Família Franciscana celebra Jubileu de Ouro em Aparecida

O Capítulo Nacional das Esteiras vai reunir Franciscanos e Franciscanas de todo o Brasil para, juntos, celebrar os 800 anos do perdão de Assis, os 50 anos da Conferência da Família Franciscana do Brasil e os 300 anos do encontro da imagem de Aparecida

No clima do Ano Mariano, a Conferência da Família Franciscana do Brasil celebra o seu Jubileu de Ouro no Capítulo das Esteiras, de 3 a 6 de agosto, em Aparecida.

O grande evento vai reunir os religiosos da Primeira Ordem (Frades Menores, Frades Menores Capuchinhos, Frades Menores Conventuais), da Segunda Ordem (Irmãs Clarissas), da Ordem Franciscana Secular (leigos), da Juventude Franciscana (leigos), da Terceira Ordem Regular (TOR), das Congregações e Movimento simpatizantes de Francisco e Clara de Assis. Dom Orlando Brandes preside a Eucaristia no primeiro dia; Dom Elias Manning celebra no segundo; e Dom Cláudio Hummes preside a Santa Missa no sábado.

Capítulo das Esteiras

“Neste Capítulo das Esteiras, a Família Franciscana do Brasil retoma algo peculiar na espiritualidade franciscana que é o encontro de irmãos e irmãs, celebrando o Deus da vida”, explica Frei Éderson Queiroz, presidente da Conferência da Família Franciscana do Brasil (CFFB), referindo-se aos primórdios da Ordem Franciscana quando os frades se reuniam em capítulo e, porque eram muitos e não havia hospedagem para todos, tinham que pernoitar nas esteiras.

“Ali era o encontro de voltar às fontes, ao espírito das origens. E daquele capítulo, eles partiam renovados, fortalecidos e com um grande desejo de irradiar no mundo a experiência da fraternidade vivenciada na escuta do Evangelho na Porciúncula, junto a Santa Maria dos Anjos”, acrescenta Frei Éderson.

Para este Capítulo, foi escolhido o tema “Levar ao mundo a misericórdia de Deus” e o lema: “É preciso voltar a Assis!”. “Com a Igreja, a sociedade, com as famílias profundamente machucadas, divididas por guerras em nome de Deus, é preciso beber na fonte de Assis. Ali, na Porciúncula, Francisco teve uma profunda intuição: levar todos ao paraíso. Francisco queria criar paraísos na vida das pessoas, nas relações entre as pessoas, entre as religiões. Ele queria criar paraísos que pudessem ser experiências de fraternidade, de respeito e de alteridade”, esclarece o presidente da CFFB.

O encontro

O Capítulo tem início na quinta-feira à tarde, no Centro de Eventos de Aparecida, e deverá reunir mais de mil participantes. Frei Vitório Mazzuco (OFM) abre a programação de palestras, abordando o tema e o lema do evento. Já na sexta-feira, Frei Carlos Susin (OFMCap) refletirá sobre “A Misericórdia na perspectiva franciscana”, ficando para sábado as reflexões sobre a Encíclica Laudato Si’, conduzidas por Frei Rodrigo Peret (OFM), Moema Miranda (OFS) e Igor Bastos (Jufra). Além das palestras, as oficinas abordarão os temas: Artes, Espiritualidade, Ecologia Integral, Juventudes, Família e Periferias Existenciais. O Capítulo termina no domingo com a Celebração Eucarística às 10h30.

50 anos da Família Franciscana

Seguindo o exemplo da Família Franciscana de alguns países europeus, os franciscanos da América Latina procuraram meios de colocar em prática a “volta às fontes” solicitada pelo Concílio Vaticano II. Deste modo, nasceu, em 1965, o Cefepal (Centro de Estudos Franciscanos e Pastorais para a América Latina) no Chile. Em 1966, surgia também no Brasil o Cefepal em Petrópolis (RJ) que foi pensado para ser um movimento franciscano que unisse, em espírito de fraternidade, todos os franciscanos e franciscanas do Brasil, para promover a reflexão sobre o carisma e a missão franciscanas e para dar uma resposta aos desafios da Igreja latino-americana. A Assembleia Geral de outubro de 1994 cuidou não apenas de repensar a nomenclatura, mas de tornar a estrutura mais ágil e simples. Deste modo, a FFB (Família Franciscana do Brasil) sucede ao Cefepal, significando o conjunto de todas as entidades associadas e os mais diversos serviços na linha da espiritualidade francisclariana. Em 2015, a FFB, reunida em Assembleia, atualizou seu Estatuto com o objetivo de acrescentar à sua denominação a palavra Conferência, assumindo status de uma representatividade em nível nacional.

 

(Equipe de Comunicação do Capítulo das Esteiras)
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Itinerário de formação cristã como fruto do Concílio

No nosso Espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar neste artigo os “Carismas que brotaram com a renovação do Concílio Vaticano II”.

“A tríplice ação da Igreja, isto é, martyria, leiturgia e diakonia, não é, portanto, mera atividade humana, em grau somente de indicar um Deus distante, mas antes expressão da cooperação entre Deus os homens, a fim de que Deus possa agir por nosso intermédio”. Com estas palavras do Cardeal Gerhard Müller recordamos no artigo passado um dos movimentos que nasceram no seio da Igreja como fruto do Concílio Vaticano II.

Neste artigo, Padre Gerson Schmidt nos traz a reflexão “Caminho neocatecumenal como fruto do Concílio Vaticano II”:

“O Cardeal Gerhard Müller, em novembro do ano passado, fez bela declaração a favor dos carismas na Igreja, particularmente do Caminho Neocatecumenal, como um fruto laical também do Concilio Vaticano II. Disse assim o Cardeal, na ocasião:

“A distinção entre dons hierárquicos e dons carismáticos não corresponde à distinção entre clérigos e leigos, enquanto o ser cristão de todos os membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja, tem um fundamento sacramental. Pelo Batismo e a Crisma somos inseridos no mistério da santa Igreja; pelos sacramentos da Penitência e da Eucaristia a vida em Cristo vem purificada e nutrida, enquanto no matrimônio os cônjuges são fortificados com a graça de Cristo.

Todos participam completamente da vida santa e da ação santificante da Igreja, e a todas as principais atividades da missa, da solicitude pela salvação de todos e da caridade. É aquilo que nós chamamos apostolado dos leigos, que é o exercício do sacerdócio comum, real e profético do povo de Deus, mas também a vocação de todos os cristãos à santidade.

O sacerdócio sacramental dos pastores da Igreja não se coloca em contraposição à participação de todos os batizados na missão da Igreja pela força de Cristo, mestre, sacerdote e rei da Nova Aliança, mas está indissoluvelmente ligada a ela. Isso vem exercitado nos graus hierárquicos do episcopado e do presbiterado, assistidos pelos diáconos.

Todos os fiéis e os seus pastores, por sua vez, estão confiados ao cuidado pastoral universal do sucessor de Pedro: o Papa, bispo de Roma. A todos os fiéis e pastores são concedidos, além do mandato sacramental para o ensinamento e a guia da Igreja, também os dons do Espírito Santo.

Todo presbítero, por exemplo, tem o poder de conferir aos doentes graves ou aos moribundos o sacramento da unção dos enfermos. Pode haver casos, porém, nos quais o bispo escolha confiar a missão de capelão hospitalar a uma outra pessoa que se demonstre particularmente sensível no relacionar-se com as pessoas doentes.

Ou, para dar ainda outro exemplo: tendo claro que os leigos não podem exercer o autêntico magistério do Papa, dos bispos e dos sacerdotes ordenados, que vem conferido somente por meio do sacramento da ordenação, nada impede, pelo contrário, que um fiel receba, do Espírito Santo, o carisma do ensinamento.” – vemos aqui a importância que o Cardeal dá aos carismas vindo dos leigos.

O Cardeal declarou mais, lembrando a Lumen Gentium, número 12: dizendo que “o Espírito Santo doa carismas desde aqueles mais simples aos “mais extraordinários” – como aqueles dos fundadores das ordens, famílias ou movimentos religiosos, os quais “devem ser recebidos com agradecimento e consolo, porque são muito adequados e úteis às necessidades da Igreja” (LG 12). Por isso, para que a Igreja não se veja fragmentada nos seus vários ofícios, ministérios e carismas, mas recomposta na sua variedade para formar e edificar a unidade em Cristo, sobre a unidade de todo o povo de Deus, expressa na variedade das vocações e dos carismas, estão vigilantes, pela Igreja universal, o magistério eclesial confiado ao Papa, e, pelas igrejas locais, o magistério dos bispos. “O juízo sobre a genuinidade dos carismas e sobre o seu uso ordenado pertence àqueles que detêm a autoridade na Igreja; a esses corresponde sobretudo não extinguir o Espírito, mas examinar tudo e ficar com aquilo que é bom (cfr. 1 Ts 5,12 e 19-21)» (LG 12).

Feita essa longa introdução, o Cardeal declara o seguinte a respeito do carisma do Caminho Neocatecumenal: No exercício do mandato dado a eles por Cristo, os papas analisaram, acompanharam e promoveram o Caminho Neocatecumenal em várias etapas. Foi o Papa Bento XVI que, em 11 de maio de 2008, deu aos seus estatutos a aprovação canônica, reconhecendo, deste modo, também o carisma dos iniciadores como ação do Espírito Santo voltada para a edificação espiritual e pastoral da Igreja e aprovando este caminho de evangelização do mundo e de nova evangelização para os católicos batizados. (…) E, uma vez que este não se trata do catecumenato de adultos antes de seu batismo, mas do despertar, sustentar e fortalecer a fé de acordo com o modelo do catecumenato pré-batismal, ele é definido sinteticamente como “Neocatecumenato”.

Não se deve – e não se quer – substituir o ensinamento oficial da fé nas paróquias e nas escolas. Trata-se de fazer a experiência pessoal de uma vida com o Deus Trinitário santo e santificante, para compartilhar com um grupo de companheiros de viajem; de realizar um itinerário mistagógico e catequético que torna capaz de seguir o Senhor crucificado e ressuscitado, conformando-nos e unindo-nos a Ele no amor. Palavra de Deus, liturgia e comunidade são os três elementos fundamentais do Caminho Neocatecumenal”.

 

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Papa recebe Borussia Mönchengladbach: um time que favorece às famílias

Borussia Mönchengladbach

Continuem comprometidos como “atletas do bem e da paz”, de que o mundo atual tanto precisa. Foi o convite do Papa Francisco ao time de futebol alemão Borussia Mönchengladbach, cuja equipe foi recebida na manhã desta quarta-feira (02/08) pelo Santo Padre na dependência adjacente à Sala Paulo VI, no Vaticano, pouco antes da audiência geral.

Francisco expressou sua gratidão pela relação de amizade existente entre o clube de futebol alemão (jogadores e dirigentes) e a associação esportiva de funcionários vaticanos nos últimos anos com a realização de vários partidas disputadas em Mönchengladbach e em Roma.

O Santo Padre enfatizou o fato de a sociedade futebolística distinguir-se por ser sempre um time “à medida do homem”, por assim dizer, e um time que favorece à família.

“É bonito ver que as famílias lotam o Borussia Park e como os vários programas e iniciativas esportivas e educacionais são realizados para promover os jovens, de modo particular os menos favorecidos”, concluiu o Pontífice confiando todos eles, suas famílias e entes queridos ao Senhor.

Sobre o Time

Borussia Verein für Leibesübungen 1900 Mönchengladbach e. V. é uma agremiação alemã, fundada a 1º de agosto de 1900, sediada em Mönchengladbach.

A equipe joga na primeira divisão do campeonato alemão (Fußball-Bundesliga) e possui cerca de 50.000 sócios, sendo o sexto maior clube da Alemanha. A mascote oficial do clube é o potro Jünter.

O precursor do clube foi uma associação de jovens conhecida como Fussball Club Germania München-Gladbach, do distrito de Eicken, organizada em 1899. O FC Borussia M. Gladbach foi formalmente criado em 1900 e passou a jogar no Rheinisch-Westfälischer Spielverband.
Torcida no Bokelbergstadion em 1921

O novo clube fez um progresso constante, galgando divisões do campeonato. Em 1912, chegou à final da Verbandsliga Westdeutsche, perdendo por 4 a 2 para o BC Kölner.
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Exemplo de São Francisco interpela consciências e comunidades

“O exemplo do pobrezinho de Assis ainda hoje interpela nossas consciências e nossas comunidades e nos atrai ao Senhor.” Foi o que disse o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, presidindo na manhã desta quarta-feira (02/17) na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis – região italiana da Úmbria –, a celebração eucarística por ocasião da Festa do perdão com a qual concluiu o Ano jubilar pelo VIII centenário do Perdão de Assis.

Bem feito pelos santos chega até nós

Levando a cordial saudação e bênção apostólica do Papa Francisco, o purpurado observou que é verdadeiramente motivo grande alegria “constatar que o bem feito pelos santos se dilata no espaço e no tempo e chega até nós”.

Referindo-se a São Francisco, o secretário de Estado ressaltou que “o ardor com o qual ele amou o Senhor tornou-se compaixão e caridade para com o próximo. Transformou-se em súplica a Deus a fim de que derrame abundantemente a sua misericórdia sobre o seu povo”.

Igreja: favorecer encontro entre Deus e seres humanos

Essa “é a missão fundamental da Igreja”, que é a de “favorecer o encontro entre Deus e os seres humanos, de construir pontos sólidos entre o céu e a terra, de mostrar um caminho de salvação oferecido a todos e não reservado a pequenos grupos de doutos e sapientes”, prosseguiu.

“Um caminho acessível aos pobres e aos últimos. Um caminho amplo e livre de obstáculos que conduz à salvação, embora mediante uma porta estreita como a da Porciúncula”, acrescentou.

Deus se revela fazendo-se “pequeno e frágil”

Segundo o Cardeal Parolin, “na Porciúncula, como na gruta de Belém e na santa casa de Nazaré, a infinita misericórdia divina se manifesta num espaço delimitado. Deus se revela e ao mesmo tempo parece velar-se, coloca-se ao nosso lado, quer-nos levar todos ao Paraíso, mas utiliza canais de humildade escolhendo lugares periféricos e sinais delicados”, fazendo-se “pequeno e frágil”.

 

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Superior dos Frades Menores: mundo tem fome e sede de paz e reconciliação

“O mundo tem fome e sede de paz e reconciliação”: disse na manhã desta quarta-feira (02/17) o ministro geral da Ordem dos Frades Menores, Pe. Michael Perry, no início da celebração eucarística pela Festa do Perdão, presidida na Basílica de Santa Maria dos Anjos pelo secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin.

Nesta ocasião concluiu-se também o Ano jubilar pelo VIII centenário do Perdão de Assis. A Eucaristia foi concelebrada pelo arcebispo de Perugia e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Gualtiero Bassetti, pelo bispo de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, Dom Domenico Sorrentino, pelo secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom José Rodríguez Carballo, e pelos bispos da Úmbria e dezenas de sacerdotes.

Peregrinos da misericórdia chegam ao santuário para experimentar o perdão de Deus

O ministro geral dos Frades Menores agradeceu ao Cardeal Parolin por ter “aceito vir acompanhar os peregrinos da misericórdia que com fé e esperança chegam ao santuário para experimentar o perdão de Deus”.

Em seguida, Pe. Perry agradeceu a “todos os frades da província seráfica e aos outros frades que com dedicação trabalharam e trabalham para ser os dispensadores da multiforme graça de Deus”.

Levar o dom do perdão e da reconciliação ao ambiente de trabalho

“Também a todas as autoridades civis faço votos de que possam acolher o dom do perdão e da reconciliação para poder levá-lo aos cenários onde o trabalho de vocês se realiza”, concluiu o superior franciscano desejando que “o Senhor conceda aos peregrinos e missionários da misericórdia todas as bênçãos que esta festa traz consigo”.

 

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