01 de novembro – Solenidade de Todos os Santos e Santas 2020

Solenidade de Todos os Santos e Santas 2020

Os santos e santas que hoje celebramos estão diante de Deus, contemplando sua glória e participando da alegria que nunca se acaba. Neste mundo viveram a santidade no caminho das bem-aventuranças, buscando o Senhor na doação da vida aos irmãos e irmãs, especialmente aos pobres e desvalidos. Alegremo-nos, nesta Eucaristia, por tão grandes intercessores e encontremos neles exemplos para nossa caminhada cristã.

Encontramos a verdadeira felicidade quando amamos e servimos a Deus na pessoa dos nossos irmãos e irmãs.

01 de novembro - Solenidade de Todos os Santos e Santas 2020

SANTIDADE NO MUNDO DE HOJE

Falar de santidade no mundo de hoje pode soar estranho e inadequado. Mas o que ela é? O Evangelho da solenidade de Todos os Santos e Santas nos apresenta um caminho perene de santidade: as bem-aventuranças. Elas são o programa assumido pelo próprio Mestre. Não raro as bem-aventuranças foram vistas como um convite à passividade e uma forma de acomodar os pobres e os sofredores. Longe disso, elas convidam as pessoas a superar as próprias limitações e deficiências, como o mostram claramente as ações e os gestos de Jesus. As bem-aventuranças são uma contestação de uma sociedade injusta, violenta e consumista.

Felizes (santos) são os pobres, aqueles que põem sua confiança em Deus e não se deixam manipular pelas ideologias adversas ao projeto de Jesus. Não se deixam levar pela propaganda mercadológica do consumismo. Rejeitam as idolatrias que substituem os valores do Evangelho.

Santa é a vida, e santos são todos os que procuram valorizá-la, defendê-la e potencializá-la. São felizes (santos) todos aqueles que têm fome e sede de justiça, os que são perseguidos por causa do empenho em favor da justiça para os injustiçados. Muitos mártires continuam a morrer em defesa da vida dos empobrecidos e explorados.

A motivação primeira para a busca e a vivência da santidade é o próprio Deus, porque ele é o Santo por excelência. Fomos criados à sua imagem e semelhança. A santidade de Deus convida todos os seres humanos a serem santos. Ao nos criar, ele colocou em nosso coração o desejo de santidade. Portanto, esta não é ideia ultrapassada, própria de séculos remotos, mas é dom presente no coração de cada pessoa. A santidade consiste em revelar o divino existente em cada ser humano.

Felizes são as comunidades cristãs moldadas pelo espírito das bem-aventuranças. Uma comunidade tem sua credibilidade quando procura traçar seu rumo segundo os caminhos propostos pelo Mestre. Assim terá condições de mostrar o rosto de Jesus às pessoas do mundo de hoje.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Quando começa o Advento de 2020?

Ano B: de domingo, 29 de novembro até quinta-feira, 24 de dezembro

Advento de 2020
Quando começa e quando termina o Ano Litúrgico?

O Ano Litúrgico não segue o calendário civil. Começa antes e, portanto, termina antes. Sendo celebração da vida de nosso Senhor ao longo de um ano, é lógico começar pela preparação ao seu nascimento. Por isso, o primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico. E, consequentemente, a última semana do Tempo Comum é também a última semana do Ano Litúrgico.

No 34º domingo do Tempo Comum celebra-se, todos os anos, a solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. É a coroa do Ano Litúrgico, que parte da encarnação e termina na glorificação.

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Leituras de Domingo: 30° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).

O amor a Deus e ao próximo é o centro da vida cristã. O Senhor, nossa força e salvação, nos une para celebrar a Eucaristia, expressão do seu amor misericordioso para com todos. Dispostos a viver a missão como identidade permanente de nossa comunidade de fé, celebremos em comunhão com os jovens neste dia nacional da juventude.

Primeira Leitura: Êxodo 22,20-26

Leitura do livro do Êxodo – Assim diz o Senhor: 20Não oprimas nem maltrates o estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito. 21Não façais mal algum à viúva nem ao órfão. 22Se os maltratardes, gritarão por mim e eu ouvirei o seu clamor. 23Minha cólera, então, se inflamará e eu vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas, e órfãos os vossos filhos. 24Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a um pobre que vive ao teu lado, não sejas um usurário, dele cobrando juros. 25Se tomares como penhor o manto do teu próximo, deverás devolvê-lo antes do pôr do sol. 26Pois é a única veste que tem para o seu corpo, e coberta que ele tem para dormir. Se clamar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 17(18)

Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

1. Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, / minha rocha, meu refúgio e salvador! / Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, / minha força e poderosa salvação. – R.

2. Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, / sois meu escudo e proteção: em vós espero! / Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! / E dos meus perseguidores serei salvo! – R.

3. Viva o Senhor! Bendito seja o meu rochedo! / E louvado seja Deus, meu salvador! / Concedeis ao vosso rei grandes vitórias / e mostrais misericórdia ao vosso ungido. – R.

Segunda Leitura: 1 Tessalonicenses 1,5-10

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses – Irmãos, 5sabeis de que maneira procedemos entre vós, para o vosso bem. 6E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar de tantas tribulações. 7Assim vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia. 8Com efeito, a partir de vós, a Palavra do Senhor não se divulgou apenas na Macedônia e na Acaia, mas a vossa fé em Deus propagou-se por toda parte. Assim, nós já nem precisamos de falar, 9pois as pessoas mesmas contam como vós nos acolhestes e como vos convertestes, abandonando os falsos deuses para servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10esperando dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos: Jesus, que nos livra do castigo que está por vir. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 22,34-40

Aleluia, aleluia, aleluia.

Se alguém me ama, guardará a minha palavra, / e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37Jesus respondeu: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Não sabemos o motivo de uma pergunta tão elementar como esta feita pelos fariseus a Jesus: “Qual o maior mandamento?”. Qualquer adolescente que estivesse frequentando a escola conhecia o primeiro mandamento, inscrito no livro do Deuteronômio (6,4-5). É o famoso “escuta, Israel”, que os judeus repetem diariamente. Portanto, a pergunta não foi nada difícil para Jesus. A novidade na sua resposta foi ter unido um segundo mandamento ao primeiro. Tudo se resume nisto: amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Era muito comum entre os rabinos a discussão em torno de algum assunto, com o objetivo de testar a sabedoria de um e de outro. Portanto, a proposta de Jesus parece ser clara: a forma melhor e mais concreta de amar a Deus é amar o próximo. O primeiro amor passa pelo segundo. O Mestre resgata um mandamento talvez meio esquecido: o amor ao próximo (cf. Lv 19,18). Esses mandamentos são a base e o centro de toda a Escritura.

Oração

Ó Jesus, Mestre da paciência, embora a pergunta venha com certa dose de provocação, tu esclareces e defines quais são os principais mandamentos da Lei. Na verdade, eles se resumem em amar a Deus acima de tudo e amar o próximo como a si mesmo. Dá-nos, Senhor, a força para praticá-los. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Êx 22,20-26; SI 17; lTsl,5c-10; Mt 22,34-40

30° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

O amor sintetiza todas as virtudes

A liturgia da palavra continua a nos chamar atenção para o testemunho da fé no emaranhado da história. Na primeira leitura, Deus se pronuncia em favor dos mais fracos e excluídos da sociedade da época: a viúva, o órfão e o estrangeiro. O Senhor não apenas liberta o povo, mas caminha com ele para evitar que a opressão e a injustiça, sofridas sob o domínio do faraó, possam se repetir ao caminhar para a terra prometida e quando nela se instalar. É o amor divino a manifestar toda sua força em forma de misericórdia: “Se ele me invocar, escutá-lo-ei, porque sou misericordioso”.

Continuamos a ler a experiência da comunidade dos Tessalonicenses, que vive a fé anunciada por Paulo em meio a tribulações, mas o amor é a força maior a conduzi-los. A força atrativa da comunidade está na vivência testemunhal do amor. Ainda que a fé seja colocada em primeiro plano, sabemos que, na pena do Apóstolo, o amor sintetiza todas as virtudes. Sem ela, nem a fé, nem a esperança se sustentam.

O maior de todos os mandamentos

O evangelho nos mostra novamente Jesus sendo interpelado sobre qual dos mandamentos seria o maior. Jesus não hesita em colocar o amor a Deus e ao próximo como base para a vivência humana em Deus. Com essa afirmação, Jesus enfatiza que os mandamentos divinos não podem ser entendidos como um código de leis fora de nós, ao qual temos de nos submeter cegamente. O amor é uma dimensão profundamente antropológica, pois podemos amar e sermos amados. Aí Deus se faz presente e dignifica o ser humano, aprimorando sua capacidade não só de amar e ser amado, mas, sobretudo, de acolher o Supremo Amor.

Nesse sentido, Jesus enfatiza que a vivência do amor nos torna plenamente humanos, já que nossas relações são restauradas e elevadas pela prática do amor. Agindo assim, nossa fé sai do plano puramente intimista e se abre para um olhar mais abrangente, provocando em nós a prática da acolhida, do cuidado e da misericórdia.

Neste fim de mês missionário, peçamos ao Senhor o dom do amor em nossa obra evangelizadora. Não são raras as vezes em que nos preocupamos mais com discursos do que com ações; mais com estruturas do que com atitudes. Reafirmamos nosso desejo de sermos discípulos-missionários que fermentam a história com o fermento bom do amor, que faz crescer a fraternidade e nossa caminhada rumo à Pátria definitiva.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Hino de Louvor: imediatamente antes do Hino, fazer memória das ações missionárias da comunidade. Podem-se apresentar alguns símbolos de tais ações.
– Entrada da Palavra: na celebração noturna, pode-se fazer uma dinâmica de introduzir a Bíblia com as luzes apagadas. Três pessoas, uma de cada vez, podem sair do meio do povo, ir até o Círio Pascal, aceso em seu lugar próprio, para acenderem suas velas, e andar pelo meio do povo, dizendo: “Senhor, Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Luz para meu caminho”. Após o terceiro fazer esses gestos, as luzes da igreja podem ser acesas e acontecer a entrada da Bíblia, acompanhada pelas três pessoas com suas velas acesas.
– Momento das oferendas: apresentar um novo projeto missionário de Igreja em Saída, como foi sugerido no primeiro domingo deste mês de outubro.
– Envio da comunidade: uma breve oração de envio missionário da comunidade pode ser feita pelo presidente da celebração. Em seguida, pode ser feita a entronização da Imagem de Nossa Senhora e de um rosário grande, ressaltando Maria como a primeira missionária de Jesus, Mãe e exemplo para todos nós.

Sugestões de repertório para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 30° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

25 de outubro – Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020

Nesta Eucaristia, somos convidados a acolher com gratidão o amor de Deus por nós e assim partilhá-lo a cada dia com o nosso próximo. O verdadeiro sentido da nossa existência está em viver esse amor belo e gratuito e, por meio dele, ajudar a construir um mundo mais feliz. Celebrando este dia da juventude, recordemos todos os jovens, especialmente os que ainda não fizeram a experiência do amor de Deus.

O amor nos une verdadeiramente a Deus, nosso Pai, e aos nossos irmãos e irmãs.

A DUPLA FACE DO AMOR

Em meio à abundância de leis e tradições, os fariseus procuram testar a sabedoria de Jesus a respeito dos mandamentos contidos na Torá e lhe perguntam: Qual é o mais importante? Jesus, ótimo conhecedor da Torá, responde sabiamente: Amar a Deus sobre todas as coisas. E acrescenta o segundo: Amar ao próximo. Desses dois mandamentos – amar a Deus e amar ao próximo – dependem todos os outros. Os dois andam de mãos dadas.

Amar não é questão de teoria, mas de prática; não se manifesta com belas palavras, mas com ações concretas em favor dos outros. Portanto, não há como provar que se ama a Deus sem amar ao próximo. O único sinal que de fato exprime o amor por Deus é o amor que se tem pelos outros. Em outras palavras, o amor a Deus se traduz no amor às pessoas. Deus não nos pede provas de amor dirigidas a ele, mas pede amor ao próximo.

Amar o próximo como a si mesmo é querer o bem aos outros, desejar que todos tenham vida digna de filhos e filhas de Deus. Não posso dizer que amo a Deus se não assumo o desejo e o compromisso de que os pobres melhorem suas condições de vida, os trabalhadores tenham trabalho e salário dignos, os sem-teto encontrem um abrigo, os doentes tenham os cuidados necessários. É preciso vencer a “globalização da indiferença” a tantos males que atingem as pessoas. Quando se ama a Deus, não se pode tolerar tanta injustiça, pobreza e miséria e ficar indiferente a essas realidades.

O amor nos leva a ver e a ser uma Igreja que sai do “eu” para formar o “nós”. Uma comunidade de pessoas fechadas em si mesmas precisa se abrir para uma comunidade de irmãos e irmãs que se auxiliam, se solidarizam, partilham e se respeitam.

Às vezes as comunidades cristãs se preocupam com muitas regrinhas e esquecem o mais importante, o amor. O convite é para sairmos de “comunidades de regrinhas” e construirmos “comunidades de amor”. O bom andamento de uma comunidade é a vivência fraterna, solidária e amorosa entre seus membros. O primeiro passo a ser dado é nos relacionarmos com Deus e com as pessoas mediante atitudes de amor e respeito.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós