Igreja Caldeia deplora destruição de mesquita em Mosul

Amargura pela destruição da Mesquita Al-Nuri de Mosul, no Iraque, célebre pelo minarete pendente de al Habda. Assim expressou-se esta quinta-feira, 22, a Igreja Caldeia, ao deplorar a destruição do conhecido templo sagrado para os muçulmanos.

Acusações pelo ato recaem sobre o autoproclamado Estado islâmico, que por sua vez, acusa os Estados Unidos.

Trata-se, sem sombra de dúvida, de um gesto que adquire grande significado, visto que precisamente nesta mesquita, após a tomada de Mosul pelos jihadistas, Abu Bakr al Baghdadi proclamou o nascimento do Califado.

Dor pelas vítimas civis. Falta alimento, água, remédios

Por meio de um comunicado oficial, o Patriarcado expressar sua dor pelas vítimas civis dos bombardeios e por todos os habitantes que no conflito em andamento na cidade, estão privados de água, alimento e remédios.

A Igreja Caldeia manifesta ainda esperança, de que diante dos tantos sofrimentos a que são submetidos hoje, os iraquianos possam ver nascer em seus corações propósitos de reconciliação pela construção de uma convivência pacífica e fecunda.

UNESCO condena destruição

A UNESCO considerou a destruição da mesquita uma “tragédia cultural e humana”. Por meio de um tweet, a organização da ONU para a cultura lançou um apelo à comunidade internacional para não medir esforços “em proteger o patrimônio cultural para proteger as pessoas”.

Al Nuri e minarete foram construídos há 845 anos e estavam entre os locais mais históricos do Iraque.

 

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Em Napoles, à luz do Papa Francisco, a Teologia do Mediterrâneo

À luz do Pontificado do Papa Francisco, “oferecer uma formação teológica que possibilite a compreensão e o anúncio da fé cristã em diálogo com as culturas, os povos e as religiões. Desse modo queremos oferecer um serviço às Igrejas locais para preparar padres e leigos competentes no campo do diálogo inter-religioso e na mediação cultural da tradição cristã”.

Com essas palavras o decano da seção São Luiz da Pontifícia Faculdade teológica da Itália meridional, em Nápoles, Pe. Pino Luccio, explica o objetivo do biênio de Teologia fundamental, com o curso “Teologia da experiência religiosa no contexto do Mediterrâneo” para o ano acadêmico 2017-2018.

Mediterrâneo multirreligioso e multicultural

Trata-se de uma escolha inovadora elaborada à luz do Pontificado do Papa Francisco: “São as palavras do Papa que nos impelem nesta direção no contexto do Mediterrâneo multirreligioso e multicultural, mas também secularizado”.

“E Nápoles, cidade do encontro, é um lugar que favorece o diálogo: mais do que outras cidades do Mediterrâneo, tem a capacidade de acolher quase naturalmente pessoas que vêm de outras culturas. Aqui cada um encontra seu espaço de expressão”, evidencia Pe. Luccio em entrevista concedida à agência Sir.

Mediterrâneo, berço da civilização e túmulo dos desesperados

“Para nós, fazer Teologia fundamental neste tempo particular, na Igreja do Papa Francisco, significa abrir-se às provocações que vêm do presente que é tão contraditório e que tem uma sua conotação particular no Mediterrâneo. A dramática situação de um Mediterrâneo que, de berço de civilização e de religiões, se torna o túmulo de uma multidão de desesperados, se traduz num apelo forte a reencontrar o sentido profundo do humano”, explica por sua vez a coordenadora do biênio de Teologia fundamental, Giuseppina De Simone, ilustrando o projeto.

A Igreja, única voz em favor de uma cultura do encontro

Mesmo porque, ressalta ainda De Simone, “muitas vezes a Igreja é a única voz que se desdobra por uma cultura que saiba abrir-se ao encontro de quem vem de longe e busca possibilidade de vida e de esperança. Hoje, porém, somos chamados a dar razão da fé não nos trancando em fortificações, não assumindo uma postura de defesa, mas colocando-nos a caminho, aprendendo a estar dentro da complexidade do presente, na qual a fé pode oferecer uma chave de leitura”, observa.

Isso, porém, “não significa encontrar soluções fáceis, mas colher também um direção de sentido em relação à qual assumir nossas responsabilidades: podemos caminhar rumo à guerra de civilização e de religião ou rumo à construção de uma fraternidade humana, nova, possível”, pondera.

 

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Bastão de Guilherme I de Orange entregue ao Rei da Holanda

Por ocasião da visita ao Vaticano esta quinta-feira, o Rei da Holanda Willem-Alexander recebeu o Bastão pertencente à Guilherme I de Orange-Nassau (Willem van d’Orange, em holandês).

O gesto representa um testemunho de reconciliação e da atual união existente entre os dois Estados e as religiões. É também um símbolo do longo caminho que a Igreja Católica romana, mas também o Reino dos Países Baixos, percorreram do passado de rivalidade, guerra e repressão a um presente de respeito recíproco e de promoção de paz e dos direitos humanos.

Isto é particularmente relevante em um momento de crescentes desafios para a paz, o clima, a pobreza e a migração. Agora a colaboração diplomática está se tornando sempre mais importante.

Católicos espanhóis

O bastão ficou esquecido nos arquivos catalães dos jesuítas, até que a Embaixada do Reino dos Países Baixos e o Museu Militar Holandês, após exaustiva pesquisa, chegassem ao seu paradeiro.

O objeto representa um valor único na história do Estado holandês e da nação. Os católicos espanhóis se apropriaram do bastão após a sua vitória contra os revoltosos holandeses protestantes na Batalha de Mookerheide, em 1574.

O bastão, que traz impresso o brasão de Guilherme I, foi oferecido em comodato de uso pelo Convento catalão dos jesuítas de Sant Cugat e entregue ao Superior Geral dos Jesuítas, Padre Arturo Sosa Abascal.

Ele estará exposto no Museu Nacional Militar Holandês, em Soesterberg, de abril a outubro de 2017, no âmbito de uma mostra sobre Guilherme.

 

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Papa recebe soberanos da Holanda: tutela do ambiente e combate à pobreza

O Santo Padre recebeu em audiência esta quinta-feira (22/06) o Rei da Holanda Willem-Alexander, acompanhado de sua consorte, a Rainha Máxima. Em seguida, os soberanos encontraram o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado do secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

Os cordiais colóquios permitiram uma troca de avaliações sobre algumas temáticas de interesse comum, como a tutela do ambiente e o combate à pobreza, bem como acerca da contribuição específica da Santa Sé e da Igreja católica nesses campos, afirma um comunicado da Sala de Imprensa vaticana.

Foi dada particular atenção ao fenômeno migratório, ressaltando a importância da convivência pacífica entre diferentes culturas, e ao compromisso comum para promover a paz e a segurança global, com referência especial a algumas áreas de conflito.

Por fim, foi feita uma reflexão conjunta acerca das perspectivas do projeto europeu, lê-se ainda no comunicado.

 

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Bispos sul-africanos: quem estiver envolvido em corrupção, renuncie

“A corrupção na África do Sul é um problema nascido antes que o Presidente Jacob Zuma assumisse o encargo. Mas piorou durante seu mandato”: é o que afirma uma declaração da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal da África do Sul (SACBC, na sigla em inglês), reportada pela agência missionária Fides após a publicação por parte da imprensa sul-africana de cerca de cem mil e-mails concernentes a uma rede de negócios ligada ao chefe de Estado. Atualmente está em andamento uma investigação para verificar a autenticidade dos e-mails.

Denúncia de uma corrupção que se tornou sistemática

-“Se autênticos, os e-mails difundidos demonstram que a rede de proteção do Presidente, como seus planos para depredar os recursos estatais, é muito mais vasta e complexa do que se pensava”, afirma Justiça e Paz que denuncia a difusão do “câncer da corrupção”, a ponto de esta “ter-se tornado o modo ordinário de organizar as relações econômicas, sociais e políticas na África do Sul”.

Quem está envolvido, renuncie

-“Quem está implicado nos escândalos revelados pelos e-mails, se reconhecidos autênticos, deve renunciar”, reiteram os prelados que pedem ao partido de Zuma, o African National Congress (ANC), que escolha para as eleições presidenciais de 2019 um candidato que seja capaz de investigar as atividades do Presidente atual e que “tenha a credibilidade ética para colocar-se na condução do combate à corrupção em nosso país”, precisam eles.

 

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