Vídeo: temas da Campanha da Fraternidade 2020

Temas de discussão sobre a Campanha da Fraternidade 2020

Por meio do tema e do lema da Campanha da Fraternidade 2020 – Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso / “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34) –, somos convidados a refletir sobre o significado mais profundo da vida em suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica.

Confira nos vídeos os principais temas do texto-base da CF 2020

01 – Contra o homicídio e feminicídio
02 – Ecologia integral
03 – Políticas Públicas
04 – Contra o suicídio
05 – Contra o aborto e eutanásia
06 – Infância e juventude
07 – Contra a violência e automutilação

 

Portal Kairós

CF 2020: Quem era o Bom Samaritano?

Parábola: uma catequese de atitude. O exemplo do bom samaritano (Lc 10, 25-37)

Introdução

Jesus foi um mestre de seu tempo. Teve como meta, sua única preocupação, o anúncio e instauração do Reino de Deus. Com certa frequência, vemos nos evangelhos, frases que acenam admiração diante do seu modo de ensinar fazendo e ao fazer ensinava. “Quando Jesus acabou de proferir essas parábolas, partiu dali… maravilhavam-se e diziam: De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres?” (Mt 13,53-54); “Responderam os guardas: Jamais um homem falou assim” (Jo 7,46); “Todos testemunhavam a seu respeito, e admiravam-se das palavras cheias de graça que saiam de sua boca” (Lc 4,22); “De onde lhe vem tudo isto? E que sabedoria é esta que lhe foi dada?” (Mc 6,2).

CF 2020: Quem era o Bom Samaritano?

Quando optamos por ver os caminhos feitos pelo Jesus histórico, observamos que sua vida foi direcionada para as coisas do Reino, tendo como ponto de partida o sofrimento das mulheres e dos homens. Os escritos de Marcos (1,14), Mateus (5,1-12) e Lucas (4,16-21) insistem em inaugurar a atividade pública de Jesus, após um episódio que afetou a vida interna da comunidade. Não temos dúvidas de que na sua historicidade, Jesus foi considerado como um anunciador extraordinário.

O termo parábola “parabolê”, no grego, surge como uma palavra composta para (lado) e ballô (lançar). Oferece a ideia de falar de algo que é impossível explicar diretamente, mas recorrendo à figura de linguagem que se encontra ao lado no desejo de explicar uma determinada realidade ou oferecer uma resposta por comparação ou analogia. Ao recorrer ao gênero das parábolas – termo dito pelos próprios evangelistas – Jesus procurou manifestar uma nova maneira de compreender e relacionar-se com Deus, com a vida das mulheres e homens, com uma postura ética voltada para o  fortalecimento dos laços humanos. Um Deus muito próximo das fraquezas humanas, mas ao mesmo tempo, uma divindade que conta com a colaboração humana para ser conhecido no interior da sociedade. Por meio das parábolas podemos descobrir um  Jesus que ensina a partir da realidade, da cultura, dos problemas, dos desejos das  pessoas do seu tempo. Deu amplos sinais de superar a exclusão sustentada na lei do  puro e impuro. As parábolas revelam um Jesus “plugado” nos desafios e nas realidades de sua época. Com as parábolas Jesus quis revelar aos seus ouvintes a chegada do Reino de Deus. Mostrou-lhes as possibilidades de viver numa sociedade sem excluídos e privilegiados.

Parte 1
Parábolas no Antigo Testamento 

Este gênero literário não é originário do Novo Testamento. Encontramos parábolas nas narrativas históricas do Antigo Israel. Na primeira tentativa de instaurar a monarquia sobre as antigas experiências tribais – modelo de vida descentralizado e partilhado – encontramos na violenta e fratricida experiência de Abimelec e ao seu redor uma inquietante parábola. Os autores deuteronomistas não escondem que o modelo político de reorganizar as relações sociais, o comércio e o uso da religião a serviço do rei é centralizador, violento e injusto (DIETRICH, 2013, p. 24).

Em seu desejo de ser rei, Abimelec não esconde seu plano. Vem a Siquem, reúne todo o clã da casa paterna de sua mãe, busca apoio junto aos homens notáveis e lhes expõe seu plano centralizador: “Que será melhor para vós: que setenta homens, todos filhos de Jerobaal, dominem sobre vós, ou que um só homem domine?” (Jz 9,2). Mas o plano deve ser sustentado por um viés ideológico. Para justificá-lo, Abimelec busca na condição de parentesco a justificativa. Eis o argumento: “Lembrai-vos de que eu sou osso vosso e carne vossa” (Jz 9,2b). Em um regime tribal todos se preocupam com a  vida e sobrevivência de todos. A marca essencial passa a ser, o que é meu, também pertence ao todo. É nesse laço de convivência fraterna que esta o argumento de Abimelec. Às demais lideranças não restam outra escolha. E por ser considerado “nosso irmão” (Jz 9,3), recebe apoio financeiro e com certa quantia recruta homens vadios e aventureiros para por em prática seu projeto de realeza. Tem em mãos prestígio – delegado por seus irmãos – dinheiro e uma certa força militar. Resta-lhe executar o plano. Traiçoeiramente, vem à casa de seu pai e mata seus irmãos em um só lugar, restando somente seu irmão mais novo, Joatão, salvo por ter se escondido. Pronto. Está instituído a monarquia por meio de um tremendo golpe violento.

Mas ao irmão sobrevivente resta fazer a denúncia. A parábola, uma das mais antigas narrativas bíblicas, apresenta uma severa crítica à monarquia. As árvores nobres não aceitam reinar, mas o espinheiro, inútil e perigoso ao propagar o fogo, aceita a função:

“Levaram a notícia a Joatão, e ele subiu ao cume do monte Garizim e lhes disse em alta voz: ´Homens notáveis de Siquém, ouvi-me, para que Deus vos ouça! Um dia as árvores se puseram a caminho para ungir um rei que reinasse sobre elas. Disseram à oliveira: ‘Reine sobre nós!’ A oliveira lhes respondeu: ‘Renunciaria eu ao meu azeite, que tanto honra aos deuses como os homens, a fim de balançar-me sobre as árvores?’ ” (Jz 9,7-9).

Oportuno perceber o início da narrativa e como, recorrendo ao uso das árvores frutíferas – oliveira, figueira e videira – fundamentais para a economia na região, a narrativa expõe o perigo de um governo centralizado na pessoa do rei, aqui, exemplificado na imagem do espinheiro, que por sua natureza é incapaz de oferecer abrigo e sombra, aceita reinar após as seguidas renúncias das nobres árvores.

O estilo parabólico, ontem como hoje, retrata uma experiência de vida que quando dito, verbalizado toda gente compreende. São afirmações comparativas acontecem no desejo de inquietar, chamar certa atenção do ouvinte. Levá-lo a pensar e optar por uma atitude. Não há teoria. Há algo prático. Para o já. Inadiável. Um modo de ensinar marcado por cinco momentos: atenta escuta, reflexão, inquietação, discernimento e tomada de atitude.

Outras parábolas encontramos ao redor de imagens contrapondo o espinho e o cedro (2Rs 14,9-10); o mau rico (2Sm 12,1-9) e os dois irmãos (2Sm 14,4-10). Todas expondo enigmas com forte aceno político ao redor da posição adotada pelo monarca. Inquieta-nos saber se o rei atuará no desejo de agir com justiça e na base do direito. Já nas narrativas proféticas o uso das parábolas tem uma finalidade eminentemente teológica. Acentuam o agir divino em prol do povo: a imagem do leão (Am 3,4-8), a ovelha ferida (Am 3,12; Mq 4,6-7), o povo arredio (Os 7,11; 4,16; 9,10). Outras, visam denunciar o desvio do povo no uso da idolatria que oprime e destrói sua organização social: a vinha (Is 5,1-7; Ez 15; Is 27), o agricultor (Is 28,23-29) e a imagem alegórica dos figos (Jr 24).

Parte 2
Parábolas no evangelho de Lucas

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Sem tempo, irmão (a)? Assista o curso rápido da CF 2020

Como está seu conhecimento acerca da Campanha da Fraternidade 2020? Abaixo, oferecemos aulas para auxiliar na compreensão individual e comunitária sobre o tema e o lema propostos. Dessa forma, a intenção é de que todos se inteirem daquilo que a CF deseja promover, não só no coração, mas nos atos de todos. Em seguida, se desejar, procure no Portal Kairós outros subsídios que irão te auxiliar nessa jornada. Confira também os temas de discussão sobre a Campanha da Fraternidade 2020.

Padre Patriky Samuel Batista, Secretário Executivo para Campanhas da CNBB, é quem conduz as reflexões. São 3 aulas que norteiam reflexões importantes sobre a CF de 2020. Vamos lá? Pegue papel e caneta para fazer suas anotações e boas aulas!

Parte I: “VIU, sentiu compaixão, e cuidou dele” (Lc 10,33-34)

Devemos assumir o olhar solidário capaz de cuidar, como modo de ser no mundo, nos permite ir além do egoísmo e da indiferença. O cuidado reinstaura o espaço da graça e da leveza diante do mundo e de todas as formas de vida, gerando um novo laço de amor entre nós.

Parte II – “Viu, SENTIU COMPAIXÃO, e cuidou dele” (Lc 10,33-34)

Sentir compaixão e cuidar com ternura é reacender a chama de uma vida, reconstruir uma história, aquecer um coração desesperado, iluminar quem está na escuridão, abrir os braços para quem precisa de um abraço, é fazer-se presente onde ninguém deseja estar ou queira ficar.

Parte III – “Viu, sentiu compaixão, e CUIDOU DELE” (Lc 10,33-34)

Aprendemos com o Bom Samaritano: o meu próximo é aquele de quem eu me achego. É aquele a quem dedico cuidado. Com a Campanha da fraternidade, somos convidados a proclamar em todo país que a vida, Dom e Compromisso, é essencialmente samaritana!

 

CNBB / Portal Kairós

Estudo e resumo do texto-base da CF-2020

APRESENTAÇÃO

Na Campanha da Fraternidade (CF) 2020, somos convidados a olhar com mais atenção para a vida. Constata-se que a vida das pessoas chegou a um ponto que esbarra em uma série de angustiantes indagações.

  1. O que aconteceu conosco?
  2. Por que vemos crescer tantas formas de violência, agressividade e destruição?
  3. Perdemos, de fato, o valor da fraternidade?

Em meio a tantas questões, a CF 2020 e o Portal Kairós convocam à reflexão sobre o significado mais profundo da vida e a encontrar caminhos para que esse sentido seja fortalecido ou reencontrado. É por isso que a CF 2020 proclama: a vida é Dom e Compromisso! Seu sentido consiste em ver, solidarizar-se e cuidar. Significa não passar cego às dores das pessoas.

Diante de tanta indiferença se torna urgente testemunhar e estimular a solidariedade (Mateus 25,45). Não temamos se nos sentirmos pequenos diante dos problemas. Lembremo-nos de Santa Dulce dos Pobres, mulher frágil no corpo, mas uma fortaleza peregrinante pelas terras de São Salvador da Bahia de todos os Santos. Santa Dulce dos Pobres é testemunho irrefutável de que a vida é dom e compromisso. É Santa Dulce dos Pobres, que intercede por nós no céu.

BOM SAMARITANO: COMPAIXÃO E CUIDADO COM A VIDA

Estudo e resumo do texto-base da CF-2020

A CF 2020 toma como referência a Parábola do Bom Samaritano (Lucas 10, 25-37). A Parábola do Bom Samaritano é composta por personagens anônimos. O Sacerdote e o Levita, desviam-se do homem ferido, pois não tinham tempo para ele. O Samaritano aproxima-se da vítima dos salteadores e, movido pela compaixão, gasta seu tempo, ficando com ele à noite na hospedaria. No dia seguinte paga as despesas da sua estadia e promete retribuir ao dono da hospedaria tudo o que por ventura gastasse a mais para cuidar daquele que sofreu o assalto.

A postura inesperada do Samaritano contém o centro do ensinamento de Jesus: o próximo não é apenas alguém com quem possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos aproximamos. Não é a Lei, vínculo sanguíneo ou ligação afetiva que estabelecem as prioridades, mas a compaixão, que impulsiona a fazer pelo outro aquilo que nos é possível, rompendo com toda indiferença. A lei é esta: todos devem ser amados, sem distinção.

Ser capaz de sentir compaixão é a chave da obediência à vontade de Deus, que ama toda a criação: Servir! Ver! Sentir, ter compaixão e cuidar é o autêntico Programa Quaresmal.

Quaresma é tempo de abertura ao mistério da dor, morte e a cruz do Crucificado, Vencedor da Morte. A Igreja recorda que esse caminho do calvário e vitória de Cristo, exige de nós jejum, oração e a esmola. No jejum somos conectados à dor dos que tanto sofrem pela falta de vida digna. A oração, diálogo de amor e amizade, é aproximação que nos possibilita sermos tocados pelo amor e ternura de Deus. A esmola é a partilha de vida, cuidado amoroso que nasce da liberdade da renúncia para a entrega amorosa. Jesus é o verdadeiro bom Samaritano que se aproxima dos homens e das mulheres que sofrem e, por compaixão, lhes restitui a dignidade perdida. A entrega de Jesus na cruz é apenas o culminar desse estilo que marcou toda a sua vida.

1ª PARTE “VIU”

1ª PARTE - "VIU"

VIU, SENTIU COMPAIXÃO E CUIDOU DELE (LUCAS 10,33-34)

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Literatura para trabalhar a Campanha da Fraternidade 2020

Estes materiais foram organizados especialmente para você trabalhar a Campanha da Fraternidade 2020.

Aqui, você vai encontrar propostas de atividades baseadas em obras literárias infantis e infanto-juvenis que possibilitam o trabalho com o tema integrador da Campanha da Fraternidade 2020.

O tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34) favorecem a percepção da vida que se manifesta tanto na beleza e na alegria quanto nas feridas que eventualmente machucam e que, se não forem cuidadas, podem ameaçar a vida.

Trabalhar a Campanha da Fraternidade 2020

Consideramos que as sugestões de obras literárias indicadas abaixo, para download, possam ajudar você a trabalhar o tema da Campanha da Fraternidade 2020 com seus estudantes e sugerimos, para cada obra literária, a realização de uma atividade para aprofundar o tema.

Ó Maria, aurora do mundo novo,
Mãe dos viventes, confiamos-vos a causa da vida:
olhai, Mãe, para o número sem fim de crianças
a quem é impedido nascer,
de pobres para quem se torna difícil viver,
de homens e mulheres vítimas de inumana violência,
de idosos e doentes assassinados pela indiferença
ou por uma falsa compaixão.
Fazei com que todos aqueles que creem no vosso Filho
saibam anunciar com desassombro e amor aos homens
do nosso tempo o Evangelho da vida.
Alcançai-lhes a graça de o acolher como
um dom sempre novo, a alegria de o celebrar
com gratidão em toda a sua existência, e a coragem
para o testemunhar com grande tenacidade, para construírem,
juntamente com todos os homens de boa vontade, a civilização
da verdade e do amor, para louvor e glória de
Deus Criador e amante da vida.
Amém!

São João Paulo II – Carta Encíclica Humanae Vitae

Trabalhar a Campanha da Fraternidade 2020

Editora SM
Editora Moderna
Editora Melhoramentos
Editora Brasil
Editora Biruta

Apresentamos a Campanha da Fraternidade 2020

Baixe sugestões de livros sobre a temática da CF 2020:

Na Área Especial

Formação para Trabalhar a Campanha da Fraternidade 2020 – Irmã Dulce – 198 páginas:

Formação para Trabalhar a Campanha da Fraternidade 2020 – Irmã Dulce – 313 páginas:

Colorindo e recortando na Catequese e Fraternidade 2021

Conversar sobre a Campanha da Fraternidade 2020 com as crianças, nas turmas de catequese, é essencial.

São elas que levam para casa os argumentos aprendidos nos encontros catequéticos e, assim, ajudam sua família a refletir sobre o tema.

Por isso lançamos o livro (e-book) EXCLUSIVO: Colorindo e recortando na Catequese e Fraternidade 2021, destacamos imagens para colorir e recortar que podem ser trabalhadas na catequese infantil para fixar o tema da CF-2021 com as crianças. São mais de 50 imagens sobre o tema.

Material também para trabalhar a Campanha da Fraternidade 2020 nas escolas, pastorais e grupo de oração de crianças.

Baixe Colorindo e recortando na Catequese e Fraternidade 2021 em pdf:

Será lançado em breve!

 

CNBB / Portal Kairós