Padre Zezinho: A difícil tarefa de dialogar com fanáticos

É muito difícil dialogar com fanáticos políticos ou religiosos nas redes sociais

“Hater”  Pronuncia: reiter – é um termo usado na internet para classificar pessoas que postam comentários de ódio ou crítica sem muito critério. Qualquer pessoa pode ser vítima das ações de um hater, contudo; os alvos mais comuns dos haters são celebridades ou famosos e controversas. As ferramentas utilizadas para os ataques são normalmente os fóruns e as redes sociais. Os comentários que um hater provavelmente postam podem ser visualizados como um ato de cyberbullying (o bully online) e assédio online, por um conteúdo agressivo ou ofensivo.

Primeiramente, começam elogiando você porque o acham pessoa culta ou interessante.

Mas, assim que percebem que você não é 100% em favor do seu PARTIDO ou do seu candidato, ou 100% em favor das suas ideias religiosas, começam a duvidar da sua página no Facebook. Se não é Fake – Pronuncia: feike (página falsa).

Em pouco tempo começam a agredir você até com termos chulos, esquecidos de que a página não é deles é que podem ser excluídos ou banidos da página.

E quando percebem que você não ofende mas que você se defende, antes de sair, jogam todo o seu veneno na página. Saem disparando cusparada ou calúnias.

Então você os denúncia e os exclui. E na página original deles, continuam ofender você, porque você ousou discordou da sua linha política, do seu candidato ou da sua igreja. Invadiram para agredir você. Depois dizem que você os agrediu.

É muito difícil dialogar com um fanático. Ele sabe ofender quem ousa discordar dele. Dialogar não é com ele! Ou você apoia o seu partido e o seu candidato ou sua igreja, ou você não presta!

Você também já passou por esta experiência?

 

Pe Zezinho, scj
https://www.facebook.com/padrezezinhoscj/posts/863785900437163

Participe da Hora da Vida 2017

Já está disponível o subsídio Hora da Vida, preparado para a Semana Nacional da Vida, de 1º a 7 de outubro, e o Dia do Nascituro, 8 de outubro. Esta edição, com o tema “Bendito o fruto do teu ventre” traz relação com o Ano Nacional Mariano, instituído no contexto dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O Hora da Vida tem como objetivo ajudar comunidades e famílias a se organizarem e viverem bem a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. É para toda a Igreja no Brasil um momento de evangelização e de compreensão da dignidade da vida.

“Celebrar a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro é a grande oportunidade de mostrar que, para nós cristãos, a vida realmente é o dom mais precioso que recebemos de Deus e, por isso mesmo, deve ser defendido, respeitado e amado. Uma importante missão surge para todos nós: a de nos tornarmos promotores da vida desde o início da gestação. Isso deve ser uma tarefa de todos nós que reconhecemos que fomos criados pelo amor incomensurável de nosso Deus”, afirma o assessor nacional da Pastoral Familiar, padre Jorge Alves Filho.

Inspiração Mariana

Maria tem lugar especial nas reflexões propostas no subsídio da Semana Nacional da Vida. Para o bispo de Osasco (SP) e presidente da CNPF, dom João Bosco Barbosa de Sousa, o “sim” corajoso e definitivo de Nossa Senhora ao Pai “trouxe ao mundo o Deus encarnado. Deus, tomando a vida humana como sua, tornou-a digna e sagrada”.

A Semana Nacional da Vida – continua o bispo – à luz do mistério de Maria faz perceber a relação amorosa que teve o Pai Criador com a sua criatura, “e essa revelação inaudita sustenta a atitude de responsabilidade e respeito que devemos ter e promover, para que a vida seja plena”.

O subsídio

O material – preparado pela CNPF em parceria com o Movimento Brasil Sem Aborto e o grupo Promotores da Vida – tem sete encontros e propostas de Celebração da Vida para o Dia do Nascituro e de bênção para o momento do parto. “Em cada encontro temos a oportunidade de recordar a história de Jesus e também de sua mãe, que protagonizou a bela atitude de acolher uma vida que teria a missão de salvar as vidas”, explica padre Jorge Filho.

A Semana Nacional da Vida parte da dinâmica de defesa da vida e é celebrada oficialmente desde 2005 quando foi oficializada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Antes disso, porém, desde a década de 1980 aconteciam iniciativas, como campanhas, aprofundamentos, encontros e cursos relacionados à temática.

Encontros

O Hora da Vida chega lembrando Maria Santíssima, neste Ano Nacional Mariano. Seu “sim” corajoso e definitivo ao Pai trouxe ao mundo o Deus encarnado. Deus, tomando a vida humana como sua, tornou-a digna e sagrada. Bendito o fruto deste ventre, do ventre de todas as mães, do ventre da mãe-Terra. O Pai Criador quer ser respeitado e amado em cada ser vivo criado, pois a Vida lhe pertence, e é o seu melhor dom, oferecido ao mundo de maneira sublime e singular na pessoa de seu Filho divino. Nele, toda a vida merece respeito.” Dom João Bosco (Presidente da Comissão Vida e Família da CNBB)

“Celebrar a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro é a grande oportunidade de mostrar que, para nós cristãos, a vida realmente é o dom mais precioso que recebemos de Deus e, por isso mesmo, deve ser defendido, respeitado e amado. Uma importante missão surge para todos nós: a de nos tornarmos promotores da vida desde o início da gestação. Isso deve ser uma tarefa de todos nós que reconhecemos que fomos criados pelo amor incomensurável de nosso Deus.” Pe. Jorge A. Filho (Assessor Nacional da Pastoral Familiar)

O Hora da Vida tem como objetivo ajudar nossas comunidades e nossas famílias a se organizarem e a viverem bem a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. Este ano traz como tema de reflexão “Bendito é o fruto de teu ventre(Lc 1:42)”.

1º Encontro – Eis aqui a serva do Senhor;
2º Encontro – Feliz aquela que acreditou;
3º Encontro – Não havia lugar para eles na hospedaria;
4º Encontro – Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge;
5º Encontro – Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz;
6º Encontro – Olha, teu pai e eu estávamos angustiados à tua procura!;
7º Encontro – A família promotora da misericórdia na sociedade;
Celebração da Vida (8 de outubro, Dia do Nascituro);
Bênção para o momento do parto.

A Semana Nacional da Vida foi instituída em 2005 pela 43ª Assembleia Geral da CNBB. O Dia do Nascituro celebra o direito à proteção da vida e saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio.

Encomendas podem ser feitas pela Loja virtual, em www.lojacnpf.org.br pelo telefone (61) 3443-2900 ou ainda pelo e-mail vendas@cnpf.org.br O material também é distribuído pelos casais coordenadores e agentes da Pastoral Familiar nos regionais e dioceses.

“Cuspiram em nós” Padre Zezinho fala sobre a exposição em SP

Cuspiram em nós

01- Alguns fanáticos evangélicos, desobedecendo seus líderes, quebraram nossos símbolos. Um deles fugiu para o exterior. Os outros foram perdoados como loucos. Não os processamos.

02- Alguns extremistas, que de loucos nada tinham, nos dias do Papa entre nós, ficaram nus em Copacabana diante da mídia que documentou tudo, quebraram nossos símbolos e até urinaram neles. Ninguém prestou queixas e os juízes não puderam punir. Mas foi crime!

03- Em Porto Alegre, em nome de liberdade de expressão conspurcaram nossos mais caros símbolos (eucaristia), numa amostra de desprezo aos católicos. Ninguém foi punido.

04- Agora estão mostrando um homem totalmente nu deixando-se tocar por crianças com a anuência das mães. Houve protesto, mas nenhum juiz se pronunciou sobre a exposição.

05- Agora, só falta, em nome da liberdade de expressão algum bestunto urinar na própria mãe, num casal de anciãos ou num bebê. Aí, talvez,um juiz se pronuncie!

06- Se para estes iconoclastas nada é sagrado, então a liberdade deles também não é sagrada.

Que as famílias se pronunciem, já que a mídia só mostra, e os políticos não batem de frente com eles. E talvez os juízes reajam quando todas as igrejas e, conosco, até os ateus marchem em defesa da infância e da velhice.

07- Por enquanto eles nos chutaram e cuspiram em nós e nada aconteceu contra eles.

Já que desprezam a fé e a família, mas idolatram sua liberdade, que tal se um juiz, secundado pela OAB e pela CNBB e pelos evangélicos do Brasil lhes derem um basta pedindo que o STF se pronuncie?

Afinal é crime ou não é?
Ou neste país laico nem a bandeira é sagrada? Terão que urinar nela para serem punidos?

Veja o vídeo do deputado e cantor Católico, Flavinho:

É certo adorar a Santa Cruz?

Sempre me deixou impressionado as palavras que a Liturgia da sexta-feira santa usa ao referir-se ao culto à Cruz: “solene adoração da santa Cruz”, deixando inclusive a possibilidade de dobrar o joelho diante dela. Penso que essas palavras calaram no coração de mais de um cristão deixando-o pensativo.

A reflexão teológica que segue é – aceitando com alegria e admiração o que a Igreja em sua liturgia nos traz – uma tentativa de entender melhor a fé expressada na oração da Igreja, e espero não confundir mais a cabeça do leitor. Pode-se adorar a Cruz? Em que sentido? Parece-me ver uma explicação bastante satisfatória numas palavras de um teólogo muito recomendado pela mesma Igreja.

Santo Tomás de Aquino estuda a “adoração” na terceira parte da Suma de Teologia, na questão 25. Vamos segui-lo passo a passo. Ao chegar no quarto artigo dessa questão encontramo-nos com uma excelente definição de adoração, tal como é entendido no sentido comum atual. Santo Tomás diz que adoração é colocar nossa esperança de salvação em alguém. A Deus damos adoração por que é o nosso Criador, daí que a adoração só se deve dar ao Deus Uno e Trino, esse é um principio claro que devemos ter conosco durante todo esse estudo: só a Deus se deve a adoração, porque Ele é o nosso Criador, nós somos suas criaturas, e nEle pomos nossa esperança de salvação. Salvadas essas preliminares, vamos à nossa questão. Procurarei fazer acessível o pensamento de Santo Tomás sabendo que não é tarefa fácil. É preciso fazer esse estudo com muita concentração.

Em primeiro lugar, a fé cristã diz que em Cristo há uma única Pessoa, a Segunda da Trindade, que é divina, e duas naturezas, a humana e a divina, que estão unidas nessa única Pessoa divina (Concilio de Calcedônia, ano 451). No primeiro artigo Santo Tomás se pergunta se a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é a mesma que se dá à sua Divindade. E como objeção se poderia dizer que a Humanidade de Cristo não é comum a Ele e ao Pai, como o é a Divindade. Tomás de Aquino começa por dizer que na honra que se dar a uma determinada realidade há que considerar duas coisas: a realidade honrada e a causa dessa honra. Quanto à primeira, é preciso dizer que a honra que se deve, por exemplo a uma pessoa, é devida a toda a pessoa, não só à sua mão ou ao seu pé, a uma parte; se por algum motivo alguém dissesse que honra a mão ou outra parte de alguém só o faria em razão de toda a pessoa, in istis partibus honoratur totum, nessas partes se honraria toda a realidade. Quando à segunda, a causa da honra encontra sua justificação na excelência da pessoa honrada. E conclui o nosso teólogo: como em Cristo há uma única Pessoa, a divina, na qual estão unidas a natureza humana e a natureza divina, a Cristo se dá uma única adoração em razão de sua única Pessoa e, por tanto, ao adorar uma parte de Cristo, adoramos todo o Cristo.

No artigo segundo, Tomás de Aquino dá um passo a mais. Já sabemos que à Humanidade e à Divindade de Cristo se dá uma mesma adoração e glória em razão da única Pessoa de Cristo. Mas, será que se pode dizer que a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é adoração de “latria”, isto é, a adoração devida só a Deus, ao qual o homem se entrega colocando sua esperança de salvação? Considerando que a Encarnação é para sempre, ou seja, a Humanidade e a Divindade em Cristo desde a Encarnação nunca se separaram e jamais se separarão (nem mesmo na morte de Cristo, já que a morte é a separação de corpo e alma, o que se deu em Cristo, não da Humanidade e da Divindade, o que não se deu em Cristo), a pergunta pareceria sem sentido. No entanto, na hipótese de uma consideração separada, diz Santo Tomás de Aquino que se deve considerar a adoração à Humanidade de Cristo de duas maneiras. Em primeiro lugar: a adoração que se dá à Humanidade de Cristo em razão de sua união à Pessoa divina; nesse caso, se trata de uma verdadeira adoração de “latria” à sua Santíssima Humanidade já que ao adorá-la estamos adorando o mesmo Verbo de Deus encarnado. Nesse sentido, diz São João Damasceno que se adora a carne de Cristo não por causa da carne em si mesma, mas por que está unida à pessoa do Verbo de Deus. A segunda consideração é a respeito da adoração que se deve à Humanidade de Cristo por causa das perfeições dessa Humanidade em quanto cheia de todos os dons da graça; nesse sentido se deve adorá-la “adoratione duliae”, com uma adoração de dulia, ou seja com a adoração que se dá às criaturas (a Humanidade de Cristo foi criada); na resposta à primeira objeção, Santo Tomás dirá com mais precisão que à Humanidade de Cristo considerada separadamente se deve dar uma adoração de “hiperdulia”.

Chegados aqui o leitor poderia assustar-se: Santo Tomás de Aquino diz que se deve adorar às criaturas? Não. Tomás de Aquino simplesmente mostra que na sua época a palavra adoração não tinha a mesma carga que tem nos nossos dias. Para ele adoração é o mesmo que “honra”, nesse sentido o determinante nessa questão não é a adoração, mas a “latria”, que é a o tipo de adoração que se deve só a Deus; a adoração de “dulia” é para ele o que nós hoje em dia conhecemos como “veneração”; finalmente a adoração de “hiperdulia”, que seria uma “veneração especial”. Um exemplo: cantamos no Hino Nacional referindo-no ao Brasil as seguintes palavras: “Ó terra amada, idolatrada”. Será que estamos idolatrando a nossa Pátria? Claro que não. Quando dizemos “terra idolatrada” referindo-nos ao Brasil queremos dizer simplesmente que o nosso País é-nos muito querido, estamos simplesmente cumprindo com o quarto mandamento que inclui a amor à Pátria. Que perigo seria ficar só nas palavras sem dar-nos conta do sentido que elas nos trazem! Cada palavra quer significar uma realidade e não podemos simplesmente ficar preso à palavra em si, mas procurar chegar à realidade que essa palavra nos quer transmitir.

Continuemos com Santo Tomás. Nesse terceiro momento (art.3) nos aproximamos mais da nossa questão. A pergunta agora é se um cristão pode adorar com adoração de latria as imagens de Cristo. Tomás de Aquino, como bom cristão, tem horror à idolatria. A resposta do Santo Doutor se compreende ao olhar tanto a Cristo, Verbo de Deus encarnado, quanto ao movimento da nossa alma ao adorá-lo. Tomás de Aquino diz claramente que a reverência é algo devido apenas às criaturas racionais, não às coisas. No entanto, fixando-nos nesse movimento da nossa alma quando olha uma imagem, percebemos que olhamos a imagem não só como uma coisa, um pedaço de madeira por exemplo, mas também como imagem de outra realidade. Quando olhamos uma imagem de Cristo, o movimento da nossa alma é aquele que vê a imagem em quanto imagem, ou seja, em quanto imagem de uma outra realidade. Diz Santo Tomás que esse movimento de ver a imagem de Cristo em quanto imagem da Pessoa de Cristo faz com que estejamos voltados ao mesmo Cristo, de tal maneira que à imagem em quanto imagem se deve a mesma adoração que se dá à realidade, já que esse movimento da nossa alma vê na imagem a realidade, não o pedaço de madeira, por exemplo. Não acontece o mesmo se olhamos a imagem em quanto um pedaço de madeira, nesse caso não se deve dar-lhe nenhuma reverência, já que a reverência é dada tão somente às criaturas racionais. Conclusão: às imagens de Cristo em quanto “imagens” de Cristo devemos dar adoração de latria, pois essa adoração não fica na imagem, mas se dirige à realidade, que é Cristo mesmo.

Mas alguém poderia dizer que essa é uma doutrina estranha e que não está na Escritura Santa. Em primeiro lugar, a Igreja Católica não tem como único veículo da Divina Revelação apenas a Escritura (esse é um principio protestante, a sola Scriptura), mas também da Tradição. Diz Tomás de Aquino na resposta à quarta objeção: “por um instinto familiar do Espírito Santo, certas Igrejas conservaram tradições que não estão escritas, mas colocadas para serem observadas pelos fiéis. O mesmo São Paulo diz aos Tessalonicenses: “ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa” (2,15). E entre essas tradições se encontra a adoração das imagens de Cristo”.

Santo Tomás de Aquino vai descendo a questões mais concretas e se pergunta se à Cruz de Cristo se deve adorar com adoração de latria. O leitor perceberá que no fundo a nossa pergunta inicial já foi respondida. Esqueceu-se da pergunta? Pode-se adorar a Santa Cruz? Mas talvez passou despercebida a resposta. Temos a oportunidade de tratá-la agora diretamente.

Já ficou claro que apenas aos seres racionais se dá alguma reverência; às coisas, nenhuma, a não ser em razão da natureza racional, nesse sentido, diz Tomás de Aquino, que quando os homens veneravam as vestes do rei queriam simbolizar através desse ato uma veneração ao mesmo rei. Existe um segundo tipo de veneração que se pode dar a uma coisa: aquela que se dá em razão da união que guarda com a realidade em quanto que a realidade entrou em contato (físico) com a imagem. Se nos referimos à mesma Cruz na qual Cristo foi crucificado, pensamos no Cristo nela estendido, a Cruz entrou em contato com os membros santíssimos de Cristo, nela o seu Sangue preciosíssimo foi derramado. Por tanto, à Cruz na qual Cristo foi crucificado devemos dar adoração de latria. O que acontece é que, em quanto às outras imagens de Cristo crucificado, adoramos com adoração de latria somente em razão desse movimento segundo o qual a nossa alma não fica parada na imagem, mas se dirige à mesma realidade, que é a Pessoa de Cristo, a Cruz na qual Cristo foi crucificado tem também um significado todo especial a causa do contato com os membros santíssimos do único Redentor dos homens, Jesus Cristo. Penso que com isso a nossa pergunta inicial recebe resposta pela segunda vez: realmente a Igreja adora a Santa Cruz porque vê nela não o objeto material em si, mas o que ela significa, Jesus Cristo crucificado, nosso único Salvador.

E se alguém se escandaliza ainda com essa expressão, talvez bastaria citar a São Paulo: “mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos – quer judeus quer gregos -, força de Deus e sabedoria de Deus” (1 Cor 1,23-24). Por outro lado, não o nego, ver uma imagem em quanto imagem e vê-la apenas em quanto um pedaço de pau são movimentos espontâneos da nossa alma, mas à hora de fazer uma reflexão sobre isso encontramo-nos com verdadeiras dificuldades de compreensão. Mas, sejamos honestos: quando nós não entendemos uma coisa não podemos dizer que essa coisa não é assim só porque nós não a entendemos, simplesmente não entendemos. Isso parece-me de bom senso!

Com os princípios a postos, o artigo quinto e o sexto desta questão responderão que à Mãe de Deus, Maria, e aos outros Santos e suas relíquias, jamais se deve adorar com adoração de latria, isso seria idolatria, mas apenas com o que nós chamamos hoje em dia de veneração e que Santo Tomás chamaria de “adoração de hiperdulia” para Nossa Senhora e “adoração de dulia” para os Santos. Penso que não seria demasiado recordar que a palavra “adoração” para Santo Tomás significa “honra, veneração, respeito”, o que determina é se essa honra é de latria ou de hiperdulia ou de dulia.

Sinto muito se a leitura desse pequeno artigo o deixou mais confuso. Acho que com uma segunda ou terceira leitura se poderia entender melhor. Se não, remito à questão da Suma de Teologia, III parte, questão 25. Para terminar, baste o que a Igreja nos diz e que expressa a sua fé: “Crucem tuam adoramus, Domine, et sanctam ressurrectionem tuam laudamus et glorificamus: ecce enim propter lignum venit gaudium in universo mundo”: adoramos, Senhor, a tua Cruz, e louvamos e glorificamos a tua santa ressurreição: por causa do lenho da Cruz vem a todo o mundo o gozo (Ant.1ª para ser cantada enquanto se adora a Santa Cruz).

 

Pe. Françoá Costa

Confira a programação da Festa da Padroeira 2017

A Festa da Padroeira do Brasil é celebrada todos os anos, em outubro, no Santuário Nacional de Aparecida. Em 2017 a Festa da Padroeira terá uma motivação muito especial, pois nesse ano são comemorados os 300 anos do Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul. Assista na TV Aparecida também pela internet.

A Festa da Padroeira do Brasil começa no dia 01 de outubro e se estende até o dia 12 de outubro na cidade de Aparecida, em São Paulo. Além do Momento Mariano, consagrações, acolhidas no Altar Central e acolhidas às Romarias e Autoridades, há diversas outras atividades previstas.

Veja o que mais está previsto na programação do evento:

Missas
Missa de Abertura da Semana da Criança
Missa das Crianças
Novenas
Novena com participação Terço dos Homens
Novena com participação da Juventude
Novena com participação da Guarda Municipal e Escola de Samba Vila Maria
Carreata
Passeio Ciclístico
Procissão Memória
Procissão Solene (saída da Praça Matriz Basílica)
Show de Amor e Fé (Lançamento de CD)
Local: Tribuna Dom Aloísio Lorscheider
Participações: Vida Reluz, Cantores de Deus, Antônio Cardoso, Jonny, Grupo Ir ao Povo e Pe. Agnaldo José.
Solenidade do lançamento da medalha comemorativa dos 300 anos do Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida pela Casa da Moeda do Brasil

Show 300 Anos de Bênçãos
Local: Tribuna Dom Aloísio Lorscheider
Participações: Rick Sollo, Rio Negro e Solimões, Gino e Geno, Renato Teixeira, Fátima Leão e Giovani
Show Pirotécnico

Os pregadores que participação da Festa da Padroeira do Brasil são os seguintes:
Dom Gilson Andrade da Silva – Bispo-auxiliar de Salvador/BA
Dom Geremias Steinmetz – Bispo de Paranavaí/PR
Dom Orlando Brandes – Arcebispo de Londrina/PR
Dom Airton José dos Santos – Arcebispo de Campinas/SP
Dom José Carlos de Souza Campos – Bispo de Divinópolis/MG
Dom Antonio Emídio Vilar – Bispo de São Luiz de Cáceres/MT
Dom Leonardo Steiner – Bispo-auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB
Dom Marcos Marian Piatek – Bispo de Coari/AM
Dom Gregório Paixão – Bispo de Petrópolis/RJ

 

Confira a programação completa:
http://www.a12.com/santuario-nacional/institucional/detalhes/programacao-da-festa-da-padroeira-2017

Materiais para novena:
Clique aqui