15 de março: missa do 3° Domingo da Quaresma 2020

3° Domingo da Quaresma 2020 – Ano A

Jesus acolhe com ternura a todos nós, que dele nos aproximamos para saciar nossa sede de uma vida feliz. Com ele aprendemos a vencer preconceitos e indiferenças e tratar as pessoas com respeito e generosidade. Nesta Eucaristia celebremos a salvação que o Senhor nos oferece e o amor que ele quer derramar em nosso coração.

Jesus é a fonte da vida e da salvação. Dele podemos sempre nos aproximar certos de que somos acolhidos com ternura e amor.

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Reflexão e sugestão para a missa do 3° Domingo da Quaresma 2020
Liturgia completa pra a Semana Santa 2020

ENCONTRO TRANSFORMADOR

Foi transformador o encontro de Jesus com a samaritana junto ao poço de Jacó. O encontro pessoal com Jesus, o diálogo profundo com ele sobre a sede de Deus e de vida, simbolizados pela água, permitiram à samaritana rever a própria vida e testemunhar a novidade de uma Água que sacia a sede para sempre.

Num mundo em que a palavra de ordem é a autossuficiência, Jesus se mostra necessitado. Pede água a uma mulher da Samaria, terra considerada impura pelos judeus. Provoca nela a abertura à sua palavra, chamando ao encontro pessoal, ao diálogo, que é a única forma de as pessoas se conhecerem verdadeiramente. E assim faz a samaritana reconhecer-se necessitada também, não de uma água de poço, mas de algo que sacie a sede de Deus, a sede de vida eterna.

No encontro com Jesus, a samaritana é levada a rever a própria vida revendo as relações, pois a Deus não se alcança num intimismo egoísta. Dá pena ver cristãos dizer que encontraram Jesus apenas quando começaram a frequentar outras denominações cristãs. O que faltou para que tais pessoas tivessem um encontro pessoal e transformador com o Mestre? Como é que, para além de doutrinas e regras, não puderam encontrar a pessoa concreta do Filho de Deus nos irmãos de comunidade?

Um compromisso sério com Jesus é exigente e implica a construção de relações fraternas na comunidade. Exige revisão de vida, para tomarmos consciência dos nossos anseios mais profundos. Afinal, além da sede de água, que tipo de sede buscamos saciar na vida?

Jesus é a Água Viva que mata a nossa sede de Deus. E a água que ele nos dá se torna em nós fonte de água que jorra pela eternidade. Na comunidade dos que celebram fisicamente em templos de pedra e que adoram espiritualmente na fidelidade ao Espírito Santo, somos chamados a dar ao mundo o testemunho de nossa fé, a exemplo da samaritana, para que o próprio Espírito continue se derramando pela vida do mundo, por meio de nosso encontro com Jesus. Um encontro que constrói comunidade.

 

Pe. Paulo Bazaglia, ssp / Portal Kairós

Encontros Catequéticos para o período quaresmal de 2020

Encontros Catequéticos para o período quaresmal de 2020

Apresentamos, neste artigo, sugestões para 4 encontros catequéticos do período quaresmal de 2020

Recomendamos que você catequista, adeque o desenvolvimento dos encontros à sua etapa de catequese, adeque o conteúdo à sua realidade e realize as modificações que achar necessárias. Bom encontro e paz e bem!

Volte sempre aqui no Portal Kairós, estamos trabalhando em novas atividades!

1° Encontro

Encontros Catequéticos para o período quaresmal de 2020

QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020
Ambiente: Preparar o local com fotos que manifestem a vida: natureza, paisagens, idosos, bebês, famílias e etc.

PARTE I – ACOLHIDA E SENSIBILIZAÇÃO (10-15 min)

1) Acolhida
Acolher os catequizandos com alegria. Dar as boas-vindas. A Oração Inicial pode ser feita pelo catequista ou por um catequizando.

2) Hoje vamos falar sobre…
A Campanha da Fraternidade 2020 e o período da Quaresma.

3) Sensibilização
Para dar início ao encontro de hoje, vamos ouvir a música Hino da Campanha da Fraternidade 2020. Ouçam com atenção. Depois voltamos a conversar.

Material para catequese sobre a CF 2020

HINO DA CF 2020 (ANEXO I)

Letra: Pe. José Antonio de Oliveira
Música: Gilson Celerino

01 – Deus de amor e de ternura, contemplamos
Este mundo tão bonito que nos deste. (Cf. Gn 1,2-15; 2,1-25)
Desse Dom, fonte da vida, recordamos: (Cf. SI 36,10)
Cuidadores, guardiões tu nos fizeste. (Cf. Gn 2,15)

Peregrinos, aprendemos nesta estrada
O que o “bom samaritano” ensinou:
Ao passar por uma vida ameaçada,
Ele a viu, compadeceu-se e cuidou. (Cf. Lc 10,33-34)

02 – Toda vida é um presente e é sagrada,
seja humana, vegetal ou animal. (Cf. LS, esp. Cap. IV)
É pra sempre ser cuidada e respeitada,
Desde o início até seu termo natural.

03 – Tua glória é o homem vivo, Deus da Vida; (Cf. Santo Irineu)
Ver felizes os teus filhos, tuas filhas;
É a justiça para todos, sem medida; (Cf. Am 5,24)
É formarmos, no amor, bela Família.

04- Mata a vida o vírus torpe da ganância,
Da violência, da mentira e da ambição.
Mas também o preconceito, a intolerância.
O caminho é a justiça e conversão. (Cf. 2Tm 2,22-26)

Confira no canal do Portal Kairós a matéria onde Dom Pedro Luiz Stringhini, presidente do Regional Sul 1 da CNBB, explica o tema da Campanha da Fraternidade de 2020. Dom Pedro conversa com a jornalista Laís Peçanha e destaca o dom da vida.
Acesse aqui.

PARTE II – DESENVOLVIMENTO DO TEMA (30-40 min)

4) Texto-base do Encontro

A Campanha da Fraternidade é uma campanha realizada anualmente pela Igreja Católica no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema e um lema, que aponta em que direção se busca a transformação. A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Na Campanha da Fraternidade (CF) 2020, somos convidados a olhar com mais atenção para a VIDA.

O Lema da CF 2020 é: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34) e o Tema é: “Fraternidade e vida: dom e compromisso”

PERGUNTE AOS CATEQUIZANDOS: Ouvindo a música e observando o lema da CF-2020, alguém poderia dizer em qual passagem bíblica a Campanha da Fraternidade se inspirou? Conforme ouvimos na música e observamos no Lema, a CF 2020 se baseia na passagem do Bom Samaritano.
Como foi a parábola do Bom Samaritano?
O que ela nos deixa como lição?
Quem é meu próximo?

OBS: Falaremos mais detalhadamente sobre essa parábola no próximo encontro.

Constata-se que a vida das pessoas chegou a um ponto que esbarra em uma série de indagações. Em meio a tantas questões, a CF 2020 convoca à reflexão sobre o significado mais profundo da vida e a encontrar caminhos para que esse sentido seja fortalecido ou reencontrado. É por isso que a CF 2020 proclama: a vida é Dom e Compromisso! Seu sentido consiste em ver, solidarizar-se e cuidar. Significa não passar cego às dores das pessoas.

Outro ponto importante é a figura de Santa Dulce dos Pobres que aparece no cartaz da Campanha. Santa Dulce dos Pobres nasceu em 1914 na Bahia. Aos 13 anos, passou a acolher mendigos e doentes em casa. Mesmo tendo problemas de saúde, não ficava longe dos pobres e por causa de suas ações foram nascendo as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Hoje, é vista como santa, um exemplo de fé, de amor, cuidado com a vida e cuidado cristão com os necessitados.

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O PERÍODO DA QUARESMA

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Roteiro para teatro do Bom Samaritano

Roteiro de encontro: CF 2020 – Teatro do Bom Samaritano

Teatro do Bom Samaritano

Encontro

Veja o Teatro do Bom Samaritano abaixo.

Acolhida: sempre com alegria para contagiar os catequizandos!

Oração inicial: conforme for o costume da turma.

Dinâmica para iniciar o tema: * adaptação da dinâmica de acolhida do livro sementes de comunhão, 3° tempo – 3° edição – Editora Ave-Maria.

Material: Palitos de dente; papel cartaz, fita adesiva, carinhas impressas.

– Imprima as três carinhas em quantidades suficientes para os participantes.
– Recorte; cole no papel cartaz e fixe no palito de dente com fita adesiva.
– Atentar para que cada catequizando ganhe três carinhas: feliz; triste e indiferente.

Explique que você fará algumas perguntas e que eles vão levantar as carinhas de acordo como eles se sentem perante tais atitudes.

O bom Samaritano: tema da Campanha da Fraternidade 2020

Sugestão de perguntas:

– Quando você está doente como você se sente?
– Quando você vê alguém doente como você se sente?
– Quando você fica sem ver seus amigos como você se sente?
– Quando você vê alguém arrancando flores ou pisando nelas, como você se sente?
– Quando você é magoado, como você se sente?
– Quando você magoa uma pessoa, como você se sente?
– Quando você vê alguém precisando de ajuda, como você se sente?
– Quando você vê alguém jogando lixo na rua, como você se sente?
– Quando você vê desperdício de comida, como você se sente?
– Quando você vê uma pessoa sofrendo bullying, como você se sente?
– Quando você vê alguém desperdiçando água, como você se sente?
– O que você sente ao ver situações de injustiça e sofrimento?

Discussão sobre a dinâmica:

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Reflexão e sugestão para a missa do 2° Domingo da Quaresma 2020

2° Domingo da Quaresma 2020

Gn 12,1-4a; Sl 32; 2Tm 1,8b-10; Mt 17,1-9

Parma, Itália – 16 de abril de 2018: O afresco da Transfiguração no Monte Tabor no Duomo por Lattanzio Gambara (1567-1573).

Deus acompanha nosso caminhar

A caminhada quaresmal é árdua, pois exige de nós muita sinceridade para conosco e muita confiança em Deus. A desinstalação que o Senhor pede a Abrão é radical. Não é fácil deixar tudo para seguir uma proposta incerta, humanamente falando. Abrão coloca-se a caminho em virtude da escuta obediente da voz de Deus. Só assim ele será pai de uma grande nação, um sinal de Deus. Também os discípulos são convidados por Jesus para se abrirem à escuta de seus ensinamentos e, assim, colocarem-se a caminho com Ele até a cruz. Ao transfigurar-se, Jesus se revela como Palavra viva do Pai, dirigida a toda a humanidade. Por isso o pedido: “Escutai-o”. É preciso escutar aquele que sintetiza em si todo a Lei de Moisés e toda a força profética de Elias para, no amor, selar a nova e eterna aliança entre o divino e o humano. Diante da tentação de construir ali três tendas, Jesus mostra a Pedro que é preciso ainda caminhar para cumprir o plano amoroso do Pai: dar a vida pela humanidade e ressurgir glorioso sobre o pecado e a morte. Ainda que seja bom estar no alto do monte, ainda melhor, afirma Jesus, é fazer a vontade do Pai.

Desçamos o monte!

Se Deus nos acompanha, não podemos pensar em propósitos quaresmais medíocres, que, em vez de nos levar à conversão, levamos a um comodismo ainda maior. Precisamos viver bem esse tempo de mudança profunda de vida, tempo de silenciar nosso interior agitado para poder escutar a Palavra de Deus. A escuta do evangelho leva-nos à abertura ao outro que está diante de nós, tantas vezes invisível por causa de nosso fechamento. Não está na hora de descermos do monte, de onde vemos tudo de cima, e tocarmos a realidade de nós mesmos e dos que caminham conosco?

Paulo convida Timóteo e a todos nós a um exercício de compaixão, ou seja, a sofrer com ele pelo evangelho, pela boa notícia que tantas vezes é ignorada ou silenciada. Está aí um sentimento nobre para ser cultivado nesta quaresma: a compaixão. Nossa conversão não pode restringir-se a momentos litúrgicos, confissão sacramental e a procissões penitenciais. Todas essas práticas de nossa religião só ganham sentido e valor quando manifestamos o real desejo de caminhar com Jesus, de mudar de vida verdadeiramente. Rito não é mágica! É experiência de Deus, que se estende na vida para fazer acontecer o Reino de Deus anunciado por Jesus. Com Cristo podemos fazer com que nossa fé se enraíze no chão de nossa história e na de nossa comunidade e, assim, fazer com que nossa conversão dê frutos de justiça, como o senhor nos pede.

SUGESTÕES LITÚRGICA

– Oração da coleta: pode-se enfatizar a importância da Oração neste tempo quaresmal, oferecendo as intenções em modo dinâmico e participativo.
– Liturgia da Palavra: introduzir a proclamação das leituras com um mantra, enfatizando a importância da escuta orante da Palavra de Deus.
– Oferendas: continuar motivando a doação de alimentos durante o momento das oferendas, em favor das famílias carentes da comunidade.
– Envio da comunidade: antes da bênção final, preparar um momento de compromisso da comunidade com a oração pelos doentes e necessitados.

Sugestões de repertório

Abertura: Senhor, eis aqui
Aclamação: Louvor e glória
Oferendas: O Vosso coração
Comunhão: Então, da nuvem

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração  – 2° Domingo da Quaresma 2020

 

Áudios para o 2° Domingo da Quaresma 2020 (Salmo e refrão orante):

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

8 de março: missa do 2º Domingo da Quaresma 2020

2º Domingo da Quaresma 2020 – Ano A

Jesus é o Filho amado do Pai que nos ensina a sair do egoísmo para viver o amor e a fraternidade. Unidos a ele e escutando o que nos diz, permitimos que sua luz resplandeça em nós, para iluminarmos o mundo com nossas boas ações. Que a Eucaristia, neste tempo quaresmal, nos ajude a crescer na oração, na escuta e na vivência da Palavra do Senhor.

Pela oração e escuta de sua Palavra, permanecemos unidos a Jesus e espalhamos no mundo o seu amor e a sua luz.

TRANSFIGURADOS PELO AMOR

A glória divina, resplandecente de luz, manifesta-se em Jesus acompanhada pelas nuvens e pela voz que deixa claro: ele é o Filho amado pelo Pai.

Os detalhes da cena fazem pensar em Moisés, que voltava do monte Sinai com o rosto resplandecente por ter estado na presença de Deus. A luz intensa que brilha no rosto e nas vestes de Jesus, ao invés, não vem de fora. Vem dele mesmo, pois aquele Mestre que vivia no meio de gente pobre, nas periferias, é ele próprio o Senhor da história. Não se manifesta glorioso, na capital Jerusalém, a uma multidão de pessoas, mas numa montanha qualquer, a três discípulos.

A transfiguração foi uma antecipação – momentânea – da glória do Senhor ressuscitado. Uma experiência sem igual, tanto que Pedro sugere armar tendas para continuar ali. O Senhor glorioso, porém, deverá antes entregar a própria vida, passando pelo sofrimento e pela morte. Pois o Senhor da glória é o servo sofredor que entrega a vida por amor.

Para os três discípulos e para nós, permanecem duas ordens. A primeira, vinda do Pai, consiste em ouvir o Filho amado. Ouvir é a atitude fundamental dos discípulos. Ouvir Jesus é entender o que disse e fez, para que seu ensinamento esteja vivo em nossa vida e assim, de algum modo, possamos continuar hoje a mesma missão que o Pai lhe confiou. A outra ordem vem do próprio Jesus, que, após tocar os discípulos, lhes diz que se levantem e não tenham medo de enfrentar os desafios da realidade.

Nesta caminhada de preparação para a Páscoa, o Senhor continua a se revelar a nós. Ele se manifesta de tantos modos, reanima nossa fé, alimenta nossa esperança, faz-nos vencer a tristeza e fortalece nossa missão de seguidores. É preciso, porém, voltar sempre à realidade, às tantas realidades de sofrimento e dor que precisam ser transfiguradas. Afinal, como disse santo Irineu, o que é a glória divina, senão o ser humano vivendo plenamente?”.

 

Pe. Paulo Bazaglia, ssp / Portal Kairós