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Dom Lebrun: martírio do Pe Hamel, uma semente destinada a dar frutos

“O ódio não triunfou e não triunfará”, afirmou o Bispo de Rouen na França, Dom Dominique Lebrun, ao celebrar em Saint-Etienne du-Rovray na manhã desta quarta-feira, 26, a missa em memória de Padre Jacques Hamel, assassinado há exato um ano nesta mesma igreja e no mesmo horário da celebração, por dois jovens terroristas do autoproclamado Estado Islâmico.

A sua vida oferecida por amor é como “uma semente destinada a dar frutos”, afirmou o prelado dirigindo-se aos presentes, entre os quais representantes de outras religiões e autoridades civis, como o Presidente francês Emmanuel Macron.

Durante a celebração, foram depositadas flores diante da Cruz da procissão, colocada ao lado do Círio Pascal e da imagem de Nossa Senhora, profanada pelos dois terroristas.

Ao final da cerimônia foi descerrada uma placa em memória do sacerdote mártir no jardim da paróquia.

“Um sacerdote simples que nos deixou o fruto da paz”, disse em síntese aos microfones da Rádio Vaticano Dom Dominique Lebrun, recordando Padre Jacques Hamel:

“Este sacerdote é sem sobra de dúvida um sacerdote diocesano, simples, em quem todos podem encontrar o padre que esteve na escuta, que acolheu os pedidos, que falou de uma passagem do Evangelho. Não era conhecido por iniciativas extraordinárias, momentos fortes de evangelização. Era somente um sacerdote simples, de bairro”.

RV: O Papa diz que os mártires são aqueles que levam a Igreja em frente e a sustentam. Como Padre Jacques fez isto?

“O seu sangue fala de toda a sua vida e fala do sangue de Cristo. Ele deu a vida quando recém havia acabado a celebração da Missa, onde disse: “Este é o meu corpo, corpo traspassado, corpo oferecido”. E hoje na França, mas acredito que também em todo o Ocidente, se recorda justamente o coração da nossa fé, porque o martírio faz parte da vida cristã, talvez tenhamos esquecido. Amar é doar, mesmo a cada dia, oferecer a própria vida”.

RV: Dois dias após a morte do Padre Jacques, milhares de pessoas prestaram homenagens a este sacerdote na sua cidade, e muitos muçulmanos haviam rezado junto com os católicos em sinal de solidariedade e unidade. Neste sente sentido, quais são os frutos que trouxe esta personalidade?

“Eu não estou no coração de todos. Sei portanto que a cada pouco recebo uma carta ou encontro alguém que testemunha algum efeito particular em seu coração. Pessoalmente posso dizer que esta trágica situação, em que tantas pessoas se sentiram feridas, poderia ter gerado lutas, discussões, conflitos. O que observo, pelo contrário, é a paz nas nossas relações, quer com os muçulmanos, quer com o prefeito comunista, quer com as diversas pessoas da comunidade cristã católica, opiniões que sabemos muito bem serem muito diferentes. Há um ano as coisas se desenvolvem na paz com opiniões diferentes, mas em que podemos nos expressar uns aos outros”.

RV: Foi confiado ao senhor a missão de recordar Padre Jacques, quer aos representantes da sociedade civil, como do Estado francês, assim como aos representantes da Igreja e das outras religiões. Qual é a palavra que Padre Hamel, com a sua vida, poderia dirigir a todos?

“Não temos medo de levar a palavra “amor”, “amor verdadeiro”. É uma palavra que fala a todos, mas algumas vezes não conseguimos nem mesmo pronunciá-la. Acredito que nestes dias do primeiro aniversário vou destacar estas vozes: amar, o amor”.

RV: Foi o senhor mesmo que anunciou no ano passado, o início do processo de beatificação do Padre Hamel, mas ainda mais forte foram as palavras do Papa, que poucos meses após o ocorrido, disse: “Já é beato”! Ainda está viva esta situação?

“Sim, agora se entende bem que a fé do Papa é como a fé do povo, em um certo sentido; hoje a sinto assim. Aquele foi quase o grito de seu coração e hoje a nós não resta que viver este processo com serenidade para poder proclamar Padre Hamel e fazê-lo entrar no culto público, se Deus quiser e se depois o Papa o decidir”.

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Papa dedica tweet aos avós: comunicar o patrimônio de humanidade e fé

“Quanto são importantes os avós na vida da família para comunicar o patrimônio de humanidade e fé essencial para cada sociedade!”.

Com o tweet publicado esta quarta-feira, 26 de julho, dia em que a Igreja recorda São Joaquim e Santa Ana, o Papa Francisco enfatiza mais uma vez o papel desempenhado pelos avós no seio da família e da sociedade, também na transmissão da fé.

Desde o início de seu Pontificado, Francisco insiste na importância deste “arco da vida” que liga a infância e juventude – repletas de ímpetos de mudança – com a velhice, cheia de sabedoria.

Não faltaram iniciativas nestes anos como o Dia dos Idosos, realizado na Praça São Pedro em 2014, assim como a série de catequeses a eles dedicadas.

Na Audiência Geral de 11 de março de 2015, Francisco falou que a velhice é uma vocação:

“A velhice é uma vocação. Não é ainda o momento de “tirar os remos do barco”. Este período da vida é diferente dos precedentes, não há dúvida; devemos também “criá-lo” um pouco, porque as nossas sociedades não estão prontas, espiritualmente e moralmente, para dar a isso, a esse momento da vida, o seu pleno valor. Uma vez, de fato, não era assim normal ter tempo à disposição; hoje é muito mais. E mesmo a espiritualidade cristã foi pega um pouco de surpresa e se trata de delinear uma espiritualidade das pessoas idosas. Mas graças a Deus não faltam os testemunhos de santos e santas idosos!”

Na mesma ocasião, o Papa exortou os avós a seguirem os passos de Simeão e Santa Ana, dois “anciãos extraordinários”, acrescentando:

“Tornemo-nos também nós um pouco poetas da oração: tomemos gosto por procurar palavras nossas, reapropriemo-nos daquelas que a Palavra de Deus nos ensina. É um grande dom para a Igreja, a oração dos avós e dos idosos! A oração dos idosos e dos avós é um dom para a Igreja, é uma riqueza! Uma grande injeção de sabedoria também para toda a sociedade humana: sobretudo para aquela que está muito ocupada, muito presa, muito distraída. Alguém deve, então, cantar, também para eles, cantar os sinais de Deus, proclamar os sinais de Deus, rezar por eles!”

Não poucas vezes, especialmente nas homilias das Missas na Casa Santa Marta, Bergoglio recordou de sua avó, uma pessoa fundamental para a sua vida de fé e familiar.

“As palavras dos avós têm algo de especial para os jovens. E eles sabem disso. As palavras que a minha vó me entregou por escrito, no dia de minha ordenação sacerdotal, eu as levo ainda comigo, sempre, no breviário, e as leio e me faz bem”.

“Aos avós que receberam a bênção de verem os netos – disse o Papa em outra ocasião – foi confiada a tarefa de transmitir a experiência de vida, a história da família e partilhar com simplicidade a sabedoria e a fé, que é a herança mais preciosa”. “Bem-aventuradas as famílias que têm os avós próximos! O avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes”.

Ao celebrar os 25 anos de ordenação episcopal com uma missa concelebrada com os Cardeais na Capela Paulina no Vaticano em 27 de junho, o Papa ressaltava que “não somos gerontes, somos avôs… (…) Avôs para quais os netos olham e esperam de nós a experiência sobre o sentido da vida. Avôs não fechados…(…) Somos avôs chamados a sonhar e dar o nosso sonho à juventude de hoje, que necessita disso, porque tirarão dos nossos sonhos a força para profetizar e levar avante a sua missão.”

Assim, neste Dia dos Avós, podemos refletir sobre outra frase tão repetida por Francisco: “Um povo que não respeita os avós é um povo sem memória, e consequentemente sem futuro”.

 

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Carismas que brotaram com a renovação trazida pelo Concílio Vaticano II

No nosso Espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no programa de hoje sobre os “Carismas que brotaram com a renovação trazida pelo Concílio Vaticano II”.

Com o Concílio Vaticano II um novo sopro do Espírito Santo entrou na Igreja, o que também suscitou o surgimento de novos carismas. O Papa Paulo VI escrevia ao Congresso de Teologia pós-Conciliar (21/09/1966), logo após a conclusão do Concílio:

“A tarefa do Concílio Ecumênico não está completamente terminada com a promulgação de seus documentos. Esses, como o ensina a história dos Concílios, representam antes um ponto de partida que um alvo atingido. É preciso ainda que toda a vida da Igreja seja impregnada e renovada pelo vigor e pelo espírito do Concílio, é preciso, que as sementes de vida lançadas pelo Concílio no campo que é a Igreja cheguem à plena maturidade”.

Uma das importantes imagens, comparações utilizadas pela Lumen Gentium a respeito da Igreja é a Igreja entendida como Povo de Deus. Este entendimento por parte dos Padres Conciliares abriu caminho para um maior protagonismo dos leigos na Igreja, e aliado a isto, o surgimento de novos carismas.

E justamente “Os carismas que brotaram com a renovação trazida pelo Concílio Vaticano II”, é o tema da reflexão do Padre Gerson Schimdt para esta quarta-feira:

“O pregador da Casa Pontifícia, Raniero Cantalamessa falou exaustivamente dos diversos dons carismáticos na Igreja, que brotaram após o Concílio Vaticano II. Falou nas pregações do Advento do Jubileu de Ouro que a RCC celebrou nesse ano de 2017. Nesse embalo de recordar os frutos do Concílio, quero lembrar aqui um outro carisma importante fruto da Renovação Conciliar, que brotou também junto como Concilio Vaticano II: o caminho Neocatecumenal. O Cardeal Gerhard Müller, no Teatro Olímpico de Roma, em 25 de novembro do ano passado, fez uma lição Magistral sobre o carisma do Caminho Neocatecumenal.

Nessa declaração, Cardeal Müller lembrou que o primeiro capítulo da Lumen Gentium, que fala dos dons hierárquicos e carismáticos, está centrado sobre o mistério da Igreja como tal. Lembrou São Cipriano de Cartago que define a Igreja como “um povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (De orat. Dom., 23).Lembro de suas palavras textuais:

“A iniciativa salvífica de reunir o povo da Aliança, parte do Pai e torna realidade histórica na encarnação da Palavra em Jesus Cristo, Filho do Pai. E é por isso que a Igreja de Cristo é sinal e instrumento da íntima união dos homens com Deus e da unidade de todo o gênero humano no amor divino (LG 1). Completada a obra salvífica de Deus na história, Ele enviou o Paráclito, o Espírito do Pai e do Filho, a fim de que pudesse continuamente santificar a Igreja e fazer que nós, por intermédio do Filho, tivéssemos acesso ao Pai.

A obra inteira santificante da Igreja, que se realiza no anúncio da Palavra, na celebração dos sacramentos e na guia dos fiéis por obra dos pastores instituídos por Deus, não só na sua missão dirigida ao exterior, toma força divina do Espírito Santo.

A tríplice ação da Igreja, isto é, martyria, leiturgia e diakonia, não é, portanto, mera atividade humana, em grau somente de indicar um Deus distante, mas antes expressão da cooperação entre Deus os homens, a fim de que Deus possa agir por nosso intermédio, e também nós, nas nossas atividades humanas –, isto é, na oração, no pensamento e na ação – possamos agir pelo Reino de Deus, assumindo a plena responsabilidade na nossa qualidade de colaboradores da Sua graça e verdade.

Por isso, a Igreja não é somente – para dizer com termos protestantes – criatura da Palavra de Deus, objetivo passivo do Seu agir na justificação dos pecadores ou no declará-los justos, porque isso permitiria que a distância infinita entre o Deus santo e o pecador exista para sempre.

A Igreja é antes – para dizer com termos católicos – purificada e santificada em Cristo. Sendo o Seu Corpo, a Igreja vive em eterna união com Cristo, sua Cabeça. Não obstante Cabeça e Corpo sejam duas coisas diversas, esses formam uma unidade orgânica de vida. “Ao contrário – afirma São Paulo –, vivendo segundo a verdade na caridade, buscamos crescer em cada coisa em direção a Ele, que é a Cabeça, Cristo do qual todo o Corpo, bem ajustado e unido, mediante a colaboração de toda junta e ligadura, segundo a energia própria de cada membro, recebe força para crescer de modo a edificar a si mesmo na caridade” (Ef 4, 15s).

O Cardeal Müller disse ainda que a “ Igreja não é somente objeto, mas também instrumento da obra salvífica de Deus”, “sacramento de salvação do mundo em Cristo, é verdadeira mediadora da salvação dos homens”.

E, falou do Espírito Santo na Igreja, como também foi o tema de Cantamessa no Advento, como já recordamos. Apontou o Cardeal Lumen Gentium, número 4: “O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis como em um templo (cfr. 1 Cor 3, 16; 6,19) e nela reza e dá testemunho da sua condição de filhos de Deus por adoção (cfr. Gl 4,6; Rm 8, 15-16.26). Ele – o Espírito Santo – introduz a Igreja na plenitude da verdade (cfr. Jo 16,13), a unifica na comunhão e no ministério, a provê e dirige com diversos dons hierárquicos e carismáticos, a embeleza com seus frutos (cfr. Ef 4, 11- 12; 1 Cor 12, 4; Gl 5, 22). Com a força do Evangelho a faz rejuvenescer, continuamente a renova e a conduz à perfeita união com seu Esposo. Porque o Espírito Santo e a esposa dizem ao Senhor Jesus: Vem (cfr. Ap 22, 17)” (LG 4).

São palavras literais do Cardeal Gerhard Müller, em 25 de novembro do ano passado, quando fez uma declaração a favor dos carismas na Igreja, particularmente aqui do Caminho Neocatecumenal, cujo cinquentenário também está sendo celebrado, fruto do Concílio Vaticano II. Na próxima oportunidade, continuaremos essa abordagem dos novos carismas e dessa declaração do Cardeal Müller”.

 

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Caso Charlie Gard: bispos expressam compaixão à família

O porta-voz dos bispos ingleses, através de um comunicado divulgado nesta terça-feira (25), comentou que, depois da decisão dos pais de Charlie Gard, “a Conferência dos Bispos expressa a mais profunda proximidade e compaixão por eles e seu filho”.

Na declaração, os bispos ingleses afirmam que todos estão rezando por Charlie e pelos seus pais, e esperam que “consigam, como família, receber o apoio e o espaço para encontrar a paz nos próximos dias”. O texto ainda faz menção à despedida da “pequena e preciosa criança” que “toca os coração de todos aqueles que, como Papa Francisco, acompanharam essa história triste e complexa. A vida do Charlie será amavelmente seguida até o seu fim natural”.

Neste momento também é importante lembrar, diz a declaração, que “todos aqueles que foram envolvidos nas decisões dilacerantes procuraram agir com integridade e para o bem de Charlie”. Os bispos ainda reconhecem o “profissionalismo, o amor e o cuidado com as crianças gravemente doentes” do Hospital Great Ormond Street.

 

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Saúde: eliminar as hepatites virais até 2030

Celebra-se, na próxima sexta-feira (28/07), o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais que este ano tem como tema “Elimine a hepatite”.

Esse dia tem como objetivo eliminar as hepatites virais a fim de que deixe de se tornar um problema de saúde pública até 2030.

O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais foi instituído, em 2010, pela Organização Pan-americana da Saúde.

No Brasil, está em andamento a campanha “Julho Amarelo” a fim de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento das Hepatites Virais B e C, durante este mês.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 1 milhão e 700 mil brasileiros são portadores do vírus da Hepatite C e 756 mil são portadores do vírus da Hepatite B.

Para falar sobre as hepatites virais nós contatamos, em Haia, na Holanda, a epidemiologista clínica Dra. Miriam Sommer, natural de Porto Alegre (RS).

 

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