16 de dezembro: 3º Domingo do Advento

ALEGRIA VERDADEIRA

O Senhor nos reúne para celebrarmos o terceiro domingo do Advento, chamado de “domingo da alegria”. A liturgia nos convida a cantar alegres e agradecidos a Deus, porque Jesus vem ao mundo para nos trazer a salvação e renovar nossa esperança num mundo de fraternidade e paz. Nossa coroa do Advento ficará mais bonita e iluminada, pois acenderemos a terceira vela.

LIÇÃO DE VIDA
Nossa alegria em celebrar o Natal se torna maior quando realizamos gestos de solidariedade, amor e fraternidade em favor de nossos irmãos e irmãs.

O terceiro domingo do Advento, conhecido como “domingo da alegria”, convida-nos a nos alegrarmos no Senhor, pois sua vinda se aproxima.

A alegria cristã tem um fundamento: a certeza de que Jesus é a Luz que ilumina os caminhos e as realidades, é o Messias e Profeta que batiza no Espírito Santo para recriar a humanidade segundo o projeto de Deus.

João Batista testemunhou, como ninguém, a vinda dessa Luz. Sua missão inspira cada cristão a viver como testemunha da Luz. Pois é Jesus o início, o fim e o centro, e nossa missão só tem sentido se fundamentada em Jesus e direcionada a ele.

O verdadeiro encontro com Jesus leva a reconhecê-lo como Aquele que vem da parte de Deus na dignidade de Messias. É encontro que leva necessariamente ao encontro dos outros, sobretudo dos pequenos, a quem Jesus veio revelar a Boa-Nova.

O Advento é tempo especial para preparar o caminho do Senhor. Preparamos a sua vinda preparando o nosso coração com a conversão da mente, assumindo hoje os mesmos sentimentos de nosso Senhor. Assim podemos ser, a exemplo de João Batista, voz profética que, transformando o coração, ilumina e transforma as realidades. Pois nosso batismo é no Espírito, que transforma e santifica. E não pode haver maior alegria, para os cristãos, do que encontrar Jesus, encontrando os menores do Reino.

O mundo está cansado de palavras e carente de testemunhos. Evangelizar é testemunhar a alegria de seguir Jesus, é expressar a certeza de que Deus vem caminhar conosco e nos ajuda a espalhar a luz do seu projeto de vida, vencendo as trevas da injustiça e da morte.

Não se trata da alegria consumista e individualista tão em moda, como diz o papa Francisco (exortação Gaudete et Exsultate, n. 128). Com efeito, “o consumismo só atravanca o coração; pode proporcionar prazeres ocasionais e passageiros, mas não alegria”. A alegria cristã é aquela “que se vive em comunhão, que se partilha e comunica” como amor fraterno.

 

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

9 de dezembro: 2º Domingo do Advento

TEMPO DE CRESCER NO AMOR

Esta liturgia nos ajude a viver este tempo de esperança, preparando-nos para acolher Jesus, a salvação de Deus para a humanidade. Por meio da voz de João Batista, o Senhor nos guiará por caminhos de misericórdia, justiça e paz. Simbolizando a progressiva proximidade do Natal, acenderemos hoje a segunda vela da coroa do Advento.

LIÇÃO DE VIDA
Jesus nos acompanha e nos encoraja em nosso esforço de viver a conversão.

Desde pequeninos, ouvimos dizer que devemos crescer na vida. Geralmente o crescer, nesse sentido, tem que ver com sucesso, fama e outros atributos que nos situariam numa espécie de categoria privilegiada. Ocorre que a vida nos pede muito mais que isso. Seria muito triste uma existência baseada tão somente na frieza do status e na superficialidade dos cargos. A vida pede mesmo é afeto.

É claro que o intuito aqui não é desfazer da importância de uma boa carreira profissional e de um trabalho digno. Evidentemente a questão não é essa. Mas seria um desperdício grande gastarmos as energias de nossa curta travessia neste mundo numa espécie de luta para galgarmos o lugar de destaque e, depois, fazemos de tudo para mantê-lo.

A segunda leitura da liturgia de hoje é um bom exemplo para crescermos naquilo que vale a pena. O apóstolo Paulo, quando escreveu à comunidade dos filipenses, encontrava-se preso. A prisão se deu porque Paulo era um homem comprometido com a causa do evangelho, isto é, com a boa notícia. Os poderosos daquele tempo o encarceraram como forma de lhe calar a voz. Paulo estava se tornando uma ameaça aos homens do poder. Foi preso porque o mundo dos que detêm o poder da força odeia quem leva em seu coração o poder do amor. Amor que escolhe o lado dos que são desprezados e humilhados, feridos na carne e na alma.

Paulo, porém, sabia em quem acreditava. Ele tinha os olhos fixos naquele que dá sentido à vida: Jesus, o Filho de Deus que se fez menino. O apóstolo tinha no coração a mesma compaixão que Jesus sentia pelos sofredores do mundo. Embora tivesse capacidade de ocupar os melhores cargos profissionais, porque tinha formação para isso (uma vez que estudara nas mais renomadas escolas de seu tempo), Paulo preferiu fazer uso de sua sabedoria para ajudar os desprezados a encontrar um lugar no mundo.

Este tempo do Advento é momento oportuno para nos deixarmos inundar por bons sentimentos. Assim como Paulo apóstolo se derrama em ação de graças para a comunidade dos filipenses, também nós hoje somos chamados a sentir a alegria da boa notícia, que é Jesus. Ele quer nascer em nossa vida. Embora fosse Deus, fez-se pequeno, fez-se menino. Isso é revolucionário. Isso muda tudo. As grandezas do mundo são passageiras. O amor de verdade é eterno e enche nossos olhos de luz. Quem ama jamais se deixa cegar diante dos desafios do tempo presente. Jesus é o tempo perfeito que transforma nossa vida.

 

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp

Apresentar Deus de forma positiva

Falamos em “amar a Deus sobre todas as coisas”, mas será que nossa apresentação de Deus desperta mesmo esse amor? Quando eu era criança muitas vezes, visitando certos ambientes escolares, via um quadrinho na parede com um olho bem grande e a frase : “Deus está te vendo!” Então eu lembrava que essa frase era dita com frequência quando alguém fazia alguma coisa errada, como uma espécie de advertência sobre um possível castigo. Sentia vontade de perguntar por que não se comunicava que esse Deus está nos vendo especialmente quando fazemos o que Ele gosta, quando mostramos que o amamos fazendo o bem aos irmãos que Ele nos deu.

Apresentamos uma imagem de Deus não apenas quando estamos explicando algo sobre o nosso Pai Criador. Esse “modo de sentir Deus” transparece em todos os aspectos da nossa espiritualidade. Ser catequista é comunicar como é o Deus que anima nossa vida, como nos relacionamos com Ele. Há quem cultive uma imagem de Deus juiz, que nos vigia, achando que assim as pessoas terão medo de fazer o que é errado. Aparece muito aí a expressão “temor a Deus”. Mas temor aí não deveria ser visto como medo, deveria ser respeito e reverência por algo maravilhoso, por uma amor que nunca nos abandona.

Os mandamentos da Lei de Deus não são “decretos em estilo policial” feitos só para punir transgressores. Eles são na verdade uma espécie de “manual do fabricante de gente”, instruções do Criador para que a humanidade funcione melhor, apresentados com o profundo desejo de nos proteger de escolhas que vão nos prejudicar. Uma atividade interessante poderia ser proposta aos catequizandos: vamos imaginar como seria um planeta onde os mandamentos e outras orientações de Deus fossem sempre cumpridos. Poderíamos inventar um nome para esse planeta, que combinasse com o estilo de vida que lá se desenvolve. Poderíamos criar um jornal com as notícias que comunicassem o que aí acontece. E depois poderíamos fazer uma pergunta muito importante: o que vamos fazer para ajudar nossa sociedade a ficar parecida com esse planeta ideal, desejado por Deus?

Uma frase importante do Deuteronômio mostra como Deus deseja que façamos as escolhas certas: Ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois a vida, para que vivas, tu e teus descendentes, amando ao Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele pois ele é tua vida… (Dt 30,19-20). Ou seja: Deus torce por nós, quer nos ver vitoriosos. È verdade que a Bíblia traz ameaças de castigos, mas aí também quem age é um Deus que nos ama e quer nos dar motivos para não nos deixarmos seduzir pelo mal.

Isso aparece bem no livro de Jonas. O profeta é enviado para anunciar tragédias a um povo que se afastou de Deus, mas o povo se converte e as tragédias não acontecem. Jonas não entende e fica resmungando, se sentindo derrotado porque anunciou uma coisa e aconteceu outra. Mas Deus no final deixa claro que a sua intenção era salvar, não condenar, porque todos são seus filhos amados. Como um bom Pai, só anuncia um castigo para proteger seus filhos de um desastre maior.

Isso deve transparecer quando preparamos os catequizando para o sacramento da Confissão. Não se trata de uma humilhação, não somos réus colocados diante de um tribunal rigoroso. Somo filhos pródigos que querem voltar para casa e vão ao encontro de um Pai que quer festejar com alegria nosso arrependimento e nossa vontade de melhorar. Mudei muito meu modo de preparar catequizandos para esse sacramento depois de ter sido eu mesma preparada por um padre que destacou o amor incondicional que Deus tem por nós e que me convidou a ver a confissão como um ato de confiança nessa fonte de graça que sempre nos quer ver melhores e nunca desiste de nós.

Depois disso, lembrando a festa que o pai quis que marcasse a volta do filho pródigo, passamos a comemorar a confissão das crianças com um lanche gostoso e alegre. A garotada se sentiu mais ligada ao amor de Deus e mais confiante para escolher o bem, sabendo que poderia contar sempre com esse amoroso acompanhamento de quem nos criou e nos valoriza.

É bem mais fácil e gratificante aderir a um Deus que só quer o nosso bem. Alguém pode achar que essa confiança no amor de Deus poderia nos deixar irresponsáveis, sem um verdadeiro empenho de conversão. Nossos pecados têm consequências, realmente. Quando fazemos o errado criamos um mundo pior e é nesse mundo que temos que viver. Mas é justamente isso que Deus quer evitar quando nos dá seus mandamentos. E, sabendo o quanto somos amados, teremos mais vontade de merecer esse amor…

Therezinha Mota Lima da Cruz

 

Fonte / Catequese do Brasil / Portal Kairós

2 de dezembro: 1º Domingo do Advento

TEMPO DE ESPERA E ESPERANÇA

Cheios de esperança, iniciamos o Advento, tempo favorável para ajustarmos nossos passos em direção à alegre celebração do Natal do Senhor. A liturgia nos ajude a viver intensamente este tempo, voltando nosso coração para o grande acontecimento do nascimento de Jesus entre nós. Queremos entrar neste novo ano litúrgico vigilantes e firmes na oração, a fim de acolher com fé a salvação de Deus, que vem ao nosso encontro.

LIÇÃO DE VIDA
O propósito de nossa preparação para o Natal é acolher Jesus, que se revela, de forma especial

No evangelho proposto para hoje, Jesus não pretende assustar ninguém. Aliás, em geral ele fala da bondade do Pai, da consolação do Espírito Santo e da vida gloriosa para os que fazem a vontade de Deus. Por outro lado, Jesus conhece a realidade que o envolve. Ele vê e sente que no mundo há maldade, injustiça, opressão dos poderosos sobre os mais fracos, conflitos, guerras entre nações. Percebe também que sua mensagem de amor não é acolhida por todos; que muitos o criticam porque ele tem boa convivência com doentes e pecadores; que os chefes do povo, incluindo os dirigentes das instituições religiosas, querem matá-lo como se fosse um malfeitor perigoso. Essa é uma parte do panorama nos dias terrenos de Jesus.

Por volta do ano 70, o exército romano invade Jerusalém, destrói a cidade e profana o Templo. O cruel massacre se dá no meio de lamentos, correrias, fugas para outros lugares e mortos; muitos mortos. Essa é uma página dolorosa que o povo de Israel escreveu com o próprio sangue. Jesus tinha previsto que assim aconteceria. Outro dado a considerar é o início da Igreja, com violentas perseguições aos cristãos e tribulações de todo tipo. Tempos difíceis para os seguidores de Cristo, mas também hora oportuna para darem testemunho a favor dele.

Em linguagem figurada, Jesus está nos dizendo que o império do mal vai acabar, o bem e a verdade vão triunfar – também com o empenho dos cristãos. Ao mesmo tempo, está apresentando à comunidade cristã a situação desconfortável que é ser cristão no mundo e as consequências inevitáveis para quem é coerente seguidor seu. Por isso, de modo solene, ele diz a seus discípulos de todos os tempos: “Ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima”. E aponta para todos nós um caminho cheio de esperança: “Vigiem, portanto, rezando a todo momento, a fim de terem forças para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficar de pé diante do Filho do homem”. A comunidade precisa estar sempre de prontidão, praticando a justiça do reino de Deus.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp

O que devemos fazer com as correntes de oração?

O que um católico deve fazer com as correntes de oração do WhatsApp?

Há alguns anos, tornou-se comum receber através do WhatsApp algumas “correntes de oração” para que sejam enviadas a todos os contatos em um período de tempo e, assim, receber uma bênção de Deus e evitar “um castigo”.

O que um católico deve fazer quando recebe uma dessas mensagens?

O sacerdote mexicano Sergio Román respondeu a esta inquietude em um artigo publicado pelo Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME).

O que fazer?

“Em primeiro lugar, o que devemos fazer é recordar que Deus não colocou condições na hora de convidar seus discípulos para rezar, por isso, o recomendável é apagar o texto, embora quem nos enviou seja nosso melhor amigo. E não acontece nada? Absolutamente nada! Não se preocupem”, assegurou.

O presbítero disse que se pode “aproveitar esse tipo de correntes como uma recordação para rezar pelas muitas necessidades do mundo”, mas não se pode “deixar de assinalar que intrinsecamente são ruins e não devem ser feitas nem seguidas, porque apresentam uma imagem errada e supersticiosa de Deus”.

Em terceiro lugar, recomendou ter uma legítima devoção a Jesus, a Virgem e aos santos, porque, “dessa maneira, estariam fazendo uma propaganda boa que serviria para instruir outras pessoas e para incentivá-las a compartilhar sua devoção”.

Razões pelas quais as correntes não são recomendáveis

01 – Causam desconforto

Embora essas correntes sejam feitar por “pessoas de boa fé que pensam que desse modo ajudarão a fomentar a devoção a algum santo”, Pe. Román assegura que “a única coisa que fazem é causar desconforto aos seus contatos sobretudo àqueles que, por falta de conhecimento, se deixam escravizar pelas correntes”.

02 – Fomentam superstições

Fomentam a superstição ao fazer acreditar que as graças divinas dependem da repetição sem sentido de uma ação que não tem nenhuma importância, indica o presbítero.

03 – Assemelha-se à magia ou bruxaria

“As correntes fazem fronteira com magia ou bruxaria, o que atribui às coisas o poder que só Deus tem e que considera que existem fórmulas infalíveis para forçar Deus a fazer os nossos caprichos”, concluiu Pe. Román.

Síndrome nas redes sociais e por que ninguém faz nada?

 

ACI / Portal Kairós