Repertório para Missa do 2° domingo do Advento

Listamos algumas sugestões de canções para serem cantadas na Santa Missa do 2° domingo do Advento

Preparamos para o 2° domingo do Advento, 4 de dezembro, uma sugestão de repertório para os ministérios de música das comunidades e paróquias.

 

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Repertório para Missa do 2° domingo do Advento

Entrada: Vem, Senhor! (Juliana de Paula)/Partitura

Ato Penitencial: Kyrie (Amor e Adoração)/Partitura

Aclamação: Luz para o meu caminho (Amor e Adoração)/Partitura

Ofertório: Minha vida tem sentido (Padre Zezinho)/Partitura

Santo: Santo (Emanuel Stênio)/Partitura

Comunhão: Deus de Israel (Mons. Jonas Abib)/Partitura

Final: Maranatha (Eliana Ribeiro)/Partitura

 

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São Fasani

29/11 – São Fasani

O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.

“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.

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São Fasani

São Fasani apresenta-se nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.

Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.

Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.

São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!

 

Prof. Felipe Aquino

Tiago de Marca

28/11 – Tiago de Marca

Sobre este santo, cujo nome está unido ao de São Bernardino de Sena e de São João de Capistrano, que foi seu companheiro nas peregrinações apostólicas por toda a Europa, possuímos muitas notícias, referidas em parte por ele mesmo e em parte pelo humilde irmão leigo, Venâncio de Fabriano, que desde 1463 esteve constantemente ao seu lado. Tiago de Marca, cujo nome no mundo era Domingos Cangali nasceu em Monteprandone (Ascoli Piceno) em 1394. Era ainda muito jovem quando perdeu o pai. Já aos sete anos era pastor, apascentava ovelhas.

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Tiago de Marca

Apavorado pela obstinada presença de um estranho lobo, que mais tarde ele chamará de “Anjo de Deus e não lobo como parecia”, abandonando o rebanho fugiu para Offida e foi morar com um padre, parente seu.

Como na escola aprendia com facilidade, os irmãos deixaram-no estudar. Prosseguiu os estudos de direito civil em Perúgia. Tornou-se tabelião. Estabeleceu-se depois em Florença.

Voltando a Marca, para resolver negócios familiares, parou em Assis, e aí após uma conversa com o prior de Santa Maria dos Anjos, decidiu entrar na família franciscana.

Sabemos também a data da sua profissão religiosa: 1º de agosto de 1416. Seis anos depois, com o sacerdócio, tornou-se pregador: “Em 1422, na festa de santo Antônio de Pádua começou a pregar em São Miniato de Florença”. Esta será a ocupação principal de sua vida, até a morte acontecida em 28 de novembro de 1476 em Nápoles.

Por mais de meio século percorreu a Europa oriental e centro-setentrional não só para pregar o nome de Jesus Cristo (tema constante de suas homílias, sob o exemplo do seu mestre, São Bernardino), mas também para cumprir delicadas missões por encargo dos Papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III.

Este grande comunicador parecia ficar num lugar somente o tempo suficiente para erigir um mosteiro novo ou para restabelecer a observância genuína da regra franciscana nos conventos já existentes. Os últimos dezoito anos da vida passou-os quase inteiramente pregando nas regiões italianas. Encontrava-se em Áquila na morte de São Bernardino de Sena, em 1444, e seis anos depois pôde presenciar em Roma a canonização solene do mesmo. Seguia-o devotamente frei Venâncio, pelo qual sabemos que durante uma missão pregada na Lombardia, foi feita a frei Tiago de Marca a proposta de eleição para bispo de Milão que o humilde frade recusou.

Frei Venâncio, após a morte do mestre, escreveu uma vida na qual conta muitos milagres operados por ele durante a vida e depois da morte.

Outros Santos do mesmo dia: Santo Estevão o Moço, São Simeão Metafrastes, Santa Fausta Romana, São Gregório III, Santa Teodora de Rossano e Beato Tiago Thompson.

Prof. Felipe Aquino

II Festival de Música Católica é confirmado para o SEARA 2017

Seara 2017Celebrando o Jubileu de Ouro da RCC em um ano Mariano, nos dias 25 a 28 de fevereiro de 2017, vai acontecer o tradicional SEARA e o tema que será trabalhado neste ano será “Meu espírito exulta de alegria (Lc 1,47)”.

A coordenação do evento afirma que acontecerá o segundo ano do festival de música católica. No ano de 2016, houve o primeiro, onde deu-se início ao processo de revelar novos talentos por meio da música católica, promovendo, assim, a evangelização através da música.

Para participar, é muito simples. Basta gravar um áudio ou vídeo com a música que deseja apresentar. Pode ser uma pessoa cantando e tocando, duas pessoas ou uma na voz e outra em um violão, teclado, ou outro instrumento. E é claro pode ser também uma banda ou ministério. Nesta edição, há também uma novidade em termos de premiação, a de melhor intérprete, ou seja, para aquela pessoa que se destacou ao cantar uma das músicas que foi selecionada. Então, não há motivos para não participar! Inscreva-se. Todos são convidados!
A música que será inscrita deve ser inédita, isto é nunca ter sido gravada em estúdio.
A premiação será entregue na terça-feira, no encerramento do Seara 2017 e se dará da seguinte forma:

R$ 1.000,00 + troféu para o primeiro colocado.
R$ 500,00 + troféu para o segundo colocado.
R$ 200,00 + troféu para o terceiro colocado.
R$ 150,00 + troféu para melhor intérprete

Além disso, quem ganhar em primeiro lugar poderá fazer um show no palco do Seara no último dia, lembrando que isso não será obrigatório. Dependerá do vencedor ou vencedores e da organização do festival.
O II Festival de Música Católica promete encantar corações, além de ser um momento ímpar para a divulgação da música católica para músicos de todo o Brasil.

Para fazer a inscrição e enviar o áudio ou vídeo, basta acessar o site fmc.rccvicosa.com
Lá está o regulamento e a ficha de inscrição, além de outras informações e um canal direto para falar com os organizadores do evento.

A complexidade e desafios na evangelização da Amazônia

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Quanto mais um carisma dirigir o seu olhar para o coração do Evangelho, tanto mais eclesial será o seu exercício. (Papa Francisco)

A complexidade eclesial da Amazônia

Amazônia é um mundo complexo e, nela, a Igreja católica, uma presença complexa, não homogênea, porque as questões locais são muito diversificadas. Portanto, o nosso desafio é o nosso próprio desafio  eclesial amazônico.

O processo de evangelização na Amazônia gerou modelos eclesiais ao longo das fronteiras dos rios, marcadas pelos carismas dos religiosos e religiosas aos quais foram confiados a evangelização. Rio Negro aos carmelitas, jesuítas e depois aos salesianos; alto Solimões aos Capuchinhos e assim por diante. Estas presenças missionárias foram ao longo do tempo compactando uma religiosidade que, hoje, na sociedade liquida, se encontra na encruzilhada, não digo uma crise, mas de alguns fenômenos de transição que influenciam no perfil dos agentes da evangelização:

– Grande sincretismo religioso;

– O avanço do protestantismo de linha neopentecostal no catolicismo;

– O recuo da Igreja nas periferias e uma presença de conservação nos centros urbanos.

Esta transição ou sutil divisão influencia muitíssimo na compreensão da identidade do cristão leigo e do modelo de Igreja que queremos, consequentemente, no projeto de missão. Outro elemento de transição é a nomeação de bispos de outras congregações ou diocesanos para estas prelazias e dioceses na Amazônia; rompe-se assim uma hegemonia. Portanto, bispos, religiosos e clero precisam manter os critérios das mutuas relações para viabilizar a ação conjunta, mantendo o princípio de Calcedônia, ou seja, sem misturar e sem separar; portanto, respeito, credibilidade e foco na evangelização.

A influência do CV II

Até o CV II, o leigo era aquele que não era: não era ordenado, não era missionário, não era religioso consagrado, não era líder comunitário. Após o CV, com o advento do modelo POVO DE DEUS, começamos a superar a ideia do não leigo para o cristão leigo: o cristão leigo é um discípulo missionário de Jesus Cristo, cuja missão está radicada no Batismo, pelo qual todo e qualquer cristão é SACERDOTE, PROFETA E REI (LG, 33,2; CNBB, cristãos leigos e leigas, doc. 105, n. 111.124.125). Papa Francisco, na carta ao cardeal Marc Oullet sobre os leigos, dizia isto: “Nossa primeira e fundamental consagração afunda suas raízes no nosso Batismo. Ninguém foi batizado sacerdote nem bispo.

A Igreja não é uma elite de sacerdotes, consagrados, mas formamos o Povo de Deus” (LG, 9) Então, o clericalismo forma uma sutil divisão clero x leigos, religiosas x leigas, padres x diáconos, leigos x padres e diáconos, tende ou, à luz do CV, deveria ter sido superado, mas o ranço desta tensão ainda é muito presente. Diz ainda o papa “O clericalismo, longe de dar impulso aos diversos contributos e propostas [inclusive a ministerialidade, apaga pouco a pouco o fogo profético… ele esquece que a visibilidade e a sacramentalidade da Igreja pertencem a todo o Povo de Deus e não a poucos iluminados” (LG, 9-14).

Os dons são do mesmo Espírito

Portanto, a dialética está dentro de nós, de nossa mentalidade, daí a necessária e urgente CONVERSÃO PASTORAL (João Paulo II, A Igreja na América, n. 26-29), ou seja a conversão é, sobretudo “assumir o estilo de Jesus Cristo: simplicidade, pobreza, disponibilidade, renuncia à vantagens, é o modo do Bom Pastor” (n.28). Não haverá, portanto,  abertura ao Espírito Santo, que suscita os ministérios, sem conversão, pois o ES não se rege pelo Direito Canônico; e, é o ES que cria e recria os ministérios segundo as necessidades do Povo de Deus. É ele que fala a Igreja (Ap, 2,29; CNBB, cristãos leigos e leigas, doc. 105, n. 151.152).

Tenhamos presente, entretanto, que todo ministério é para o serviço à missão e não para um bem pessoal. Requer humildade, abnegação e  doação de si mesmo. Quem assume como privilégio e honra um ministério não entendeu o serviço ao Reino definitivo. Ministério eclesial não é poder, mas capacidade de amar mais ao povo. Este critério serve tanto para os ordenados como a não ordenados. Aplica-se bem a expressão do papa Francisco também aos leigos e leigas: “renunciemos a psicologia de príncipes” ou numa fala aos núncios (representante diplomático permanente da Santa Sé) apostólicos: “quando alguém é eleito ao episcopado deve entender que Deus pousou o olhar sobre ele”, dito aos cristãos leigos e leigas, diria: quando um leigo ou leiga assume um ministério deve estar consciente de que Deus pousou o olhar sobre ele.

Precisamos, portanto, ter aquela sensibilidade mística de Santa Teresa de Calcutá, quando sentiu no seu interior o apelo de Jesus Cristo: Tenho sede. Nosso povo tem sede da Palavra, da comunhão, da organização, da evangelização, de crescer, ser nutrido. Não podemos, por conseguinte, imaginar que somente nós clero teremos as respostas para todos os desafios da Amazônia, pois nós somos o desafio. Precisamos sim de uma Igreja na Amazônia que siga um programa de evangelização e não um quadro doutrinário (EG, 104).

Faz-se urgente duas atitudes que podem gerar ação, segundo Francisco: discernimento e gradualidade. Eu me aproprio disto para a realidade dos ministérios eclesiais, pois, como bem dizia Ulisses Guimarães: “sem coragem, todos os valores sucumbem”, precisamos ter coragem profética para discernir, pois “não devemos ter medo de mudar aquilo que antes foi necessário como norma, mas hoje é anacrônico” (EG, 43); não esperar do magistério todas as orientações e soluções, mas busca-las à luz dos contextos (AL, 200), e o discernir supõe debate, análise a partir da vida, deixar-se guiar pelo ES, decisão e ação (AL, 293). A gradualidade encontramos numa sensível tipologia cristã atual:

– Pastoral ordinária: fieis que conservam a fé nas comunidades e entre eles os jovens (EG, 14): precisam de ministros que formem para a missionariedade (sair);

– Pastoral ocasional: batizados que não vivem em coerência com o batismo recebidos e entre eles os jovens (EG 14): precisam de ministros acolhedores que tenham a capacidade de atrair (ver);

– Pastoral de fronteira: pessoas que ainda não conhecem Jesus Cristo e entre eles os jovens (EG, 14): precisam de ministros que atuem nos “novos areópagos e novas periferias – novas tecnologias (chamar);

– Piedade popular e catequese: é urgente valorizar a piedade popular com os elementos do Evangelho (EG, 122ss), sobretudo como meio de formação continuada dos jovens e adultos: precisamos de ministros que saibam valorizar a PP e evangeliza-la sem perder suas matrizes culturais;

– Metodologia evangelizadora: pregação (EG, 135. 145), escuta (EG, 154), iniciação cristã (EG, 163ss), ação social (EG, 17ss), linguagens juvenis: precisam de ministros que desenvolvam a comunicação direta;

A diversidade de dons

Com esses dois elementos é possível atender aquilo que é de direito do Povo de Deus nos centros urbanos e nos centros rurais, sem esperar, diz Francisco “diretrizes gerais”, mas locais. Abre-se, então, um leque de possíveis ministérios que passo a elencar inspirado em Atos 12,6ss: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”.

– Ministério do aconselhamento pastoral
– Ministério da penitencia e reconciliação ordinária
– Ministério das Exéquias
– Ministério da pregação que alimenta a fé
– Ministério da espiritualidade cristã
– Ministério das culturas juvenis
– Ministério da política
– Ministério da caridade ativa
– Ministério da Piedade Popular
– Ministério da dor e da cura
– Ministério de formador de lideranças
– Ministério de itinerância
– Ministério diaconal com maior liberdade de ação, mais evangelizadores que burocráticos

 

Pe. João da Silva Mendonça Filho, sdb
II Encontro da Igreja na Amazônia
Belém do Pará, 15 a 17 de novembro de 2016