Pintora doa um quadro ao Papa por sua visita à Armênia

A pintora armênia Marietta Armena presenteou um quadro ao Papa Francisco, nesta quarta-feira (21/06), por ocasião do primeiro aniversário de sua viagem apostólica à Armênia de 24 a 26 de junho do ano passado.

A pintora participou da Audiência Geral e no final da catequese semanal entregou ao Santo Padre o quadro pintando por ela que representa o Papa Francisco com uma pomba na mão esquerda, símbolo da paz, que está prestes a voar, e com a outra mão abençoa e convida a humanidade a seguir suas pegadas e se unir na missão em favor da paz. No fundo, o Monte bíblico Ararat, símbolo dos armênios, onde segundo a tradição a Arca de Noé se encalhou, depois do dilúvio.

“Com este pequeno presente, quis agradecer ao Papa Francisco por sua amizade com o povo armênio. Em particular, pela missa celebrada, no Vaticano, em abril de 2015, em homenagem aos mártires armênios do Genocídio, e por sua visita à nossa terra em junho de 2016”, disse a artista armênia, explicando que com aquela pintura quis representar o Papa como peregrino da paz na terra onde a vida recomeçou após o dilúvio.

Com esta mensagem de paz e liberdade, o Papa quis marcar sua viagem apostólica à Armênia, fazendo uma etapa no Mosteiro de ‘Khor Virap’, próximo ao Monte Ararat, onde concluiu sua visita à primeira nação cristã.

 

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Coordenadoras continentais de Talitha Kum reunidas em Roma

Está em andamento em Roma, de 19 a 23 de junho, o encontro de coordenação continental da Rede Talitha Kum, que atua contra o tráfico de pessoas em todo o mundo.

Na sede da União Internacional das Superioras Gerais, estão reunidas sete religiosas que coordenam as atividades em nível continental provenientes de Nigéria, Filipinas, El Salvador, Austrália, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos.

​Oriundas dos cinco continentes, as religiosas têm uma experiência plurianual no âmbito da prevenção, do acolhimento e do apoio às vítimas do tráfico. Esta semana em Roma, elas vão traçar estratégias comuns, coordenadas pela Ir. Gabriella Bottani, freira comboniana com experiência no Brasil. As religiosas vão se encontrar com representantes de outras organizações que atuam no âmbito para iniciar e reforçar colaborações.

A Rede

Talitha Kum é a Rede Internacional da Vida Consagrada contra o tráfico de pessoas. Favorece a colaboração e o intercâmbio de informações em 70 países. A Rede nasceu em 2009 a partir do desejo de coordenar e reforçar as atividades contra o tráfico promovidas pelas consagradas nos cinco continentes. No Brasil, as religiosas estão reunidas na Rede “Um Grito pela Vida”.

 

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Papa: indicar caminho para um futuro melhor de nossas sociedades

Antes da Audiência Geral desta quarta-feira (21/06), o Papa Francisco recebeu, na saleta dentro da Sala Paulo VI, no Vaticano, uma delegação estadunidense da Liga Nacional de Futebol.

“Assim como vocês, eu também sou apaixonado por futebol, mas em meu país se joga de forma muito diferente”, sublinhou o Pontífice em seu discurso.

“O mundo em que vivemos e especialmente os jovens precisam de modelos, de pessoas que nos mostrem como fazer emergir o melhor de nós mesmos a fim de frutificar os dons e os talentos doados por Deus, e ao fazer isso, indicar o caminho para um futuro melhor de nossas sociedades”, disse o Papa.

“O trabalho em equipe, o jogo leal e o procurar o melhor são valores, também no sentido religioso do termo, que guiam o nosso compromisso no jogo. Todavia, há grande necessidade desses valores também fora de campo, em todas as dimensões da vida comunitária.”

“São valores que ajudam a construir uma cultura do encontro, na qual prevenimos e socorremos as necessidades de nossos irmãos e irmãs, e combatemos o individualismo exagerado, a indiferença e a injustiça que nos impedem de viver como uma só família humana. Quanto o mundo precisa dessa cultura do encontro!”

O Papa concluiu seu discurso, desejando que esta visita a Roma da Liga Nacional de Futebol estadunidense, possa aumentar a sua gratidão pelos dons recebidos e inspirar a partilha generosa em prol da construção de um mundo mais fraterno.

 

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Indonésia: gesto de tolerância e respeito entre cristãos e muçumanos

A cooperação inter-religiosa entre cristãos e muçulmanos é percebida e apreciada sobretudo por ocasião das respectivas festas religiosas, que se tornam um momento especial para expressar proximidade e participação solidária.

Com este espírito, a Catedral de Jacarta, dedicada a Santa Maria da Assunção, decidiu colocar à disposição dos fiéis muçulmanos os espaços adjacentes ao templo, visto que em 25 de junho se celebra a festa do Id al Fitr, que conclui o mês santo islâmico do Ramadã.

De fato, a Grande Mesquita Istiqlal, em Jacarta, onde se reunirão milhares de pessoas, localiza-se na frente da Catedral católica.

E os fiéis muçulmanos que desejarem ir à mesquita para a oração da manhã, poderão estacionar suas motos ou automóveis no complexo da Catedral.

Gesto de cordialidade e respeito se repete há 30 anos

Este gesto de cordialidade recíproca acontece há 30 anos. A mesquita oferece a mesma possibilidade aos fiéis cristãos por ocasião do Natal, da Semana Santa ou de outros grandes eventos que se realizam na Catedral.

Diante do evento, que envolverá grande parte da população muçulmana da capital, o Conselho Pastoral da Catedral também decidiu alterar – somente para o domingo 25 de junho – os horários das Santas Missas (serão 4 celebradas naquele domingo), cancelando a primeira celebração da manhã, horário em que se prevê a presença maciça de fiéis muçulmanos.

É possível que decisão crie – se admite – alguma dificuldade para os fiéis que costumam frequentar a missa às 6 horas.

Adriana Yeanne Kawuwung, paroquiana da Catedral de Jacarta, declarou à Agência Fides, que “aquele horário é para nós o momento preferido para encontrar e falar com o Senhor, porque a Catedral não está tão cheia de fiéis e não faz muito calor”.

Sinal tangível de harmonia religiosa, de amizade e de tolerância

“Mas – acrescenta – em sinal de respeito e apoio aos nossos irmãos muçulmanos que usarão o estacionamento, poderemos escolher outro horário ou mesmo outra igreja. É importante na Indonésia dar um exemplo e um sinal tangível de harmonia religiosa, de amizade e de tolerância em um tempo em que se observa na sociedade uma crescente intolerância”.

 

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Atualização do Mistério Pascal em cada Liturgia – Parte I

No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar no programa de hoje sobre a renovação litúrgica trazida pela Constituição dogmática Sacrosanctum Concilium.

No programa passado, vimos como a liturgia é a celebração por excelência do Mistério Pascal de Cristo agora realizado em nossas vidas, em nossa história concreta, na atualidade da vida concreta dos que ali celebram a salvação.

De fato, a Constituição dogmática Sacrosanctum Concilium – promulgada pelo Papa Paulo VI em 4 de dezembro de 1963 – afirma que Jesus instituiu o sacrifício da Santa Missa, a fim de perpetuar nos séculos, até a sua volta, o sacrifício da cruz. Assim, a obra de salvação continuada pela Igreja realiza-se na liturgia.

No programa de hoje, Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso dos documentos conciliares, no traz a primeira parte da reflexão “Atualização do mistério pascal em cada liturgia”:

“Padre Pedro Mosén Farnés, falecido em 24 de março deste ano, em Barcelona, foi um dos grandes liturgistas e expoentes do Concílio Vaticano II para trazer a renovação litúrgica, que é proposta na Sacrosanctum Concilium – a constituição dogmática pilar de toda a valorização e renovação dos sacramentos e, no centro disso, a Pascoa, a vigília Pascal por excelência e a Eucaristia, como Mistério Pascal.

O esplendor da Liturgia centrou-se nesse foco – o Mistério Pascal. Aqui não se trata de que na liturgia Cristo estivesse simplesmente presente para me ajudar, mas que nela está a Ressurreição de Cristo, que te convida a entrar na morte com Ele, para com Ele ressuscitar. Se não entro nesse dinâmica renovadora da liturgia, os sacramentos serão ritos exteriores e eu serei um mero expectador, da mesma forma como vou a um cinema assistir um filme que pode até me envolver emocionalmente, mas serem apenas sou um assistente, um mero expectador de um fato alheio a minha vida e história.

A Constituição Dogmática Lumen Gentium, no número 03, diz com clareza essa atualização da liturgia em nossa história e vida pessoal e comunitária: “todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício da cruz, pela qual Cristo, nossa páscoa, foi imolado, atualiza-se a obra da nossa redenção”(LG 03). (É convenienterepetir aqui esse texto para o ouvinte).

Três comentários palavras aqui queremos comentar desse texto da Lumen Gentium. Primeiro: A palavra sacrifício, para ser referendada à Santa Missa, deve aqui ser bem entendida. Na religião pagã, a palavra é traduzida por “sacrumfacere”, ou seja, fazer o sagrado. A missa, sabemos não é apenas sacrifício, mas também banquete, festa, uma celebração que é memorial pascal, refeição alegre, festiva e atual da Páscoa de Jesus Cristo. Assim, a Eucaristia seria muito mais um “sacrificiumlaudis”, um louvor e uma rica ação de graças pela vitória de Cristo sobre a morte. O sacrifício da cruz tem razão de ser em vista da Ressurreição, da festiva passagem (Pessach) da morte para a vida. O caráter sacrifical da missa, demasiadamente penitencial, foi acentuado por uma época na Igreja.

Quando é usado o termo na liturgia, usado também pelo Papa João XXIII, não é em sentido absoluto, mas como um dos aspectos do Mistério de Cristo, em sua oferta na cruz como sacrifício único e total. São Cipriano afirma: “e uma vez que, em todos os sacrifícios, nós fazemos a memória da paixão de Cristo – é de fato a paixão de Cristo que nós oferecemos – nós não podemos fazer diferente do que Ele fez” (Carta, 63,17). Por isso, a Eucaristia não é um sacrifício do fiel a Deus, mas de Deus ao fiel. Precisamos tirar a ideia pagã do sacrifício que aplacaria a ira de Deus, como os antigos holocaustos e sacrifícios judaicos. O grande sacrifício na eucaristia não somos nós que fazemos. É claro que oferecemos nosso coração, nossa vida. Mas o único e grande sacrifício que acontece na liturgia é a que Jesus Cristo fez uma vez por todas, até a morte, no altar da cruz”.

 

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