Ávila acolhe encontro do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos

Realiza-se em Ávila, Espanha, de 15 a 21 de julho, a Assembleia Geral do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC), reunindo responsáveis eclesiais, sindicais e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

De fato, uma ampla representação da Igreja espanhola e do mundo do trabalho estarão presentes para participar do Seminário internacional e da Assembleia Geral do Movimento.

Confirmaram presença, entre outros, o Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Cardeal Ricardo Blázquez; o Secretário Geral de CCOO, Unai Sordo; o Secretário Geral de UGT, Pepe Álvarez; o Secretário Geral da USO, Julio Salazar; a Secretária Executiva da Confederação Europeia de Sindicatos, Montserrat Mir e o Diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) na Espanha, Joaquín Nieto.

No sábado, 15 de julho, a partir das 18 horas, a abertura do seminário pelo Bispo de Ávila, Dom García Burillo; o Prefeito da cidade José Luis Rivas; Presidente da HOAC, José Fernando Almazán; Charo Castelló e Jean-Claude Tolbize, copresidentes do Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC).

No domingo, 16, a partir das 11h15, o painel “Panorama mundial da situação do emprego. Tendências. Presente e futuro”.

Na segunda-feira 17, a partir da 9h15, realiza-se a primeira sessão do dia com o pronunciamennto do Bispo emérito de Ciudad Real, Dom Antonio Algora, responsável pela Pastoral Operária, que irá expor o pensamento do Papa Francisco sobre o trabalho digno.

Segue o painel da Doutora em História Contemporânea, Basilisa López, sobre trajetória histórica e compromisso do MMTC na evangelização do mundo operário.

No dia 20, quinta-feira, às 18 horas, a presença do Presidente da Conferência Episcopal espanhola, o Cardeal Arcebispo de Valladolid, Ricardo Blásquez, que estará ao lado dos delegados e delegadas dos trabalhadores cristãos de todo o mundo, oportunidade em que presidirá a celebração eucarística comemorativa pelos 50 anos do MMTC.

Coletiva de Imprensa

No dia 14 de julho, em Ávila, terá lugar uma coletiva de Imprensa reunindo os responsáveis do Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos.

 

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Significado apologético da Ressurreição

No nosso espaço Memória História – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar na edição de hoje sobre “o significado apologético da ressurreição”.

No programa passado falamos sobre a “historicidade da ressurreição do Senhor”, oportunidade em que recordamos as palavras do Frei Raniero Cantalamessa: “A ressurreição é um acontecimento histórico, em um sentido muito particular. Ela está no limite da história, como aquele fio que separa o mar da terra firme. Está dentro e fora ao mesmo tempo. Com ela, a história se abre ao que está além da história, à escatologia. É, portanto, em certo sentido, a ruptura da história e a sua superação, assim como a criação é o seu começo. Isto significa que a ressurreição é um evento em si mesmo não testemunhável e atingível com as nossas categorias mentais que são todas ligadas à experiência do tempo e do espaço”, recordando que de fato, ninguém testemunhou o momento da ressurreição do Senhor, mas que ela é conhecida a posteriori, com as aparições de Jesus.

Na edição de hoje, Padre Gerson Schmidt nos fala sobre “o significado apologético da ressurreição”:

No nosso resgate histórico dos documentos do Concilio aqui nós lembramos a renovação do ano litúrgico sugerida pelos padres conciliares. Os padres no concilio propuseram, na Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium, no número 106, a valorização do Domingo como o dia alegre de render graças pela ressurreição do Senhor. Declara o seguinte o documento base da renovação litúrgica:

“Por tradição apostólica que tem sua origem do dia mesmo da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra cada oitavo dia o mistério pascal, naquele que se chama justamente dia do Senhor ou domingo. Neste dia, pois, devem os fiéis reunir-se em assembleia para ouvirem a palavra de Deus e participarem da eucaristia, e assim recordarem a paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os “gerou de novo pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma esperança viva” (1 Pd 1,3)”.

Cantalamessa, na pregação da quaresma, falou do significado apologético da ressurreição. Frei Raniero Cantalamessa disse assim: “Passando da história para a fé, muda também o modo de falar da ressurreição. O do Aqui se está no nível da fé, não mais no da demonstração. É o que chamamos de kerygma. “ScimusChristumsurrexisse a mortuisvere”, canta a liturgia do Domingo de Páscoa: “Nós sabemos que Cristo verdadeiramente ressuscitou”. Não só acreditamos, mas tendo acreditado, sabemos que é assim, disso temos certeza. A prova mais segura da ressurreição se tem depois, não antes, que se acreditou, porque então se experimenta que Jesus está vivo”.

Cantalamessa diz ainda que a morte de Cristo não era, em si, suficiente para dar testemunho da verdade de sua causa. “Muitos homens – temos uma prova trágica disso em nossos dias – morrem por razões erradas, até mesmo por razões iníquas; a sua morte não torna verdadeira a sua causa; somente testemunha que eles acreditavam na verdade dela. A morte de Cristo não é a garantia da sua verdade, mas do seu amor, pois “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pela pessoa amada” (Jo 15, 13)”.

Somente a ressurreição nos dá a prova que Cristo é Deus. Cristo é Deus porque ressuscitou dos mortos. Nenhum homem fez essa façanha, de ressuscitar depois de morto. Cristo, assumindo a natureza humana, provou que não era só homem pela sua ressurreição. Cantalamessa afirmou assim: “Somente a ressurreição é o selo de autenticidade divina de Cristo”. Nossa fé está fundamentada sobre o kerigma.

São Paulo tem razão de edificar sobre a ressurreição, como seu fundamento, todo o edifício da fé: “Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria nossa fé. Nós seríamos falsas testemunhas de Deus… seríamos os mais dignos de compaixão de todos os homens”(1 Cor 15, 14-15,19).

É possível compreender por que Santo Agostinho pode dizer que “a fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo”. Que Cristo tenha morrido todo mundo acredita, também os pagãos, mas que tenha ressuscitado, só os cristãos acreditam, e não é cristão quem não acredita (Cf. S. Agostinho, Enarr. in Psalmos, 120, 6 (CCL, 40, p 1791).

Por isso, a celebração do domingo, o tempo pascal, a pregação do kerigma depois de Pentecostes, traz esse significativo especial, dentro da vivência concreta de cada ano litúrgico que vivemos. Esperamos que não só no domingo, mas cada dia novo, possamos ter esse profundo sentido da ressurreição do Senhor, nos trazendo a alegria de que tudo se torna novo e regenerado pela vitória de Cristo, em nosso renascer pelo batismo, viver e morrer para ressuscitar. Não nascemos para morrer, mas morremos para ressuscitar”.

 

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Escoteiros se mobilizam com tintas e pincéis por “uma Aleppo mais bonita”

Aleppo (RV) – Os escoteiros da Paróquia de São Francisco de Aleppo, na Síria, promoveram uma iniciativa para melhorar a imagem da cidade. No final do mês de junho, munidos de pincéis e latas de tintas, eles deram uma nova cor à cidade através do projeto “Aleppo mais bonita”: pintaram calçadas, restauraram a sinalização para indicar as áreas de estacionamento consentidas e proibidas.

A iniciativa é promovida pelos frades locais, com o apoio do governador, do prefeito e da comunidade. Depois de anos de guerra, que literalmente apagaram as cores de Aleppo, o projeto é um compromisso e também um desafio.

Os frades explicaram que o projeto “permite unir todos numa única nação, numa única família, independente da religião ou das convicções. A iniciativa é uma oportunidade para reparar e costurar esse belo mosaico da nossa sociedade, infelizmente rasgado. Então, colocamos a mão na massa com muito entusiasmo, amor e comprometimento. Temos amor pela nossa cidade agredida e o desejo de promover a reconciliação na nossa sociedade ferida”.

A Paróquia se encarregou de comprar o material necessário para a reconstrução. Mais de 200 pessoas se mobilizaram para deixar “Aleppo mais bonita”. O pároco Pe. Ibrahim Sabbagh explicou que, com esse tipo de ação concreta e de pequenos gestos, “conseguiremos, todos juntos, reconstruir a nossa cidade e a nossa sociedade. O que conta é o nosso empenho pessoal, o nosso desejo de sermos atores no processo de reconstrução da nossa ‘casa’, isto é, da nossa cidade com os seus habitantes”. (AC/L’Osservatore Romano)

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Europa precisa redescobrir seu patrimônio, sugere Papa em Twitter

O tweet do Papa Francisco desta terça-feira (11), dia de São Bento, fundador da Ordem dos Beneditinos e padroeiro da Europa, foi publicado na sua conta @Pontifex. A mensagem em português diz o seguinte: “a Europa tem um patrimônio ideal e espiritual único no mundo que merece ser reproposto com paixão e renovado frescor”.

O presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Cardeal Angelo Bagnasco, disse que as palavras de Francisco são muito importantes, especialmente neste momento de dificuldades vividas pela União Europeia. “São um grande chamamento e encorajamento para o caminho europeu”, comentou o purpurado, que acrescentou:

Card. Bagnasco – “Essas palavras deveriam chegar na mente e no coração dos principais responsáveis – e é aquilo que todos esperamos – para que percebam o grande patrimônio que é o continente europeu no seu contexto, a união, o caminho da União Europeia. Às vezes temos a impressão que essa consciência não seja luminosa e clara no coração, como era no coração dos pais fundadores. Sem essa consciência e essa convicção tudo fica muito mais difícil.”

Sacerdote conta como Padre Pio o aconselhou a entrar no seminário

O Cardeal Bagnasco também aprofundou a situação atual da Europa, um continente que parece cansado, talvez, pouco ciente da sua unidade:

Card. Bagnasco – “Quando se perde a identidade original, depois não se sabe mais quem somos. Então, o entusiasmo é pouco porque se perde a ideia de onde ir, quem somos, o que devemos fazer. É a natureza das coisas: vale para a Europa no seu todo, para um Estado, vale para qualquer pessoa. O discurso das nossas origens cristãs fundamentalmente não é um discurso acadêmico, ou pior, bairrista. Trata-se da verdadeira questão daquilo que somos, daquilo que é a Europa na sua origem, na sua vocação e na sua missão, que o Papa reafirma ser universal. Isso é muito importante.”

Ao ser questionado sobre as vocações da Europa, uma delas a da acolhida aos migrantes, num momento de debate sobre o fechamento de portas a esse fenômeno, o purpurado comentou:

Card. Bagnasco – “Quando tem o medo, que nasce de uma perda ideal e de identidade, o medo sugere fazer trincheiras, de fechar-se, de controlar-se em vez de propor o diálogo. Porque, para um diálogo, é preciso realmente ter alguma coisa para dizer sem abordar lugares comuns e frases feitas que não dizem nada de substancioso. É preciso saber quem se é. Então, o discurso de identidade não é absolutamente contrário, o oposto ao diálogo, mas é a premissa, a condição necessária.” (AC)

 

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JMJ, defesa da família, desigualdade social: preocupações do episcopado panamenho

“É necessário despertar a alegria de anunciar o Evangelho no mundo dos jovens e que nas paróquias se abram espaços onde os jovens de nosso tempo possam encontrar as respostas às suas grandes interrogações”.

É o que afirma a mensagem da Conferência Episcopal do Panamá (CEP) ao final de sua Assembleia Plenária, concluída na sexta-feira 6 de julho. Temas como família, desigualdades sociais, atividades extrativistas e a Jornada Mundial da Juventude 2019 estiveram no centro dos debates.

Preparara os jovens para a JMJ

Os bispos consideram urgente desenvolver uma catequese que consista em um caminho de discipulado para os jovens em vista da JMJ, que os leve a viver este encontro como um encontro com o Senhor, e que seja o ponto de partida para uma nova evangelização do mundo juvenil.

“Os panamenhos têm a possibilidade de tornar o nosso país maior por meio da Jornada Mundial da Juventude, reiteram os prelados panamenhos. Abramos a mente, o coração e as portas de nossas casas para acolher os jovens peregrinos em 2019”.

Família

Na segunda parte da mensagem, os bispos especificam que “defender a família não é uma discriminação”, em referência às recentes polêmicas no país pelos repetidos chamados à centralidade da família, prevista pela Constituição, e contra a ideologia de gênero.

Na mensagem, é especificado que “a defesa da instituição familiar é uma preocupação e uma missão permanente”.

Neste contexto é feita referência à Exortação Amoris laetitia e à exigência de um maior acompanhamento dos casais, a partir da preparação ao matrimônio.

Pobreza e desigualdade

Um ulterior tema, foco de atenção da mensagem, é a dos pobres e das desigualdades. Em particular, os bispos se dizem preocupados pelos jovens, a quem não são oferecidas oportunidades para seu futuro, e para tantos cidadãos que não têm acesso a uma adequada assistência sanitária.

Ambiente

Por fim, um chamado à tutela do ambiente, com o pedido de “uma legislação que regule com firmeza as atividades extrativas de recursos minerais”, em particular o uso da água, que é subtraída dos cidadãos ou então, é poluída.

A este propósito, os bispos exprimem sua proximidade aos cidadãos e às populações atingidas por estas atividades, levadas em frente de modo intensivo e irresponsável.

 

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