Quinze minutos em companhia de Jesus Sacramentado

De autor anônimo, este guia de reflexão aparece em muitos devocionários…

Não é necessário, meu filho, saber muito para agradar-me muito, basta que me ames com fervor. Fala-me, pois, com simplicidade, como falarias com o mais íntimo dos teus amigos ou como falarias com a tua mãe ou com o teu irmão.

I. Precisas pedir-me alguma coisa em favor de alguém?

Diz-me o seu nome, quer seja o dos teus pais, quer o dos teus irmãos e amigos; diz-me em seguida o que quererias que Eu fizesse em favor deles hoje.

Pede muito, muito; não deixes de pedir, agradam-me os corações generosos, que chegam a esquecer-se de si próprios para atender às necessidades alheias.

Fala-me com simplicidade, com franqueza, a respeito dos pobres que queres consolar; dos doentes que vês padecer; dos extraviados que desejas reconduzir ao bom caminho; dos amigos ausentes que queres ver novamente ao teu lado. Diz-me por todos uma palavra de amigo, entranhável e fervorosa.

Recorda-me que prometi ouvir toda súplica que sair do coração. E não terá saído do coração o pedido que me dirigires por aqueles que o teu coração ama mais especialmente?

II. E para ti, não necessitas também de alguma graça?

Se quiseres, faz uma lista das tuas necessidades e lê-a na minha presença. Diz-me francamente que sentes em ti soberba, amor à sensualidade e ao conforto, que talvez sejas egoísta, inconstante, negligente… E pede-me depois que venha em auxílio dos esforços que fazes, poucos ou muitos, para afastar de ti tais misérias.

Não te envergonhes. No céu há tantos e tantos justos, tantos santos de primeira ordem, que tiveram esses mesmos defeitos! Mas pediram com humildade… , e pouco a pouco viram-se livres deles.

E também não duvides em pedir-me bens espirituais e temporais: saúde, memória, bom êxito nos teus trabalhos, negócios ou estudos; tudo isso posso dar-te e o dou, e desejo que me peças, desde que não se oponha, mas sim favoreça e ajude a tua santificação. Para já, de que precisas? Que posso fazer para o teu bem? Se soubesses como desejo favorecer-te! Tens no momento algum projeto entre mãos? Conta-me tudo minuciosamente. O que te preocupa? Em que pensas? O que desejas?

E por mim? Não sentes desejos da minha glória? Não quererias poder fazer algum bem ao teu próximo, aos teus amigos, àqueles a quem amas muito e que talvez vivam esquecidos de mim? Diz-me o que mais te preocupa hoje, o que desejas mais vivamente e com que meios contas para consegui-lo.

Diz-me se os teus empreendimentos não saem bem, e Eu te direi as causas do teu fracasso. Não quererias que me interessasse um pouco em teu favor? Meu filho, sou dono dos corações e conduzo-os docemente, sem ferir a sua liberdade, para onde me apraz.

III. Por acaso sentes tristeza ou mau humor?

Conta-me, alma desconsolada, as tuas tristezas com todos os pormenores. Quem te feriu? Quem ofendeu o teu amor próprio? Quem te desprezou?

Aproxima-te do meu Coração, que tem um remédio eficaz para curar todas as feridas do teu. Conta-me tudo, e acabarás em breve por dizer-me que, para imitar-me, perdoas tudo, esqueces tudo, e como prêmio receberás a minha bênção consoladora. Porventura tens medo? Sentes em tua alma aquelas vagas melancolias, que, mesmo que possam ser infundadas, nem por isso são menos angustiantes? Lança-te nos braços da minha Providência, Estou contigo: aqui, tu me tens a teu lado; vejo tudo, ouço tudo, não te desamparo em nenhum momento. Sentes indiferença da parte de pessoas que pouco antes te queriam bem, e agora, esquecidas, se afastam de ti, sem que lhes tenhas dado o menor motivo? Roga por elas e Eu farei com que voltem para teu lado, se não forem obstáculo à tua santificação.

IV. E não tens alguma alegria e consolação que queiras comunicar-me? Por que não me tomas participante delas, como bom amigo teu?Conta-me o que te consolou e fez como que sorrir o teu coração desde ontem, desde a última visita que me fizeste. Talvez tenhas tido surpresas agradáveis, talvez tenhas visto dissiparem-se uns negros receios, talvez tenhas recebido notícias alegres, alguma carta ou sinal de carinho, ou então venceste alguma dificuldade, saíste bem de um apuro. Tudo isto é obra minha, e Eu dispus isso em teu favor; por que não hás de manifestar-me a tua gratidão por isto e dizer-me simplesmente como um filho ao seu pai: obrigado, meu pai, infinitamente obrigado? O agradecimento traz consigo novos benefícios, porque agrada ao benfeitor ver-se correspondido.

V. Não terás também alguma promessa a fazer-me?

Leio, já sabes, no fundo do teu coração. Os homens são enganados facilmente, mas Deus não; fala-me, pois, com toda a sinceridade. Tens a firme resolução de não te expores mais àquela ocasião de pecado? De te privares daquele objeto que te prejudicou? De não leres mais aquele livro que avivou a tua imaginação? De não tratares mais com aquela pessoa que perturbou a paz da tua alma?… Voltarás a ser mais amável e condescendente com aquela outra, que até hoje consideras como tua inimiga só porque uma vez não te serviu?

Pois bem, meu filho, volta às tuas ocupações de costume, ao trabalho, à família, ao estudo… Mas não esqueças os quinze minutos de grata conversação que tivemos aqui, nós dois, na solidão do santuário… Sempre que puderes guarda silêncio, modéstia, recolhimento, resignação e caridade com o próximo. Ama a minha Mãe, que também é tua Mãe, e volta outra vez amanhã, com o coração mais amoroso ainda, mais entregue ao meu serviço. No meu encontrarás, a cada dia, novo amor, novos benefícios, novas consolações.

 

Fonte: cleofas.com.br

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Blogueiro Católico é credenciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé

O Blog ‘O catequista’ nasceu para atender às demandas de uma turma de crisma. Era a época de Bento XVI e os telejornais sempre interpretavam as falas do Papa de forma distorcida (o que também acontece hoje com Francisco). Por isso, o profissional da área de Tecnologia da Informação (T.I) e catequista de crisma, Alexandre Varela, resolveu então que faria um ‘bloguinho’ para responder dúvidas. Assim nasceu a primeira versão de ‘O Catequista’. Pouco tempo depois ele se deu conta de que já não tinha mais 30 leitores, mas alguns milhares.  O tempo passou e o Blog é um dos mais acessados entre católicos de todo o país e recentemente foi credenciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Para falar sobre isso e as atividades com o blog, conversamos com Alexandre Varela que vai comentar o que representa este momento. “É um daqueles sinais carinhosos do Senhor que renovam as forças para seguir adiante”, comenta Alexandre.

Confira a entrevista na íntegra

Você mesmo quem produz todo o material?

Alexandre Varela – Todo o material é produzido por mim e pela minha esposa, Viviane, que também é catequista de Crisma. Fazemos tudo. Escrevemos os artigos, fazemos os “posts” das redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), produzimos as fotos, gravamos e editamos os vídeos e podcasts, respondemos aos leitores e ainda colaboramos em alguns jornais, rádios e TVs católicas.

Contamos também com dois outros colaboradores que são o Paulo Ricardo, nosso historiador, e Ricardo Almeida, designer responsável pela criação das nossas marcas e identidade visual.

O blog possui uma linguagem simples, informal e traz postagens com temáticas interessantes. Qual o critério pra escolher as temáticas?

Alexandre – A maioria dos temas são escolhidos a partir das sugestões e dúvidas dos nossos leitores. Mas também sempre nos preocupamos em acompanhar as falas do Papa Francisco principalmente desfazendo os “mal-entendidos” que sempre surgem na imprensa secular.

As redes sociais são suas aliadas, certo?

Alexandre – Sim! São a base do nosso trabalho! O Catequista não seria possível sem a capacidade de divulgação e feedback dessas redes. É a partir delas que não só espalhamos as nossas produções como também é o lugar para interagir e descobrir do que as pessoas estão precisando para viver melhor a sua fé.

O Cristianismo não pode ser desencarnado da vida. Tem que ser um encontro humano! Claro que gostaríamos de encontrar todo o nosso público, mas como isso é impossível, as redes sociais nos ajudam a nunca perder de vista as pessoas que estão por trás dos números da nossa audiência. Esse trabalho só tem sentido se for uma ajuda para que encontrem Cristo.

Vivemos em tempos de ódio na internet. Como lida com os comentários raivosos?

Alexandre – A gente não liga! Sabemos que quanto mais gente alcançamos, mais teremos os famosos “haters”. Até Cristo e os profetas tiveram que lidar com isso! De qualquer maneira, temos um critério para responder aos comentários e mensagens que nos enviam. Ele se baseia em um livro chamado ‘Educar é um Risco’ de Dom Luigi Giussani. Nele, o autor (que era professor) diz que existem dois tipos de alunos: os que têm dúvidas e os que duvidam. Os primeiros têm um desejo real de crescer e aprender. Portanto, é importante investir todo o tempo necessário para esclarecer suas dúvidas. Ao contrário, os que duvidam querem apenas fazer valer o seu ponto de vista. Com esses não se gasta nem um segundo. E na internet é a mesma coisa!

Você foi recentemente credenciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. O que isso representa? O peso da responsabilidade aumentou?

Alexandre – Não é um peso! Ao contrário, esse credenciamento para a Sala de Imprensa do Vaticano, de uma forma tão excepcional, nos deu a certeza de que nossa missão está indo no caminho certo. É um daqueles sinais carinhosos do Senhor que renovam as forças para seguir adiante!

É uma graça imensa poder ir ainda mais fundo no serviço ao Senhor e à sua Igreja, pois agora teremos acesso aos documentos do Papa e notícias do Vaticano de forma privilegiada e vamos colocar esse grande dom à serviço do Reino de Deus.

O que pensa para o futuro do Blog agora?

Alexandre – Quero muito poder garantir a periodicidade da publicação de textos, vídeos e podcasts. Hoje isso tem sido uma dificuldade porque não conseguimos nos dedicar exclusivamente ao blog. Trabalho como gerente de projetos em uma empresa de tecnologia e tudo em ‘O Catequista’ tem que ser feito nas horas livres, concorrendo com a atenção que precisamos dar aos nossos quatro filhos.

Gostaria muito de conseguir patrocinadores para o site para poder cuidar só da nossa missão de catequizar. Mas que seja feita a vontade de Deus. Uma das coisas que a aprendi nesses seis anos de ‘O Catequista’ é que o Senhor tem seus planos e nossa única preocupação deve ser dizer sim a Ele todos os dias.

Pra você, quem é o publico católico na internet de hoje?

Alexandre – São pessoas de todas as idades, principalmente os jovens, com sede de informação mais rápida e mais aprofundada para viver melhor a sua fé. E esse é o nosso grande desafio: conseguir fazer uma catequese que realmente toque a vida das pessoas, com textos, vídeos e áudios que sejam adequados ao pouquíssimo tempo de que dispõem no dia a dia tão corrido que vivemos hoje. Mas fazemos tudo isso de forma a levar as pessoas a retornar às paróquias e buscar seriamente uma direção espiritual. O Cristianismo precisa ser vivido na vida real. É um encontro humano! Não temos a pretensão de atrair as pessoas para nós. Queremos ser o trailer do filme. Um bom trailer vai convencer você a ir ao cinema e, aí sim, viver a experiência completa do filme. É isso que queremos: que as pessoas se sintam instigadas a viver ainda mais intensamente a sua fé na vida real.

Se dedica a quais outras atividades?

Alexandre – Temos a criação dos nossos quatro filhos, meu trabalho como gerente de projetos em uma empresa de TI e a coordenação da Crisma em uma paróquia aqui no Rio de Janeiro. Mas além disso, a própria missão de ‘O Catequista’ gerou atividades em outras mídias. Hoje participo de programas na Canção Nova FM quatro vezes por semana, na Rádio Catedral FM do RJ duas vezes, apresento um programa chamado Parlatório da WebTV Redentor, da Arquidiocese do Rio e colaboramos com textos para vários jornais e sites. Isso sem falar na dedicação em responder nossos leitores. São mais de 100 mensagens por dia!

Deseja acrescentar mais informações que sejam relevantes?

Alexandre – No final do ano passado tivemos a graça de lançar nosso primeiro livro: ‘As Grandes Mentiras sobre a Igreja Católica’ pela Editora Planeta. Nele, nos dedicamos a desmentir os principais mitos sobre a nossa fé. Novamente nos surpreendemos muito com o resultado. Chegamos a ficar em primeiro lugar na lista da Folha e na Amazon. Graças a Deus e ao carinho do nosso público, teremos a oportunidade de continuar esse trabalho. Já estamos escrevendo nosso segundo livro! Por último, gostaria de dizer que tudo isso é fruto da Graça de Deus. Um padre muito querido me disse uma vez que “o homem propõe e Deus dispõe”. Nunca esqueci. Peço que rezem pela nossa missão de catequese e para que possamos sempre propor tudo o que for possível para que o Senhor se aproveite para a construção do seu Reino.

 

Fonte: a12.com

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Porque dizemos que a Igreja é una, santa, católica e apostólica?

Todos os Domingos na missa dizemos juntos: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica…”. Essa frase é parte do nosso credo, ou seja, daquilo que acreditamos. Mas talvez nunca tenhamos tido a oportunidade de deter-nos alguns instantes e pensar sobre o significado dessa frase. Todo o Credo é um resumo de nossa fé feito com muito cuidado e que merece ser aprofundado. Vejamos, então, o que nos diz o catecismo sobre essa parte específica que meditamos hoje.

A Igreja é una (CIC 813-822)

Diz-se que a Igreja é una por três motivos. O primeiro é por sua fonte, o único Deus. O segundo é o seu fundador, que estabeleceu a união de todos em um só Povo de Deus. O terceiro é a sua alma, o Espírito Santo que está em todos os fiéis e que os une intimamente entre si e com Cristo. Assim, vemos que é próprio da essência da Igreja o ser una. Toda essa unidade é vinculada pela caridade, como nos diz São Paulo em Cl 3, 14.

Sabemos também que existem feridas nessa unidade. As diversas confissões cristãs são manifestações disso. A Igreja, com dor, sabe que muitas vezes o testemunho de seus fiéis foi causa de separações e caminha sempre rumo a unidade completa por meio do diálogo e do respeito com os irmãos.

A Igreja é Santa (CIC 823-829)

Certamente não dizemos que a Igreja é santa por seus membros. Pelo contrário, é santa em razão da entrega que Cristo, o Santo, fez de si mesmo a ela. E Santificada por Ele, se torna santificante, ou seja, por meio dela, os fiéis se santificam. “A Igreja reúne, portanto, pecadores alcançados pela salvação de Cristo, mas ainda em via de santificação”. Isso diz respeito a todos os membros, inclusive os ministros ordenados. Todos os fiéis devem reconhecer-se pecadores e necessitados de ser cada vez mais santos. O santo canonizado é a manifestação da vitória do Espírito Santo em uma pessoa concreta, que viveu heroicamente as virtudes em fidelidade à Graça de Deus.

A Igreja é católica (CIC 830-856)

Tratando de resumir o que nos diz o catecismo, que vale a pena ler, podemos dizer que a Igreja é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do gênero humano. Essa característica deriva, então, da unidade que Cristo conseguiu com a sua reconciliação universal. Todos estão chamados a participar dessa unidade e por isso a Igreja deve chegar ao mundo inteiro. Pode ser difícil entender essa catolicidade hoje em dia, no meio de tantas culturas e credos diferentes. A desafiante propor, hoje em dia, aquela famosa frase de que Fora da Igreja não há salvação. Não quer dizer que os católicos se fecham a tudo aquilo que não pertence ao seu credo, pelo contrário, quer dizer que reconhecem que toda a salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, seu corpo. As sementes do Verbo estão presentes em vários lugares, mas a plenitude dos meios de salvação encontramos na Igreja e em especial nos sacramentos.

A Igreja é Apostólica (CIC 857-865)

Dizemos isso porque a Igreja foi fundada sobre os apóstolos. E entendemos isso de três formas diferentes. Primeira: Ela foi e continua sendo construída sobre o “fundamento dos apóstolos”. Segunda: Ela conserva e transmite o depósito da fé, escutado diretamente da boca dos apóstolos. Terceira: São os apóstolos, por meio de seus sucessores, que continuam a guiar a Igreja em sua missão pastoral.

Que essa breve reflexão possa ajudar a que proclamemos o Credo com mais profundidade e que cresça ainda mais o nosso amor pela Igreja, corpo de Cristo, da qual somos membros por meio do Batismo que recebemos.

 

Ir. João Antônio

Fonte: a12.com

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A Espiritualidade da Semana Santa

“Como a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, Cristo a realizou principalmente por seu mistério pascal, com o qual destruiu nossa morte morrendo, e ressuscitando restaurou nossa vida, o sagrado tríduo pascal da paixão e ressurreição do Senhor brilha como o ponto culminante de todo o ano litúrgico”. Com essa afirmação a Igreja, no Concilio Vaticano II, expressou a centralidade desse tempo intenso que começamos a viver. Sendo os mistérios centrais da nossa fé, muitas vezes não se tornam os mistérios centrais da nossa vida por diferentes motivos que valem a pena serem levados em consideração.

No Domingo de Ramos é comum escutar os sacerdotes animando os fiéis a viverem intensamente as celebrações que se aproximam. Porque será essa insistência tão grande? Sabemos da quantidade de trabalho que eles têm nesses dias, mas o seu apelo não é simplesmente porque não querem trabalhar e depois ver uma igreja vazia. Longe disso. Como pastores que são, percebem que suas ovelhas muitas vezes passam desapercebidas por aquilo que é a fonte, o núcleo, o centro capaz de dar sentido e encher de vitalidade toda uma vida. E como veem isso acontecer ano após ano, o apelo fica cada vez mais intenso. Não deixemos que esse ano seja apenas mais uma semana santa.

Que ela seja “A Semana Santa”. Que ela seja de verdade santa não depende de nós. Mas depende sim de nós que essa santidade se faça vida em cada um. Um primeiro perigo que podemos viver essa semana é a de entender as celebrações como um simples memorial de um fato ocorrido dois mil anos atrás. Sem deixar de ser um memorial, quando celebramos a Eucaristia, se atualiza o mistério de Cristo, ele se faz presente mais uma vez. Isso também acontece na semana santa e inclusive poderíamos dizer que é mais importante acentuar a realidade sacramental, ou seja, de uma real atualização e vivência do mistério, do que uma simples lembrança de um fato ocorrido a mais ou menos dois mil anos atrás.

Uma outra dificuldade que pode surgir é viver uma espécie de romanticismo pascal que se esquece ou prefere não olhar toda a dimensão dramática e profunda do que estamos vivendo. Vive-se a semana santa de forma cômoda, triunfalista e, de certo modo, utópica. Parece uma páscoa sem calvário. E isso acontece muito se não vivemos uma experiência quaresmal intensa, na qual unimos as nossas dores e dificuldades com as de Cristo. Afinal, se não experimentamos em nós nada que precise ser reconciliado, salvo ou redimido, qual o sentido da ressurreição de Cristo para nós?

Podemos, dessa forma, acabar passando por mais uma semana santa que não modifica muito o nosso interior. Entre muitas celebrações e trabalhos, acontece de terminar a semana santa e não experimentarmos essa revitalização pessoal, pelo contrário, por estarmos muito cansados pelas longas celebrações talvez até nos distanciemos um pouco. E, no entanto, o fundamental da semana santa é que frutifique em nós uma vida cristã mais intensa, uma vida espiritual mais robusta.

Não deixemos que esse tríduo que se aproxima passe por nós sem que nos toque profundamente. Que nos questione em pontos centrais da nossa vida como a vivência do nosso Batismo e suas consequências. Peçamos ao Espírito Santo que nos conduza nessa semana e que seja Ele quem abra nossas mentes e corações para vivermos uma santa Semana Santa.

 

Ir. João Antônio

Fonte: a12.com

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Um rápido diagnóstico para conhecer os jovens millenials!

Os jovens de hoje são chamados em geral de ‘millenials’ (ou geração do milênio), termo utilizado nos últimos anos para indicar aqueles que nasceram entre 1979 e 1999, e que portanto, hoje contam entre 18 e 38 anos. Esta geração iniciou sua fase jovem/adulta juntamente com o início do milênio em que estamos vivendo. E também chamada de geração Y.

Os experts em demografia e estatística agruparam as gerações após a II Guerra Mundial, pelo menos nos EUA e nos países ocidentais, em ‘cortes demográficos’, assim classificados: ‘Baby Boomers’ (1946-1965), a Geração – X (1966-1985), e os ‘millenials’, ou Geração – Y (1979-1999). Os Baby-Boomers, os nascidos após a II guerra mundial, é a geração que agora tem entre 60-70 anos. A geração –X, é a geração nascida após a geração baby–boomers do após-guerra, entre 1966 e 1985. É a geração que agora tem entre 40 e 50 anos. Os millenials, também denominados geração –Y, é a geração dos nascidos entre 1979-1999, formada hoje pelos que tem entre 18-38 anos. Os Millenials são a geração dos que estudam em nossas universidades. Muitos estudiosos também chamam esta geração como ‘geração global’. A geração Z é aquela nascida na última década do sec. XX e a primeira década do sec. XXI. Esta geração já nasceu conectada à internet. Millenials: Estes estão acostumados a resolver tudo num clique.

Os millenials são também chamados de nativos digitais. Apenas nos EUA, estamos falando de 80 milhões de pessoas e no brasil, quase 60 milhões de jovens adultos. Estes estão acostumados a resolver tudo num clique. Estão sempre ocupados e conectados (tempo foi totalmente instrumentalizado…) não existe mais o chamado ‘ócio criativo’ de que nos fala o pensador e sociólogo italiano, Domenico De Masi.

Esta geração Y é mais preguiçosa, se comparada as gerações anteriores, ou seja, menos ativa na busca de seus objetivos. São também mais alienados, pois demonstram menores níveis de engajamento social, pois lhes falta uma maior consciência coletiva. Por estarem o tempo todo conectados, isto compromete a capacidade desta geração em aprender coisas novas e com isso desenvolverem sua capacidade de reflexão. Desconhecem as coisas da atualidade e nem estão interessados em coisas do passado.

A exposição pessoal é um dos pontos centrais desta nova geração. O habito de se auto fgrafar (selfie) por exemplo, postar informações a todo o momento a respeito de onde se encontram, com quem estão, o que estão fazendo, o que estão vestindo, comendo, etc…. Teriam então, segundo alguns autores, contribuído na formação de uma geração de narcisistas.

Gerações X, Y e Z são conceitos sociológicos que caracterizam pessoas que nasceram em diferentes culturas. A geração Y nasce sob a égide do imediatismo, da informação instantânea, só acostumados a resolver tudo num simples clique eletrônico. Diferente dos seus pais, que esperavam até uma semana para saber dos principais fatos do mundo nas revistas semanais, a nova geração vê as notícias de ontem como algo já defasado, uma ‘informação velha’. O fato tem que ser percebido no momento em que acontece e a única forma disso ocorrer é se manter-se permanentemente conectado, isto é, on line!

A internet está para a geração Y como a bibliotecas ou bancas de jornal estão para as gerações anteriores. A geração Y não sente a necessidade de aprender e se aprofundar em nada e muito menos de decorar algo. Um jovem conectado não demora mais do que alguns segundos para acessar qualquer texto ou informação que necessite, agora, neste instante, com um smartfone na palma da mão. Aos poucos, a internet vai substituindo para esta geração, os livros e material didático.

A visita a casa de um parente ou de um amigo já não é tão necessário para os millenials (a geração Y), como era para a geração precedente, a geração X. O relacionamento não precisa ocorrer presencialmente, e na preferência desta nova geração é melhor que não aconteça. Visitas são feitas virtualmente através de mensageiros instantâneos e sitio de relacionamentos com a marca da nova geração: o imediatismo. Basta apenas visitar o facebook de um ‘amigo’ e lá se sentem na intimidade de seu lar. Tudo o que o jovem precisa saber e tudo que pode gerar um relacionamento está na internet, e não mais em sua casa.

O jovem da geração Y é multitarefa, isto é, faz várias coisas ao mesmo tempo, o que popularmente dizemos ‘assoviar e chupar cana’. Consegue falar com amigos ao telefone, enviar mensagens, visitar os sítios de relacionamento e ouvir uma música, tudo simultaneamente.

Os pais da geração Y, mantinham em média de 15 a 20 amigos, incluindo 3 ou 4 de contato mais próximo. Hoje, através do twitter ou facebook, um jovem mantem relacionamentos instantâneos, mas superficiais, com mais de uma centena de pessoas.

A geração Y mais do que marcas ou rótulos, busca inovação. Um novo gadget fará parte de sua lista de desejos antes mesmo de ser lançado. Passara horas numa fila para adquirir em primeira mão um produto que será lançado a meia-noite numa loja de eletrônicos. No dia seguinte ostentará a compra, onde estiver como um troféu. Contará, por horas a fio, a odisseia que passou na fila.

A geração Z é aquela nascida na última década do sec. XX e a primeira década do se. XXI. Semelhante é a geração Y, esta geração não é fiel a marcas, vive em função de inovações tecnológicas e prefere o mundo virtual ao real. A diferença entre ambas as gerações, é que se a geração Y precisa se conectar à internet, para entrar no seu mundo, a geração Z já nasceu conectada. Já não é mais necessário o computador, a internet está presente em todos os seus equipamentos: Telefone, notebooks, tevês de última geração e dispositivos portáveis. Conversa com os amigos por SMS, já que o e-mail já ficou fora de moda. Ao invés de usar o celular no ouvido o utilizam a frente dos olhos (vídeo fone). São multitarefa e não são fieis a trabalhos ou empregos que não estejam de acordo com suas crenças.

A gerarão Z é a encarnação do que a geração Y gostaria de ter sido. A geração Z trata as conexões a internet com fosse fossem o fornecimento de eletricidade ou água. A Geração Z será a grande consumidora de tecnologia dos próximos anos. Enquanto todos festejam a geração Y como os consumidores do futuro, é a geração Z que acaba consumindo os gadgets mais badalados e inovadores (continua).

Padre Leo Pessini

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A12 / Portal Kairós