Concurso para o Cartaz oficial da Campanha da Fraternidade 2018

Violência urbana: triste realidade do Brasil

Processo de escolha do Cartaz oficial da Campanha da Fraternidade 2018

I – A Campanha da Fraternidade – CF

Em 1964, em pleno desenvolvimento do Concílio Vaticano II, realizou-se a primeira Campanha da Fraternidade, em âmbito nacional, sob os cuidados da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB.
Expressão de comunhão, conversão e partilha, a Campanha da Fraternidade tem como objetivos permanentes: 1. Despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum; 2. Educar para a vida em fraternidade; 3. Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária.
A cada ano, os Bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da CNBB, acolhendo as sugestões vindas dos Regionais da CNBB, das organizações eclesiais, escolhem um tema e um lema para chamar a atenção sobre alguma situação que, na sociedade, precisa de cuidados para o bem de todos.
Para o ano de 2018, foi escolhido o tema “FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA”, e o lema: “VÓS SOIS TODOS IRMÃOS” (Mt 28,3),

Objetivo geral: “Construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência.

Objetivos específicos:
01 – Anunciar a Boa Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal.
02 – Analisar as múltiplas formas de violência, considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas;
03 – Identificar o alcance da violência nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça em sintonia com o Ensino Social da Igreja.
04 – Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão.
05 – Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas de superação da desigualdade social e da violência.
06 – Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência.
07 – Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência.

II – O Tema da CF 2018

O tema da CF 2018 pretende considerar que a violência nunca constitui uma resposta justa. A Igreja proclama, com a convicção da sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira que se opõe à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos.

A busca de soluções alternativas à violência para resolver os conflitos assumiu atualmente um caráter de dramática urgência. É, portanto, essencial a busca das causas que originam a violência, em primeiro lugar as que se ligam a situações estruturais de injustiça, de miséria, de exploração, sobre as quais é necessário intervir com o objetivo de superá-las. (Cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja).

A proposta é a superação da violência, e nos ajuda nessa reflexão o discurso do Papa Francisco no encontro com os presidentes Abbas e Peres, no ano 2014: “Ouvimos uma chamada e devemos responder: a chamada a romper a espiral do ódio e da violência, a rompê-la com uma única palavra: “irmão”. Mas, para dizer esta palavra, devemos todos levantar os olhos ao Céu e reconhecer-nos filhos de um único Pai”.

III – O Lema da CF 2018

O lema da CF 2018 busca resgatar o sentido da Fraternidade dos povos somos todos irmãos e irmãs filhos e filhas de um mesmo Pai por isso iluminados pelo Evangelho do Reino somos chamados a não violência.

A mensagem do Papa Francisco para o 47º Dia mundial da Paz nos ajuda aprofundar essa realidade: “Surge espontaneamente a pergunta: poderão um dia os homens e as mulheres deste mundo corresponder plenamente ao anseio de fraternidade, gravado neles por Deus Pai? Conseguirão, meramente com as suas forças, vencer a indiferença, o egoísmo e o ódio, aceitar as legítimas diferenças que caracterizam os irmãos e as irmãs?

Parafraseando as palavras do Senhor Jesus, poderemos sintetizar assim a resposta que Ele nos dá: dado que há um só Pai, que é Deus, vós sois todos irmãos ( Mt 23,9). A raiz da fraternidade está contida na paternidade de Deus. Não se trata de uma paternidade genérica, indistinta e historicamente ineficaz, mas do amor pessoal, solícito e extraordinariamente concreto de Deus por cada um dos homens (Mt 6, 25-30). Trata-se, por conseguinte, de uma paternidade eficazmente geradora de fraternidade, porque o amor de Deus, quando é acolhido, torna-se no mais admirável agente de transformação da vida e das relações com o outro, abrindo os seres humanos à solidariedade e à partilha ativa.

Em particular, a fraternidade humana foi regenerada em e por Jesus Cristo, com a sua morte e ressurreição. A cruz é o “lugar” definitivo de fundação da fraternidade que os homens, por si sós, não são capazes de gerar. Jesus Cristo, que assumiu a natureza humana para a redimir, amando o Pai até à morte e morte de cruz (Fl 2, 8), por meio da sua ressurreição constitui-nos como humanidade nova, em plena comunhão com a vontade de Deus, com o seu projeto, que inclui a realização plena da vocação à fraternidade.

IV – A elaboração do Cartaz da CF 2018

a) O Cartaz deverá conter, além da arte, os dizeres: “Campanha da Fraternidade 2018”; “Fraternidade e superação da violência” e “Vós sois todos irmãos (Mt 28,3);
b) Visibilizar uma mensagem clara… possível de ser lida e entendida a uma razoável distância (10m). A ideia do Tema e do Lema deve ser facilmente assimilada pelo público.
c) Que seja de fácil/imediata leitura/assimilação por parte das pessoas ou do público a quem se dirige…
d) Apresentar uma mensagem que cause impacto no público…
e) Ante estas considerações, como deve ser o título/tema/ideia central do Cartaz (fonte, tamanho, cor, localização…) considerando ainda que o Cartaz da CF conjuga mensagem de texto (com diversas informações – ordem de prioridade/ importância…) e mensagem de imagem…?
f) Destaque maior ao Tema da CF.
g) Destaque um pouco menor ao Lema, mas destaque.
h) De forma mais reduzida as demais informações do Cartaz….
i) Não sobrecarregar demais o Cartaz (dizeres, imagens/desenhos…) – Confunde, diminui a assimilação da mensagem forte desse instrumento/meio de divulgação…
j) Pensar uma arte que seja viável para ser aplicada além do Cartaz, como por exemplo: adesivo, camiseta, bonés, mochilas.

V – Prazos, escolha e cessão de direitos

01 – O Cartaz deverá ser enviado à CNBB (endereço abaixo) até o dia 20 de julho de 2017;
02 – O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da CNBB procederá a escolha do Cartaz, tendo liberdade para sugerir as modificações que acharem necessárias para o bem pastoral da Conferência a ser distribuído em todo o território nacional;
03 – O autor do Cartaz escolhido será premiado com o Manual com os subsídios da CF 2017 e terá o nome em todos os textos impressos;
04 – Após aprovado o cartaz serão inseridos: o dia da Coleta nacional da solidariedade e as logomarcas da Campanha e da CNBB
05 – O Cartaz deverá ser acompanhado do termo de Cessão Gratuita de Direitos Autorais (ver modelo no site da CNBB), sem o qual o autor estará impedido de participar do concurso.
06 – O Cartaz deverá ser endereçado à:
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – CNBB
Setor Campanhas
SE/SUL – Quadra 801 – Conjunto ‘B’
70.200-014 – BRASÍLIA-DF

Edital em PDF

Os Bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) agradecem aos que se sentiram inspirados a partilhar do seu talento para construir o instrumental capaz de fazer chegar ao coração de cada irmão e irmã a mensagem de Jesus, nosso Senhor e Salvador.
Por intercessão de Nossa Mãe Aparecida, desça sobre o povo brasileiro a bênção de Deus Pai e Filho e Espírito Santo.
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB


CNBB

Edição e adaptação: Portal Kairós