Ladainha de todos os Santos

Ladainha de todos os Santos

Senhor tende piedade de nós! (2x)
Jesus Cristo tende piedade de nós! (2x)
Senhor tende piedade de nós! (2x)

01 – Maria Mãe de Deus, rogai a Deus por nós!
Ó Virgem Imaculada, rogai a Deus por nós!
Senhora Aparecida, rogai a Deus por nós!
Das Dores, Mãe amada, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

02 – Ó Anjos do Senhor, rogai a Deus por nós!
Miguel e Rafael, rogai a Deus por nós!
De Deus os Mensageiros, rogai a Deus por nós!
Arcanjo Gabriel, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

03 – Sant’Ana e São Joaquim, rogai a Deus por nós!
Isabel e Zacarias, rogai a Deus por nós!
João, o Precursor, rogai a Deus por nós!
Esposo de Maria, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

04 – São Pedro e São Paulo, rogai a Deus por nós!
São João e São Mateus, rogai a Deus por nós!
São Marcos e São Lucas, rogai a Deus por nós!
São Judas Tadeu, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

05 – Estêvão e Lourenço, rogai a Deus por nós!
São Cosme e Damião, rogai a Deus por nós!
Inácio de Antioquia, rogai a Deus por nós!
Mártir Sebastião, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

06 – Maria Madalena, rogai a Deus por nós!
Inês e Luzia, rogai a Deus por nós!
Santa Felicidade, rogai a Deus por nós!
Perpétua e Cecília, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

07 – Gregório e Atanásio, rogai a Deus por nós!
Basílio e Agostinho, rogai a Deus por nós!
São Bento e Santo Amaro, rogai a Deus por nós!
Ambrósio e S Martinho, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

08 – Francisco e Domingos, rogai a Deus por nós!
Antônio e Gonçalo, rogai a Deus por nós!
Vianney e Benedito, rogai a Deus por nós!
São Raimundo Nonato, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

09 – Teresa e Teresinha, rogai a Deus por nós!
Santa Rosa de Lima, rogai a Deus por nós!
Margarida Maria, rogai a Deus por nós!
De Sena Catarina, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

10 – Ó Santa Paulina, rogai a Deus por nós!
Santo Antônio Galvão, rogai a Deus por nós!
Beato Anchieta, rogai a Deus por nós!
Frederico Ozanan, rogai a Deus por nós!
Rogai por nós, rogai por nós! (2x)

Ó Senhor, sede nossa proteção, ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis de todo o mal, ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis da morte eterna, ouvi-nos Senhor!
Vos pedimos, por vossa Encarnação, ouvi-nos Senhor!
Pela vossa Paixão e Ascensão, ouvi-nos Senhor!
Pelo envio do Espírito de Amor, ouvi-nos Senhor!
Apesar de nós sermos pecadores, ouvi-nos Senhor!

Jesus Cristo ouvi-nos, (2x)
Jesus Cristo atendei-nos! (2x)

 

Portal Kairós

Baixe os subsídios da Jornada Mundial dos Pobres 2018

II Jornada Mundial dos Pobres: “Este pobre grita e o Senhor o escuta”

O tema escolhido este ano pelo papa Francisco para a II Jornada Mundial dos Pobres 2018 (JMP) traz a inspiração do Salmo 34: “‘Este pobre grita e o Senhor o escuta’ (Sl 34,7). As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de ‘pobres’”. Diz o papa Francisco na mensagem divulgada para mobilizar esta II Jornada Mundial dos Pobres.

Com o papa Francisco, queremos convidar todas as pessoas, grupos, comunidades, instituições e pessoas de boa vontade para que participem da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade organizando momentos de encontros fraternos, celebrações ou mobilizações públicas entre os dias  11 e 18 de novembro de 2018.

Animemos em nossas igrejas, comunidades, pastorais, ruas e locais onde se encontram as pessoas empobrecidas, gestos concretos de solidariedade e acolhida com as pessoas em situação de vulnerabilidades extremas. Vamos expressar nossa capacidade de ser uma comunidade humana solidária, acolhedora, amorosa, e cuidadora de toda a Criação.

Atividade Mobilizadoras

No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confiou o processo de animação da Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade à Cáritas Brasileira, neste ano de 2018 esta animação foi reforçada também com a contribuição da equipe da Campanha da Fraternidade, da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, do Conselho Nacional do Laicato, e da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora.

Junte-se à comunidade humana que acredita na força transformadora da solidariedade. Mobilize sua comunidade, grupo, pastoral ou coletivo para organizar a Jornada Mundial dos Pobres, com essa finalidade seguem aqui algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas, mas deixe a criatividade fluir e as características locais e territoriais orientarem a preparação das atividades.

O grafite que se tornou a identidade visual desta II Jornada Mundial dos Pobres foi realizado pelo coletivo Família Hip Hop. A sede do coletivo fica em Santa Maria (DF) e oferece atividades como aulas de música e serigrafia para jovens, além de mobilizar iniciativas culturais.

Entre as ações possíveis sugerimos a realização de gincanas para arrecadação de alimentos e roupas; celebrações da Palavra e eucarísticas; estudo da mensagem do papa Francisco e rodas de diálogos; círculos bíblicos; manifestações públicas para chamar atenção do poder público local sobre alguma situação de negação de direitos aos empobrecidos; campanhas de cidadania com atendimentos sociais; atividades lúdicas e esportivas; audiências públicas; atividades em espaços de medida socioeducativa, asilos, orfanatos, presídios, com o povo da rua, dentre outros espaços e grupos, possivelmente organize uma partilha fraterna das refeições (café da manhã, almoço ou jantar com as pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade social) e partilhem da mesma mesa, especialmente no Dia Mundial dos Pobres que vamos celebrar no dia 18 de novembro.

O subsídio elaborado para ajudar a mobilizar encontros e celebrações traz:

– Síntese da carta do Papa Francisco;
– Propostas de atividades mobilizadoras;
– Três círculos bíblicos com os verbos propostos pelo Papa Francisco: Gritar, Responder e Lutar.

O subsídio e o cartaz serão encaminhados para dioceses, paróquias, organismos pastorais, congregações religiosas e colégios católicos. O mesmo material está disponível aqui para que os grupos possam dispor dos arquivos para divulgação e impressão, caso seja necessário. Para qualquer dúvida, por favor entrar em contato através do e-mail comunicacao@caritas.org.br.

Histórico

Em 2017 o papa Francisco convocou católicos e pessoas de boa vontade para uma jornada de solidariedade e proximidade com as pessoas empobrecidas. A grande convocação trouxe como lema o imperativo: “Não amemos com palavras, mas com obras”.

Desde então a Jornada Mundial dos Pobres entrou para o calendário anual das iniciativas da Igreja. A convocação para a Jornada Mundial
dos Pobres fez parte da agenda de ações mobilizadas no âmbito do encerramento do Ano Santo da Misericórdia, realizado em 2016-2017.

“Convido a Igreja inteira e os homens e mulheres de boa vontade a fixar o olhar, neste dia, em todos aqueles que estendem as suas mãos invocando ajuda e pedindo a nossa solidariedade. Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”, disse o papa Francisco em um trecho da mensagem que marcou a primeira Jornada Mundial dos Pobres.

Que neste ano de 2018 tenhamos uma abençoada, profética, fraterna e alegre Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade!

Subsídios da Jornada Mundial dos Pobres 2018:

Acompanhe e compartilhe as ações e mobilizações para a Jornada Mundial dos Pobres nas Redes Sociais da Cáritas Brasileira e entre os dias 11 e 18 de novembro mobilize sua comunidade  aproximando-se dos pobres, para com eles encontrarmos caminhos de solidariedade e vivência fraterna.

Reze o terço conosco

Reze conosco o Terço Mariano

“O Rosário é a oração do simples e a oração do sábio. É a oração dos pobres, é a oração de todos.” (Padre Jonas Abib)

 

  1. Introdução

Mistérios do Terço Mariano

Mistérios Gozosos: Sobre a infância de Jesus (segunda e sábado)
01 – Mistério: Anunciação do anjo São Gabriel a Nossa Senhora (Lc 1, 26-38)
02 – Mistério: Visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel (Lc 1,39-56)
03 – Mistério: Nascimento de Jesus em Belém (Lc 2,1-21)
04 – Mistério: Apresentação do Menino Jesus no templo (Lc 2,22-40)
05 – Mistério: Encontro de Jesus no templo entre os doutores da lei (Lc 2,41-52)

Mistérios Dolorosos: Sobre a paixão de Jesus (terça e sexta-feira)
01 – Mistério: Agonia morta de Jesus no horto das Oliveiras (Mt 26,36-56)
02 – Mistério: Flagelação de Jesus atado à coluna (Mt 27,11-26)
03 – Mistério: Coroação de espinhos de Jesus por seus algozes (Mt 27,27-31)
04 – Mistério: Subida dolorosa do Calvário (Jo 19,17-24)
05 – Mistério: Crucificação de Jesus (Jo 19,25-37)

Mistérios Gloriosos: Sobre a ressurreição de Jesus e de sua mãe Maria (quarta-feira, e domingo)
01 – Mistério: Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 20, 1-18)
02 – Mistério: A ascensão Gloriosa de Jesus ao Céu (Lc 24, 50-53)
03 – Mistério: Descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (Ato 2,1-13)
04 – Mistério: Assunção Gloriosa de Nossa Senhora ao céu (Sl 44,11-18)
05 – Mistério: Coroação de Nossa Senhora no Céu (Apo 12, 1-4)

Mistérios Luminosos: Sobre a vida pública de Jesus (quinta-feira)
01 – Mistério: Batismo do Senhor no Jordão (Cor 5, 21 – Mt 3, 17)
02 – Mistério: Bodas de Caná (Jo 2, 1-12)
03 – Mistério: A proclamação do Reino (Mc 1, 15)
04 – Mistério: A Transfiguração de Jesus (Lc 9, 35)
05 – Mistério: Instituição da Eucaristia (Jo 13, 1)

A importância das indulgências

Músicas e subsídios para baixar

Entenda o que é a complementaridade entre homens e mulheres

Complementaridade é a chave para compreender o relacionamento entre o homem e a mulher e vencer as dificuldades na vida a dois

Pensar em complementaridade entre o homem e a mulher é um tema que desafia a sociedade atual, onde a “guerra dos sexos” parece promover uma luta constante pela superação de quaisquer diferenças entre eles.

Entretanto, a complementaridade “está no vértice da criação divina”, como disse o Papa Francisco em uma Catequese dedicada ao sacramento do matrimônio. Na ocasião, ele explicou que nem só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos como casal, são imagem do Criador.

“Os dois juntos é que são o humano completo”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Bosco Barbosa de Sousa. O bispo explica que naquele momento em que Deus cria o homem e o coloca diante da natureza para que ele seja o senhor da criação e escolha aquela que será sua companhia, Adão não encontra. E depois de um sono profundo, Deus lhe dá de presente, tirado de sua própria carne a mulher. E ele se identifica com ela.

São João Paulo II, nas catequeses da Teologia do Corpo, explica que neste momento, em que o homem está em sua “solidão original”, ele adquire uma consciência pessoal no processo de “distinção” de todos os seres vivos e, ao mesmo tempo, abre-se para um ser “afim a ele”, que o livro do Gênesis define como “auxiliar que lhe é semelhante”.

“A comunhão das pessoas podia formar-se somente com base em uma ‘dupla solidão’ do homem e da mulher, ou seja, como encontro entre a ‘distinção’ deles e o mundo dos seres vivos (animalia), que dava a ambos a possibilidade de serem e existirem numa reciprocidade especial”, explica João Paulo II na nona catequese sobre Teologia do Corpo.

O casal membro do Apostolado Teologia do Corpo Brasil, Viviane e Marcelo Pastre, destaca que a complementaridade entre homem e mulher, ou seja, essa comunhão de pessoas, se dá exatamente na doação de si mesmo ao outro.

“O que gera a comunhão de pessoas é o amor que se doa ao outro. Deus é amor, e o amor, segundo João Paulo II, é essa doação. Esse movimento que sai do homem e vai em direção à mulher e vice-versa. É fundamental entender que o ‘ser para o outro’ é o que dá sentido ao nosso ser à nossa vida”, destaca Marcelo.

Completos e iguais em dignidade

Falar de complementaridade sugestiona que um completa o que falta no outro, mas quando o assunto diz respeito a homem e mulher é diferente, pois Deus criou ambos completos e em perfeita igualdade como pessoas humanas “à imagem de Deus”.

“O homem e a mulher são feitos ‘um para o outro’: não que Deus os tivesse feito apenas ‘pela metade’ e ‘incompletos’; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser ‘ajuda’ para o outro, por serem ao mesmo tempo iguais enquanto pessoas (‘osso de meus ossos…’ (cf. Gn 2,23)) e complementares enquanto masculino e feminino”, explica o Catecismo da Igreja Católica (CIC 372).

A Teologia do Corpo explica que, por serem completos, o homem e a mulher são capazes de, individualmente, atingir um sentido existencial em suas vidas. No entanto, justamente por serem criados completos, eles percebem em si a capacidade de doar a si mesmos por amor, e nisso se complementam.

Desafios

Comprovadamente, homem e mulher são distintos, seja física ou psicologicamente. E ao compreender o  profundo significado da complementaridade, a união criada entre o homem e a mulher deveria ser vivida de uma forma sadia. Entretanto, a marca do pecado original é geradora de conflitos, destaca Viviane.

O Catecismo afirma que “todo o homem faz a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiência faz-se também sentir nas relações entre o homem e a mulher. Desde sempre, a união de ambos foi ameaçada pela discórdia, o espírito de domínio, a infidelidade, o ciúme e conflitos capazes de ir até ao ódio e à ruptura” (CIC 1606).

Viviane destaca que há uma “guerra” entre o homem e a mulher. “As pessoas não querem se complementar, preferem viver isoladas, de uma forma egoísta, pensando só em si, buscando prazer mais para si”.

Dom João explica que as diferenças entre os sexos tem uma base antropológica, biológica e um construto social. Ele faz um alerta que situações que podem causar sofrimentos e injustiças devem ser combatidas.

“É preciso ter clareza para estudar cada um dos papéis e ver em que pontos há uma dificuldade, uma subalternidade em relação à mulher, que causa desequilíbrios e sofrimentos, as diversas formas de discriminação que existem na sociedade, tudo isso tem que ser absolumente combatido e a igreja sempre foi contra qualquer tipo de injustiça”, enfatiza.

De toda forma, ele ressalta que a solução para sanar essas dificuldades não é igualar as diferenças. “Não é igualando e anulando a base antropológica e biológica que vamos chegar a uma igualdade e felicidade completa no relacionamento. Pelo contrário, aí acaba totalmente a possibilidade dessa diferença tão importante para o relacionamento”.

Segundo Dom João, com a mudança cultural que o mundo experimenta, o ser humano tem se fechado muito em atitudes egoístas e narcisistas, que impedem ou afetam os relacionamentos e o antídoto desta dificuldade é viver em comunidade.

“Seja a comunidade da Igreja ou familiar. A visão de que o todo é mais importante que o um, que os outros são mais importantes para mim do que eu sozinho. A comunidade ainda é a fonte de maior equilíbrio da nossa vida, dos relacionamentos e da família”, afirma o bispo.

Vivendo a complementaridade entre homem e mulher

Sem as diferenças entre o homem e a mulher não seria possível a complementaridade, porém, mais do que isso, a Teologia do Corpo se concentra no essencial: entender que o amor é a doação recíproca entre homem e mulher.

“Nós casais precisamos nos esforçar em ser para o outro, ressignificar o relacionamento. Se doar não significa ser inferior, é o contrário, é buscar a plenificação, fazer aquilo que fomos criados para ser, nossa finalidade é amar, e amar é se doar ao outro”, destaca Marcelo.

Ele lembra que este foi o único mandamento deixado por Jesus: “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12), e ao esquecerem disso, muitos acabam perdendo o sentido da própria vida.

“As famílias cristãs precisam dar o testemunho do amor, da doação, do cuidado. Fazendo isso, mesmo sem falar nada, serão ‘profetas’, porque as pessoas verão a forma como eles convivem, o carinho entre eles, a conduta com os filhos”, exemplifica Marcelo.

Viviane destaca que aí está a chave para a família prosperar. “A gente não precisa de tanto, não precisa de uma casa luxuosa, de um carro do ano, mas precisa amar as pessoas porque aí conseguimos superar juntos as dificuldades que a gente enfrenta”.

 

Canção Nova / Portal Kairós

Formação para o Ano Nacional do Laicato

O Ano Nacional do Laicato

Começaremos a viver, a partir do domingo de Cristo Rei deste ano, Dia do Cristão leigo, o ano do laicato. Uma iniciativa de nossa Conferência Episcopal no intuito de protagonizar o papel e a missão dos leigos na igreja e no na sociedade. Os leigos são os cristãos batizados que não estão ligados como membros às Sagradas Ordens, ou seja, os que foram incorporados a Cristo pelo Batismo, que formam o Povo de Deus, e que participam da função sacerdotal, profética e régia de Cristo.

Os cristãos leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja; e devem ter uma consciência clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de “serem e sentirem com a Igreja”, isto é, a comunidade dos fiéis na terra em unidade com o Santo Padre, o Papa, e em comunhão com seus Bispos. Juntos, como a Igreja.

O leigo tem como vocação própria, procurar o Reino de Deus exercendo funções no mundo, no trabalho, mas ordenando-as segundo o Plano e a vontade de Deus. Cristo os chama a ser “sal da terra e luz do mundo” (lema deste ano do laicato). O leigo deve ser testemunha de Cristo aonde o sacerdote não chega. Ele deve levar a luz de Cristo aos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça, de violência, enfim, ao mundo de hoje com suas virtudes e mazelas. Assim, no mundo do trabalho, levando tudo a Deus, o leigo contribui para o louvor do Criador. Ele constrói o mundo pelo trabalho, e assim coloca na obra de Deus a sua assinatura.

Sabendo da importância do leigo para a Igreja, a Igreja no Brasil tem a proposta de celebrar no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”.

O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema, como já dissemos: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14).

O Ano do Laicato terá como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

O Concílio Ecumênico Vaticano II fez vir à tona mais ainda a atividade do leigo na Igreja: “Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social.” (CIC §906)

Os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, “eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito”. (CIC §900)

“Os leigos podem também sentir-se chamados ou vir a ser chamados para colaborar com os próprios pastores no serviço da comunidade eclesial, para o crescimento e a vida da mesma, exercendo ministérios bem diversificados, segundo a graça e os carismas que o Senhor quiser depositar neles.” (CIC §910). Nesse sentido, além do trabalho essencial dos leigos no mundo, a colaboração intra-eclesial também é muito importante como membros da Igreja.

A Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato organizou as atividades em quatro eixos: 1) Eventos; 2) Comunicação, catequese e celebração; 3) Seminários temáticos nos Regionais; e 4) Publicações. O Ano do leigo, pretende ainda: “Dinamizar o estudo e a prática do documento 105: ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade’ e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, ‘verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade.

Contudo, o Ano do laicato será muito especial, pois, teremos a oportunidade de ainda mais aprofundar na missão do leigo e do seu papel no contexto atual de Igreja e mundo. Segundo Papa Francisco: “em virtude do Batismo recebido, os fiéis leigos são protagonistas na obra de evangelização e promoção humana”. “Incorporado à Igreja, cada membro do Povo de Deus é inseparavelmente discípulo e missionário. É preciso sempre reiniciar dessa raiz comum a todos nós, filhos da Mãe Igreja”.

Que nossos leigos e leigas neste ano especial, fiéis filhos da Igreja, e seguidores de Jesus Cristo, possam, diante de tantas ideologias e injustiças serem testemunhas de um tempo novo em que o Evangelho vivido seja um sinal de esperança cristã para a sociedade, totalmente comprometidos com Jesus Cristo e guiados pelo Espírito Santo no caminho para o Pai e assim sejam sempre mais testemunhas evangélicas da misericórdia divina!

Curso apresenta as linhas gerais sobre as perspectivas para os cristãos leigos e leigas no mundo de hoje:

Resumão do Documento 105 da CNBB

 

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro