamados à existência. Ninguém vive porque decidiu viver. Alguém nos chamou para a vida.

Toda vocação corresponde a uma missão. A vocação à vida exige de nós o compromisso de defendê-la e de promovê-la em toda a sua amplitude: saúde, educação, oportunidade de trabalho, enfim, tudo o que permite a uma pessoa viver de modo digno. Neste sentido o Papa Francisco na Audiência Geral do dia 11 de junho deste ano voltou a afirmar que a vida é dom de Deus. Foi esta a sua exortação: “Somos chamados à defesa e ao serviço da vida desde a concepção no ventre materno até a idade avançada, quando ela é marcada pela enfermidade e pelo sofrimento. Não é lícito destruir a vida, torná-la objeto de experimentações ou falsas concepções. Peço-lhes que rezem para que a vida humana seja sempre respeitada, testemunhando assim os valores do Evangelho, especialmente no âmbito da família”.

O segundo tipo é a vocação à santidade. São Paulo diz que a vontade de Deus é a nossa santificação (1Ts 4,3). A vocação à santidade sempre foi necessária. Nos dias de hoje, porém, ela se faz mais urgente. São João Paulo II, ao iniciar o atual milênio, propôs, como primeira tarefa dos cristãos, a busca de santidade. Para ser santo não é necessário que se faça algo extraordinário. Basta viver com amor e fé as ocupações ordinárias de cada dia.

O terceiro é a vocação que nos leva a assumir um “estado de vida”. Esta vocação é de importância capital. Tão importante que, no linguajar comum, é nela que pensamos quando falamos em vocação. Quando alguém opta pelo matrimônio deve estar consciente que será esposo ou esposa vinte quatro horas por dia, pelo resto da vida. A mesma coisa acontece para os que escolhem a vida consagrada ou sacerdotal. Daí o cuidado que se deve ter na hora de decidir por este ou por aquele estado de vida.

O quarto tipo chama-se vocação profissional. O trabalho é uma das características do ser humano. A Palavra de Deus diz-nos que fomos criados à sua imagem e semelhança. Pelo trabalho, criamos novas realidades, refletimos a ação do Criador. No entanto, após o pecado, o trabalho tornou-se ambíguo. Em vez de contribuir no aperfeiçoamento da criação, pode tornar-se instrumento de dominação e destruição. Daí a importância de olharmos o trabalho como vocação e de escolhermos uma profissão que realmente nos realize. Não seria nada interessante passar oito ou mais horas por dia, durante dois terços de nossa vida realizando uma tarefa desagradável. Não teria graça viver. A santidade com muita probabilidade não seria alcançada. As pessoas com quem iríamos conviver, certamente teriam ao seu lado, uma pessoa mal-humorada e estressada.

A quinta possibilidade vocacional é a que acontece dentro da comunidade eclesial. Assumir serviços na Igreja é também uma vocação. Falando aos Apóstolos, Cristo fez questão de dizer que não tinham sido eles que o haviam escolhido, mas ele foi quem os escolhera. Numa outra oportunidade exorta-nos a pedir ao Senhor da messe para que mande operários para a sua messe. Hoje em nossa Igreja temos diversos ministérios. O exercício deles supõe o chamado divino e exige disponibilidade de quem se sente chamado. Se é graça o chamado, é graça também a resposta. Por isso, só se entende vocação num clima de fé e oração.

Neste ano, o mês vocacional está motivado com o lema: “Mostra-me Senhor os teus caminhos”. Vamos mobilizar nossas paróquias, nossas pastorais, nossos movimentos e nossos serviços. É preciso que neste mês de agosto, todas as nossas atividades e celebrações tenham alguma referência vocacional. Vamos rezar por nós mesmos para que o nosso entusiasmo pelo Reino se renove e ganhe mais vigor, vamos também pedir para que muitos irmãos e irmãs se despertem e venham somar conosco nesta linda tarefa de levar Cristo e semear paz nos corações de muitos irmãos e irmãs.

 

Dom Manoel João Francisco
Bispo de Cornélio Procópio
CNBB / Portal Kairós

Hino da Semana Nacional da Família 2019

Hino da CF 1994 – A família como vai?

Hino da Semana Nacional da Família 2019
Música: João Carlos Almeida, SCJ
Marcial Maçaneiro, SC
Letra: Rafael Gomes de Almeida

  1. Hino da CF 1994 - A família como vai? Rafael de Almeida, João Almeida e Marcial Maçaneiro 02:57

Hino da Campanha da Fraternidade 1994 – A família como vai? :

 

Partitura do Hino da Campanha da Fraternidade 1994 – A Família, como vai?:

 

Cantos Semana Nacional da Família 2019:

 

A família como vai? – Letra:

A família como vai? Meu irmão, venha e responda!
Quem pergunta, é o Pai, a verdade não esconda. (2x)

01 – Vem à Igreja, reza e pede um amor que sempre mede, quando é hora de doar?
Sufocando o seu desejo, vai vivendo no varejo, não é templo, nem altar?
Vai levando a vida em curso, pregadora de discurso, sem combate à opressão?
Nada falta, tem de tudo, tem até coração mudo e jamais reparte o pão?

02 – Num viver de alegria, dia e noite, noite e dia, num eterno agradecer.
Com o pouco que se tem, se trabalha para o bem, sem deixar ninguém sofrer.
Coração que se faz templo, modelando o bom exemplo de amor puro e profundo.
Abram templo e coração, para que na comunhão se devolva a paz ao mundo.

A família como vai? – Cifra:

(B7)                     E                                             F#m     B7
A família como vai? Meu irmão venha e responda!
F#m   B7                         E            (B7)
Quem pergunta é o Pai, a verdade não esconda.

E                                             F#m     B7
A família como vai? Meu irmão venha e responda!
F#m   B7                         E            (Em)
Quem pergunta é o Pai, a verdade não esconda.

Em                                                                                                   E7          Am
01 – Vem à Igreja, reza e pede o amor que sempre mede, quando é hora de doar?
B7                                                                            Em
Sufocando o seu desejo, vai vivendo no varejo, não é templo, nem altar?
E7                                      Am
Vai levando a vida em curso, pregadora de discurso, sem combate à opressão?
Em                                             B7  C                              B7
Nada falta, tem de tudo, tem até coração mudo e jamais reparte o pão?

Em                                                                            E7                    Am
02 – Num viver de alegria, dia e noite, noite e dia, num eterno agradecer.
B7                                                                                   Em
Com o pouco que se tem, se trabalha para o bem, sem deixar ninguém sofrer.
E7             Am
Coração que se faz templo, modelando o bom exemplo de amor puro e profundo.
Em                                   B7     C                              B7
Abram templo e coração, para que na comunhão se devolva a paz do mundo.

Materiais / subsídios pra a Hora da Família 2019

Sobre a Campanha da Fraternidade de 1994

Objetivo da CF-1994:

Redescobrir os valores da família: Lugar de encontro, espaço de vivência humana, ponto de partida de um mundo mais humano e de acordo com o Plano de Deus.
Ao mesmo tempo, a Campanha da Fraternidade quer colaborar na criação de condições sociais e políticas objetivas para que a família possa realizar sua missão.
Finalmente, pondo em prática o mandamento do amor fraterno, a Campanha da Fraternidade quer nos ajudar a olhar com confiança para um amanhã novo da família, que já pode ser descortinado.

 

Pastoral Familiar – cnpf.org.br / Portal Kairós

O tema da Semana Nacional da Família 2019

A história de Santo Expedito nos faz refletir um pouco de como vai a nossa família hoje. “(…) No exército romano levava uma vida de excessos, até que um dia teve um encontro com Deus e se converteu.
Sua fama de ‘santo das causas justas e urgentes’ veio de um episódio onde um espírito do mal apareceu lhe em forma de corvo, dizendo: ‘crás…! crás…! crás…!’ (em latim: ‘amanhã…! amanhã…! amanhã…!’) Enganador que é, eis a proposta do maligno: Deixe para amanhã. Não tenha pressa! Adie sua conversão! E sem titubear, Expedito pisoteou o corvo, esmagando-o e gritando: ‘HODIE!’, que quer dizer: ‘HOJE!’ Nada de adiamento! É para já! Agora!

O tema da Semana Nacional da Família 2019 (Hora da Família) é um resgate à nossa própria consciência. Um questionamento que exige de cada um de nós uma explicação ou um testemunho eficaz de como vai a nossa família hoje. Mas, para responder se a nossa família vai bem, é necessário saber a sua natureza, a que vocação ela é chamada. No Evangelho de Mateus, os fariseus questionam Jesus se é lícito separar-se da esposa e porque Moisés permitiu o divórcio. Ele responde, então, que “no princípio não era assim”(Mt 19,4). Mas como era no princípio? O “Hora da Família” deste ano quer lembrar aos fiéis que existe uma Boa Nova no enlace de um homem e de uma mulher na fundação de uma família.

Materiais / subsídios pra a Hora da Família 2019

O matrimônio cristão é um sacramento em que o amor humano é santificante e comunica a vida divina por obra de Cristo; é um sacramento em que os esposos significam e realizam o amor de Cristo por sua Igreja, amor que passa pelo caminho da cruz, das limitações, do perdão e dos defeitos para chegar à alegria da ressurreição” (Santo Domingo, 218).

A escolha desse tema tem um significado muito mais profundo, que é fazer a família refletir sobre a sua razão de ser, do anseio pela complementaridade e pela doação que existe inscrita no coração de cada ser humano. É nessa dinâmica de ser família, como Deus a pensou, que encontramos a realização do mais íntimo do nosso ser. A família é o lugar privilegiado onde Deus manifesta seu amor, sua benevolência e seus dons para a salvação do mundo!

Por essa necessidade de juntos sabermos um pouco de como estão as famílias, a Pastoral Familiar, em consonância com a CNBB, resolveu resgatar o tema da Campanha da Fraternidade de 1994 não só por achá-lo bonito, mas para verificar o quanto a família evoluiu de lá para cá. A história de Santo Expedito pela resposta que deu a Deus: “HOJE!”

Sugerimos que os amigos do Portal Kairós conheçam um pouco da história dos santos citados no “Hora da Família“, este ano gostaríamos que se profundassem na vida de Santo Expedito. A Semana Nacional da Família acontece na segunda semana de agosto. Um mês destinado às vocações. Um mês propicio para darmos uma resposta eficaz a Deus, assim como deu o santo e a Sagrada Família.

O Papa Francisco também nos orienta neste sentido. O pastor da Igreja Católica também quer uma resposta de como vão as famílias e se estão com Cristo e seu Evangelho ou não. Filhos que no passado eram somente filhos e hoje já são pais. É bom fazer a comparação de como eles viam a família ontem e como hoje. Não adiemos a nossa conversão. Lutemos pelo bem-estar da família. Sigamos o exemplo de Santo Expedito que deu sim, dizendo: “Hoje!” Façamos todo possível para sermos família de Deus, hoje!

Os encontros

O subsídio nos orienta dando passos ou sugestões que poderão ser seguidos para os sete dias de encontros. A Igreja está sempre aberta para acolher as famílias que lá desejarão fazer os encontros. Isso pode estimular outras pessoas a participar deles.

A Pastoral Familiar também pode realizá-los nas casas dos membros da pastoral. É a Igreja em saída como quer o Papa Francisco e, as famílias que se sentem ausentes da Igreja, podem ser motivadas a participar dos encontros porque moram ao lado, são as chamadas famílias vizinhas.

Nesses encontros, é bom estimular mais a presença das crianças, jovens e idosos. As crianças são mais desinibidas e falam mesmo como é a vida que levam no convívio familiar. Os jovens, como aqueles que já têm um posicionamento de que família eles querem construir no futuro ou se seguem o exemplo de seus pais, pois acham boa a convivência que levam.

E os idosos por suas experiências de vida, não deixando de observar se são maltratados ou não. É sempre bom ter a presença de um consagrado, ministro extraordinário da sagrada comunhão, seminarista, diácono, padre, missionário etc. A família se sente mais amada quando, bem perto dela, vê Deus na pessoa de um membro ativo da Igreja.

O “Hora da Família” 2019 também traz uma novidade, que mesmo sendo pequena, foi percebida sua necessidade no diálogo com párocos que celebram a Semana Nacional da Família: após a Escuta do Magistério, o dirigente, sobretudo padres e diáconos, tem agora o espaço e a oportunidade para fazer sua própria reflexão e “pregação” para aquela parcela do Povo de Deus que lhes foi confiada, traduzindo para a realidade de cada comunidade os mistérios que celebramos em favor da vida e da família!

Aos dirigentes leigos também é aberta essa oportunidade de motivar, segundo as circunstâncias, um momento de partilha e reflexão com as famílias, para que o espírito da Semana Nacional das Famílias se faça carne e se torne realidade nos corações e nos lares.

As celebrações e os anexos

O “Hora da Família” preza por estar perto de todas as famílias brasileiras, levando temas e sugestões favoráveis que venham a somar crescimento e formação espiritual de todos aqueles que resolveram acolher o chamado de Deus e, por vocação matrimonial, formar uma família que escuta, evangeliza e realiza a vontade divina.
O “Hora da Família” constantemente pensa em você que é família e busca sempre orientações para estar atento às necessidades de não desistir e lutar por um lar, simples, humilde, mas feliz e repleto da graça de Deus. O nosso tema é bem chamativo: “A família, como vai?” Um tema onde todos possam responder, como feito há anos, fazer suas anotações sobre o que é preciso aprender para melhorar o ambiente familiar ou dar seu testemunho de vida como pai, mãe, filhos… Neste ano, o nosso subsídio, através do tema, abre um espaço maior para você que é família.

E, juntos, também trabalharemos com dois livros que podem auxiliar todas as famílias brasileiras. Neste ano, gostaríamos de enfatizar mais a leitura desses dois livros: Exortação Apostólica Amoris Laetitia e Gaudete et Exsultate. Somos Igreja de Deus, por isso, estaremos reunidos com as palavras do Papa Francisco, comentários de Dom João Bosco, estimulados com as palavras de pe. Jorge Filho e, claro, com a presença infinita da Santíssima Trindade e a Sagrada Família.

Com o desejo ardente de que o “Hora da Família” não se restrinja exclusivamente à Semana Nacional da Família, mas possa se alargar a outros momentos e lançar mais sementes da Palavra no solo fértil, que são as famílias, este subsídio traz celebrações que nos tocam de forma mais direta. Dessa forma, temos a Celebração do dia dos Pais e do dia das Mães, datas especiais que se dirigem aos fundamentos onde se constrói a família.

Há também a Celebração da Sagrada Família, que nos chama a voltar ao princípio de tudo, a realizar o plano original que Deus tinha para nós, enquanto Igreja Doméstica. E, por fim, temos a Lectio Divina, cada vez mais motivada pela Igreja, para que nós, seus filhos, não conheçamos Jesus apenas de ouvir falar, mas que possamos sentar à mesa com Ele, conversar com Ele, estar junto d’Ele.

Nossa missão com o “Hora da Família 2019” é auxiliar as famílias a transbordar de amor, na Palavra e na Eucaristia, “para que conheçam o Pai por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou; assim alcançaremos a vida eterna” (Jo 14,3).

Nossa missão é a evangelização e a promoção humana e social das Famílias!

Músicas do Hora da Família 2019

 

Que Deus nos abençoe!

 

Pastoral Familiar – cnpf.org.br / Portal Kairós

Conheça o subsídio da Hora da Família 2019

A família, como vai?

Semana Nacional da Família
Tema: A Família, como vai?
Data: 11 a 17 de agosto de 2019
Pastoral Familiar – CNBB

O subsídio Hora da Família chega em nossas mãos nos lançando para o questionamento que se torna cada vez mais atual em nosso ambiente pastoral, ou seja: “A família, como vai?” Acreditamos que recordar a Campanha da Fraternidade de 1994, cujo tema foi justamente esse, nos reporta às reflexões feitas naquele tempo, nos instiga a nos atualizarmos e não só refletirmos, mas também nos ajuda a percebermos que, como Pastoral Familiar, precisamos levar nossos agentes a ter esse tema como ponto de ação missionária para nossa Semana da Família de 2019.

Nessa edição, procuramos distribuir a reflexão sobre a pergunta, “A família, como vai?” através dos sete temas que, esperamos, consigam nos fazer “viajar” pelas várias possibilidades de respostas que poderemos dar. Aliás, talvez, ao final de nossa Semana da Família 2019, não chegaremos a uma resposta adequada dentro do que o próprio Deus pensou sobre essa instituição divina chamada família, mas teremos tentado ao menos nos aproximar do “pensamento” de Deus.

Somos convidados a refletir sobre a iniciação à vida cristã que deve começar no seio da família, pois é nela que devemos, por primeiro, conhecer e aprender a amar a Deus. Refletir sobre a realidade da família em nossos tempos não é tarefa fácil porque a todo momento enfrentamos situações que fragilizam a vida da família, causando a necessidade de fortalecimento da vivência familiar, para que essa não perca sua direção. Reforçar a família como defensora da vida seja, talvez, a tarefa mais importante e mais desafiadora de nossas famílias nesses últimos tempos, mas a família, obra prima de nosso Deus, não pode se esquivar dessa missão.

A pergunta “A família, como vai?” continua a ser também para a Igreja um desafio não só por causa da complexidade que responder a ela envolve, mas principalmente porque também do parece esperar a resposta para ajudá-lo a não ferir mais a própria família, que não deixou de ser a célula da sociedade.

Recordando o clima do Encontro Mundial das Famílias, vivido em agosto de 2018, percebemos que o Papa Francisco, com suas palavras, parecia também lançar para o mundo o mesmo questionamento sobre a família. “Vós, queridas famílias, sois a grande maioria do povo de Deus. Que fisionomia teria a Igreja sem vós? Uma Igreja de estátuas, uma Igreja de pessoas solitárias… Foi para nos ajudar a reconhecer a beleza e a importância da família, com suas luzes e sombras, que foi escrita a Exortação Amoris Laetitia sobre a alegria do amor, e quis que o tema desse Encontro Mundial das Famílias fosse ‘O Evangelho da Família, alegria para o mundo’. Deus quer que cada família seja um farol que irradia a alegria do seu amor pelo mundo”.

Nessas palavras acima descritas, tiradas do discurso do Papa Francisco em Dublin, no Croke Park Stadium, no sábado, dia 25 de agosto de 2018, percebemos a preocupação dele em que as famílias sejam para o mundo um exemplo de vida fraterna. Diríamos que, nas entrelinhas das palavras do Papa, está a pergunta “A família, como vai?”.

Músicas do Hora da Família 2019

 

Padre Jorge Alves Filho
Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e Secretário Executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar

 

Pastoral Familiar – cnpf.org.br / Portal Kairós

Apresentação da Hora da Família 2019, a família vai abrindo caminho!

A família vai abrindo caminho!

Pouca gente se recorda dos conteúdos, mas muitos se lembram da pergunta feita na Campanha da Fraternidade de 1994: “A família, como vai?”. Ou mesmo quem não estava lá naquele tempo pode ter no ouvido a melodia que permaneceu entre os cantos litúrgicos: “E a família, como vai? Meu irmão, venha e responda!
Quem pergunta é o Pai, a verdade não esconda…” Passaram-se 25 anos daquela CF, e o nosso “Hora da Família” quer repropor essa pergunta que tantas vezes entra no nosso diálogo cotidiano.

O Sínodo da Família e a Exortação Familiaris Consortio, de São João Paulo II, produziam, há 25 anos, seus frutos entre nós. Muitas famílias viviam o drama do desemprego e da instabilidade causada por inflação descontrolada, crises políticas, impeachment, e sucessivos escândalos de corrupção. “E a família, como vai?”, perguntava a Campanha da Fraternidade.

Temos hoje uma Pastoral Familiar bem mais desenvolvida, abrangente e atuante nas dioceses e comunidades. A chama de entusiasmo trazida pelos últimos Sínodos e pela Amoris Laetitia do Papa Francisco, justifica esse olhar positivo. O ambiente do mundo, comparado ao de 1994, encontra semelhanças: crise econômica, desemprego, deposição da presidente, corrupção, valores familiares questionados. Mas, neste novo contexto, a Família, na Igreja, vai assumindo um papel mais central e decisivo que, esperamos, irá crescer ainda mais.

Esse desejo de estar no centro das ações eclesiais aparece neste “Hora da Família 2019”, ligando-o à Iniciação à Vida Cristã, às Políticas Públicas, ao envolvimento com as questões contemporâneas da vida urbana e à missão em meio a outras famílias. Não há não abrir os braços para os jovens, recentemente ouvidos como interlocutores privilegiados da Igreja para instruí-la quanto aos caminhos do futuro. Foi o pedido feito no último Sínodo dos Bispos.

Neste Sínodo sobre “os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional”, dizia Francisco: “Os jovens podem ensinar a Igreja. Eles podem estar mais à frente dos pastores e, graças a eles, a Igreja pode se renovar, sacudindo “peso e a lentidão”. Por isso, a palavra dos jovens deve ser
“acolhida, respeitada e acompanhada”, disse o Papa. Também na Pastoral Familiar, muitos casais jovens estão assumindo a missão com entusiasmo, senso crítico e alegria missionária. Vamos ouvi-los, acompanhá-los e contar com eles.

Que o “Hora da Família“, em 2019, seja iluminador para o ano todo, suas páginas possam ser inspiradoras e até expandidas através dos documentos citados em cada tema. Assim, a Família irá bem, abrindo caminho rumo a um futuro melhor para a humanidade.

 

Músicas do Hora da Família 2019

 

Dom João Bosco Barbosa de Sousa
Bispo de Osasco (SP) e Presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB

 

Pastoral Familiar – cnpf.org.br / Portal Kairós