REPAM: “Como nos reconciliar com a Criação?”

A reconciliação com o meio ambiente em território amazônico foi o principal tema debatido no III Encontro da Rede Eclesial Pan-amazônica, REPAM, realizado em Letícia, nas margens do Rio Amazonas, na tríplice fronteira entre Colômbia, Peru e Brasil, de 19 a 23 de junho.

O Encontro reuniu mais de 100 participantes entre bispos colombianos, convidados do Peru e do Brasil, e povos indígenas e camponeses. “A política extrativista que tem sido aplicada no território afeta a soberania alimentar dos povos indígenas, afros e campesinos e aumenta os efeito negativos das mudanças climáticas”, denunciou Armando Valbuena, indígena Wayú e assessor da Organização Nacional Indígena da Colômbia-ONIC.

A respeito da relação com a Criação a partir da Encíclica do Papa Laudato Si, Dom Joselito Carreño, bispo de Puerto Inírida, recordou que “a reconciliação é a conversão ecológica com o mundo que nos circunda: isto não é opcional ou secundário… o ser humano tem que mudar esta relação”. Na Encíclica, ainda segundo o bispo, o Papa demonstra que a deterioração do meio ambiente tem conexão direta com o sofrimento e o abandono dos pobres, que são quase sempre os primeiros a sofrer as consequências da deterioração ambiental. ”O clamor da terra é o mesmo clamor dos pobres”.

Para Cesar Baratto (teólogo e representante da família Franciscana, docente na Universidade Santo Tomas), a reflexão proposta na Encíclica retoma a imagem de Deus e ilumina as chaves para sair da atual crise ecológica: “A teologia da Criação nasce para reconstruir e reconciliar”.

Jovens: REPAM é uma porta aberta para o conhecimento

Foi destacado também o papel dos jovens no futuro da sociedade colombiana. Representantes das pastorais juvenis, presentes no Encontro, ressaltaram que sob a liderança dos jovens é possível defender e proteger os recursos naturais, mas para isso, é preciso avançar nos conhecimentos. Para eles, a REPAM é um instrumento que vai favorecer uma nova articulação em prol do bem comum dentro do território amazônico.

O Encontro foi uma ocasião para insistir num trabalho em comunhão que obtenha ações mais efetivas como rede, a partir de planos de ação conjuntos para enfrentar os maiores desafios da realidade amazônica colombiana.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Papa a futuros cardeais: cardinalato é serviço, não promoção principesca

“Querido irmão, no dia em que celebramos a visita da beata Virgem Maria envio-lhe um caloroso abraço, como antecipação do abraço que lhe darei dia 28 de junho durante o Consistório.”

Com essas palavras, o Papa Francisco inicia a carta que enviou em 31 de maio passado ao bispo de Estocolmo e futuro cardeal, Dom Anders Arborelius, publicada esta sexta-feira (23/06) no site da diocese sueca.

“Com esta saudação, expresso minha esperança de que seu testemunho como discípulo do Senhor possa ser ainda mais evidente no serviço que hoje a Igreja lhe pede”, escreve o Pontífice.

Cardinalato não o torna mais importante que os outros

“O cardinalato é um serviço”, não “uma dignidade que torna mais importante dos que os outros, nem uma honorificência ou uma promoção principesca”, lê-se na missa. “Trata-se de algo de completamente diferente e maior: é um chamado a seguir o Senhor mais de perto”, e a fazê-lo de modo incondicional, acrescenta.

Em seguida, Francisco diz ter rezado de modo especial pelo cardeal no dia precedente ao que escreveu a carta, ouvindo uma leitura dos Atos dos Apóstolos, refletindo sobre a generosidade do serviço de São Paulo e sobre as palavras do apóstolo “Não considero minha vida merecedora de nada”.

A exemplo do apóstolo Paulo, não sentir-se merecedor de nada

“Desejei e pedi para você a mesma atitude em sua vida de cardeal”, explica o Santo Padre, que agradece ao futuro purpurado “pela ajuda que dará à Igreja de Roma”, assegurando-lhe suas “orações” e sua “proximidade fraterna”. Por fim, o Papa Francisco pede que se recorde de rezar por ele.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Abuso de menores: “comportamento geral mudou”, diz Pe Zollner

Em relação ao tema do abuso de menores, “o comportamento geral mudou, graças à insistência do Papa Bento e Francisco, que continuou o caminho por ele traçado”.

É o que afirma o Padre Hans Zollner, Presidente do Centro para a Proteção da Criança da Pontifícia Universidade Gregoriana, ao final da “Anglophone Safeguarding Conference”, que de 19 a 22 de junho reuniu em Roma 111 delegados de 14 países de língua inglesa, para refletir sobre a esperança no âmbito da tutela dos menores.

Maior sensibilização sobre os direitos dos menores

“O tema não desapareceu, mas é discutido publicamente em regiões onde até um ou dois anos atrás nunca seria colocado ao centro do debate de tal questão, quer na Igreja como na sociedade”, observou Padre Zollner, para quem existe hoje “uma maior sensibilização em relação aos direitos das crianças, que cresceu também graças à internet”.

Ademais – acrescentou – “existem mais bispos e provinciais das Congregações religiosas conscientes e formados sobre estes acontecimentos, enquanto até há pouco tempo não se falava sobre isto, nem mesmo dentro do direito canônico”.

Sinais de esperança em muitos países

Para Padre Zollner, “é confortante ver que em muitos países existe uma pessoa comprometida neste campo, quer seja bispo, ou secretário da Conferência Episcopal, ou um leigo, que há um influxo, conhece bem a gradualidade dos processos, sabe impostar o próximo passo a ser dado”.

“É necessário encontrar a medida justa para dar passos possíveis. Em muitos países estamos fazendo isto e estes – concluiu – são sinais de esperança”.

Tutela dos menores, prioridade das prioridades da Igreja

O tema da tutela dos menores “deve entrar na planificação pastoral e chegar ao nível de prioridades entre as prioridades da Igreja – acrescentou o sacerdote jesuíta. Tal tema faz parte do ministério às pessoas mais vulneráveis, ou seja, as crianças e os adolescentes, em uma fase de sua vida decisiva e em um âmbito, o da sexualidade, que está ligado com o desenvolvimento da personalidade e das relações com a parte dos valores e espiritual da pessoa”.

Formar sacerdotes, professores e catequistas

Padre Zollner recordou que “a Igreja deve e pode aprender tantos das instituições que há decênios trabalham neste âmbito”.

“A Igreja deve enriquecer-se de conhecimento, não somente para a formação dos sacerdotes, mas também dos professores, dos catequistas e daqueles que trabalham com os jovens”, acrescentou o jesuíta, enfatizando que “existem experiências, conhecimentos adquiridos e consolidados que devem passar de um país a outro”.

Justamente isto – explicou – é um dos objetivos da plataforma da Anglophone Conferecne, “em que pessoas comprometidas neste campo se confrontam, dialogam e trocam experiências”.

Os testemunhos das vítimas

Escuta, esperança e boas práticas estiveram de fato ao centro do encontro, realizado na Universidade Gregoriana, durante o qual também cinco pessoas que sofreram abusos na família, deram o seu testemunho.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Divulgado programa da viagem do Papa à Colômbia

Foi divulgado esta sexta-feira o programa da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Colômbia, de 6 a 11 de setembro, naquela que será sua quinta viagem ao continente americano.

O Pontífice partirá do Aeroporto Fiumicino, em Roma, na quarta-feira, 6 de setembro, às 11 da manhã, devendo chegar à área militar do Aeroporto de Bogotá às 16h30, onde haverá uma cerimônia de boas-vindas.

Quinta-feira, 7 de setembro

O primeiro compromisso do Papa na quinta-feira, será o encontro às 9 da manhã com as autoridades na Praça das Armas da “Casa de Nariño” – onde o Papa fará seu primeiro pronunciamento em terras colombianas – seguido pela visita de cortesia ao Presidente da República, no Salão Protocolar da Casa de Nariño.

Às 10h20min o Papa visita a Catedral de Bogotá e às 10h50 abençoa os fiéis da sacada do Palácio Cardinalício. Às 11 horas mantém um encontro com os bispos colombianos no local, onde fará um discurso.

Na parte da tarde, às 15 horas, encontro com o Comitê Diretivo do CELAM, na Nunciatura Apostólica, quando pronunciará outro discurso.

Às 16h30min Francisco presidirá uma Santa Missa no Parque Simon Bolivar.

Sexta-feira, 8 de setembro

Às 7h50min o Pontífice parte do Aeroporto de Bogotá para Villacencio, onde deverá aterrissar na Base Aérea de Apiay às 8h30min.

Às 9h30min preside uma Santa Missa no terreno CATAMA.

Na parte da tarde, às 15h40min, o grande Encontro de Oração pela Reconciliação Nacional, no Parque Las Malocas, onde deverá proferir um discurso.

Às 17h20 uma parada na Cruz da Reconciliação, no Parque de los Fundadores

Às 18 horas, o retorno para Bogotá, onde deverá chegar às 18h45min.

Sábado, 9 de setembro

Às 8h20min, partida do Aeroporto de Bogotá para Rio Negro, onde deverá aterrissar às 9h10min na Base Aérea local.

Às 9h15min, transferência em helicóptero ao Aeroporto de Medellin.

Às 10h15min Santa Missa no Aeroporto Enrique Olaya Herrea de Medellin,

Na parte da tarde, às 15 horas, encontro na Casa San José.

Às 16 horas, encontro com sacerdotes, religiosos, religiosas, consagrados e consagradas, seminaristas e suas famílias, no Estádio coberto La Macarena.

Terminado o encontro, o Papa se transfere em helicóptero até a Base Aérea de Rio Negro, de onde parte às 17h30 para Bogotá, onde deverá chegar às 18h25min.

Domingo, 10 de setembro

Às 8h30min o Papa parte para Cartagena, onde deverá chegar às 10 horas.

Às 10h30min abençoa a pedra fundamental das casas para os sem-teto e da Obra Talitha Kim, na Praça de São Francisco de Assis.

Às 12 horas, o Papa reza o Angelus com os fiéis reunidos na Igreja de San Pedro Claver

Às 12h15, visita à Casa Santuário de San Pedro Claver

Às 15h45, o Papa se transfere em helicóptero da Base Naval à área portuária de Contecar, onde às 16h30min preside à Santa Missa.

Às 18h30min se transfere em helicóptero para Cartagena.

Às 18h45min as cerimônias de despedida da Colômbia, partindo então para o Aeroporto de Ciampino, em Roma, aonde deverá chegar na segunda-feira, 11 de setembro, às 12h40min.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Concurso para escolha do Hino da Campanha da Fraternidade 2018

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou no dia 21 de junho o edital para a escolha da música tema da campanha

Concurso para escolha do Hino da Campanha da Fraternidade 2018

Música deve ter caráter convocatório

Encontra-se aberto o Concurso para a escolha do Hino da Campanha da Fraternidade (CF) 2018, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Desta vez, por decisão dos bispos do Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP), o concurso será realizado em um edital, letra e música, simultaneamente, podendo haver parceria entre letristas e músicos.

Conforme o edital do certame, a música deve traduzir, em linguagem poética, os conteúdos do tema: “Fraternidade e superação da violência”, do lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8) e os objetivos da CF. É necessário também que os candidatos busquem inspiração nas sagradas escrituras e no magistério da Igreja. “A letra deve explorar o caráter convocatório aos cristãos para o engajamento concreto da fé”, diz o edital do concurso.

Os interessados em participar deverão apresentar suas produções de forma escrita, em pauta musical, com indicação de acordes (cifras) para o acompanhamento instrumental. As melodias que não estiverem anotadas na pauta serão desclassificadas. É necessário gravar a música em CD, com ou sem acompanhamento instrumental. O prazo para que as composições sejam enviadas à CNBB é até o dia 31 de julho de 2017.

Confira o edital oficial em PDF

 

CONCURSO PARA O HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE – 2018

Prezado(a) compositor(a),

Com alegria e expectativa, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, está lançando o Concurso para o Hino da Campanha da Fraternidade de 2018. Por decisão dos bispos do Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP), o concurso será realizado em um edital, letra e música, simultaneamente, podendo haver parceria entre letristas e músicos.

Tema e lema da CF 2018

Tema: Fraternidade e superação da violência Lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8)

01 – Características da letra do hino:

a – Traduza em linguagem poética os conteúdos do tema, lema, objetivos (conferir ANEXO II) evitando explicitações desnecessárias, moralismos ou chavões;

b – Buscar inspiração em: Sagrada Escritura e Magistério da Igreja, conforme Anexo II;

c – Apresente um caráter convocativo: Os fiéis serão convocados para a adesão ao que se propõe a Campanha da Fraternidade. É Deus quem convoca sua Igreja, seu povo, para este engajamento concreto da fé;

d – Um embasamento bíblico: A referência bíblica é fundamental, pois ela orienta a vida e a história do povo, e confere sólidos fundamentos para o texto poético;

e – A coerência entre fé e vida: Contemplar a unidade fundamental entre fé e vida, evitando intirnismos ou sentimentalismos exagerados;

f – A esperança de um mundo novo, “um novo céu e uma nova terra … ” (cf. Ap 21,1-7). A força do texto deverá reavivar a esperança, a criatividade, o compromisso cristão. Uma mensagem que ajudará o povo de Deus a pôr-se em marcha;

g – Tenha em todas as estrofes o mesmo número de sílabas e de acentos, ou seja, uma métrica regular e fluente;

h – Tenha alguma forma de rima, embora possam ser usados versos livres. Contudo, a rima, quando bem utilizada, facilita a execução e a memorização do canto.

02 – Critérios para a análise da qualidade literária do texto:

Tratando-se de forma poética, serão observados, em especial, os seguintes critérios:

a – Emprego da função da linguagem mais adequada ao momento litúrgico: evocativa, exortativa, invocativa, narrativo-descritiva, experiencial, penitencial, informativa, laudativa, votiva, reflexivo-meditativa.

b – As qualidades do estilo, em especial quanto aos princípios da correção, da originalidade e da Expressividade poética mediante o emprego pertinente de figuras de linguagem (a exemplo de textos bíblicos poéticos, observar o melhor emprego de metáforas e comparações);

c – Prosódia poética e sua consonância com a prosódia melódica;

d – O desenvolvimento do texto quanto ao ordenamento das ideias. (início, meio e fim);

e – Recomenda-se a leitura do subsídio técnico: “Canto e música litúrgica pós Concílio Vaticano 11: Princípios teológicos, litúrgicos, pastorais e estéticos” (Edições CNBB).

03 – Características da música:

a – Caráter vibrante, vigoroso e convocativo;

b – Melodia e ritmo fluentes, acessíveis a qualquer tipo de assembleia;

c – Força melódica e rítmica eficazes para a dinamização das potencialidades de indivíduos e grupos;

d – Realce bem o sentido da letra. Antes de pensar na composição, ora) autor(a) deverá estudar bem a letra e observar os acentos tônicos (fortes) das palavras para que haja uma correspondência natural com os tempos fortes da melodia. Quando as sílabas não acentuadas (átonas) coincidem com os tempos fortes de cada compasso, a palavra fica deformada (por exemplo: terrá, horâ, vamós … );

e – Seja fluente, simples, porém, bela. A tessitura média das notas musicais deve-se acomodar entre o “dó 3” (dó central do piano ou órgão) e o “dó 4” (uma oitava acima);

f – Tenha pausas de respiração suficientes e nos momentos certos. É bom que haja uma breve respiração no final de cada frase do texto;

g – Seja construída a partir da escala diatônica. Sejam evitados cromatismos exagerados (semitons sucessivos) e intervalos de difícil entoação;

h – Seja artística, fugindo dos “chavões e clichês” já conhecidos e por demais gastos;

i – Tenha características da genuína música brasileira (por exemplo, da etnomúsica religiosa).

04 – Apresentação da composição:

a – Esteja escrita em pauta musical, com a indicação dos acordes (cifras) para o acompanhamento instrumental. As melodias que não vierem anotadas na pauta, automaticamente, não serão submetidas ao concurso.

b – Esteja gravada em CD, com ou sem acompanhamento instrumental.

c – A partitura em formato ‘pdf” e o áudio em formato MP3, juntos, também devem ser enviados para o seguinte e-mail: musica@cnbb.org.br.

05 – Prazo:

As composições sejam enviadas à CNBB até o dia 31 de julho de 2017, trazendo apenas o pseudônimo (nome de fantasia) do/a) autor(a), no remetente. Dentro da correspondência, num envelope fechado, estejam o nome verdadeiro dota) compositor(a), junto com o termo de Cessão de Direitos Autorais – Download – , preenchido e assinado, para o seguinte endereço:

CNBB (Setor Música Litúrgica) SE/Sul, Q. 801, Conj. “B” 70200-014 – BRASÍLIA – DF

Pe. Luiz Fernando da Silva – Secretário Executivo da CF
Dom Leonardo Ulrich Steiner – Bispo Auxiliar de Brasília – DF / Secretário-Geral da CNBB
Ir. Fernando Benedito Vieira, SJ – Assessor da CNBB para Música Litúrgica

Ano B – São Marcos
#Campanhadafraternidade2018  #Cf-2018  #cf2018

 

CNBB
Portal Kairós