1. «Este pobre clama e o Senhor o escuta» (Sal 34, 7). Façamos também nossas estas palavras do Salmista, quando nos vemos confrontados com as mais variadas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs, que nos habituamos a designar com o termo genérico de «pobres». O autor de tais palavras não é alheio a esta condição; antes pelo contrário, experimenta diretamente a pobreza e, todavia, transforma-a num cântico de louvor e agradecimento ao Senhor. Hoje, este Salmo permite-nos também a nós, rodeados por tantas formas de pobreza, compreender quem são os verdadeiros pobres para os quais somos chamados a dirigir o olhar a fim de escutar o seu clamor e reconhecer as suas necessidades.
Nele se diz, antes de mais nada, que o Senhor escuta os pobres que clamam por Ele e é bom para quantos, de coração dilacerado pela tristeza, a solidão e a exclusão, n’Ele procuram refúgio. Escuta todos os que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de levantar o olhar para o Alto a fim de receber luz e conforto. Escuta os que se veem perseguidos em nome duma falsa justiça, oprimidos por políticas indignas deste nome e intimidados pela violência; e contudo sabem que têm em Deus o seu Salvador. O primeiro elemento que sobressai nesta oração é o sentimento de abandono e confiança num Pai que escuta e acolhe. Sintonizados com estas palavras, podemos compreender mais profundamente aquilo que Jesus proclamou com a bem-aventurança «felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3).
Entretanto devido ao caráter único desta experiência, sob muitos aspetos imerecida e impossível de se expressar plenamente, sente-se o desejo de a comunicar a outros, a começar pelos que são – como o Salmista – pobres, rejeitados e marginalizados. De facto, ninguém se pode sentir excluído do amor do Pai, sobretudo num mundo onde frequentemente se eleva a riqueza ao nível de primeiro objetivo e faz com que as pessoas se fechem em si mesmas.
2. O Salmo carateriza a atitude do pobre e a sua relação com Deus, por meio de três verbos. O primeiro: «clamar». A condição de pobreza não se esgota numa palavra, mas torna-se um brado que atravessa os céus e chega a Deus. Que exprime o brado dos pobres senão o seu sofrimento e solidão, a sua desilusão e esperança? Podemos interrogar-nos: como é possível que este brado, que sobe à presença de Deus, não consiga chegar aos nossos ouvidos e nos deixe indiferentes e impassíveis? Num Dia como este, somos chamados a fazer um sério exame de consciência para compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres.
Necessitamos da escuta silenciosa para reconhecer a sua voz. Se nós falarmos demasiado, não conseguiremos escutá-los a eles. Muitas vezes, temo que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, visem mais comprazer-nos a nós mesmos do que acolher verdadeiramente o clamor do pobre. Se assim for, na hora em que os pobres fazem ouvir o seu brado, a reação não é coerente, não é capaz de sintonizar com a condição deles. Vive-se tão encurralado numa cultura do indivíduo obrigado a olhar-se ao espelho e a cuidar exageradamente de si mesmo, que se considera suficiente um gesto de altruísmo para ficar satisfeito, sem se comprometer diretamente.
3. Um segundo verbo é «responder». O Salmista diz que o Senhor não só escuta o clamor do pobre, mas também responde. A sua resposta – como atesta toda a história da salvação – é uma intervenção cheia de amor na condição do pobre. Foi assim, quando Abraão expressara a Deus o seu desejo de possuir uma descendência, apesar de ele e a esposa Sara, já idosos, não terem filhos (cf.Gn 15, 1-6). O mesmo aconteceu quando Moisés, do fogo duma sarça que ardia sem se consumir, recebeu a revelação do nome divino e a missão de fazer sair o povo do Egito (cf. Ex 3, 1-15). E esta resposta confirmou-se ao longo de todo o caminho do povo pelo deserto: tanto quando sentia os apertos da fome e da sede (cf. Ex 16, 1-16; 17, 1-7), como quando caía na miséria pior, ou seja, na infidelidade à aliança e na idolatria (cf. Ex 32, 1-14).
A resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção salvadora para cuidar das feridas da alma e do corpo, repor a justiça e ajudar a retomar a vida com dignidade. A resposta de Deus é também um apelo para que toda a pessoa que acredita n’Ele possa, dentro dos limites humanos, fazer o mesmo. O Dia Mundial dos Pobres pretende ser uma pequena resposta, dirigida pela Igreja inteira dispersa por todo o mundo, aos pobres de todo o género e de todo o lugar a fim de não pensarem que o seu clamor caíra em saco roto. Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e contudo pode ser um sinal de solidariedade para quantos passam necessidade a fim de sentirem a presença ativa dum irmão ou duma irmã. Não é de um ato de delegação que os pobres precisam, mas do envolvimento pessoal de quantos escutam o seu brado. A solicitude dos crentes não pode limitar-se a uma forma de assistência – embora necessária e providencial num primeiro momento –, mas requer aquela «atenção amiga» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 199) que aprecia o outro como pessoa e procura o seu bem.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2018/11/dia-dos-pobres-2018.png500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2018-11-06 16:06:002018-11-25 02:57:32A mensagem do Papa Francisco para a II Dia Mundial dos Pobres
A Cáritas Brasileira libera a Cartilha para Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade. O tema escolhido este ano pelo Papa Francisco para a II Jornada Mundial dos Pobres (JMP) traz a inspiração do Salmo 34: “Este pobre grita e o Senhor o escuta” (Sl 34,7). Na mensagem divulgada para mobilizar esta jornada, o Pontífice diz: “As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de ‘pobres’”.
Tema:
“Este pobre grita e o Senhor o escuta” (Sl 34,7)
Um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Cáritas Brasileira é a responsável pela animação da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade. Em 2018, a animação foi reforçada também com a contribuição da equipe da Campanha da Fraternidade, da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, do Conselho Nacional do Laicato e da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora.
A campanha convida a todas as pessoas, grupos, comunidades, instituições e pessoas de boa vontade para que participem da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade organizando momentos de encontros fraternos, celebrações ou mobilizações públicas entre os dias 11 e 18 de novembro de 2018. O material já foi enviado às dioceses de todo Brasil. A ideia é que as Igrejas locais, comunidades, pastorais, ruas e locais onde se encontram as pessoas empobrecidas, organizem gestos concretos de solidariedade e acolhida com as pessoas em situação de vulnerabilidades extremas.
O subsídio elaborado para ajudar a mobilizar encontros e celebrações traz a síntese da carta do Papa Francisco; propostas de atividades mobilizadoras; e três círculos bíblicos com os verbos propostos pelo Papa — gritar, Responder e Lutar. O material está disponível para que os grupos possam dispor dos arquivos para divulgação e impressão, caso seja necessário.
Histórico
Em 2017, o Papa Francisco convocou católicos e pessoas de boa vontade para uma jornada de solidariedade e proximidade com as pessoas empobrecidas. A grande convocação trouxe como lema o imperativo: “Não amemos com palavras, mas com obras”. Desde então a Jornada Mundial dos Pobres entrou para o calendário anual das iniciativas da Igreja. A convocação para a Jornada Mundial dos Pobres fez parte da agenda de ações mobilizadas no âmbito do encerramento do Ano Santo da Misericórdia, realizado em 2016-2017.
Baixe a Cartilha para Jornada Mundial dos Pobres 2018:
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2018/11/cartilha-jornada-mundial-dos-pobres-2018.png500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2018-11-06 15:05:122018-11-06 15:05:12Cáritas do Brasil divulga Cartilha para Jornada Mundial dos Pobres 2018
Senhor tende piedade de nós! (2x) Jesus Cristo tende piedade de nós! (2x) Senhor tende piedade de nós! (2x)
01 – Maria Mãe de Deus, rogai a Deus por nós!
Ó Virgem Imaculada, rogai a Deus por nós!
Senhora Aparecida, rogai a Deus por nós!
Das Dores, Mãe amada, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
02 – Ó Anjos do Senhor, rogai a Deus por nós!
Miguel e Rafael, rogai a Deus por nós!
De Deus os Mensageiros, rogai a Deus por nós!
Arcanjo Gabriel, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
03 – Sant’Ana e São Joaquim, rogai a Deus por nós!
Isabel e Zacarias, rogai a Deus por nós!
João, o Precursor, rogai a Deus por nós!
Esposo de Maria, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
04 – São Pedro e São Paulo, rogai a Deus por nós!
São João e São Mateus, rogai a Deus por nós!
São Marcos e São Lucas, rogai a Deus por nós!
São Judas Tadeu, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
05 – Estêvão e Lourenço, rogai a Deus por nós!
São Cosme e Damião, rogai a Deus por nós!
Inácio de Antioquia, rogai a Deus por nós!
Mártir Sebastião, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
06 – Maria Madalena, rogai a Deus por nós!
Inês e Luzia, rogai a Deus por nós!
Santa Felicidade, rogai a Deus por nós!
Perpétua e Cecília, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
07 – Gregório e Atanásio, rogai a Deus por nós!
Basílio e Agostinho, rogai a Deus por nós!
São Bento e Santo Amaro, rogai a Deus por nós!
Ambrósio e S Martinho, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
08 – Francisco e Domingos, rogai a Deus por nós!
Antônio e Gonçalo, rogai a Deus por nós!
Vianney e Benedito, rogai a Deus por nós!
São Raimundo Nonato, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
09 – Teresa e Teresinha, rogai a Deus por nós!
Santa Rosa de Lima, rogai a Deus por nós!
Margarida Maria, rogai a Deus por nós!
De Sena Catarina, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
10 – Ó Santa Paulina, rogai a Deus por nós!
Santo Antônio Galvão, rogai a Deus por nós!
Beato Anchieta, rogai a Deus por nós!
Frederico Ozanan, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
Ó Senhor, sede nossa proteção, ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis de todo o mal, ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis da morte eterna, ouvi-nos Senhor!
Vos pedimos, por vossa Encarnação, ouvi-nos Senhor!
Pela vossa Paixão e Ascensão, ouvi-nos Senhor!
Pelo envio do Espírito de Amor, ouvi-nos Senhor!
Apesar de nós sermos pecadores, ouvi-nos Senhor!
Jesus Cristo ouvi-nos, (2x)
Jesus Cristo atendei-nos! (2x)
Portal Kairós
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2018/11/todos-os-santos-2018.png6671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2018-11-06 09:46:002024-11-18 12:05:35Ladainha de todos os Santos
Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternidade como caminho de conversão quaresmal. Um caminho pessoal, comunitário e social que visibiliza a salvação paterna de Deus. Fraternidade e Políticas Públicas é o tema da Campanha da Quaresma de 2019. O profeta Isaías inspira o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). O Texto-Base este ano (um livro de 123 páginas) apresenta o objetivo geral e sete objetivos específicos para iniciar os trabalhos da Campanha da Fraternidade 2019.
O Objetivo Geral da Campanha deste ano de 2019 é: “Estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.
Tipos de políticas públicas
Por serem programas relacionados com direitos que são garantidos aos cidadãos as políticas públicas existem em muitas áreas.
São alguns exemplos:
Políticas Públicas: Educação Saúde Trabalho Lazer Assistência Social Previdência Social Meio Ambiente Cultura Moradia Transporte Segurança
Os objetivos específicos são
01 – Conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas pelo Estado Brasileiro;
02 – Exigir ética na formulação e na concretização das Políticas Públicas;
03 – Despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municipal;
04 – Propor Políticas Públicas que assegurem os direitos sociais aos mais frágeis e vulneráveis;
05 – Trabalhar para que as Políticas Públicas eficazes de governo se consolidem como políticas de Estado;
06 – Promover a formação política dos membros de nossa Igreja, especialmente dos jovens, em vista do exercício da cidadania;
07 – Suscitar cristãos católicos comprometidos na política como testemunho concreto da fé
O Texto-Base define Políticas Públicas como “ações e programas que são desenvolvidos pelo estado para garantir e colocar em prática, direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis”. Como sempre a Campanha da Fraternidade usa a metodologia “Ver, Julgar e Agir” depois tirando algumas conclusões. Na parte da metodologia titulada “Ver”, o Texto-Base, entre outras coisas afirma que: “A Constituição de 1988 possibilitou a participação direta da sociedade na elaboração e implementação de Políticas Públicas através dos conselhos deliberativos, que foram propostos por leis complementares em quatro áreas: Criança e Adolescente; b) Saúde; c) Assistência Social e d) Educação.
O “Julgar” é subdividido em três partes:
a) Referências no Antigo Testamento;
b) Referências no Novo Testamento; e
c) A contribuição da Doutrina Social da Igreja para Políticas Públicas hoje. A parte tratada no “Agir” é muito rica.
Trata-se da superação da dualidade no campo da fé e da política. Explica como deve ser a participação da sociedade e os valores fundamentais em Políticas Públicas. Neste setor há um capítulo titulado “Educar para o humanismo solidário”. A Campanha recorda aqui a Carta Encíclica “Populorum Progressio” do papa São Paulo VI e uma famosa frase “ninguém pode, a priori, sentir-se seguro em um mundo em que há sofrimento e miséria”. Neste setor, trata-se das palavras do papa Francisco que propôs a toda Igreja a Jornada Mundial do Pobre para que as comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais um sinal concreto do amor de Cristo pelos últimos e os mais pobres.
A Jornada Mundial do Pobre (JMP-2019) será em 17 de novembro, o 33º. Domingo do Tempo Comum. O desejo do Santo padre é que, na semana anterior ao Dia Mundial dos Pobres, sejam realizadas ações concretas envolvendo os pobres. Por exemplo: visitas e realizações de atividades em orfanatos, asilos, presídios e hospitais; oração do terço com intenções específicas às pessoas empobrecidas; reflexões sobre as questões sociais relacionadas às desigualdades sociais etc.
Fundamentado em três importantes pilares (ver, julgar e agir), o Texto-Base da CF foi cuidadosamente pensado para despertar o desejo de “participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.
O Texto-base termina indicando quem são os sujeitos destinatários dessas ações; são pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social; trabalhadores sem-teto; mulheres e homens encarcerados; vítimas de violência; catadores (as) de materiais recicláveis etc.
Portal Kairós / Pe. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2018/11/ilustracao-cf2019.png375750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2018-11-05 21:05:162018-11-16 02:28:06Iniciando os trabalhos da Campanha da Fraternidade 2019
II Jornada Mundial dos Pobres: “Este pobre grita e o Senhor o escuta”
O tema escolhido este ano pelo papa Francisco para a II Jornada Mundial dos Pobres 2018 (JMP) traz a inspiração do Salmo 34: “‘Este pobre grita e o Senhor o escuta’ (Sl 34,7). As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de ‘pobres’”. Diz o papa Francisco na mensagem divulgada para mobilizar esta II Jornada Mundial dos Pobres.
Com o papa Francisco, queremos convidar todas as pessoas, grupos, comunidades, instituições e pessoas de boa vontade para que participem da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade organizando momentos de encontros fraternos, celebrações ou mobilizações públicas entre os dias 11 e 18 de novembro de 2018.
Animemos em nossas igrejas, comunidades, pastorais, ruas e locais onde se encontram as pessoas empobrecidas, gestos concretos de solidariedade e acolhida com as pessoas em situação de vulnerabilidades extremas. Vamos expressar nossa capacidade de ser uma comunidade humana solidária, acolhedora, amorosa, e cuidadora de toda a Criação.
Atividade Mobilizadoras
No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confiou o processo de animação da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade à Cáritas Brasileira, neste ano de 2018 esta animação foi reforçada também com a contribuição da equipe da Campanha da Fraternidade, da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, do Conselho Nacional do Laicato, e da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora.
Junte-se à comunidade humana que acredita na força transformadora da solidariedade. Mobilize sua comunidade, grupo, pastoral ou coletivo para organizar a Jornada Mundial dos Pobres, com essa finalidade seguem aqui algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas, mas deixe a criatividade fluir e as características locais e territoriais orientarem a preparação das atividades.
O grafite que se tornou a identidade visual desta II Jornada Mundial dos Pobres foi realizado pelo coletivo Família Hip Hop. A sede do coletivo fica em Santa Maria (DF) e oferece atividades como aulas de música e serigrafia para jovens, além de mobilizar iniciativas culturais.
Entre as ações possíveis sugerimos a realização de gincanas para arrecadação de alimentos e roupas; celebrações da Palavra e eucarísticas; estudo da mensagem do papa Francisco e rodas de diálogos; círculos bíblicos; manifestações públicas para chamar atenção do poder público local sobre alguma situação de negação de direitos aos empobrecidos; campanhas de cidadania com atendimentos sociais; atividades lúdicas e esportivas; audiências públicas; atividades em espaços de medida socioeducativa, asilos, orfanatos, presídios, com o povo da rua, dentre outros espaços e grupos, possivelmente organize uma partilha fraterna das refeições (café da manhã, almoço ou jantar com as pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade social) e partilhem da mesma mesa, especialmente no Dia Mundial dos Pobres que vamos celebrar no dia 18 de novembro.
O subsídio elaborado para ajudar a mobilizar encontros e celebrações traz:
– Síntese da carta do Papa Francisco;
– Propostas de atividades mobilizadoras;
– Três círculos bíblicos com os verbos propostos pelo Papa Francisco: Gritar, Responder e Lutar.
O subsídio e o cartaz serão encaminhados para dioceses, paróquias, organismos pastorais, congregações religiosas e colégios católicos. O mesmo material está disponível aqui para que os grupos possam dispor dos arquivos para divulgação e impressão, caso seja necessário. Para qualquer dúvida, por favor entrar em contato através do e-mail comunicacao@caritas.org.br.
Histórico
Em 2017 o papa Francisco convocou católicos e pessoas de boa vontade para uma jornada de solidariedade e proximidade com as pessoas empobrecidas. A grande convocação trouxe como lema o imperativo: “Não amemos com palavras, mas com obras”.
Desde então a Jornada Mundial dos Pobres entrou para o calendário anual das iniciativas da Igreja. A convocação para a Jornada Mundial
dos Pobres fez parte da agenda de ações mobilizadas no âmbito do encerramento do Ano Santo da Misericórdia, realizado em 2016-2017.
“Convido a Igreja inteira e os homens e mulheres de boa vontade a fixar o olhar, neste dia, em todos aqueles que estendem as suas mãos invocando ajuda e pedindo a nossa solidariedade. Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”, disse o papa Francisco em um trecho da mensagem que marcou a primeira Jornada Mundial dos Pobres.
Que neste ano de 2018 tenhamos uma abençoada, profética, fraterna e alegre Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade!
Acompanhe e compartilhe as ações e mobilizações para a Jornada Mundial dos Pobres nas Redes Sociais da Cáritas Brasileira e entre os dias 11 e 18 de novembro mobilize sua comunidade aproximando-se dos pobres, para com eles encontrarmos caminhos de solidariedade e vivência fraterna.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2018/11/jornada-mundial-dos-pobres-2018-cartaz.png7141000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2018-11-05 15:34:432018-11-08 12:46:03Baixe os subsídios da Jornada Mundial dos Pobres 2018
A mensagem do Papa Francisco para a II Dia Mundial dos Pobres
/em Notícias CatólicasMENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O II DIA MUNDIAL DOS POBRES
XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (18 DE NOVEMBRO DE 2018)
«Este pobre clama e o Senhor o escuta»
Baixe a mensagem do Papa Francisco para a II Dia Mundial dos Pobres:
Nele se diz, antes de mais nada, que o Senhor escuta os pobres que clamam por Ele e é bom para quantos, de coração dilacerado pela tristeza, a solidão e a exclusão, n’Ele procuram refúgio. Escuta todos os que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de levantar o olhar para o Alto a fim de receber luz e conforto. Escuta os que se veem perseguidos em nome duma falsa justiça, oprimidos por políticas indignas deste nome e intimidados pela violência; e contudo sabem que têm em Deus o seu Salvador. O primeiro elemento que sobressai nesta oração é o sentimento de abandono e confiança num Pai que escuta e acolhe. Sintonizados com estas palavras, podemos compreender mais profundamente aquilo que Jesus proclamou com a bem-aventurança «felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3).
Entretanto devido ao caráter único desta experiência, sob muitos aspetos imerecida e impossível de se expressar plenamente, sente-se o desejo de a comunicar a outros, a começar pelos que são – como o Salmista – pobres, rejeitados e marginalizados. De facto, ninguém se pode sentir excluído do amor do Pai, sobretudo num mundo onde frequentemente se eleva a riqueza ao nível de primeiro objetivo e faz com que as pessoas se fechem em si mesmas.
2. O Salmo carateriza a atitude do pobre e a sua relação com Deus, por meio de três verbos. O primeiro: «clamar». A condição de pobreza não se esgota numa palavra, mas torna-se um brado que atravessa os céus e chega a Deus. Que exprime o brado dos pobres senão o seu sofrimento e solidão, a sua desilusão e esperança? Podemos interrogar-nos: como é possível que este brado, que sobe à presença de Deus, não consiga chegar aos nossos ouvidos e nos deixe indiferentes e impassíveis? Num Dia como este, somos chamados a fazer um sério exame de consciência para compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres.
Necessitamos da escuta silenciosa para reconhecer a sua voz. Se nós falarmos demasiado, não conseguiremos escutá-los a eles. Muitas vezes, temo que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, visem mais comprazer-nos a nós mesmos do que acolher verdadeiramente o clamor do pobre. Se assim for, na hora em que os pobres fazem ouvir o seu brado, a reação não é coerente, não é capaz de sintonizar com a condição deles. Vive-se tão encurralado numa cultura do indivíduo obrigado a olhar-se ao espelho e a cuidar exageradamente de si mesmo, que se considera suficiente um gesto de altruísmo para ficar satisfeito, sem se comprometer diretamente.
3. Um segundo verbo é «responder». O Salmista diz que o Senhor não só escuta o clamor do pobre, mas também responde. A sua resposta – como atesta toda a história da salvação – é uma intervenção cheia de amor na condição do pobre. Foi assim, quando Abraão expressara a Deus o seu desejo de possuir uma descendência, apesar de ele e a esposa Sara, já idosos, não terem filhos (cf.Gn 15, 1-6). O mesmo aconteceu quando Moisés, do fogo duma sarça que ardia sem se consumir, recebeu a revelação do nome divino e a missão de fazer sair o povo do Egito (cf. Ex 3, 1-15). E esta resposta confirmou-se ao longo de todo o caminho do povo pelo deserto: tanto quando sentia os apertos da fome e da sede (cf. Ex 16, 1-16; 17, 1-7), como quando caía na miséria pior, ou seja, na infidelidade à aliança e na idolatria (cf. Ex 32, 1-14).
A resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção salvadora para cuidar das feridas da alma e do corpo, repor a justiça e ajudar a retomar a vida com dignidade. A resposta de Deus é também um apelo para que toda a pessoa que acredita n’Ele possa, dentro dos limites humanos, fazer o mesmo. O Dia Mundial dos Pobres pretende ser uma pequena resposta, dirigida pela Igreja inteira dispersa por todo o mundo, aos pobres de todo o género e de todo o lugar a fim de não pensarem que o seu clamor caíra em saco roto. Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e contudo pode ser um sinal de solidariedade para quantos passam necessidade a fim de sentirem a presença ativa dum irmão ou duma irmã. Não é de um ato de delegação que os pobres precisam, mas do envolvimento pessoal de quantos escutam o seu brado. A solicitude dos crentes não pode limitar-se a uma forma de assistência – embora necessária e providencial num primeiro momento –, mas requer aquela «atenção amiga» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 199) que aprecia o outro como pessoa e procura o seu bem.
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Cáritas do Brasil divulga Cartilha para Jornada Mundial dos Pobres 2018
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Um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Cáritas Brasileira é a responsável pela animação da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade. Em 2018, a animação foi reforçada também com a contribuição da equipe da Campanha da Fraternidade, da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, do Conselho Nacional do Laicato e da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora.
A campanha convida a todas as pessoas, grupos, comunidades, instituições e pessoas de boa vontade para que participem da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade organizando momentos de encontros fraternos, celebrações ou mobilizações públicas entre os dias 11 e 18 de novembro de 2018. O material já foi enviado às dioceses de todo Brasil. A ideia é que as Igrejas locais, comunidades, pastorais, ruas e locais onde se encontram as pessoas empobrecidas, organizem gestos concretos de solidariedade e acolhida com as pessoas em situação de vulnerabilidades extremas.
O subsídio elaborado para ajudar a mobilizar encontros e celebrações traz a síntese da carta do Papa Francisco; propostas de atividades mobilizadoras; e três círculos bíblicos com os verbos propostos pelo Papa — gritar, Responder e Lutar. O material está disponível para que os grupos possam dispor dos arquivos para divulgação e impressão, caso seja necessário.
Histórico
Em 2017, o Papa Francisco convocou católicos e pessoas de boa vontade para uma jornada de solidariedade e proximidade com as pessoas empobrecidas. A grande convocação trouxe como lema o imperativo: “Não amemos com palavras, mas com obras”. Desde então a Jornada Mundial dos Pobres entrou para o calendário anual das iniciativas da Igreja. A convocação para a Jornada Mundial dos Pobres fez parte da agenda de ações mobilizadas no âmbito do encerramento do Ano Santo da Misericórdia, realizado em 2016-2017.
Baixe a Cartilha para Jornada Mundial dos Pobres 2018:
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Ladainha de todos os Santos
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Senhor tende piedade de nós! (2x)
Jesus Cristo tende piedade de nós! (2x)
Senhor tende piedade de nós! (2x)
01 – Maria Mãe de Deus, rogai a Deus por nós!
Ó Virgem Imaculada, rogai a Deus por nós!
Senhora Aparecida, rogai a Deus por nós!
Das Dores, Mãe amada, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
02 – Ó Anjos do Senhor, rogai a Deus por nós!
Miguel e Rafael, rogai a Deus por nós!
De Deus os Mensageiros, rogai a Deus por nós!
Arcanjo Gabriel, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
03 – Sant’Ana e São Joaquim, rogai a Deus por nós!
Isabel e Zacarias, rogai a Deus por nós!
João, o Precursor, rogai a Deus por nós!
Esposo de Maria, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
04 – São Pedro e São Paulo, rogai a Deus por nós!
São João e São Mateus, rogai a Deus por nós!
São Marcos e São Lucas, rogai a Deus por nós!
São Judas Tadeu, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
05 – Estêvão e Lourenço, rogai a Deus por nós!
São Cosme e Damião, rogai a Deus por nós!
Inácio de Antioquia, rogai a Deus por nós!
Mártir Sebastião, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
06 – Maria Madalena, rogai a Deus por nós!
Inês e Luzia, rogai a Deus por nós!
Santa Felicidade, rogai a Deus por nós!
Perpétua e Cecília, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
07 – Gregório e Atanásio, rogai a Deus por nós!
Basílio e Agostinho, rogai a Deus por nós!
São Bento e Santo Amaro, rogai a Deus por nós!
Ambrósio e S Martinho, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
08 – Francisco e Domingos, rogai a Deus por nós!
Antônio e Gonçalo, rogai a Deus por nós!
Vianney e Benedito, rogai a Deus por nós!
São Raimundo Nonato, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
09 – Teresa e Teresinha, rogai a Deus por nós!
Santa Rosa de Lima, rogai a Deus por nós!
Margarida Maria, rogai a Deus por nós!
De Sena Catarina, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
10 – Ó Santa Paulina, rogai a Deus por nós!
Santo Antônio Galvão, rogai a Deus por nós!
Beato Anchieta, rogai a Deus por nós!
Frederico Ozanan, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)
Ó Senhor, sede nossa proteção, ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis de todo o mal, ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis da morte eterna, ouvi-nos Senhor!
Vos pedimos, por vossa Encarnação, ouvi-nos Senhor!
Pela vossa Paixão e Ascensão, ouvi-nos Senhor!
Pelo envio do Espírito de Amor, ouvi-nos Senhor!
Apesar de nós sermos pecadores, ouvi-nos Senhor!
Jesus Cristo ouvi-nos, (2x)
Jesus Cristo atendei-nos! (2x)
Portal Kairós
Iniciando os trabalhos da Campanha da Fraternidade 2019
/em Artigos CF 2019, Campanha da Fraternidade, Campanhas da Igreja, CF 2019Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternidade como caminho de conversão quaresmal. Um caminho pessoal, comunitário e social que visibiliza a salvação paterna de Deus. Fraternidade e Políticas Públicas é o tema da Campanha da Quaresma de 2019. O profeta Isaías inspira o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). O Texto-Base este ano (um livro de 123 páginas) apresenta o objetivo geral e sete objetivos específicos para iniciar os trabalhos da Campanha da Fraternidade 2019.
O Objetivo Geral da Campanha deste ano de 2019 é: “Estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.
Tipos de políticas públicas
Por serem programas relacionados com direitos que são garantidos aos cidadãos as políticas públicas existem em muitas áreas.
São alguns exemplos:
Políticas Públicas:
Educação
Saúde
Trabalho
Lazer
Assistência Social
Previdência Social
Meio Ambiente
Cultura
Moradia
Transporte
Segurança
Os objetivos específicos são
01 – Conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas pelo Estado Brasileiro;
02 – Exigir ética na formulação e na concretização das Políticas Públicas;
03 – Despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municipal;
04 – Propor Políticas Públicas que assegurem os direitos sociais aos mais frágeis e vulneráveis;
05 – Trabalhar para que as Políticas Públicas eficazes de governo se consolidem como políticas de Estado;
06 – Promover a formação política dos membros de nossa Igreja, especialmente dos jovens, em vista do exercício da cidadania;
07 – Suscitar cristãos católicos comprometidos na política como testemunho concreto da fé
O Texto-Base define Políticas Públicas como “ações e programas que são desenvolvidos pelo estado para garantir e colocar em prática, direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis”. Como sempre a Campanha da Fraternidade usa a metodologia “Ver, Julgar e Agir” depois tirando algumas conclusões. Na parte da metodologia titulada “Ver”, o Texto-Base, entre outras coisas afirma que: “A Constituição de 1988 possibilitou a participação direta da sociedade na elaboração e implementação de Políticas Públicas através dos conselhos deliberativos, que foram propostos por leis complementares em quatro áreas: Criança e Adolescente; b) Saúde; c) Assistência Social e d) Educação.
O “Julgar” é subdividido em três partes:
a) Referências no Antigo Testamento;
b) Referências no Novo Testamento; e
c) A contribuição da Doutrina Social da Igreja para Políticas Públicas hoje. A parte tratada no “Agir” é muito rica.
Trata-se da superação da dualidade no campo da fé e da política. Explica como deve ser a participação da sociedade e os valores fundamentais em Políticas Públicas. Neste setor há um capítulo titulado “Educar para o humanismo solidário”. A Campanha recorda aqui a Carta Encíclica “Populorum Progressio” do papa São Paulo VI e uma famosa frase “ninguém pode, a priori, sentir-se seguro em um mundo em que há sofrimento e miséria”. Neste setor, trata-se das palavras do papa Francisco que propôs a toda Igreja a Jornada Mundial do Pobre para que as comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais um sinal concreto do amor de Cristo pelos últimos e os mais pobres.
A Jornada Mundial do Pobre (JMP-2019) será em 17 de novembro, o 33º. Domingo do Tempo Comum. O desejo do Santo padre é que, na semana anterior ao Dia Mundial dos Pobres, sejam realizadas ações concretas envolvendo os pobres. Por exemplo: visitas e realizações de atividades em orfanatos, asilos, presídios e hospitais; oração do terço com intenções específicas às pessoas empobrecidas; reflexões sobre as questões sociais relacionadas às desigualdades sociais etc.
Fundamentado em três importantes pilares (ver, julgar e agir), o Texto-Base da CF foi cuidadosamente pensado para despertar o desejo de “participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.
O Texto-base termina indicando quem são os sujeitos destinatários dessas ações; são pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social; trabalhadores sem-teto; mulheres e homens encarcerados; vítimas de violência; catadores (as) de materiais recicláveis etc.
Portal Kairós / Pe. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista
Baixe os subsídios da Jornada Mundial dos Pobres 2018
/em Destaques, Notícias CatólicasII Jornada Mundial dos Pobres: “Este pobre grita e o Senhor o escuta”
O tema escolhido este ano pelo papa Francisco para a II Jornada Mundial dos Pobres 2018 (JMP) traz a inspiração do Salmo 34: “‘Este pobre grita e o Senhor o escuta’ (Sl 34,7). As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de ‘pobres’”. Diz o papa Francisco na mensagem divulgada para mobilizar esta II Jornada Mundial dos Pobres.
Com o papa Francisco, queremos convidar todas as pessoas, grupos, comunidades, instituições e pessoas de boa vontade para que participem da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade organizando momentos de encontros fraternos, celebrações ou mobilizações públicas entre os dias 11 e 18 de novembro de 2018.
Animemos em nossas igrejas, comunidades, pastorais, ruas e locais onde se encontram as pessoas empobrecidas, gestos concretos de solidariedade e acolhida com as pessoas em situação de vulnerabilidades extremas. Vamos expressar nossa capacidade de ser uma comunidade humana solidária, acolhedora, amorosa, e cuidadora de toda a Criação.
Atividade Mobilizadoras
No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confiou o processo de animação da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade à Cáritas Brasileira, neste ano de 2018 esta animação foi reforçada também com a contribuição da equipe da Campanha da Fraternidade, da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, do Conselho Nacional do Laicato, e da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora.
Junte-se à comunidade humana que acredita na força transformadora da solidariedade. Mobilize sua comunidade, grupo, pastoral ou coletivo para organizar a Jornada Mundial dos Pobres, com essa finalidade seguem aqui algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas, mas deixe a criatividade fluir e as características locais e territoriais orientarem a preparação das atividades.
O grafite que se tornou a identidade visual desta II Jornada Mundial dos Pobres foi realizado pelo coletivo Família Hip Hop. A sede do coletivo fica em Santa Maria (DF) e oferece atividades como aulas de música e serigrafia para jovens, além de mobilizar iniciativas culturais.
Entre as ações possíveis sugerimos a realização de gincanas para arrecadação de alimentos e roupas; celebrações da Palavra e eucarísticas; estudo da mensagem do papa Francisco e rodas de diálogos; círculos bíblicos; manifestações públicas para chamar atenção do poder público local sobre alguma situação de negação de direitos aos empobrecidos; campanhas de cidadania com atendimentos sociais; atividades lúdicas e esportivas; audiências públicas; atividades em espaços de medida socioeducativa, asilos, orfanatos, presídios, com o povo da rua, dentre outros espaços e grupos, possivelmente organize uma partilha fraterna das refeições (café da manhã, almoço ou jantar com as pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade social) e partilhem da mesma mesa, especialmente no Dia Mundial dos Pobres que vamos celebrar no dia 18 de novembro.
O subsídio elaborado para ajudar a mobilizar encontros e celebrações traz:
– Síntese da carta do Papa Francisco;
– Propostas de atividades mobilizadoras;
– Três círculos bíblicos com os verbos propostos pelo Papa Francisco: Gritar, Responder e Lutar.
O subsídio e o cartaz serão encaminhados para dioceses, paróquias, organismos pastorais, congregações religiosas e colégios católicos. O mesmo material está disponível aqui para que os grupos possam dispor dos arquivos para divulgação e impressão, caso seja necessário. Para qualquer dúvida, por favor entrar em contato através do e-mail comunicacao@caritas.org.br.
Histórico
Em 2017 o papa Francisco convocou católicos e pessoas de boa vontade para uma jornada de solidariedade e proximidade com as pessoas empobrecidas. A grande convocação trouxe como lema o imperativo: “Não amemos com palavras, mas com obras”.
Desde então a Jornada Mundial dos Pobres entrou para o calendário anual das iniciativas da Igreja. A convocação para a Jornada Mundial
dos Pobres fez parte da agenda de ações mobilizadas no âmbito do encerramento do Ano Santo da Misericórdia, realizado em 2016-2017.
“Convido a Igreja inteira e os homens e mulheres de boa vontade a fixar o olhar, neste dia, em todos aqueles que estendem as suas mãos invocando ajuda e pedindo a nossa solidariedade. Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”, disse o papa Francisco em um trecho da mensagem que marcou a primeira Jornada Mundial dos Pobres.
Que neste ano de 2018 tenhamos uma abençoada, profética, fraterna e alegre Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade!
Subsídios da Jornada Mundial dos Pobres 2018:
Acompanhe e compartilhe as ações e mobilizações para a Jornada Mundial dos Pobres nas Redes Sociais da Cáritas Brasileira e entre os dias 11 e 18 de novembro mobilize sua comunidade aproximando-se dos pobres, para com eles encontrarmos caminhos de solidariedade e vivência fraterna.